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Anotações de Aula Educação Ambiental

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AULA 001 – EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Educação Ambiental surge em época de crise ambiental, logo está ligada ao aspecto sociopolítico. É preciso que os educandos se sensibilizem e possam analisar criticamente sobre tema ambiental e construção de um mundo mais sustentável. É um tem a transversal – pode ser tratada em diversas outras matérias e assim é feito nas escolas.
O que é Educação Ambiental? – Nome que se da as praticas educativas relacionadas a questão ambiental. A inserção do tema no âmbito educacional é muito recente, cerda de 20 anos. Em materiais antigos a natureza era vista até como empecilho, como ameaça ao desenvolvimento.
Em 1977, em Tbilisi, aconteceu uma conferencia onde se definiu a educação ambiental como processo permanente onde o individuo deve tomar consciência de seu ambiente e desenvolver valores e conhecimentos para que individual ou coletivamente aja e previna ou resolva problemas presentes ou futuros. Já havia uma preocupação clara com o que viria a ser desenvolvimento sustententavel do âmbito econômico, político e sócia. Serviu de referencia par que nações estabelecessem pouco a pouco temas ambientais nas escolas, currículos, etc. 
Contexto da Educação Ambiental – até 1980 não se mencionava preservação, economia global, sustentabilidade, aquecimento global, etc. Ecologia era apenas um ramo da Biologia. No Brasil ainda predominava discurso voltado para o progresso nacional, crescimento a todo custo. Queria se recuperar o tempo perdido de antes e a preocupação ambiental era empecilho. 
Até final dos anos 70 – predomina ideologia desenvolvimentista, grandes obras, rápido crescimento industrial, movimentos migratórios (do campo para a cidade), rural-agrário visto como atraso e valorização do urbano-industrial, educação era vista como ferramenta para o progresso (muitas escolas técnicas, ensino voltado ao capitalismo, humanas com menos atenção) e poluição e desmatamento era sinal de que país estava saindo da pobreza.
Quando surge questão ambiental? – começa no momento em que mundo vivencia maior desenvolvimento e produção, durante crescimento econômico após as grandes guerras (era de ouro do capitalismo). Nos países mais desenvolvidos dos anos 60 começou a surgir as primeiras manifestações contra a sociedade industrial – capital cultural, nível de emprego era mais alto, havia muito empregabilidade nesses lugares. Foi a época da ascensão da contracultura, marcada por movimentos hippies e luta pelos direitos civis (para estender direito a grupos excluídos). Algumas das ONGs pioneiras do meio ambiente surgiram nessa época, como o WWF (61) na Suiça e o Greenpeace (71) no Canadá.
 Obras Pioneiras – Primevera Silenciosa de Rachel Carson (1962) – marco na literatura ambiental. O livro contem artigos científicos, com questionamentos críticos, que ela usou para estruturar sua tese. Sua tese defendia que o DDT causava grandes danos ambientais a longo prazo (perda da qualidade de vida e desequilíbrio ecológico). O nome se da porque os pássaros passavam a sumir por conta do uso desse pesticida, logo, a primavera fica silenciosa. Apesar de ter sido escrito na década de 60, o uso de agrotóxico ainda é muito grande, ainda mais no Brasil que é o pais que mais utiliza agrotóxico per capita – a consequências são inúmeras na saúde (câncer) e na dieta, por exemplo. 
Obras – Os Limites do Crescimento de Donella H. Meadows (1972) – usado como base para conferencia de Estocolmo, primeira conferencia internacional do meio ambiente. Causou burburinho porque a autora do MIT e colegas previram como seria o mundo no futuro baseado nas taxas de consumo e chegaram a conclusão de que o mundo estaria perto de um colapso – uma situação da qual não se poderia sair. Baseia-se em “cinco parâmetros”: (1) industrialização acelerada; (2) crescimento populacional; (3) a insuficiência da produção de alimentos; (4) o esgotamento dos recursos naturais não renováveis e; (5) a degradação irreversível do meio ambiente. O livro foi patrocinado pelo Clube de Roma – era composto por famílias de influencia na Europa, realeza e detentores de bens. Encomenda a especialistas de várias áreas do conhecimento um estudo com o propósito de sistematizar os questionamentos ambientais e o livro foi resultado do trabalho. 
De acordo com o documento da conferencia (1972), o planeta alcançaria o seu limite nos próximos cem anos. Gerou um burburinho porque os países Latinos Americanos estavam em desenvolvimento e a impressão que ficou era de que países em desenvolvimento precisavam estancar para que outros pudessem manter seu estilo de vida. 
I Conferencia das Nacoes Unidas sobre Meio Ambiente , 1972, Suécia – coloca discussão ambiental em nível internacional. Contou com 113 países e 40 instituições. Resultado: declaração do ambiente humano que defende que seres humanos tem direito fundamental a vida e a um ambienta não degradado, reconhecimento da educação ambiental, reconhecimento da necessidade de rever processo de desenvolvimento econômico mundial. Em 1977 cria-se uma conferencia apenas para tratar a questão da educação ambiental. 
