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Apostila de Patologia Clínica - HEMATOLOGIA Veterinária

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Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR
Escola de Ciências da Vida - ECV
Curso de Medicina Veterinária
Disciplina de Patologia Clínica
Professoras Rita Maria Venancio Mangrich Rocha e Thaís Rocha Coutinho Dittrich
Louise Helene Bacher
PATOLOGIA CLÍNICA - HEMATOLOGIA
Curitiba
2016
PATOLOGIA CLÍNICA - introdução
Análises clínicas
Laboratório Clínico
Medicina de Laboratório
Medicina Diagnóstica
IMPORTÂNCIA
Alicerce da Clínica Médica
Especialização da Medicina Veterinária (residência)
Mercado de trabalho em expansão
O PAPEL DOS EXAMES LABORATORIAIS NA ELABORAÇÃO DO DIAGNÓSTICO
Definição de diagnóstico
Tipos de diagnóstico
Elementos para a elaboração do diagnóstico
O sucesso do médico veterinário clínico consiste em elaborar diagnósticos corretos. Não há tratamento errado. Há diagnóstico errado!
SANGUE
ELEMENTOS FIGURADOS DO SANGUE
FUNÇÕES DO SANGUE
Transporte de gases
Transporte de células de defesa
Transporte de produtos de excreção
Transporte de nutrientes
VALORES MÉDIOS DE VOLEMIA NOS ANIMAIS DOMÉSTICOS
Animal	 	 Volemia (% do peso corporal)
Bovino jovem		7,5
Bovino adulto		6,5
Ovino e Caprino	6,5
Suíno			5,5
Equino			6,5
Equino PS		10,5
Cão			8,5
Gato			6,5
Galo			10,0
Galinha			8,8
ALGUNS COMPONENTES
Neutrófilo segmentado (maduro)
Neutrófilo bastonete (imaturo)
Neutrófilo metamielócito (imaturo)
Eosinófilo
Basófilo
Linfócitos
Monócito
Plasmócito
Plaquetas
Tampão plaquetário
Megacariócito
HEMATOLOGIA
Estuda alterações do sangue!
Roteiro:
Sangue/ hematopoiese
AmostraBranca 
vermelha
Hemograma 
Coagulograma
Laboratório:
Esfregaço sanguíneo
Contagem de eritrócitos
Dosagem de Hb (hemoglobina), HE (eritrócitos) e PP (proteína plasmática)
Contagem total de leucócito
Contagem diferencial de leucócito
Diagnostico
Conclusivo
Presuntivo hipótese clinica. 
A anamnese e exame clinico (exame físico), é necessária
Hemograma, exames bioquímico, exames de urina, cultura de urina (exames laboratoriais)
Termo: ICTERICO animal amarelo = alta quantidade de bilirrubina
Questionário básico:
O que é sangue?
Qual sua função?
O sangue é composto por uma parte solida e liquida. Como se chama a parte liquida e quais seus componentes? Quais seus componentes? Quais os componentes da parte solida?
Parte solida aproximadamente 45% do sangue
Parte liquida aproximadamente 55% do sangue
Plasma: dentro do organismo
Soro: amostra
Obs: heparina evita o coagulo do sangue
PARTE LIQUIDA
Plasma: possui fator de coagulação
Soro: não possui fator de coagulação
91,5% = água
7,5% = substancias orgânicas: proteínas (fator de coagulação), glicose, colesterol, vitaminas. Hormônios, enzimas, aminoácidos, fosfolipideos, gorduras neutras, resíduos do metabolismo (ureia, corpos cetonicos, creatina que é formada no músculo, AC. Lático)
1% = substancias inorgânicas: cálcio, sódio, ferro, potássio, fósforo, magnésio, cobre e íons bicarbonato.
NO MUSCULO:
Creatina CK creatina quinase Creatinina
CICLO PRA ESTUDAR E SABER:
Anemia ferro priva
Creatinina (composto nitrogenado)
Ureia (composto nitrogenado)
Termos:
Uremia: intoxicação por ureia com sinais clínicos;
Azotemia: intoxicação por ureia sem sinais clínicos.
Azoto (origem de Portugal) = nitrogênio
PROTEINA PLASMATICA
Albumina
Globulina (alfa, beta - fator de coagulação e gama - anticorpos)
PARTE SOLIDA 
aproximadamente 45%
Células sanguíneas:
40 a 45 %: hemácias, eritrócitos, glóbulos vermelhos (hemoglobina)
0,1%: leucócitos, glóbulos brancos
0,17%: plaquetas/trombocitos (elemento figurado que vem dos megacariocitos)
Resumindo sangue = água + eritrócitos + proteínas
Obs: são os eritrócitos que carreiam o O2 para os tecidos
VOLEMIA: volume do sangue
Baixo eritrócito baixo nível de sangue = Hipovolemia
Baixo nível de água baixo nível de plasma = Hipovolemia
Baixo eritrócito = Anemia
Baixo nível de água = Desidratação
Obs: o rim é responsavel por regular a concentração do sangue
CORRELACIONAR HIPOVOLEMIA COM DESIDRATAÇÃO E ANEMIA E SABER O PQ OCORRE ESSAS ALTERAÇÕES EM CONJUNTO!
TIPOS LEUCOCITARIOS: basófilo, neutrófilo, eusinofilo, monócito (no vaso sanguíneo, pois quando no tecido é chamado de macrófago), linfócitos B e linfócitos T.
