Buscar

Direito PENAL 3 Aula 4

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIPÊ – Curso de Bacharelado em Direito
Direito Penal III
5º Período
DOS CRIMES CONTRA A VIDA
PARTICIPAÇÃO DO SUICÍDIO (Art. 122) 
Conceito: Prevê o tipo penal a participação ao suicídio, ou seja, o dispositivo é destinado a terceiro que auxilia a vítima a eliminar a própria vida, por meio da indução, instigação ou auxílio material.
OBS.: A prática de suicídio não é crime. A lei pune quem, de alguma forma, ajudar a vítima a suicidar-se.
Objetividade Jurídica: Tutelar a vida; proteger a vida.
Sujeito Ativo: é o terceiro que induz, instiga ou auxilia materialmente.
Induzir: significa introduzir na mente da vítima a ideia de autodestruição.
Instigar: a vítima pretende suicidar-se e o agente o estimula.
Auxílio: ocorre com o funcionamento de meios que possibilitem a vítima praticar suicídio. Ex.: cordas, armas, veneno, etc. Os atos de execução são praticados pela vítima. Caso contrário, o agente responderá por homicídio doloso.
Sujeito Passivo: é a vítima que atentou contra a própria vida.
Elemento Subjetivo:
Dolo Direto ou Eventual: No direto o agente tem a intenção de ajudar a vítima a se matar. No eventual tem uma imprudência em não apurar os fatos que suspeitam levar ao suicídio.
Consumação: Ocorre com a morte da vítima. A pena será de 2 a 6 anos, confirmada a morte. E, em caso de insucesso, gerará lesão corporal grave.
Tentativa: Ela é inadmissível, visto que o legislador condiciona a consumação a dois resultados: morte ou lesão corporal grave. Se resultar lesão corporal leve, a conduta é atípica, ou seja, não há crime. Ex.: Se a vítima praticar o suicídio e pede para que alguém chute a base na qual se encontra em pé, responderá o agente por homicídio, pois executa o ato.
Pena Duplicada (Majorante)
Motivo egoístico: é o agente que instiga a vítima ao suicídio para ficar com sua herança;
Menor ou diminuída a resistência:
	MENOR
	Abaixo de 14 anos (Consentimento inválido)
	CAPACIDADE
	Diminuída (Aplica-se o parágrafo único)
	
	Entre 14 e 18 anos incompletos
	
	
	
	Maior de 18 anos
	
	Nula (Homicídio)
Ação Penal: Pública incondicionada
Foro Competente: Tribunal do Júri, Art. 5º, XXXVIII, d.
INFANTICÍDIO (Art. 123)
Conceito: Prevê a conduta a morte do próprio filho, praticada pela mãe, sob estado puerperal, durante ou logo após o parto. Entende-se por estado puerperal o conjunto de transformações de ordem física e psíquica que envolve a gestante durante o evento do parto. Esta situação será objeto de perícia por uma junta médica formada por Neurologista, Psiquiatra, Ginecologista, dentre outros profissionais de áreas afins.
São requisitos do crime o estado puerperal e que a morte praticada pela mãe seja durante ou logo após o parto.
Objetividade Jurídica: Tutelar a vida
Sujeito Ativo: A mãe. Admite-se a coparticipação. Ex.: A enfermeira que fornece à mãe instrumento contundente para matar o infante na forma do Art. 30 do CP.
Se o agente matar filho de outrem pensando ser o seu, responderá por infanticídio, tendo em vista a intenção do agente.
Sujeito Passivo: Nascente (durante o parto) ou Neonato (Logo após o nascimento)
Elemento Subjetivo: Dolo direto
Consumação: Ocorre com a morte do agente neonato, mesmo que a vida dele contenha má formação ou doença genética.
Tentativa: Perfeitamente admissível
Ação Penal: Pública incondicionada
Foro Competente: Tribunal do Júri

Outros materiais