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CH2Cl2 CHCl3 CH3I Classificação dos Haletos Orgânicos Haletos de alquila: átomo de halogênio ligado a um carbono hibridizado sp3. diclorometano (cloreto de metileno) triclorometano (clorofórmio) iodometano (iodeto de metila) 2-bromo-2-cloro- 1,1,1-trifluoroetano (Halotano) diclorodifluorometano (Freon-12) 1,1,1-tricloroetano CF2Cl2 CCl3–CH3 CF3–CHClBr C C X X Haletos de vinila: átomo de halogênio ligado a um carbono hibridizado sp2. Haletos de arila: átomo de halogênio ligado a um carbono hibridizado sp2 aromático. Haletos de vinílico Haletos de fenila ou arila Importância de Haletos Orgânicos 1) Solventes (relativamente não polares): CCl4, CHCl3, CCl3CH3, CH2Cl2, ClCH2CH2Cl, etc. 2) Reagentes: reações nucleofílicas, reações de eliminação, formação de organometálicos, etc. 3) Gases refrigerantes: Freons (ChloroFluoroCarbon) 4) Pesticidas: DDT, Aldrin, Clordano H ClCl ClCl Aldrin C CCl3 Cl Cl Cl Cl H H3C CH3 Cl Cl ClCl Cl ClCl Cl ClCl Cl Cl Cl DDT [1,1,1-tricloro-2,2-bis(p-clorofenil)etano Plocameno B Clordano OCH2CO2H ClCl OCH2CO2H ClCl Cl 5) Herbicidas: 2,4,5-T ácido 2,4,5-triclorofenoxiacético Agente laranja: mistura 50:50 dos ésteres 2,4-D e 2,4,5-T Dioxina (carcinogênico, teratogênico e mutagênico) 2,4-D ácido 2,4-diclorofenoxiacético Cl O Cl Cl Cl Cl Cl Cl Cl OHOH HH Cl Cl 6) Germicides: Cl O Cl para-diclorobenzeno (usado em naftalina)Hexaclorofeno (desinfetante para a pele) Propano μ = 0,0 D P.E. = -42oC Fluoroetano μ = 1,9 D P.E. = -32oC Cloroetano μ = 2,6 D P.E. = 12oC Comparação das propriedades físico-químicas Pontos de Ebulição (1 atm) Analisando as ligações C-X em Haletos de Alquila Ligação Comprimento da ligação (Å) Força da ligação (Kcal/mol) Momento de Dipolo (D) Reação de Substituição Nucleofílica em Haletos de Alquila Nu ‾ + R—X R — Nu + X ‾ Produto de Substituição Grupo Abandonador Eletrófilo δ+ δ- Nucleófilo Carregado Nu: + R—X R— Nu+ + X ‾ Produto de GrupoEletrófilo δ+ δ- Nucleófilo O átomo ou grupo que é substituído nestas reações é chamado grupo abandonador, em geral, envolvendo átomo mais eletronegativo que o átomo de carbono, por exemplo, um halogênio. A reação ocorre via heterólise da ligação R-X, onde o átomo ou grupo abandonador fica com o par de elétrons da ligação. Produto de Substituição Grupo Abandonador Eletrófilo Nucleófilo Neutro Reação de Substituição Nucleofílica de Segunda Ordem = SN2 v e l o c i d a d e v e l o c i d a d e H3C—Br + HO – H3C—OH + Br – [H C—Br] [HO–] V = k [MeBr][OH-] → reação de segunda ordem: SN2 [H3C—Br] [HO –] Mecanismo da Reação SN2 Ambos reagentes estão envolvidos no estado de transiçãode transição A formação da ligação nova acontece ao mesmo tempo que a ligação entre C-Halogênio está se rompendo. Um substituinte volumoso no haleto de alquila reduz a reatividade do haleto: impedimento estéreo Estrutura do Haleto de Alquila e a Reação de SN2 Em halogenetos terciários a reação é extremamente lenta. Mesmo sendo primário o carbono do grupo neopentila também é estericamente impedido para reagir. Força do Nucleófilo e Velocidade Relativa na Reação de SN2 Efeito do Solvente: velocidade relativa da S 2 por azida em Efeito do Solvente: velocidade relativa da SN2 por azida em vários solventes Não têm um hidrogênio ligado a um átomo eletronegativo (não formam ligações hidrogênio com o nucleófilo, como os solventes próticos) Efeitos de solventes polares apróticos sobre as reações SN2 Solvatam bem cátions e Solvatam bem cátions e deixam ânions (nucleófilos) não solvatados, pois os centros positivos no solvente são relativamente impedidos estericamente. Conduzem a geração de nucleófilos “nus”, portanto, muito reativos Estereoquímica da Reação SN2 Usando um haleto de alquila secundário onde a ligação C-Halogênio está em um carbono assimétrico é observada a inversão da configuração do carbono assimétrico (Inversão de Walden). Versatilidade: Transformações Usando SN2 Álcool Éter Tiol Tioéter NitrilaNitrila Alquino Éster Sal de amônio quaternário Azida alquília v e l o c i d a d e v e l o c i d a d e NaOH Reação de Substituição Nucleofílica de Primeira