NEUTROFILO BASTONETES imaturo
NEUTROFILO METAMIELOCITO + imaturo
PLASMOCITO: quando em contato com o vírus ou vacinas.
CICLO DE KREBS ESTA PRESENTE AO TRANSPORTE DE GASES!
TERMOS:
Hematose: trocas de gases ocorrida no pulmão
Hipoproteinemia: pode levar a insuficiência hepática e má absorção no intestino
Neutrofilo bastonetes (imaturo)
Neutrófilo metamulocito ( + imaturo do que os bastonetes)
HEMATOPOIESELIVRO: Hematologia e Bioquímica clinica veterinária de Mary Thrall
Roteiro:
Origem e significado do termo
Definição
Classificação
Local
Tipos de medula óssea nos animais adultos
Processos regenerativos
Origem das células sanguíneas
Hematopoiese é a produção do sangue (parte solida - elemento figurado):
Hemato haimatos sangue
Poese povein fazer
CLASSIFICAÇÃO
Eritropose
Leucopoiese
Trombocitopoese
LEUCOPOESE:
Granulopoese UFCmm /formação dos granulocitos (neutrófilo, eosinofilo, basófilo) + os monócitos na medula ossea.
Linfopoese linfócito
A FORMAÇÃO DO SANGUE:
Metade da gestação em diante ocorre a hematopoiese na medula osse.
Fase extra embrionária: fase pré- natal/ saco vitelínico produz células sanguíneas para dar suporte ao embrião
Fase embrionária: as células sanguíneas começam a serem formadas no fígado, baço, linfonodos e medula óssea (apartir da metade da os órgãos gestação).
Obs: após a formação da medula óssea, outros órgãos deixam de produzir o sangue, pois essa função é da medula óssea, e os órgãos que estavam produzindo sangue se tornam depósitos de sangue.
4º.Fase pós-natal: a hematopoiese ocorre somente na medula óssea.
MEDULA OSSEA
Pode ser ativa ou inativa:
Ativa vermelha (epífises) ossos longos e ossos chatos
Inativa amarela (tecido adiposo)
Obs: quando ocorre perda de sangue, o tecido vermelho passa a tomar conta do tecido amarelo ocorrendo o processo de regeneração. Isto ocorre em relação a serie vermelha.
Termo HIPOXEMIA: perda de sangue correlacionada a perda de oxigênio.
QUANDO O RIM RECEBE UM SANGUE COM BAIXO NIVEL DE OXIGENIO: o rim produz a proteína eritropoetina a qual é direcionada a medula óssea com a função de informar a necessidade de mais sangue circulante com alto nível de oxigênio.
ENTÂO: Hipoxemia ou anemia alta produção de eritropoetina medula óssea processo regenerativo medular.
QUANDO O OCORRE A LIBERAÇÃO DE RETICULOCITOS (eritrócitos jovens/imaturos)?
RETICULOCITOS:
São maiores que os eritrócitos maduros, possuem baixa concentração de hemoglobina (Hb)
Na lamina são células grandes de cor azul
A presença de 0 a 2% de reticulocito no sangue é normal
No hemograma o reticulocito recebe o nome de POLICROMATÓFILO.
De 100 celulas vermelhas, 0 a 2 são reticulocitos
Equinos não tem reticulocitos?
CASO A MEDULA OSSEA NÃO CONSIGA SUPRIR A FALTA DE OXIGENIO ocorre o processo de regeneração extramedular depois da tentativa com o processo de regeneração medular:
Os potenciais hematopoiético embrionário (fígado, baço e linfonodo) entram em ação!
Quando o animal entra em equilíbrio novamente, a medula óssea é a única que fica responsável pela produção de sangue.
No hemograma: após 48h a 72h o hemograma mostra que a medula óssea esta mandando reticulocitos (eritrócitos imaturos):
ANEMIA: baixo eritrócito
POLICITEMIA: alto eritrócito 
POLICITEMIA FALSA: desidratação
* animal com alta perda de água o sangue fica uma papa
ORIGEM DAS CELULAS SANGUINEAS
Se originam da célula tronco hematopoiética conhecida como "Stem cll" ou célula tronco, célula mãe ou célula fonte.
É uma célula pluripotenciaç e indiferenciada
As células sanguíneas amadurecem nos órgãos linfoidesDIFERENCIAÇÃO DA CELULA MÃE:
Recebem estimulo pela substancias poetinas 
Cada célula formada é um estimulo diferenciado. Exemplo: para a formação dos eritrócitos o estimulo recebido é da eritropoetina.
O que é leucemia de célula tronco?
APÓS RECEBER O ESTIMULO:
Stem Cell célula mãe
Unidades formadoras de colônias (UFC):
UFCe: eritrocítica forma eritrocitos
UFCmm: mielomonocitica forma os neutrocitos, basófilos, monócitos e eosinofilos.
UFCmg: megacariocitica
LINFOPOIESE:falta de linfócito
Stem Cell célula mãe 
 Célula linfoide primitiva migração
O estimulo na célula mãe faz ela pruzir outra igual a ela e produzir os linfoides primários
A célula mãe migra para os linfoides primários e recebem a diferenciação para linfócito B, T e NK)
ORGÃOS LINFOIDES PRIMARIOS:
TIMO (aves e mamíferos - até a puberdade): precursor de linfócito T
BOLSO OU BURSA DE FABRICIUS (aves): precursor de linfócito B
MEDULA OSSEA (mamíferos): precursor de linfócito B
 Celula mãe 2
Celula mãe 
 Célula linfoide primitiva órgãos linfoides primários
PRECURSORES DE LINFÓCITO T E B
São os órgãos linfoides secundários (BAÇO, LINFONODOS E TONSILAS - cervicais ou cecais)
Responsáveis pelo desenvolvimento e amadurecimento dos linfócitos
Formação:
Os linfoblastos B e T se desenvolvem para pró-linfócito evoluindo para linfócitos.