AULA 02 – EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Dec. 70 – encontros internacionais 
Dec. 80 – ficou conhecida como a época de divulgação do Relatório Bruntdland (“Nosso futuro comum”), em relação ao nome de quem encabeçou o relatório – uma ativista dinamarquesa. Foi divulgado mundialmente nessa época e mostra trabalhos realizados pela comissão mundial sobre meio ambiente e desenvolvimento da ONU. Ele marca o surgimento do termo “Desenvolvimento sustentável”, que é o desenvolvimento que satisfaz a necessidade atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas necessidades. Ele deriva de um conceito das dec. de 60 e 70 de eco desenvolvimento, que pensava em resolver pobreza e miséria como ações que levavam a degradação ambiental. Há autores que são favoráveis a esse conceito e outros críticos. Esse relatório teve um papel político MT grande – representava um novo arranjo político (encontro de Estocolmo gerou burburinho porque países em desenvolvimento se sentiram prejudicados – ex. Brasil não ficou até fim da conferencia, dizia que poluição era necessária para crescimento). Algumas críticas ao desenvolvimento sustentável são de que ele não explica como fazer, como agir. 
Nosso futuro comum indica medidas para dev. Sustentável. Não representava uma definição especifica, mas dava princípios norteadores:
Limitação do crescimento populacional – deriva de uma obra chama “população bomba” 
Garantia de recursos básicos.
Preservação da biodiversidade e dos ecossistemas.
Diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com uso de fontes energéticas renováveis. – sempre teve grande impacto qd se fala em preservação ambiental – liberação de co2
Aumento da produção industrial nos países não industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas – países em desenvolvimento deveriam aprender com o erro dos outros e não se desenvolver da mesma forma errada como já vinha sido feito. Era necessário investir em novas formas de produção que causassem menos impacto ao meio ambiente. 
Atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia) – tocava o assunto social, mas pouco – se consolida depois.
O relatório não tocou somente no assunto ambiental, mas se interessou também pelas necessidades de países em desenvolvimento. Defendia que o estilo de dev. Sustentável estava ligado também a problemas de eliminação da pobreza, da satisfação das necessidades básicas de alimentação, saúde e habitação e, aliado à alteração da matriz energética, privilegiando fontes renováveis e o processo de inovação tecnológica. 
Livro “Nosso Futuro Comum” está disponível na Internet. 
Rio 92 – Conferencia Internacional sobre Dev. E Meio Ambiente – contou com 175 paises e 108 chefes de estado – participação dos chefes é importante porque eles são os mais importantes do país. Conferencia reafirma o dev. Sustentável e estabelece os princípios e responsabilidades comuns mas diferenciadas – degradaçãoambiental é cumulativo e países q dev. Antes tem sua responsabilidade (até hj representam maior parte de liberação dos gases do efeito estufa) e devem de alguma maneira ser mais responsabilizados que outro. Elaboração da Agenda 21 – proposta de ação para sec. 21, o que se imagina para esse sec. Em relação a questao ambiental: Dimensões Sociais e Econômicas, Conservação e Gerenciamento de Recursos, Fortalecimento do Papel dos Maiores Grupos e Meios de Implantação. 
Conferencia de 92 se desdobra em alguns temas: mudança do clima, ar e água, transporte alternativo, fomento do ecoturismo (que serviria para conscientização), redução do desperdício e redução da chuva ácida (problema frequente em centros urbanos e atividade industrial). Marca crescimento das ONGs no debate – ao longo da dec. 80 e 90 surgiu o discurso neoliberal, que preconiza a diminuição do papel do estado na atividade econômica e social e com isso se cria uma lacuna q se preenche com as ONGs, chamadas de 3 setor pq n são lucrativas mas tem ligação com o q estado faz. Cria-se Convenção Sobre Mudança Climática, que mais tarde da subsidio ao protocolo de Kyoto.
Protocolo de Kyoto 1997 – trata principalmente da poluição atmosférica, que mobilizou a comunidade internacional. Até hoje é um tema muito tratado. Havia uma preocupação com o aumento da temperatura média da Terra que traria consequências graves a humanidade, não somente num ecossistema específico. Tem compromissos mais rígidos para controle de emissão dos gases do efeito estufa. Tentaram colocar uma meta que era atingível. Era ano de 1990 e as metas foram feitas para meados de 2000, e claro, não se calculou o crescimento de algumas potencias como a China, por exemplo. O protocolo foi ratificado em 2005 com a entrada da Rússia, porém os maiores poluidores mundiais ainda não participam e protocolo não atingiu as metas. 
Surgiu o comercio internacional de emissões – instrumento econômico relacionado ao comercio entre países dev e sub dev, seu auge aconteceu na dec. de 2000. E ainda é um pouco ativo. (Ex. se Brasil tem recursos para cuidar do ambiente, ganham subsídios dos países dev para tal e para produzirem menos ameaças ao ambiente).
Conferencias posteriores:
Rio +5 - avalicao de resultados da rio 92 – ONGS ganham direito de fiscalizar ações para desenvolvimento sustentável. Discussao de como colocar em pratica a agenda 21.
Rio +10 – não houve avanço ambiental mas dimensão social ganhou forças
Em 2000 foi desenvolvido os objetivos do milênio pela ONU:
Erradicar a pobreza extrema e a fome.
Atingir o ensino básico universal.
Promover igualdade entre os sexos e autonomia das mulheres.
Reduzir a mortalidade na infância.
Melhorar a saúde materna.
Combater o HIV, a malária e outras doenças.
Garantir a sustentabilidade ambiental.
Parceria mundial para o desenvolvimento.
Rio +20 – ONU – sobre dev sustentável, maior evento da ONU. Fez balanço das conferencias anteriores e novo proposições (agenda para próximas década). Discussão da economia verde e instrumentos de governança – estadado com papel diferente do que tinha há MT tempo atrás. 
Mudanças no meio Ambiente da rio 92 até rio +20:
Megacidades passam de 10 para 21. 
