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OBJETIVO Desenvolver, investigar e quantificar através do Canabidiol (composto encon- trado na planta Cannabis Sativa) que conforme Crippa (2010) demonstrou apresen- tar potencial terapêutico como antipsicótico, ansiolítico, antidepressivo e em diversas outras condições. Bem como a depressão clínica e transtornos de ansiedade que atingem aproximadamente 5% da população adulta baiana e está entre as primeiras causas mais comuns de invalidez de trabalhadores no estado. JUSTIFICATIVA Em décadas atrás conforme Brucki et al. (2015) o interesse em pesquisas sobre o canabidiol diminui possivelmente pela sua relação com as leis de cada país, mas os últimos cinco anos mostraram um aumento significativo no interesse pelo composto, principalmente com a sua interação com o delta9-THC, e nos seus efeitos antiepilético e sedativo. Além de evidências sobre o seu efeito anti-inflamatório, anti- oxidativo e neuroprotetor. Além de estudos que têm sugerido uma gama de possíveis efeitos terapêuticos de canabidiol em várias condições, incluindo doença de Parkinson, doença de Alzheimer, isquemia cerebral, diabetes, náusea, câncer, artrite reumatóide e outras doenças inflamatórias. Porém ainda não existem evidências suficientes quanto ao seu mecanismo de ação, efeitos colaterais e interações medicamentosas, e demais efeitos benéficos em alteração do sistema nervoso central e periférico, assim, é necessário elucidar estes fatores com novos estudos, apontando evidências mais concretas sobre seu uso. MÉTODO Através de pesquisa ao banco de dados da MEDLINE, BVS, Scielo, Decs foram observados artigos, estudos e publicações, além de livros que mostram o mecanismo de ação do Canabidiol (CBD) e das substâncias químicas ou semelhantes farmacologicamente e antagonistas de receptores canabinóides como THC (delta 9-tetrahidrocanabinol) encontrados a partir da planta Cannabis Sativa, que de acordo com Zuardi (2008) apresentam um enorme potencial terapêutico no tratamento de ansiedade, dor, depressão, distúrbios do sono, além de apresentar tratamento também para obesidade, tabagismo e outros transtornos gerados por vícios. Trata-se de uma pesquisa acadêmica e o método a ser utilizado deve passar primariamente por uma fase de administração de uma quantidade de dose de CBD para um grupo, outro grupo com medicamentos convencionais e outro grupo com administração de medicamentos convencionais e CDB, para a observação, coleta de dados e comparação. Podendo ser explorado a aplicação também em animais. RETORNO PARA UNIVERSIDADE Esse projeto busca valorizar a questão da sustentabilidade e acessibilidade, já que terá um bom custo-benefício. Além disso, o projeto visa principalmente chegar a evidências concretas sobre os efeitos do Canabidiol, ainda pouco claros. Bem como com a implantação do curso de medicina e seus laboratórios, será um grande passo para a Universidade investir nesse campo de pesquisa, sendo que dessa forma ela tem a chance de se tornar pioneira no âmbito estadual e regional, ampliando seu espaço de atuação na área da saúde. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no começo do ano de 2015, por unanimidade, a reclassificação do canabidiol como medicamento de uso controlado e não mais como substância proibida. Devido a seus possíveis efeitos neuroprotetor e anti-inflamatório, especula- se que o CBD tenha uma ampla gama de possíveis efeitos terapêuticos, além da epilepsia, em doenças como Parkinson, Alzheimer, isquemia cerebral, diabetes, câncer, artrite reumatoide e outras doenças inflamatórias. Em alguns pacientes com epilepsia, o canabidiol pode reduzir a frequência de crises. Em crianças, particularmente, além da redução das crises, ele pode trazer uma melhora cognitiva. É importante destacar que ainda faltam estudos bem realizados para que esses possíveis efeitos sejam comprovados. (ANVISA..., 2015). É extraordinário que o cânhamo ressurja novamente, e desta vez como protetor do meio ambiente e matéria-prima de medicamentos. Hoje o cânhamo nos oferece uma solução bastante real e imediata para o desmatamento, os desmandos da indústria petroquímica e a destruição de nossos solos, bem como para o tratamento de problemas de saúde tão diversos quanto o glaucoma e a AIDS." (ROWAN, 1999, p.135). REFERÊNCIAS ANVISA aprova o uso de canabidiol como medicamento. Albert Einsten Sociedade Beneficente Israelita Brasileira. 26 de jan. 2015. Disponível em <http://www.einstein.br/einstein-saude/em-dia-com-a-saude/Paginas/anvisa-aprova- uso-de-canabidiol-como-medicamento.aspx> Acesso em 21 de ago. 2015. BRUCKI, Sonia M. D. et al. Canabinoides e seu uso em neurologia. Academia Brasileira de Neurologia, Arq. Neuro-Psiquiatr. Vol.73 no.4 São Paulo Apr. 2015 Epub Apr 2015. Disponível em <http://dx.doi.org/10.1590/0004-282X20150041> Acesso em: 21 de ago. 2015. CRIPPA, José Alexandre S.; ZUARDI, Antonio Waldo and HALLAK, Jaime E. C.. Uso terapêutico dos canabinoides em psiquiatria.Rev. Bras. Psiquiatr. 2010, vol.32, suppl.1, pp. 556-566. ISSN 1516-4446. Disponível em <http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462010000500009>. Acesso em 21 de ago. 2015. ROWAN, Robis. O grande livro da Cannabis: guia complero de seu uso industrial, medicinal e ambiental; tradução, Maria Luiza X. de A. Borges; revisão técnica, Rogério Rocco; com a colaboração de Denise Baptista Alvez. - Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999, 135 p. ZUARDI, Antonio Waldo. Canabidiol: de um canabinóide inativo a uma droga com amplo espectro de ação. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 30,n. 3,p. 271- 280,set. 2008 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S1516-44462008000300015&lng=pt&nrm=iso>. acesso em 21 ago. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462008000300015.
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