Linfoblastos B e T pró-linfócitos linfócitos
LINFOPEMIA: é a destruição dos órgãos secundários, ocorrendo a baixa produção de linfócitos. Isto é causado pelas viroses como CINOMOSE, PARVOVIROSE, CORONAVIRUS, INFLUENSA EQUINA e DIARREIA BOVINA.
UNIDADE FORMADORA DE COLONIA ERITROCITICA (UFCe) 
UFCe Rubroblastos Pró-rubrocito Rubrocito Metarubrocito (núcleo) Reticulocito 8 Eritrócito
OBS: 1 reticulocito forma 8 eritrocito 1:8
UNIDADE FORMADORA DE COLONIA MEGACARIOCITICA (UFCmg)
UFCmg Megacarioblastos Pró-megacariocito Megacariocito amadurecem e tem uma fragmentação de citoplasma que são as plaquetas.
OBS: fragmento de citoplasma = plaquetas
UNIDADE FORMADORA DE COLONIA MIELOMONOCITICA (UFCmm)
Unidade responsável por formar 4 celulas: monócito/macrófago, eosinofilo, basófilo e neutrófilo.
Formação de MONOCITO/MACROFAGO
A UFCmm recebe o estimulo da poetina para formar o monoblasto que ira evoluir para pró-monocito e monócito/macrófago.
UFCmm POETINAMONOBLASTOPRÓ-MONOCITOMONOCITO (no sangue) MACROFAGO (no tecido).
Formação de EOSINOFILO e BASOFILO
UFCmm MIELOBLASTOPRÓ-MIELOCITOMIELOCITO (difere as células?)METAMIELOCITOBASTONETES grânulos red = eosinofilo
 Grânulos roxo = basófilo
Formação de NEUTROFILO
UFCmm MIELOBLASTO NEUTROFILO, EOSINOFILO OU BASOFILO (sem granulos) PRÓ-MIELOCITO (diferenciação para neutrófilo) MIELOCITO (com grânulos) METAMIELOCITO NEUTROFILO BLASTONETE NEUTROFILO SEGMENTADO
Diferentes NEUTROFILOS presente no sangue:
Neutrófilo com 2 a 5 segmento é normal e saudavel
Neutrófilo com 6 ou + segmento é considerado células velhas, ou seja, os neutrófilos não estão conseguindo passar para os tecido, ocorrendo acumulo de células novas e velhas no sangue. Isto acontece pela presença de estresse que aumenta o cortisol no sangue dificultando a entrada de células no tecido. 
Cortizol inibe o sistema inflamatório não é? E a celula neutrófila é uma cel. Inflamantoria não é? Por isto o cortizol dificulta a entrada da célula no tecido.
BASTONETES
0 a 3% : normal em relação aos neutrófilos
Cão: 0 a 300 bastonetes/µL
Suino: 0 a 800 bastonetes/µL
DESVIO NUCLEAR DE NEUTROFILOS A ESQUERDA (DNNE)
Schiling, um nazista que estudou o aumento dos bastonetes.
Células imaturas do lado esquerdo (DNNE): mieloblasto, promielocito, mielocito, metamielocito e blastonetes
Alto numero de bastonetes = processo inflamatório agudo
NEUTROFILOS NORMAIS = 2 a 5 segmentos
DESVIO NUCLEAR DE NEUTROFILO A DIREITA (DNND) 
Neutrófilo hipersegmentado, de 6 ou + segmantações
PRESENÇA DE MUITOS BASTONETES E NEUTROFILOS HIPOSEGMENTADO: o animal pode entrar em obto a qualquer momento por não possuir neutrófilos maduros o suficiente.
CARACTERISTICAS DAS CELULAS SANGUINEAS
São temporárias : os leucócitos por exemplo, ficam algumas horas no sangue, depois passam pro tecido e após ocorre a apoptose. 
O equilíbrio celular ideal : PRODUÇÃO = DESTRUIÇÃO
BAÇO: predomínio o sistema minocitico fagocitário
BABESIOSE: é uma doença causada por um parasito que permanece no interior dos eritrocitos e os lesionandos, assim causam no animal anemia desiquilibrando a relação PRODUÇÃO = DESTRUIÇÃO.
SISTEMA HEMATOPOIETICO LITICO
São orgãos responsaveis por manter a relação produção=destruição.
Medula óssea, Baco, estomago, intestino, fígado e rim
O que o estomago tem haver com células sanguíneas? Qual a função do intestino?
O estomago? Absorve nutrientes como o ferro e a medula óssea produz eritrócitos que são a base de ferro.
Sem ferro não há produção de eritrocitos!!!!
+ funções?
DOENÇA RENAL CRONICA (DRC) : azotemia e uremia
Alta taxa de ureia e creatinina
Não produz eritropoetina, assim não estimula a medula óssea a produzir eritrócito, desencadeiando ANEMIA HIPOPLASIA ou HIPOPLASICA
ANEMIA: outro fator que pode desencadear é a falta de proteína no fígado por causa da baixa produção de proteína pelo rim.