Emissao de gases do efeito estufa continuam a crescer, sendo que 80% vem só de 19 países – mais dev.
Quase todas as geleiras derrentendo e mares crescendo.
300 milhoes de hectares de floresta a menos.
Biodiversidade diminui.
No Brasil, 96% do lixo gerado não tem tratamento algum. 
Curva ambiental de Kuznets – dizia q conforme países se dev, diminuirá degradação ambiental. Não haveria necessidades de políticas ambientais rígidas pq aconteceria naturalmente. Não vem acontecendo e teoria se provou falha. Paral Alves, dev sustentável só maquiou a degradação ambiental. Degradação só aumenta com crescimento econômico. 
Educação Ambiental Brasileira
Pensamento ecologista brasileiro ganhou força em 70 e 80. Um dos pioneiros foi José Lutzenberger, que tem participação importante no ambientalismo brasileiro. Fundou ONGs e foi ministro do Meio ambiente e trabalhou no IBAMA para a ECO92. Um pouco antes da ECO92 saiu do IBAMA, mas deixou tudo pronto para que ela acontecesse. Algumas outras pessoas importantes foram: Cacilda Lanuza, Fernando Gabeira (ajudou funcacao do PV), Augusto Ruschi (considerado patrono da ecologia no Brasil), Niceia Magalhes, Fábio Feldman (ex-secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo), João Paulo Capobianco (ex-secretário de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente), etc. 
EXERCÍCIO 02
1) Na década de 1980 surge um novo princípio norteador: O Nosso Futuro Comum. Esse princípio teve como base o conceito de desenvolvimento sustentável. O documento que divulga esses princípios é conhecido como: Relatório Burndtland
2) Segundo a Declaração de Política de 2002 da Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável (Joanesburgo, África do Sul), o Desenvolvimento Sustentável é construído sobre três pilares interdependentes, que são: econômico, social e ambiental.
AULA 03 – EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Objetivo – compreender que Educação Ambiental é uma proposta voltada para a sensibilização. Analisar diferentes vertentes e concepções referentes a temática ambiental.
A construção de um projeto de Educação Ambiental – qd se busca construir algo com viés ambiental é importante que se tenha embasamento teórico e metodológico. Com isso é mais fácil de se atingir os objetivos. 
Relação Homem-Natureza
No censo comum há ideia de que o homem é responsável por todos os problemas ambientais vivenciados. Porém, há classes e classes de homem e algumas tem mais responsabilidade. A influência que uma ação ou outra tem sobre o meio é diferente. No meio comum todos tem a mesma influencia e não é bem assim. De fato, os problemas ambientais refletem a forma como o homem se relaciona com a natureza, mas há alguns fenômenos naturais. Ex. efeito estufa é natural, mas o problema é a potencialização do efeito, que é feito pelo homem. O homem é o único é o único animal que transforma conscientemente a natureza. Todos os seres vivos se adaptam ao meio ambiente – todas as formas de vida se desenvolvem de acordo com as condições que a Natureza oferece – ideia de evolução (Darwin). O homem transforma a natureza de acordo com as suas necessidades, criando um ambiente cultural. Ambiente cultural envolve a socialização, a capacidade de criar valores e transmitir conhecimento. 
Transformações na relação homem-natureza – no passado, a relação era permeada por mitos, ritos, magias, com objetivos de agradar Deuses da natureza. Natureza e homem tinham relação de respeito profundo. No mundo atual há ideia de antropocentrismo, que leva a urbanização e natureza perde a condição de mãe da vida (isso se da a partir do fim da idade média – com mercantilismo essa ideia passa a tomar forma). Homem e natureza passaram a ser coisas distintas – Idea que passa a crescer a partir do sec. XVIII. Ex. de autor é Bacon que diz que homem com sua capacidade inventiva coloca a natureza a seu dispor. Kant fala da distinção da natureza interior e exterior. Ideia ganhou ainda mais força com o inicio da sociedade industrial. Passa-se a haver um avanço de diversas áreas, pois se acreditava que o estudo específico em várias vertentes separadas daria ao homem o poder de dominar a natureza – um mito de que ciência seria capaz de dominar completamente a natureza. 
Atualmente – o desejo desenfreado por dinheiro fez com que o homem mudasse sua concepção como parte do natural. Pessoas que tem esse desejo se vêm como partes distintas da natureza e assim passa a destruir a natureza. 
Relação homem-natureza mediada pelo trabalho – é o trabalho que transforma uma concepção da mente em algo prático. Trabalho transforma natureza física em natureza humanizada e dessa maneira passa a ser fundamental para compreensão de uma proposta de Educação Ambiental. Quando se fala em Edu Ambiental, se perpassa pelo trabalho, em como homem transforma natureza por ele. Marx dizia que a medida que o homemmodifica a natureza, módica também sua natureza e assim passa a dar menos importância a natureza exterior. Trabalho humano é o único que pode ser realizado de maneira não instintiva. 
Homem, alem de transformar o material sob qual opera, imprime no projeto algo pré-concebido. Atos humanos sempre foram medidos por instrumentos (arado, por exemplo) e esses atos são sempre transmitidos de geração em geração. Essa transmissão do conhecimento é cumulativa ao longo da historia e por isso a educação é de extrema importância. 
Homem é responsável pelos problemas atuais? – é necessário fazer uma analise das classes de homens também, para ver quais classes de homem tem participação maior, para não generalizar. 
	Ex. desbarrancamento de um morro – culpa é dos moradores? A culpa pode ser histórica e da maneira como se deu o desenvolvimento das cidades, que muitas vezes tiveram um processo de “favelização” em sua história. 