Ordem Considere a lei de velocidade empírica da reação: V = k [tBuBr] → reação de primeira ordem SN1 Substituição Nucleofílica Primeira Ordem Mecanismo da Reação SN1 A reação ocorre em duas etapaslenta rápida A primeira etapa é lenta pois envolve a quebra da ligação C-X e formação de um carbocátion intermediário. A segunda etapa é rápida, levando a formação da ligação C-Nu. Diagrama de energia livre para a reação SN1 do cloreto de terc-butila com água Perfil energético da SN1 etapa por etapa Etapa mais lenta lenta rápida Etapa 1 Etapa 2 rápida rápida Etapa 3 Estrutura do Haleto de Alquila na Reação SN1 Velocidade relativa nas reações de SN1 para diversos haletos de alquila (solvente e núcleófilo = H2O) *Embora a velocidade relativa nas reações de SN1 para estes com água seja zero, uma pequena taxa é observada como resultado de uma reação SN2 Ao contrário da reação por SN2, a reação por SN1 acontece mais rapidamente com haletos de alquila terciários. Reatividade relativa de haletos de alquila na reação de SN1 Haleto de alquila 3o > Haleto de alquila 2o > Haleto de alquila 1o Esta ordem está diretamente relacionada com a estabilidade relativa do carbocátion intermediário . Estabilidade relativa dos carbocátions carbocátion 3o > carbocátion 2o > carbocátion 1o Quanto mais estável o carbocátion, mais rápida será a reação por mecanismo SN1 . Estereoquímica da Reação SN1 Usando um haleto de alquila secundário onde a ligação C-Halogênio está em um carbono assimétrico é observada a formação de uma mistura racêmica e consequente perda da atividade óptica. produto com configuração invertida produto com retenção da configuração O carbocátion intermediário da reação de SN1 leva à formação de dois estereoisômeros. Br OH OHH2O EtOH + produto com retenção de configuração (17%) produto com inversão de configuração (63%) SN1 ou SN2 ? Br H2O EtOH OH e não OH Por quê? 93% Rearranjo de Carbocátion Comparação entre as reações SN1 e SN2 A eliminação também pode acontecer em uma etapa... Remoção do Hidrogênio pela base e eliminação do grupo abandonador de forma concertada E2 ... ou em duas etapas. Formação do carbocátion Remoção do Hidrogênio pela base E1 E2 SN2 Competição entre Substituição e Eliminação E1 SN1 Reações de β-Eliminação Unimoleculares (E1) Mecanismo da V = k [Haleto] → reação de primeira ordem αMecanismo da Reação E1 (β-Eliminação Unimolecular): β α Relembrando: Efeito de substituintes na estabilidade de Alcenos A eliminação favorece a formação de ligações duplas com estereoquímica E (trans) Interação entre as nuvens eletrônicas causam tensão estéreacausam tensão estérea (E)-2-penteno (Z)-2-penteno Reação E1: Ocorrência de Rearranjos Regiosseletividade da Reação de E1. Segue a regraonde a olefina mais estável é formada em maior concentração Grupo Abandonador e a Velocidade da E1 Segue a mesma tendência da E2 Estrutura do Haleto e a Velocidade da E1 Segue a mesma tendência da SN1 Reações de β-Eliminação Bimoleculares (E2) Mecanismo da Reação E2: V = k [Haleto][Base] → reação de segunda ordem Efeitos Estruturais e a Velocidade da E2 Grupo Abandonador Estrutura do Haleto de Alquila Contrário da Substituição SN2 Regioquímica da Eliminação E2 (i) O alceno mais estável, mais substituído (hiperconjugação) é formado preferencialmente: estabilização maior da ligação C=C parcial no estado de transição: Regra de Saytzev (ii) Forma-se maior quantidade da olefina com os grupos mais volumosos em lados opostos (trans, E). Alcenos conjugados são preferidos ao invés de alcenos mais substituídos (estabilização por conjugação) Estereoquímica da Reação E2 Eliminação ocorre a partir de conformação que permite a sobreposição dos orbitais das ligações quebradas. A eliminação anti é favorecida sobre a eliminação sin Eliminação sin Eliminação anti Uma melhor sobreposição de orbitais sp3(carbono)-p(haleto) é atingida quando a eliminação ocorre de maneira anti-periplanar (trans-periplanar) para formação da C=C. eclipsado estrelado ou em opisição Esteroespecificidade da Eliminação Cloreto de mentila (Diatereoisômero A) Conformação mais estável Conformação mais instável Cloreto de mentila (Diatereoisômero B) trans-diaxial (anti-periplanar) Conformação mais instável Conformação mais estável Cloreto de mentila (Diatereoisômero B) trans-diaxial (anti-periplanar) Bases estericamente impedidas podem também alterar a regioquímica da Reação E2 Utilizando-se base estericamente impedidas se obtém mais do produto com a dupla menos substituída (Produto Hofmann) Comparando as reações E2 e E1 de haletos de alquila (i) Tanto na E1 quanto na E2 ocorre a formação da olefina mais estável (Saytzev): alceno mais substituído, trans ou conjugado; (ii) Na E1 ocorre a regioseletividade Saytzev, inclusive por rearranjo, apesar da definição da estereoquímica ser determinada na segunda etapa (não limitante para a velocidade da reação); (iii) O uso de bases estericamente impedidas pode mudar a relação dos produtos, fornecendo o alceno menos estável RESUMO: REGIOQUÍMICA E ESTEREOQUÍMICA DA ELIMINAÇÃO relação dos produtos, fornecendo o alceno menos estável (Hofmann); (iv) As reações E1 e E2* são estereoseletivas para formação de alcenos trans (mais estáveis); *Nas reações E2 isso aplica até mesmo para substratos sem definição estereoquímica, pois é um requerimento básico. Substituição versus Eliminação 1. Estrutura do substrato; 2. Natureza do grupo abandonador; 3. Nucleofilicidade e basicidade do Nu; 4. Solvente da reação; 5. Temperatura. O direcionamento da reação para um mecanismo SN1, SN2, E1 ou E2, depende dos seguintes fatores: Reação Solvente Nucleófilo/Base Grupo de saída Estrutura do substrato SN1 Efeito muito forte; reação favorecida por solventes polares Efeito fraco; reação favorecida por bom nucleófilo/base fraca Forte efeito; reação favorecida por bom grupo de saída Forte efeito; reação favorecida por substratos 3°, alílicos e benzílicos SN2 Forte efeito; reação favorecida por solventes polares apróticos Forte efeito; reação favorecida por bom nucleófilo /fraca base Forte efeito; reação favorecida por bom grupo de saída Forte efeito; reação favorecida por substratos 1°, alílicos e benzílicos Tabela 3. Resumo das variáveis nas reações SN1, SN2, E1 e E2 apróticos nucleófilo /fraca base grupo de saída 1°, alílicos e benzílicos E1 Efeito muito forte; reação favorecida por solventes polares Efeito fraco; reação favorecida por base fraca Forte efeito; reação favorecida por bom grupo de saída Forte efeito; reação favorecida por substratos 3°, alílicos e benzílicos E2 Forte efeito; reação favorecida por solventes polares apróticos Forte efeito; reação favorecida pelo nucleófilo fraco/ base forte Forte efeito; reação favorecida por bom grupo de saída Forte efeito; reação favorecida por substratos 3° Observação: • Basicidade é uma medida da facilidade com que uma espécie compartilha seu par não ligante com um próton. • A nucleofilicidade é uma medida da rapidez com que uma espécie é capaz de atacar um átomo deficiente de elétrons. Tipo de haleto SN1 SN2 E1 E2 Haleto primário Não ocorre Altamente favorecida Não ocorre Ocorre quando são usadas bases fortes, impedidas Haleto Pode ocorrer sob condições de Favorecida por bons nucleófilos Pode ocorrer sob condições de Favorecida quando Tabela 2. Resumo reatividade geral dos haletos nas reações SN1, SN2, E1 e E2 Haleto secundário condições de solvólise com solventes polares bons nucleófilos em solventes polares apróticos condições de solvólise com solventes polares Favorecida quando bases fortes são usadas Haleto terciário Favorecida por nucleófilos não- básicos em solventes polares Não ocorre Ocorre em condições de solvólise Altamente favorecida quando bases são usadas Favorecendo E2 sobre SN2 Em todos os casos, as reações de eliminação são favorecidas por temperaturas elevadas (maior que temperatura ambiente) e reações de substituição por temperaturas baixas (menor ou igual a 0oC), além de baixo efeito estéreo e um nucleófilo bom e fracamente básico. Condições que favorecem SN1/E1 A etapa determinante da velocidade de ambas reações é a formação do carbocátion. Desta forma, nesses condições experimentais, formam-se ambos produtos: Eliminação e Substituição
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