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Controle Mecânico da Doença Periodontal Prof. Dra. Leila Santana Coimbra “Conjunto de medidas e atitudes que tomadas durante o estado de saúde, impedem o estabelecimento de doenças, limitando a extensão do dano, quando já instaladas.” Prevenção (Lascala, 1997) Prevenção da Doença Periodontal Remoção da placa bacteriana Principal agente etiológico da doença periodontal Prevenção do acúmulo de placa Hospedeiro Biofilme Bacteriano Saúde Perio dontal Biofilme equilíbrio com o indivíduo Inflamação Comunidade complexa de espécies bacterianas Desequilíbrio Importância dos métodos de prevenção da placa bacteriana “Remoção mecânica da placa bacteriana pela prática de higiene oral diária pode reverter as alterações inflamatórias.” (Löe, 1965) Importância de um efetivo controle de placa Prevenir e evitar perda contínua de inserção Diminuir a prevalência e incidência de DP e Cárie Cicatrização pós tratamento periodontal Manter a microbiota ao redor de implantes osseointegrados em níveis compatíveis com saúde. (Figueiredo & Fisher,1996) (Sobrape, 2001) Controle do biofilme bacteriano Meios Naturais Controle Mecânico Controle Químico “Higiene oral individual adequada e sustentada é a melhor garantia de saúde periodontal.” (Westfeld e cols. 1983) Prática de higiene oral Placa bacteriana supragengival está exposta aos mecanismos naturais de auto limpeza sozinhos não removem adequadamente a placa dental o uso regular da prática de higiene oral instrução e motivação apropriadas ao paciente e o uso de dispositivos adequados. Controle Mecânico Autocontrole da placa realizado pelo paciente: Escovação Limpeza interproximal Métodos auxiliares: Escovas manuais Escovas elétricas Escovas unitufos Fio e Fita Dental Palito Dental Escova Interproximal Escova Unitufo Realizado pelo profissional Raspagem e Alisamento Radicular Polimento das superfícies Ultra-som Jato de bicarbonato Auto-controle da placa bacteriana Principal meio preventivo da doença periodontal Essencial na complementação do tratamento periodontal Estímulo fisiológico Eficácia da escovação: Desenho da escova Habilidade do indivíduo em usá-la Freqüência e duração da escovação. MOTIVAÇÃO (Frandsen 1986). Objetivos da escovação Remover placa bacteriana Reduzir a inflamação gengival saúde dos tecidos periodontais. Remover a matéria Alba e de restos de alimentos. Manter a saúde gengival. impedir a formação de cálculo. Escovas dentais: características Cabo: Tamanho apropriado para a idade e adaptação do usuário; Haste flexível Cabeça: Tamanho apropriado para as dimensões da boca do paciente. Devem ser pequenas: Comp: 25,4 - 31,8 mm. Larg: 7,9 – 9,5 mm. Cerdas: Formada de filamentos de poliéster ou de náilon Extremidade arredondada; Ser multitufada; 2 a 4 fileiras; 5-12 tufos por fileira Possuir cerdas macias e do mesmo tamanho. “A melhor escova é aquela utilizada adequadamente pelo paciente.” (Cancro & Fishman, 1995) “Não há superioridade entre as marcas” (Lascala & Moussalli,1995) Técnicas de Escovação Técnica de Bass Técnica de Bass Modificada Técnica vibratória (Stillman) Técnica de rotação (Stillman modificada) Técnica horizontal (esfregação) Técnica oclusal Técnica de Fones Técnica de Charters Técnica de Pádua Lima Técnica de Hirschfeld Técnica de Bass Cabeça da escova é posicionada em uma direção oblíqua voltada para o ápice da raiz, para posicionar a escova em uma posição intra-sulcular A escova é deslocada no sentido ântero-posterior ; Movimentos rítmicos curtos. Remoção de placa subgengival Recomendada para qualquer tipo paciente (Carranza, 2004) Técnica de Bass modificada Semelhante a técnica de Bass Gira-se a cabeça da escova, aplicando um movimento em direção oclusal. (Lindhe, 2005) Técnica de Stillman Escova é posicionada em uma direção apical, lateralmente contra a gengiva. Os lados da cerda são pressionados contra o dente e a gengiva. Não possui a intenção de penetrar as cerdas na gengiva. Realiza-se movimentos vibratórios curtos ântero-posterior, sem deslocar a escova de sua posição original. (Lindhe, 2005) Stillman modificada (Técnica de rotação) Semelhante a técnica de Stillman Uma pressão leve, juntamente com um movimento vibratório, são aplicados sobre o cabo, e a cabeça da escova gira progressivamente na direção oclusal. Indicada para áreas com recessão gengival progressiva para prevenir a destruição tecidual abrasiva. (Carranza, 1997) Técnica horizontal (esfregação) Técnica mais utilizada A cabeça da escova é colocada em um ângulo de 90o com a superfície dentária e aplica-se um movimento horizontal curto ântero-posterior; Superfícies: lingual e palatina escovadas com a boca aberta; Superfície: vestibular escovada com boca fechada. Técnica Oclusal Semelhante a técnica horizontal, porém para a superfície oclusal. Realiza-se movimento curtos de vai-vem. (Carranza, 1997) Técnica de Fones Cerdas perpendiculares em relação a superfície vestibular Dentes em relação “topo a topo” Movimentos circulares amplos Escova de cabeça pequena Indicações: Crianças menos hábeis Técnica de Charters Cabeça da escova posicionada em uma direção oblíqua a superfície dentária, com as cerdas voltada para a superfície oclusal. A escovação é deslocada para trás e para frente(horizontal) Técnica baseada