AMOSTRAS UTILIZADA NO HEMOGRAMA
Roteiro:
Obtenção
Definição
Volume mínimo
Conservação
Estabilidade/Viabilidade
Manuseio aprimorado
Fatores que influenciam o resultado do hemograma
SANGUE TOTAL: é o nome da amostra que possui anticoagulante possuindo todos os componentes do sangue.
Heparina anticoagulante natural produzido pelo fígado das aves e repteis
EDTA (sais do acido etileno diamina tetra acético) anticoagulante natural produzido pelo fígado em mamíferos. 
OBS: com 1 mL de sangue conseguimos fazer um hemograma + exame bioquímico.
CONSERVAÇÃO DA AMOSTRA SANGUE TOTAL
Em geladeiras: conservar em temperaturas de 4 a 8ºC. 
Nunca deixar o sangue na porta da geladeira ou congelar
Obs: se o sangue congelar ocorre a hemólise in vitro, pois os eritrocitos possuem 2/3 de H2O e 1/3 de Hb, e na hora do descongelamento os cristais rompem a membrana liberando o vazamento da Hb.
Armazenar a amostra no Maximo ate 24h, após este tempo o sangue estará inviável e instável para fazer o hemograma.
Obs: o EDTA é um sal que tira a normalidade das células, até 24h pode manter conservado.
O esfregaço pode ser feito 2 h no Maximo após a coleta, não precisa colorir na hora, pois os sais rompem as membrana, assim não sabemos diagnosticar se a hemólise foi por causa de uma enfermidade ou por mal manuseio da amostra.
PROCESSO SEMIOLOGICO: etapas da colheita propriamente dita
Contenção do animal
Vizibilidade do vaso: garroteamento/tricotomia
Punção do vaso (sempre fazer a assepsia antes da punção): obtenção de sangue na seringa.
Retirar a agulha da seringa
Escoar o sangue pela parede do tubo SUAVEMENTE, assim evitando a hemólise que pode ocorrer por pressão, calor ou congelamento.
Homogeneização da amostra SUAVEMENTE por inversão
Tipos de fracos para coleta de sangue:
Falcon : 1 mL
*É necessário que para cada mL de sangue você tenha 1 mg de EDTA (anticoagulante). Pois se colocarmos mais sangue do que EDTA, o sangue pode coagular por não ter EDTA para evitar a coagulação de todo o sangue presente no frasco. E se for ao contrario, se colocarmos menos sangue do que EDTA, o sangue pode sofrer hemólise, pois o EDTA é um sal, o qual desidrataria os eritrocitos.
+ sangue / - EDTA = Coagulação
- Sangue / + EDTA = Hemolise
Obs: Quando ocorre uma coleta traumática (no caso de não encontrar a veia e ficar perfurando), possuímos fibrina na amostra.
O que ocorre com os eritrócitos quando coletamos menos sangue:
Modificação da morfologia dos ertrocitos e/ou encarquilhamento (irá altera a contagem, pois o resultado dará menor)
Diminui o tamanho. Pq mucha?
Hematocrito (Ht) falsamente baixo
Medida da massa eritrocitária em %
Contagemde eritrócitos: dilui a amostra e conta pelo microscópio
A contagem de eritrócito é feita através de um tubinho muito fino, o qual é centrifugado, assim este tubinho fica delimitado o plasma, as plaquetas e os eritrócitos que são geralmente 44% da amostra. Após a centrifugação pegamos o tubinho e comparamos com um cartão que nos mostra a quantidade certa de eritrócitos pelo seu volume no tubinho.
 A relação hemoglobina/ eritrócito é de 1:1. Caso ocorra uma contagem de hemoglobina maior que a contagem de eritrócitos, pode ter certeza que a coleta foi feita de modo errado, pois os eritrócitos mucharao deixando a Hb sair da célula.
 isto pode levar a um diagnostico errado de ANEMIA, pois a massa eritrocitária ira estar baixa.
ROTULO DA AMOSTRA:
Identificação: do animal e do proprietário1
Formulário para solicitação dos exames: colocar hipótese do diagnostico
FATORES DO PACIENTE QUE ALTERAM O RESULTADO DO HEMOGRAMA
A maioria dos exames de sangue é feita no período da manha, pois o animal é mais fácil estar em jejum, repouso e calmo no período da manhã, assim é mais difícil ter alteração nos resultados.
Roteiro:
Alimentação
Exercício
Estresse
Nível de hidratação
Terapêutica
ALIMENTAÇÃO
Após a alimentação ocorre o aumento de sódio e lipídeos.
O aumento de lipídeo no sangue torna o pasma mais turvo que o normal.
Os lipídeos do sangue vindo da alimentação gruda nos lipídeos da membrana dos eritrócitos formando uma pressão, assim a membrana rompe liberando a Hb. Este é um típico exemplo de hemólise in vitro.
Evitar colheita pós-prandial
EXERCICIO FISICO
O baço (presente no lado esquerdo do abdomem) órgão que tem função de depositar sangue. Quando se precisa de + O2 ocorre a contração esplênica (baço se contraindo) para o sangue depositado no baço vá rapidamente para todos os orgãos ao mesmo tempo.
