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Analise comportamental - Punição

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FACULDADE PITÁGORAS - Poços de Caldas 
 Curso de Psicologia 2osem/2015
ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO
Profa Francine Márcia de Castro Coura
3. O COMPORTAMENTO OPERANTE E O SEGUNDO NÍVEL DE SELEÇÃO POR CONSEQUÊNCIAS: O PAPEL DOS ANTECEDENTES E DAS CONSEQUÊNCIAS
A punição é uma operação comportamental que envolve a consequenciação de uma resposta:
quando há apresentação de um estímulo aversivo ou remoção de um reforçador positivo presente que cessa a resposta. 
Ou seja, quando um comportamento operante é seguido de um estímulo (consequência) que suprime a sua frequência no futuro, esse estímulo é chamado punidor.
O processo pelo qual a frequência de uma classe de resposta é suprimida é chamado punição. 
Exemplos: ☺ Se uma pessoa recebe uma multa pesada após avançar um sinal vermelho, a punição provavelmente eliminará o comportamento de avançar sinais vermelhos no futuro.
 
 ☺ Quando as pessoas discordam de você cada vez que você menciona um certo assunto, este feedback crítico provavelmente suprimirá seu comportamento de levantar este assunto no futuro.
Qualquer estímulo, regularmente relacionado com a punição de um comportamento operante, pode se tornar um estímulo antecedente discriminativo que estabelece a ocasião para não responder.
Exemplos: ☺ Depois que as pessoas recebem reprimendas ou multas de trânsito pelo avanço de sinais vermelhos,
esses sinais tornam se estímulos antecedentes discriminativos para não avança-los.
 ☺ Pessoas param de tentar brincar com cães depois de serem mordidos por eles e cães rosnando se tornam um estímulo antecedente discriminativo para não se brincar com cães.
Importante: tanto a punição quanto a extinção reduzem a frequência do comportamento, entretanto, a punição normalmente o faz mais rápida e completamente do que a extinção. 
Exemplo: ☺ Depois que uma criança aprendeu a resmungar, fazer beiços e
choramingar porque estas respostas são reforçadas positivamente por atenção, a frequência de resmungar pode ser reduzida por extinção ou punição.
 