Na nossa sociedade, a natureza de tornou um ativo (terras a venda). A forma de apropriação mudou ao longo da história da forma como se dão as relações sociais. Ex. aceitar a ideia de propriedade privada e nos causa estranhamento um grupo de sem terra invadir uma fazenda improdutiva. Toda mercadoria pertence a alguém e assim também é com a natureza atualmente. Se compararmos nossa visão de mundo com a de comunidades tradicionais, como a dos indígenas, veremos como nos distanciamos da natureza. 
Nesse tópico, concluímos que o homem que destrói a natureza é aquele que se diferencia historicamente de acordo com o modo como produz sua existência, e que se diferencia de acordo com as relações sociais estabelecidas dentro do modo de produção vigente. 
Vertentes da Temática Ambiental
Há quatro grandes linhas que merecem atenção. Foram descritas por Manzochi (1994), que trabalha de forma didática a temática ambiental e da educação ambiental.
Ecologia Natural – ecologia primordial, que nasceu dentro da Biologia, que tinha objetivo de estudar as interações dos seres humanos com o meio ambiente, do âmbito da natureza mais selvagem, química, biológica e fisicamente, não do lado mais humano. Ecologia estuda o funcionamento dos sistemas naturais. 
Ecologia Social – nasce como uma critica a ecologia Natural que se dava somente ao estudo do natural. Ecologia Social se aproxima mais do campo social e humano e assim degradação ambiental é vista diretamente ligada aos interesses capitalistas (foi escrita principalmente nos anos 60 e 70, onde haviam muitos ligados a concepções libertárias e de critica ao capitalismo). Ser humano é constituído em espécies, mas é dividido em grupos. Critica a noção de estado. Autor mais importante é Murray Bookchin, professor e ativista ambiental, expoente da ecologia social.
Conservacionismo – ideia que vai em oposição direta ao preservacionismo. É a proteção dos recursos naturais por meio de uso racional, garantindo sustentabilidade e existência para as futuras gerações. Se relaciona a pratica do ativismo ambiental, não é tão teórica quanto as duas primeiras. Engloba ideias e estratégias em favor da conservação da natureza. Busca o maior beneficio para a maioria e tem ideias precursoras ao “desenvolvimento ambiental”. O preservacionismo está muito ligado a não interferência humana, a proteção integral e intocabilidade. Já Conservacionismo prevê uso racional. No Brasil existe os dois, áreas de preservação e de conversação.
Ecologismo – defende que resolução da crise ecológica não se resolve com medidas parciais de conservação ambiental, como criação de parques, mas também por ampla mudança na cultura e maneira dos homens se relacionarem. 
Considerações Finais – Alguns autores defendem o termo ecologismo ao ecossocialismo que propõe superação do meio de produção capitalista colocando como base a questão ambiental. 
EXERCÍCIO 03
Educação Ambiental – palavra “tradicional” causa certo estranhamento aos meios de educação atual.
Prevalência do natural sobre o socioeconômico – não é correto, o que há é na veradade interdependência entre os dois. 
AULA 04 – EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Diferentes vertentes da educação ambiental
Há diversas concepções de educação voltadas ao meio ambiente. Há quatro grandes correntes ligadas a Educação Ambiental:
Conservacionistas – ligada a origem do movimento ambientalista. Ligado a ideia de alertar a sociedade quanto as mazelas de ordem ambiental e propor ideias de conservação. 
Educação ao ar livre – ligada também ao inicio da questão ambiental do mundo. Proposta de educação sensitiva, onde se estimula preservação com acesso a natureza. Um exemplo mais recente disso é o ecoturismo, caravanas ecológicas. Há uma relação direta do homem com a natureza. Parte-se da premissa de que isso geraria conhecimento maior no homem que passaria a valorizar mais a natureza.
Gestão ambiental – surgiu no contexto da America latina em 70 e 80. Surge como critica aos governos ditatoriais que surgiram nessa área na época. Tinham como premissa uma educação participativa e democrática, também com a variável ambiental. 
Economia Ecológica – corrente também dos anos 70 e se baseia na ideia de que para se criar Desenvolvimento sustentável era necessária a preparação do individuo para isso. Impulsionou a ideia de Desenvolvimento sustentável. 
Desenvolvimento sustentável e Sociedades sustentáveis
São conceito que parecem correlatos, mas tem algumas diferenças. A criação da expressão sociedade sustentável é critica ao desenvolvimento sustentável e considera que o “desenvolvimento sustentável” é só uma nova roupagem para manutenção do “status quo”. Criadores do termo “sociedade sustentável” são críticos, pois a corrente de desenvolvimento sustentável não propõe exatamente mudanças bruscas para o sistema produtivo. 
Educação Ambiental Reducionista e Crítica
Reducionista – centrada em abordagens ligadas a aspectos físicos que buscam mudanças individuais. Está focada na lógica formal – objetos e fenômenos vistos de forma estática. Não visam buscar a origem desses problemas ambientais. REDUZ papel da educação e ensina somente como preservar o meio ambiente, mas não corrigir problemas. Exemplos de propostas reducionistas:
Educação ambiental conservadora – remonta ao preservacionismo, ideal romântico da natureza
Educação ambiental pragmática – foca na ação, busca de soluções e normas a serem seguidas. Ligada a concepções tecnicistas de educação.