As alterações no exame são:
Alta contagem de eritrócitos
Alta contagem de hematocrito
Alta dosagem de hemoglobina
Alta contagem total de leucócitos
ESTRESSE
Liberação de cortisol:
Emoções hipotálamo hipófise alto nível de ACTH lançado no sangue em direção as adrenais do rim nas adrenais ocorre a estimulação do córtex a produzir o hormônio cortisol alto nível de cortisol no sangue = HIPERCORTISOLEMIA
Hipercortisolemia causa:
Desprendimento do pool marginal (leucócito que ficam na margem do capilar). LEUCOCITOSE = alta contagem total de leucócito (CTL). 
Desvio a esquerda ou direita
Aumento do numero de neutrófilo segmentado = NEUTROFILIA (DNND - desvio a direita)
Eosinolito e linfócito são forçados a sair do sangue. Indo para os tecidos e depois ocorreram apoptose?
Baixo numero de linfócito (LINFOPEMIA) e baixo numero de eosinofilos (EOSINOPEMIA)
Complemento:
Cão, equino, ruminantes (bovinos, ovinos e caprinos) e suínos possuem uma quantidade de leucócito "pool" marginal é igual a quantidade de leucócito "pool" circulante.
Felinos possuem os pools marginais 2 a 3X maior que o normal
ASCITE: diagnostico de acumulo de liquido no abdômen. Geralmente causada por problemas cardiovasculares e renais.
Termos técnicos:
LEUCOCITOSE: total de leucócito
LEUCOPENIA: total de leucócito
NEUTROFILIA: neutrófilo segmentado
NEUTROPENIA: neutrófilo segmentado
LINFOCITOSE: linfócito
LINFOPENIA: linfócito
EOSINOFILIA: eosinofilo
EOSINOPENIA: eosinofilo
MONOCITOSE: monócitos
BASOFILIA: basófilos
DNNE (desvio a esquerda): neutrófilo bastonetes (metamielocito)
MONOCITOPENIANão tem importância clinica?
BASOPINIA 
ANEMIA: eritrócitos
POLICITEMIA, ERITROCITOSE e POLIGLOBULIA: eritrócitos
TROMBOCITOPEMIA: plaquetas
TROMBOCITOSE: plaquetasGANULOCITO terminação com "filia"
OUTROS QUE NÃO SÃO GRANULOCITOS terminação com "citose"
LEUCOGRAMA DE ESTRESSE:
 Leucocitose: por causa do desprendimento dos pool marginal
 Neutrófilia: DNND (sem o DNNE é estresse, se tiver é patogenia)
 Linfopenia
 Eosinopenia
* Inflamação dos bastonetes presente na medula óssea, ocasionando baixa contagem de bastonetes no sangue por causa do estresse.
NIVEL DE HIDRATAÇÃO
Hemoconcentração: a falta de água no organismo diminui o nível do plasma, assim os eritrócitos ficam mais concentrados
Policitemia falsa: não ocorre alta produção de eritrócito, mas é a falta de água que deixa o nível de plasma baixo parecendo ter mais eritrócitos que o normal, por isto que é chamada de falsa.
Desidratação: olhos fundos, a pele demora para voltar ao normal depois de ser puxada, mucosas pálidas.
FATORES DO AMBIENTE QUE ALTERAM O HEMOGRAMA
Umidade: local e matéria podem levar a uma hemólise in vitro
Materiais engordurados: lipídeos da gordura se ligam nos lipídeos da membrana da célula ocasionando a hemólise in vitro tbm.
HEMOGRAMA (triagem)
Roteiro:
Definição
Finalidade
Indicação
Parâmetros que compõem o hemograma
É um exame laboratorial do sangue com a finalidade de analisar as células em dados quantitativos e dados qualitativos da parte solida do sangue (eritrócitos, leucócitos e plaquetas).
Dados qualitativos
Cor, tamanho, morfologia, parasitos presentes e corpúsculos
Presença de reticulocito no hemograma: policromatofilia = policromasia (onde ocorre a mudança de nome? Por exemplo macrófago no tecido e monócito no sangue)
1ª coisa do hemograma é fazer o esfregaço sanguíneo.
Indicações:
Monitoramento pré-cirurgico
Auxilio ao diagnostico
Determinação do prognostico
Avaliação terapêutica
* baixo numero de neutrófilos segmentados e alto numero de bastonetes (inflamação) = PEPINO
COMO É COMPOSTO O HEMOGRAMA?
ERITROGRAMA células vermelhas
Contagem de eritrócitos (nª de eritrócito/µL de sangue)
Volume globular (VG) Ht (massa eritrocitária em %)
Dosagem de Hb (gramas Hb/dL de sangue)
Volume globular médio (VGM) 
Volume médio dos eritrócitos (fL)10-15L
 5. Concentração de Hb globular media concentração de Hb media em cada eritrócito (%)
LEUCOGRAMA
Contagem total de leucócitos ( numero leucocitário totais/ µL sangue)
Contagem diferenciada de leucocitos (quantidade de cada tipo leucocitários)
Formula relativa (%)
Forma absoluta (numero dos tipos leucocitários/ µL sangue)
São avaliados os neutrófilos (segmentados/bastonetes), linfócito, monócito, eosinofilo e basófilo.
PARAMETROS QUE COMPOEM O HEMOGRAMA (eritrograma)
Numero de eritrócitos
Hematocrito (volume globular)
Dosagem de hemoglobina (Hb circulante gHb/dL sangue)
VGM
CHGM
1,2 e 3: são específicos para determinar a quantidade de eritrócitos no sangue. Ex: anemia (baixo eritrócitos).