no conceito de massagem gengival Regiões de recessão papilar. Indicada para áreas de cicatrização de feridas pós cirurgia periodontal. (Lindhe, 2005) Técnica de Pádua Lima Distal dos últimos molares Escova inclinada em 45º Movimentos pendulares no sentido vestíbulo-lingual Técnica de Hirschfeld Cerdas posicionadas na lingual e palatina dos dentes anteriores. Movimentos vibratórios curtos, no sentido longitudinal. Técnica baseada no conceito de massagem gengival “Mais importante que a seleção de um determinado método de escovação é a disposição demonstrada pelo paciente em limpar efetivamente seus dentes.” “A técnica de escovação ideal é aquela que mais se adapta ao paciente, ou seja que permita uma completa remoção da placa dental no menor tempo possível, sem causar qualquer dano aos tecidos.” Lindhe, 2005. Hansen & Gjermo, 1971. Escovação Freqüência de escovação:2 vezes ao dia. Média do tempo de escovação: 30 a 60 segundos. Sequência: Lingual inferiores Palatina superiores Vestibular inferiores e superiores Oclusal “Mais importante que a freqüência de escovação é a qualidade da escovação.” (Bjertness, 1991) Substituição da escova dental Quando as cerdas começarem a se abrir ou se esfiapar-se, independente do tempo de uso, pois o uso padrão difere de indivíduo para indivíduo; Regularmente deve ser trocada a cada 3 meses. Escovas elétricas Introduzidas no mercado há mais de 50 anos. Indicações: Crianças – estímulo fisiológico Pacientes com destreza manual deficiente Pacientes pouco motivados Pacientes com dificuldade de controlar a escova manual Pacientes ortodônticos Pacientes hospitalizados Não necessitam de técnicas especiais de aplicação. Paciente deve apenas imprimir correta pressão e repousar cerdas da escova sobre margem livre da gengiva. Escovas unitufos Utilizadas em regiões de difícil acesso: Áreas de furca; Apinhamento dental; Periodontite severa e recessões gengivais; Ortodontia; Ao redor de próteses fixas; Superfície distal dos molares mais posteriores; Face lingual do dentes anteriores inferiores. Escovas Unitufos Técnica: Escova é utilizada em uma angulação de 45 graus em relação a coroa. Inicia-se pela lingual do dentes inferiores esquerdos até os direitos, e volta pela face vestibular Repete-se a sequência para os dentes superiores 5 a 10 movimentos circulares de mesial para distal e direcionados ao sulco. Limpeza Interproximal Métodos auxiliares de limpeza são necessários para remover a placa dos sítios de difícil acesso. Espaço tipo I: ameias totalmente ocupadas pelas papilas – Fio Dental Espaço tipo II: discreta a moderada recessão das papilas – Escova Interproximal e Palito Dental Espaco tipo III: extensa recessão ou perda das papilas – Bitufo (Carranza, 1997) Fio e Fita Dental Método mais universal utilizado Diversos tipos de fio dentais disponíveis no mercado: Um fio de náilon multifilamentado; Torcido ou não torcido; Com ou sem cera; Fio ou fita dental; Impregnados com sabores e flúor. (Lindhe, 2005) Fio e Fita Dental Em casos especiais o fio dental pode ser associado a outros dispositivos como: Alças ou passadores de fio: para áreas interproximais vizinhas a espaços protéticos ou devido ao uso de aparelho ortodôntico Porta- fio: para pacientes com destreza manual deficiente Forquilha: Para pacientes que possuem somente um membro superior. Palito Dental Indicados para pacientes com espaço interproximal aberto; Fabricados de madeira macia e apresentam formato triangular; Dentição saudável retração da margem gengival em 2mm ou mais Escova Interproximal Diversos tipos: Vários diâmetros Cônicas ou cilíndricas; Para inserção ou não em diferentes cabos reutilizáveis. Utilizada para: Defeitos de furca grau III. Superfícies com diastemas Superfícies interproximais após cirurgia periodontal Escova Unitufo Utilizados em regiões com extensa recessão ou perda das papilas. Ao redor de próteses fixas. Limpeza da língua O dorso da língua abriga um grande número de micro-organismos, que pode servir como fonte de disseminação bacteriana para outras partes da cavidade oral. Métodos utilizados: Raspadores de língua Escova dental. (Lindhe, 2005) Motivação do Paciente A motivação é imprescindível para o sucesso da terapia periodontal Rylander e Lindhe recomendaram que a instrução de higiene oral seja oferecida durante uma serie de visitas, possibilitando ao paciente um feedback imediato e reforçando os cuidados orais caseiros; Portanto a instrução de higiene oral deve ser adequada para cada paciente individualmente com base nas suas necessidades pessoais; O controle de placa auto administrada pelo paciente é o procedimento preventivo e terapêutico mais importante na terapia periodontal.(Lindhe, 2005) “Paciência e repetição são os sucessos na instrução da higiene oral.” (Carranza, 2004) Programa de higiene oral: auto-avaliação auto-exame auto- monitoramento auto-instrução Referências Bibliográficas LINDHE J. Tratado de periodontia clínica e implantologia oral. 3ª Ed., Guanabara Koogan, 1997. CARRANZA & NEWMAN. Periodontia clínica. 9ªEd., Saunders, 2004. SOBRAPE. Periodontia. A atuação clínica baseada em evidências científicas. 1ªEd., Vol.1, Artes Médicas, 2005. FERRAZ C. Periodontia. Série EAP-APCD, Vol.5, Artes Médicas, 1998.
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