- Se os pais deixam de dar atenção sempre que a criança comece a chorar, fazem pelo método da extinção.
- Se deduzem 10% da mesada cada vez que ela chora, fazem pelo método da punição. 
Os dois métodos funcionam, entretanto, a punição causa um declínio muito mais rápido da resposta que a extinção.
Assim, punição é um processo pelo qual um comportamento é suprimido ativamente enquanto a extinção é um processo pelo qual um comportamento fica menos frequente devido ao não reforçamento. 
Exemplo: ☺ Numa casa, com um corredor longo e escuro, as pessoas normalmente acendem a luz do corredor quando o atravessam à noite.
 - Se o interruptor estraga e ao passar pelo corredor as pessoas o acionam e a luz não acende, o comportamento está em extinção. 
Por vários dias, as pessoas continuam acionando o interruptor “por hábito” (a cada vez que passam pelo corredor). Entretanto, a frequência de respostas declina gradativamente devido à extinção.
 - Por outro lado, se o interruptor estragado desse choque, quando tocado, a resposta de acioná-lo seria suprimida muito mais rapidamente. 
A punição reduz as taxas de resposta mais rapidamente do que a extinção.
A punição produz a suspensão mais rápida de comportamento quando: forte, imediata e quando não há um reforçamento que a supere. 
Exemplo: ☺ o rato na caixa de Skinner ao pressionar a barra para receber água (como “por hábito”), recebe um choque intenso/forte e imediato à pressão e ainda não recebe a água.
A punição extremamente intensa e imediata pode suprimir um comportamento permanentemente.
A punição fraca e com atrasos é normalmente menos eficiente que a forte e imediata.
Exemplo: ☺ Quando os pais veem seu filho tomando o brinquedo de outra criança, eles podem dizer: “Não, não. Não faça isto”, mas uma reprimenda verbal, apenas, 
é uma punição fraca e pode não ser muito eficaz na supressão do comportamento e ainda não tiram do filho o brinquedo.
Quanto maior o atraso entre o comportamento e a reprimenda mais fraco o efeito supressor.
Quando a punição é contrabalançada pelo reforçamento, o comportamento é influenciado pela intensidade e frequência relativas da punição e do reforçamento.
Os efeitos opostos de reforçamento e punição são baseados, em parte, na intensidade de cada um.
Exemplo: ☺ Se um interruptor de luz no corredor funciona (um reforçador), mas dá choque fraco (um punidor leve) quando usado, as pessoas podem continuar a usar o interruptor à noite porque o reforçamento da luz acesa sobrepõe o desconforto de um choque fraco. 
Entretanto, se o choque for muito intenso e doloroso, a punição do choque pode ser mais forte que o reforçamento da luz e suprimir o responder.
A razão custo/beneficio entre punição e reforçamento ajuda a prever quanta supressão de resposta ocorrerá. 
Quando os custos são altos e os benefícios baixos, há mais supressão de resposta do que quando os custos são baixos e os benefícios altos.
A frequência da punição e reforçamento também afeta a razão custo/beneficio:
- Se um comportamento é sempre recompensado, mas punido apenas uma vez em dez, a punição intermitente provavelmente suprimirá menos a resposta do que a punição mais freqüente.
Exemplo: ☺ Se um rapaz critica sua namorada toda vez que ela joga tênis com ele,
suas críticas são punidores que podem suprimir seu comportamento de jogar. Ela pode continuar a jogar tênis com ele se a frequência de recompensas for maior que a de punição, mas é provável que ela pare de jogar se as críticas foram mais freqüentes que os reforçadores. 
Punição leve e pouco frequente pode suprimir totalmente o comportamento se um comportamento alternativo está disponível (com uma razão custo/benefício melhor) para substituí-lo. As pessoas podem parar completamente de emitir um comportamento levemente punido se elas têm acesso a um comportamento alternativo que oferece mais reforçamento e/ou menos punição.
Exemplo: ☺ Quando os pais usam reprimendas verbais – um punidor fraco – para lidar com uma criança que está tomando os brinquedos de outras, as reprimendas podem ter um efeito pequeno no comportamento da criança porque as recompensas de brincar com os brinquedos sobrepõem o fraco punidor verbal. 
Entretanto, se os pais dão a seu filho vários brinquedos interessantes ou passam mais tempo brincando com ele, as reprimendas pelo roubo dos brinquedos de outras crianças – junto com recompensas por um comportamento alternativo – podem interromper o comportamento indesejável.
Há dois tipos de punição: positiva e negativa. Os termos “positivo” e “negativo” indicam se a punição ocorre com o surgimento ou término do estímulo que segue o comportamento operante.
Punição positiva ocorre com o início de um estímulo aversivo que suprime o comportamento:
Exemplo: ☺ Se você derrama café quente em sua mão enquanto senta-se à uma mesa numa cafeteria, o surgimento de um estímulo aversivo pune o ato desajeitado. 
Punição negativa ocorre quando o término de um estímulo reforçador suprime o comportamento.
Exemplo: ☺ Se uma ação desajeitada resulta em você deixar cair e perder uma nota de dez reais num dia de ventania, a perda serve como punição para a falta de cuidado. Assim, perda de um reforçador positivo é uma punição negativa.
Importante: - quando se refere ao reforçamento positivo ou punição positiva, o termo “positivo” indica que o condicionamento operante resulta do aparecimento de um estímulo;
 - quando se refere ao reforçamento negativo ou punição negativa, o termo “negativo” indica que o
condicionamento operante resulta do término (através da fuga, da esquiva ou perda) de um estímulo.
Portanto, a punição positiva ocorre sempre que uma ação conduz a experiências aversivas e a puniçãonegativa ocorre quando um comportamento operante leva a perda de um reforçador positivo. 
A punição não faz o comportamento ser “desaprendido” ou “esquecido”. Ela meramente suprime a frequência do responder. 
Os efeitos da punição são muitas vezes apenas temporários e quando a punição não ocorre mais, 
a taxa de respostas geralmente aumenta. Este fenômeno é chamado recuperação. 
Em muitos casos, o comportamento previamente suprimido retorna completamente à frequência que tinha antes que a punição começasse.
Exemplo: ☺ Depois que os guardas param de usar o radar de velocidade em um certo trecho da estrada, as pessoas que costumavam exceder a velocidade voltam às velhas práticas de correr pelas rodovias. 
A recuperação é mais rápida e mais completa quando a punição original foi fraca ou intermitente e há reforçamento para se emitir o comportamento. 
Quanto mais leve a punição original, mais rápido um comportamento se torna provável de recuperação após o fim da punição.
Exemplo: ☺ Se você sofre um acidente de esqui que te quebra ambas as pernas, essa punição intensa pode suprimir o esquiar permanentemente, mesmo depois de tirar o gesso.
Por outro lado, se você simplesmente cai esquiando numa encosta, essa punição pouco intensa pode tirá-lo da colina pelo resto da tarde, mas amanhã você pode estar pronto para tentar novamente.
Quanto mais reforçamento houver para um comportamento operante, mais rapidamente a recuperação virá após o fim da punição.
Exemplos: ☺ Pessoas que quebram ambas as pernas em acidentes de esqui provavelmente só voltarão a esquiar se houver recompensas para fazê-lo. Elas realmente gostam do esporte, todos os seus amigos esquiam, estão perto de ganhar competições.
 ☺ Fumantes de cigarro sempre experimentam efeitos colaterais
fortemente aversivos de fumar, quando tem um resfriado sério ou um prolongado ataque de enfisema. Fumar torna os resfriados e enfisemas ainda mais aversivo e, portanto, pune as respostas de fumar enquanto as fumantes estiverem doentes, Entretanto, após a doença, há menos efeitos colaterais
aversivos para se fumar e quase sempre a frequência do comportamento de fumar retorna aos altos níveis anteriores. 
Esta recuperação de fumar, após a supressão temporária, é mais provável para os indivíduos cujo comportamento de fumar foi seguido por altos níveis de reforçamento positivo. 
Referências Bibliográficas
●BALDWIN, J. D. & BALDWIN, J. I. Behavior Principles in Everyday Life. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall, 1986 (Trad)
●BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes T. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 13. ed. ref., ampl. São Paulo: Saraiva, 2002. 368p.
●SKINNER, B. F. Ciência e comportamento humano. Capítulo XII – Punição, p.198-209

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