Crítica – busca solução para os problemas ambientais. Objetivo é visão integrada do meio ambiente, onde seres humanos estão inseridos nos ambientes naturais, não são coisas separadas. Está focada na lógica dialética – objetos e fenômenos em constantes movimentos contraditórios, de forma dialética. Busca entendimento da situação e busca das soluções para os problemas na raiz. O educador critico:
Educador que tem forte tendência a se apoiar em aspectos científicos, que supera lógica formal, reconhecendo os limites da concepção.
Busca exercitar e confrontar por meio da dialética. Uma atividade pode se basear na lógica formal e superar sua analise com base na lógica dialética. Inicia na lógica formal e em seguida se problematiza mais amplamente.
Ecopedagogia e a Educação Ambiental crítica
Ecopedagogia ainda não é extremamente bem estruturada porque é relativamente um conceito novo. Surgiu num fórum Global 92, organizado pelas ONGs. Foi sistematizada por Francisco Gutiéres – Paulo Freire. 
É “uma pedagogia orientada para a aprendizagem do sentido das coisas a partir da vida quotidiana, tendo como objetivo a promoção das sociedades sustentáveis” (MENEZES; SANTOS, 2010).
Para Paulo Freire o que é ensinado tem que ter um envolvimento com a vida cotidiana do aluno e não seria diferente com a educação ambiental.
De acordo com Gadotti, os princípios da ecopedagogia são:
1. O planeta como uma única comunidade.
2. A Terra como mãe, organismo vivo e em evolução.
3. Uma nova consciência que sabe o que é sustentável, apropriado, o faz sentido para a nossa existência.
4. A ternura para com essa casa. Nosso endereçoé a Terra.
5. A justiça sócio-cósmica: a Terra é um grande pobre, o maior de todos os pobres.
6. Uma pedagogia biófila (que promove a vida): envolver-se, comunicar-se, compartilhar, problematizar, relacionar-se entusiasmar-se.
7. Uma concepção do conhecimento que admite só ser integral quando compartilhado.
8. O caminhar com sentido (vida cotidiana).
9. Uma racionalidade intuitiva e comunicativa: afetiva, não instrumental.
10. Novas atitudes: reeducar o olhar, o coração.
11. Cultura da sustentabilidade: ecoformação (ampliar nosso ponto de vista).
O movimento ecopedagogico vem da Carta da Terra, e representa o ensino de praticas ambientais pela ética política, econômica, equidade social e educação. Os pilares que sustentam a ideia são:
– a) Os direitos humanos.
– b) Democracia e participação.
– c) Equidade.
– d) Proteção das minorias.
– e) Resolução pacífica dos conflitos.
Direito do Meio Ambiente
São uma nova geração de direitos humanos, é recente. O Meio Ambiente deve ser visto como espaço do qual vivemos, não somente no qual estamos inseridos. A Declaração sobre o Meio Ambiente (Estocolmo - 72), serviu de fio condutor para os princípios mínimos que devem figurar tanto nas legislações domésticas sobre o meio ambiente, quanto dos Estados.
O meio ambiente é visto como básico para exercício de todos os outros demais direitos. 
No Brasil, direitos do meio ambiente aparecem, por exemplo, na Política Nacional do Meio Ambiente, LEI n.6.938/81. Nela, entende-se por meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.Aqui também aparece a questão da educação ambiental, mesmo que discreta. Esse documento é muito centrado no meio jurídico, por isso não foca muito na educação.
A constituição de 1988 também dispõe sobre meio ambiente: “Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preserva-lo para as presentes e futuras gerações, bem como promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino”. Cabe ao estado a proteção do meio ambiente, não a organizações privadas. Porem, a execução das leis no Brasil é um pouco complicada e demorada.
Conferencias sobre educação ambiental
• 1965: Surgiu o termo “E.A.” na conferência em educação na Universidade de Keele(RU).
• 1968: Nasce o Conselho para EA (RU).
• 1971: Primeira definição internacional da EA - IUCN: abordou os aspectos ecológicos da conservação.
• 1975: Encontro Internacional em EA em Belgrado – Carta de Belgrado (UNESCO). –Criado o Programa Internacional de EA (P.I.E.A.) – pedia que países parassem de gastar tanto com armamento para focar no ambiente
• 1977: I Conferência Intergovernamental sobre EA (Tblisi) - princípios da EA (caráter interdisciplinar, critico, ético e transformador). – esse momento é divisor de águas para EA. 
• 1987: Congresso Internacional sobre EA e Formações Ambientais em Moscou – discutiram-se avanços do congresso de 1977. Elaborado doc “Estratégia Internacional de Ação em Matéria de Educação e Formação ambiental para o Decênio de 1990”, dividido em três partes que tratavam de: informações e estudos, elementos para estratégia internacional e ações para que se atingissem os objetivos. 
• 1992: Conferência Internacional sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente/RIO – 92 – elaborado o “Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis”. O Forum global tirou 32 tratados, e o mais importante para a educação é esse. Doc possui elementos relacionados à ecopedagia e pensamento crítico. 
Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis – Princípios:
1. A educação é um direito de todos.
2. A EA deve ter como base o pensamento crítico e inovador, em seus modos formal, não – formal e informal.
3. A EA é individual e coletiva, e deve respeitar a autodeterminação dos povos e a soberania das nações. – questão econômica, cultural, etc. de cada povo.
4. A EA não é neutra, mas ideológica. É um ato político, baseado em valores para a transformação social.
5. A EA deve envolver uma perspectiva holística, enfocando a relação entre o ser humano, a natureza e o universo de forma interdisciplinar.
6. A EA deve estimular a solidariedade, a igualdade e o respeito aos direitos humano, valendo-se de estratégias democráticas.