Em relação a quantidade dos eritrócitos:
Normal
Diminuída = anemia
Anemia regenerativa: quando a medula óssea esta em processo de regeneração
Anemia não regenerativa
Aumentada = policitemia
Policitemia falsa: sem regeneração medular, assim não há aumento de produção de eritrócitos. 90% hemoconcentração (desidratação).
Policitemia verdadeira: com regeneração medular, assim há aumento da produção de eritrócitos.
INDICE HEMATIMETRICOS
Nº alto de reticulocitos no sangue = regeneração medular
Ferropenia = baixo nível de ferro no organismos
Anemia ferro priva relacionar com o baixo nível de VGM e CHGM
Regenerativa 
Muito reticulocito no sangue
Regeneração medular= alto VGM e baixo VGM (ferropenia)
TERMOS:
VGM normal: NORMOCROMIA
VGM reduzido: MICROCITOSE
VGM aumentado: MACROCITOSE
CHGM normal: NORMOCROMIA
CHGM reduzido: HIPOCROMIA
Hipoclorada
Alto nível de eritrocito imaturos - regeneração medular (POLICROMATOFILIA)
Ferropenia (HIPOCROMIA)
CHGM aumentado: NÃO EXISTE
REGENERAÇÃO MEDULAR = aumento de reticulocitos + Macrocitose/ hipocromia.
FERROPENIA= microcitose/hipocromia.
Índices hematimeticos:
0 a 2% = reticulocito normal
3% = aumento reduzido de reticulocito. Apartir de 3% começa as alterações.
VGM + CHGM + alterações no esfregaço = regeneração medular
Tipos de alterações no esfregaço:
ANISOCITOSE
POLICROMATOFILIA 
POLICROMASIA
HIPOCROMASIA
METARRUBOCITOS
Presença de corpusculos de Howell - Jolly
+ em ruminante:ponteado basofilico (pontos roxos = presença de RNA precipitado)
5 sinais de regeneração medular:
Anisocitose (tamanho)
Policromatofilia (cor)
Corpusculos de Howell - Jolly (núcleos)
Metarrubocitos
Ponteados basofilicos (pontos roxos = RNA precipitado)
Anemia normocitica e nomocronica?
2 fatores de regeneração muscular. Se descobre contando os eritrócitos.!?
LEUCOGRAMA:
Contagem total de leucocitos (segmentados + linfocitos)
Contagem diferencial de leucocitos
Formulas: relativa e absoluta
1 + 2 = CTL
Obs: dados qualitativos
Nº de plaquetas
Proteínas plasmática
Leucocitose neutrofilia
Leucopenia neutropenia
FORMULA RELATIVA
FORMULA ABSOLUTA
ALTERAÇÕES ERITROCITARIAS
Roteiro:
quantidade
tamanho
Cor
Morfologia
Presença de corpúsculos de inclusão
Presença de parasitas
Tamanho e cor: qualitativo e quantitativo 
Tamanho (medio): VGM
Cor (media de Hb em cada eritrocito): CHGM
Quantidade de eritrócito. Parâmetros usado:
Hematocrito
Dosagem de hemoglobina/ hemoglobina circulante
Nº de eritrócitos
Alteração na quantidade de eritrócitos:
Dimunuição: anemia ou oligocitemia
Aumento: policitemia, poliglobulia ou eritrocitose
Parâmetros auterados: nº de eritrócitos, hematocrito ou volume globular e dosagem de hemoglobina
Alteração no tamanho dos eritrócitos
Macrocitose: aumento do VGM
Microcitose: diminuição do vgm
Anisocitose: presença de eritrócitos de vários tamanhos. (classificada como leve, muito e moderada):
Pode ser um sinal de regeneração medular
Eritrócitos menor: ferropenia (policromatrofago é azulado -azul de metileno e o eritrocito que tem pouca hemoglobina fica pálido)
Aumento de vgm: aumento de reticulocitos = regeneração medular
Redução do vgm: ferropenia (eritrócitos pequenos)
Alteração na cor dos eritrócitos:
A cor dos eritrócitos depende da concentração de hemoglobina em seu interior (CHGM).
HIPOCROMIA:diminuição de DHGM
Quando eritrócitos estiverem brancos (hipocromicos) ou aumento de policromatofilos (regeneração medular)
POLICROMATOFILIA OU POLICROMASIA:presença de eritrócitos com varias colorações (azulados = policromatofilos / rosados= eritrócitos maduros).
Policromatofilos: possuem conteúdo ácidos (RNA, organelas, ribossomos), por isto ela é azul 
Alterações na morfologia dos eritrócitos (POIQUILOCITOSE):
Rouleaux eritrocitário
Fila de moedinhas
Cavalos normais e gestações
Aumento de proteína plasmática: processo inflamatório (fibrinogênio - fator de coagulação sanguínea quando transformada em fibrina- característico em processos inflamatórios de equinos e bovinos, ocorre um aumento de fibrinogênio no sangue chamado de HIPERFIBRINOGENEMIA, dando alteração no hemograma) e algumas neoplasias
Almento de fibrinogênio (HIPERFIBRINOGENEMIA), ocorre o aumento de membrana plasmatica (HIPERPROTEINEMIA) decorrente da hiperfibrinogenemia.