7. A EA deve tratar as questões globais críticas, suas causas e inter-relações em uma perspectiva sistêmica, em seu contexto social e histórico.
• 2012: Rio +20 – Comissão de Educação da camara dos deputados entregou a conferencia um doc com 10 metas para Educação Ambiental. Educação não foi foco principal!
• Meta 1: Revisar periodicamente currículos (interdisciplinaridade).
• Meta 2: Incorporar a perspectiva local nas atividades de ensino. – educando tem que sentir que educação é útil e aprender sobre seu redor é mais útil.
• Meta 3: Capacitar os professores em conhecimentos técnicos sobre funcionamento de ecossistemas.
• Meta 4: Desenvolver metodologias específicas para comunidades tradicionais (conhecimento tradicional).
• Meta 5: Incorporar o uso de dados científicos nas atividades de ensino.
•Meta 6: promover a educação para cidadania voltada à proteção do meio ambiente, por meio do acesso a normas, tecnologias, funcionamento de ecossistemas.
• Meta 7: reforçar o conceito de consumo consciente (finitude dos recursos naturais).
• Meta 8: diminuir a produção de resíduos sólidos, principalmente os resíduos eletroeletrônicos.
• Meta 9: o fomento à cultura da paz e o combate à intolerância.
• Meta 10: acompanhar as iniciativas dos legisladores e gestores na implementação de políticas públicas voltadas para o DS.
AULA 005 – EDUCAÇÃO AMBIENTAL	
Encontros Brasileiros de EA
No final da dec. De 80 iniciou-se em SP um processo de organização dos militantes ambientalistas, preocupados com a EA. Em 1989 aconteceu o I Fórum de EA, em Recife, organizado por ONGS, que tinham como objetivo aglutinar os mais diversos conceitos e concepções sobre EA possível. Notar que isso aconteceu antes mesmo dos encontros mundiais mais importantes. 
A partir desse fórum entre educadores, outros fóruns foram realizados. O objetivo era sempre que se formasse e desenvolvesse um plano nacional para EA e que se incluíssem na constituição mais leis sobre o meio ambiente. Leis apareciam de forma geral, mas não existia nada especifico sobre EA na legislação.
–O II Fórum (pré ECO – 92), em abril de 1992. – subsidiou com informações o Forum Global, que aconteceu em paralelo a rio 92.
–O III, na PUC – SP (agosto de 1994).
–O IV, em Guarapari (agosto de 1997).
–O V Fórum aconteceu em Goiânia (novembro de 2004). – nesse fórum cria-se a REBIA, rede nacional de educadores ambientais, mostrando a organização em rede, de grupos coletivos. Grupos discutem paralelamente aos estados a questão da EA. REBIA tem papel de protagonista nos próximos fóruns.
–O VI Fórum aconteceu no Rio de Janeiro (UFRJ), em julho de 2009.
–O VII em Salvador (março de 2012).
- O VIII em Belém - 2014
Dentro desses encontros, há tentativa, principalmente nos primeiros, de que EA seja incorporada dentro da educação regular. Não há objetivo de que EA se torne uma disciplina específica, mas que seja incorporada a outras disciplinas. A concepção destes fóruns estava ligada a necessidade de consolidação da temática e sua inserção nos âmbitos de educação formal.
Encontros Nacional de Políticas e Metodologias para EA e PRONEA
• 1991 - Encontro Nacional de Políticas e Metodologias para a EA (MEC e UNESCO): discutir as diretrizes para a definição da Política de EA no Brasil. Ainda neste ano surge a portaria 678/91 (MEC) determinando que a educação escolar deve conter também o tema EA, em toda a sua grade curricular. Mesmo assim, não havia clareza de como EA seria incorporada ao ensino regular. Não ficava claro se seria uma disciplina, como seria trabalhada, etc.
• 1992– O MMA (executor IBAMA) e MEC criam o PRONEA (projeto promissor na área) : incluiu a EA no processo de gestão ambiental, sendo instituídos os Núcleos Estaduais de Educação Ambiental – NEA. questão de EA começa a aparecer em relatórios de impacto ambiental. 
Estruturação Jurídica da EA
• Quanto ao nosso ordenamento jurídico, a EA aparece na Lei n. 6.938/81, que instituiu a “Política Nacional do Meio Ambiente”. Embora esteja inserida nas formas educação formal e não formal, ela é limitada em seus aspectos ecológicos e de conservação. Lei 6.938/81 é que criou a política nacional do meio ambiente, que da ao estado dever de cuidar do ambiente, que da prioridade do estado a redes privadas em questões ambientais. Aqui não havia muito inter-relação do homem com a natureza ainda, mas aparecia a necessidade de fazer aparecer no ambiente escolar a questão de preservação, não de estudo de causas. 
• A Constituição (1988) estabeleceu como incumbência do poder público: “promover a EA em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente” (art. 225, parágrafo 1º, VI). Quando vem constituição de 88, é um período de ebulição e muitas minorias ganham voz, sendo uma delas a questão do meio ambiente e EA. Porém, não entra nos pormenores de como seria a inserção de EA nas escolas. 
Lei de Diretrizes e Base e EA
No ano de 1996 é elaborada a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Aqui já dentro do universo da Educação propriamente dito. Mesmo não falando especificamente da EA, é possível perceber em alguns pontos que há semelhanças com o que já havia sido discutido em relação a EA. objetivos da Educação Ambiental se coadunam com os princípios gerais da Educação contidos na Lei 9.394/96 que, em seu artigo 32, estipula que: 
“O ensino fundamental terá por objetivo a formação básica do cidadão mediante: (...) II – a compreensão do ambiental natural e social do sistema político, da tecnologia das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.”