O equino pode ter a formação de eritrócitos em moedinhas, mas o animal que não esta saudável apresenta vários neutrófilos em um mesmo campo.
Aglutinação eritrocítica (podemos ver macro e microscopicamente)
Cachos de uva
Anemia hemolítica imunomediada
Anticorpos que destroem eritrócitos em doenças como:
Anemia auto-imune (alta frequência em cão e raramente no gato)
Isoeritrolise neonatal destruição dos eritrócitos após o nascimento, quando o sangue da mãe e do pai são diferentes, assim após a alimentação com o colostro da mãe, os anticorpos começam destruir os eritrócitos (em equinos). Nos humanos é durante a gestação pois os anticorpos passam pela placenta.
Esferocitos
Eritrocito normal: o alo é grandinho e perceptível
Esferocito: menor que o eritrocito e sem o alo. Relacionado a anemia hemotica auto-imune
Eritrócitos nucleados no sangue circulante (metarrubrocitos)
Medula óssea em regeneração
Situação de hipoxia
Metarrubrocito policromatocito
Eritrócitos em alvo (leptócitos)
Icterícia obstrutiva (pos- hepática)
Doenças hepáticas ou esplênicas crônicas (fígado e baço respectivamente)
Esquistocitos ou esquisocitos (fragmentos eritrocitários):
Anemia ferro-priva (eritrocico microcitico e hipocromico)
Vasculite (alto leucocito no sangue)
Coagulação intravascular disseminada
Doenças renais e esplênicas
POIQUILOCITOSE: usar em qualquer alteração de morfologia geral
Acantocitos
Doenças renais ou esplenicas
Cirrose hepática
Hemangiossarcoma (hemangioma: neoplasia benigma - manchas brancas?)
Equinocitos
Artefato de técnica
Acidentes ofídicos (picada de cobra, principalmente cascavel que tem veneno neurotoxico)
Eritrocito retangular: pode aparecer no cão, mas não esta relacionado a nenhuma enfermidade
Alterações quanto a presença de corpusculos de inclusão:
Corpúsculo de howell- jolly
Resquisito de nucleo
Ponteado basofilo ou basofilico
Pontos de RNA precipitados no interios de eritrocitos imaturos
Indicam processo de regeneração medular (ruminantes)
No cão intoxicação por chumbo
No gato é muito raro
Corpúsculo de heinz
Anemia regenerativa hemolítica
Anemia atrogenica induzida pelo veterinário
São formados ~pela oxidação e precipitação da Hb em tratamentos com drogas oxidantes (fenotiazina em equinos, acetaminofen e azul de metileno em gatos)
Ingestão de sustâncias oxidantes (cebola e alho) em cães e gatos
Promovem hemólise (anemia hemolítica), por aumento da destruição dos eritrocitos
Parecem uns milhozinhos
Se bovinos ingerir muita couve verde pode causar anemia hemolítica tbm.
Inclusões viricas 
cinomose-paramixoviruz 
anemia infecciosa equina - retroviruz (alta destruição e baixa produção de eritrócitos)
parvoviruz gera anemia? Saber a diferença entre cinomose e parvoviruz!!!
Alterações quanto a presença de parasitas:
Trupanosomose (tripanosoma vivax - transmitida pela mosca) Surtoem bovinos leiteiros no sul de minas gerais. Alto nível de mortalidade!
Anaplasma em bovinos , transmitida pelo carrapato junto com a babezia = tristeza parasitaria bovina
Haemobartonella - mycoplasma felis (zoonose) e mycoplasma canis (não se sabe se é ou não zoonose)
Eperythrozoon -> equinos e suíno?
Plasmodium em aves
Theileria em bovinos (não tem no Brasil)
ANEMIA
Definição: redução da quantidade de eritrócitos no sangue circulante.
Principal componente do eritrócitos e sua função: Hb responsável pelotransporte de gases .
Baixa quantidade de Hb circulante, desencadeando efeitos como: hipoxemia, hipoxia 
Hipovolemia: diminuição da pressão arterial
Principais efeitos da anemia: hipovolemia e hipoxemia 
No exame de diagnostico para anemia: hematocrito (Ht) reduzida, dosagem de Hb reduzido e nº de eritrocito reduzido
Anemia ferro-priva: Ht reduzido, Hb reduzido, mas o nº de eritrocito fica normal, a única coisa que muda é o tamanho do eritrócitos, ele fica reduzido, não tem proteína por isto ficam brancos
Sinais clínicos da anemia:
Mucosa pálida: pouco eritrocito, pouca hemoglobina
Mucosas ictéricas (amarelas): Anemia hemolítica por hemólise extravascular, o animal terá acumulo de bilirrubina.
Hipotensão arterial: diminui o volume do sangue, diminui a pressão
Diminuição da viscosidade do sangue: sange aguado
Fraqueza
cansaço 
Intolerância a exercícios físicos
Taquipneia: Aumento de movimentos respiratórios
Taquicardia: aumento de batimentos cardíacos
Hipersensibilidade ao frio: o sangue circulante esta em órgãos principais.