A questão central da LDB é educação para cidadania, e a questão da EA entra ai, mesmo que indiretamente. A LDB trata da EA ligada a cidadania em outros artigos. 
O artigo 35 assevera que o ensino médio (...) terá como finalidades: (...) III – o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual do pensamento crítico. Assim também o artigo 36 que, ao determinar que os currículos do EF e EM tenham uma parte diversificada exigida pelas características regionais e locais da sociedade, prevê, em seu § 1º - os currículos devem abranger, obrigatoriamente, (...) o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente no Brasil.
Parâmetros Curriculares Nacionais e EA
Em 1997, é oriundo da LDB. Fica mais clara a questão da EA. Currículo educacional nacional está todo contido na PCN. Nela, a EA não aparece como disciplina específica, mas como transversal, de todas as áreas. A EA deve integrar questões socioambientais de forma ampla e abrangente. Com PCN, dimensão ambiental passa a ser um tema transversal nos currículos básicos do ensino fundamental (de 1ª a 9ª séries).
Políticas Pública e EA
Em outras leis e diretrizes do MEC a EA ganhou notoriedade: 
– (i) os Parâmetros em Ação-Meio Ambiente na Escola e o Programa de Formação Continuada de Professores (1999);
– (ii) a inclusão da Educação Ambiental no Censo Escolar (2001); um parâmetro para saber se a temática está sendo trabalhada. Não mostra a qualidade do trabalho, mas mostra o quanto está sendo trabalhado. 
– (iii) a realização da I e II Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (2003 e 2006) e; não teve continuidade
– (iv) a formação continuada de professores em EA, no programa denominado Vamos Cuidar do Brasil com as Escolas.
Lei 9.795/99
Promulgada pór FHC e trata especificamente das políticas de EA. 
Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (BRASIL, 2014).
Estabelece Que a EA deve estar presente, de forma articulada e em vários níveis e modalidades do processo educativo.
–Preceitua o princípio citado no 4º artigo, inciso VII, que. valoriza a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais e nacionais.
–No artigo 8º, incisos IV e V se incentiva a busca de alternativas curriculares e metodológicas na capacitação da área ambiental e as iniciativas e experiências locais e regionais, incluindo a produção de material educativo.
Conclusão
Apesar do avanço, as diretrizes e políticas da educação não explicam especificamente como trabalhar a questão da EA. Há dificuldade em incluir questões nos CVs escolares, que ainda são muito engessados no país. Por esse motivo, há quem defenda que EA deveria ser uma disciplina no ensino regular. Há necessidade ainda de rever a transversalidade da EA – é preciso que haja interdisciplinaridade, que acontece quando todas as disciplinas trabalham em conjunto para EA, e não cada uma do seu ponto de vista. 
O Processo de Evolução do Homem no Planeta
Um dos autores mais famosos é Capra, que era um físico de destaque que trabalha na ideia de que o novo homem precisa de nova visão da sociedade e do conhecimento cientifico. Para ele conhecimento cientifico deveria romper os limites disciplinares, ideia consolidada no fim da idade média, quando ciência emerge como poderosa ferramenta pare explicar fenômenos.
Capra percebe que homem foi se distanciando da natureza, transformando seu modo de agir no ambiente. Os avanços geraram qualidade de vida, mas o custo gerou consequências para o meio ambiente. A Idea é similar a de Marx que pensa que ao modificar a natureza, homem também se modifica interiormente e fica distante da natureza. 
Nos últimos séculos o ser humano se posicionou como centro do universo, usando bens naturais como se fossem infinitos. Capra, assim como outros autores, acredita que o modelo antropocêntrico criou visão fragmentada da realidade, que causou avanços a ciência, mas trouxe problemas ao meio ambiente. A ideia de Capra é de que, quando se estuda as partículas e as aéreas separadamente não se pode ser uma visão ampla da situação e por isso precisamos de uma visão mais sistematizada das coisas para entender de fato os problemas gerados para o ambiente. 
Meio Ambiente e EA nas escolas:
Ecocentrismo – sistema de valores centrados na natureza. Homem deve se comportar harmoniosamente com ela, promovendo o equilíbrio. Dá dec. De 40.
Biocentrismo – ideia de que toda forma de vida é importante. Homem não é centro de existência e possui deveres quanto a natureza, que é a titular de direitos também. Dá dec. De 80. É a ideia mais trabalhada na Educação hoje. 
Práticas pedagógicas de EA nas escolas
É possível ver a necessidade de trabalhar projetos de EA de forma integrada. Há três principais categorias de representações sociais do meio ambiente (REIGOTA, 2001).
– Naturalista: ideia de que o meio ambiente se resume a “natureza”.
– Antropocêntrica: a natureza deve servir o homem.
– Globalizadora: predomina a ideia de meio ambiente integrado (natureza e as relações sociais).
AULA 006 – EDUCAÇÃO AMBIENTAL	
Definições de EA
Livro : Conceitos para se fazer educação ambiental (1999) – distribuído pela secretaria do meio ambiente.
É o aprendizado para compreender, apreciar e saber lidar e manter os sistemas ambientais na sua totalidade. Significa aprender a ver o quadro global que cerca um problema especifico, - sua historia, valores, percepções, fatores econômicos, tecnológicos, processos naturais e artificiais – que o causam e ações para saná-lo. O ser humano foi cada vez mais educado para usar a parte racional do cérebro, porém é preciso haver mais a ideia de percepção – aquilo que se adquire por meio não racional,por meio emocional. 
É a aprendizagem de como gerenciar as relações entre humanos e natureza, de modo integrado e sustentável. É aprender a empregar tecnologias para aumentar a produtividade, evitar desastres ambientais e minorar danos existentes, e também trabalhar a capacidade de tomar decisões acertadas. É muito nessa concepção que se desenvolve a ecoeficiência, com a qual trabalham as empresas com objetivo de causar menos danos possíveis ao meio ambiente. 
EA na Educação Escolar
Quanto a EA, os conhecimentos são constituídos por informações valores que são passados inicialmente pela família. Devem-se ensinar as crianças a ter uma responsabilidade maior com a natureza. Na escola torna-se necessário que o professor faça interligação entre o ambiente natural, no qual o aluno cresceu, e o de sala de aula. A escola ocupa um tempo grande na vida do aluno, e, portanto o aprendizado de práticas ambientais acontece no próprio cotidiano da vida escolar. Porém é preciso que as ações e informações adquiridas sejam levadas para alem dos muros da escola. A escola deve ter papel integrador na sociedade. 
A interdisciplinaridade pode ser conseguida através de projetos, por exemplo, como estratégia de trabalho comum entre vários educadores. A concepção de multidisciplinaridade se baseia na ideia de que cada disciplina trabalha com seu olhar próprio algum tema especifico, e não existe nesse caso interdisciplinaridade. Já a concepção de interdisciplinaridade não vê hierarquia nos conhecimentos, todos tem o mesmo peso e são trabalhadas de maneira conjunta. A Idea de interdisciplinaridade é muito difícil de ser atingida, pois requer comunicação entre diversos educadores e disciplinas. As apresentações de projetos interdisciplinares poderão incluir a elaboração de jornal, cartazes, mural, maquetes, exposições orais e/ou experimentos. 
Há 3 concepções erradas que geralmente moldam a pratica de EA:
Educação leva apenas a “colagem” de conteúdo;
O lema de “agir local, pensar global” e de trabalhar na própria comunidade não é feito.
Desconsideração do tempo necessário para amadurecimento e dedicação para se constituir e fixar uma maneira de ver e sentir a realidade. É preciso levar em conta a faixa etária dos alunos com os quais se irão trabalhar, a mentalidade e conhecimento prévio a respeito do meio ambiente, etc. 
Espaços não formais de EA
Não formal - resulta da iniciativa de grupos que se empenham na alfabetização de adultos, de empresas que oferecem cursos para seus empregados, de igrejas, iniciativas de sindicatos, partidos políticos, da mídia. Impacta de maneira mais regular e cotidiana na população adulta.
Os adultos acabam tendo nos espaços de educação não formal uma maneira propícia de realizar tarefas e adquirir conhecimento sobre o meio ambiente. A educação não formal tem papel crucial para Edu também.
A educação transmitida pelos pais, em clubes, teatros etc. também são consideradas não formais e possuem intencionalidade de se criar ou buscar determinadas qualidades e/ou objetivos.
A lei n. 9.795, de 1999 sobre EA aborda a educação não formal e determina sua realização. Governo tem dever de dar apoio a realização de atividades não formais de EA.
Algumas ideias param se trabalhar a EA de maneira não formal são: Compostagem e enxertia, cultivo orgânico, hortas urbanas, plantas medicinais e saberes tradicionais, etc. São maneiras mais leves de aprendizado. 
Responsabilidade Social Empresarial
O segundo setor é responsável por maior parte do andamento do sistema capitalista. É o universo burocrático onde os atores tem regras que devem ser seguidas a riscas. 
Com o passar do tempo, houve crescimento da discussão ambiental em nível planetário, e de legislações mais rígidas em relação ao tema reforçam estas iniciativas privadas. Os consumidores também passaram a exigir e privilegiar empresas ecologicamente comprometidas. Passou-se a usar esse tema como diferenciados e alvo de ações de marketing. A preocupação socioambiental é positivo, mas mascara o verdadeiro objetivo – vendas.
Modelo de 3 dominios da responsabilidade social – há uma pirâmide sobre esses domínios. Presente no estudo da administração das empresas. Nos últimos tempos surgiu um novo domínio, que é o ambiental.
RSE – responsabilidade sócio-empresarial – empresas devem ter ações que superem o que é de exigência legal. RSE incorpora um sentido de obrigação para com a sociedade, esta responsabilidade assume diversas formas (proteção ambiental, projetos educacionais, equidade nas oportunidades de emprego e etc.). Dentro da rotina normal de trabalho a empresa deveria assumir essa responsabilidade. Muitas vezes essas ações nem implicam em gastos, apenas em mudanças de hábitos. 
Rotulagem Ambiental - Parâmetros: Produção – Distribuição – Descarte
• Blue Angel: Alemanha (1977).
• EcoMark: Japão (1989).
• Environmental Choice Program: Canadá (anos 80).
• Outros:
– Série ISO 14000.
–FSC – Manejo Florestal Sustentável.
– Imaflora.
– IBD – Instituto Biodinâmico.
Sustentabilidade – equilíbrio dinâmico resumidos no Triple Bottom Line: People (Povo, ser humano), Profit (Negócios, a produção, a empresa) e Planet (o Planeta, o meio ambiente). O desenvolvimento sustentável seria aquele voltado para o crescimento dos negócios, da produção e, portanto, das empresas, mas ao mesmo tempo para o bem-estar do ser humano e a proteção da natureza, do meio ambiente.

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