AULA PRATICA - contagem de eritrócitos
Numero de eritrócitos por microlitro (mi L) ou milimetros cúbico (mm3) de sangue
Métodos:
Contadores eletrônicos 
Camará de contagem (Neubauer) 20% de erro
Técnicas:
1)
Diluição so sangue 1:200
20 miL (0,02 mL) da amosta (sangue total)
4 mL de liquido de Hayem ou solução fisiológica
* no final se multiplica por 200 o resultado
2)
Homogeneizar suavemente a diluição (parafilm)
Montar a camara de Neubauer (fixar a lamínula)
Preencher a camara de Neubauer
Aguardar a sedimentação dos eritrócitos
Proceder a contagem:
Iluminação reduzida
Lente objetiva de 10 (verificar a distribuição do eritrócitos no reticulo)
Lente objetiva de 40 (contar 5 quadrantes, anota e zera o contador,mais 5 quadrantes..) contamos 5 quadrantes e multiplicamos por 5 pra dar o resultado dos 25 quadrantes.
Contar 4 quadrantes periférico e 1 do meio ou contar os 5 do meio na diagonal ou as 4 pontas e o do meio (objetiva de 40)
Contar a parte de cima e o lado esquerdo, o que tiver do lado direito e embaixo não é contado.
Calculo:
Soma os 5 quadrantes X por 10.000 (este valor vem do volume da diluição/ 200 x 10 x 5) = numero de eritrocilos pó miL ou mm3 de sangue
Interpretação:
Valor abaixo = anemia
Valor acima = policitemia 
INTERVALOS E MÉDIAS (entre parênteses) NORMAIS DE VALORES SANGUÍNEOS EM ANIMAIS DOMÉSTICOS
SÉRIE VERMELHA:
	Espécies
	No de eritrócitos
(x 106/ mm3 ou µL)
	Hematócrito
(%)
	Hemoglobina
(g/dL ou g%)
	VGM
(µm3ou fL)
	CHGM
(%)
	Canina
	5,5 a 8,5 (6,8)
	37 a 55 (45)
	12 a 18 (15)
	60 a 77 (70)
	32 a 36 (34)
	Felina
	5,0 a 10,0 (7,5)
	24 a 45 (37)
	8 a 15 (12)
	39 a 55 (45)
	30 a 36 (33)
	Bovina
	5,0 a 10,0 (7,0)
	24 a 46 (35)
	8 a 15 (11)
	40 a 60 (52)
	30 a 36 (33)
	Ovina
	9,0 a 15,0 (12,0)
	27 a 45 (35)
	9 a 15 (11,5)
	28 a 40 (34)
	31 a 34 (32,5)
	Caprina
	8,0 a 18,0 (13,0)
	22 a 38 (28)
	8 a 12 (10)
	16 a 25 (19,5)
	30 a 36 (33)
	Eqüina
	6,8 a 12,9 (9,0)
	32 a 53 (41)
	11 a 19 (14,4)
	37 a 59 (45,5)
	31 a 37 (35)
	Suína
	5,0 a 8,0 (6,5)
	32 a 50 (42)
	10 a 16 (13)
	50 a 56 (63)
	30 a 34 (32)
SÉRIE BRANCA:
	Espécies
	Leuc. Totais
(/ mm3)
	Segm.
(/ mm3)
	Bast.
(/ mm3)
	Eos.
(/ mm3)
	Bas.
(/ mm3)
	Linf.
(/ mm3)
	Mon.
(/ mm3)
	Canina
	6000 a 17000 (11500)
	3000 a 11500 (7000)
	0 a 300 (70)
	100 a 1250 (550)
	raros
	1000 a 4800 (2800)
	150 a 1350 (750)
	Felina
	5500 a 19500 (12500)
	2500 a 12500 (7500)
	0 a 300 (100)
	0 a 1500 (650)
	raros
	1500 a 7000 (4000)
	0 a 850 (350)
	Bovina
	4000 a 12000 (8000)
	600 a 4000 (2000)
	0 a 120 (20)
	0 a 2400 (700)
	0 a 200 (50)
	2500 a 7500 (4500)
	25 a 840 (400)
	Ovina
	4000 a 12000 (8000)
	700 a 6000 (2400)
	raros
	0 a 1000 (400)
	0 a 300 (50)
	2000 a 9000 (5000)
	0 a 750 (200)
	Caprina
	4000 a 13000 (9000)
	1200 a 7200 (3250)
	raros
	50 a 650 (450)
	0 a 120 (50)
	2000 a 9000 (5000)
	0 a 550 (250)
	Eqüina
	5500 a 14300 (9050)
	2260 a 8580 (4745)
	0 a 100 (26)
	0 a 1000 (305)
	0 a 290 (45)
	1500 a 7700 (3500)
	0 a 1000 (388)
	Suína
	11000 a 22000 (16000)
	3200 a 10000 (5500)
	0 a 800 (150)
	50 a 2000 (500)
	0 a 400 (80)
	4500 a 13000 (8000)
	250 a 2000 (800)
SÉRIE VERMELHA
ALTERAÇÕES ERITROCITÁRIAS
Quantidade
Tamanho
Cor
Morfologia
Presença de corpúsculos de inclusão
Presença de parasitas
ALTERAÇÕES NA QUANTIDADE DOS ERITRÓCITOS
DIMINUIÇÃO: ANEMIA OU OLIGOCITEMIA
AUMENTO: POLICITEMIA, POLIGLOBULIA OU ERITROCITOSE
Parâmetros alterados:
● número de eritrócitos
● hematócrito ou volume globular
● dosagem de hemoglobina
ALTERAÇÕES NO TAMANHO DOS EITRÓCITOS
MACROCITOSE: Aumento do VGM
 MICROCITOSE: Diminuição do VGM
ANISOCITOSE: Presença de eritrócitos de vários tamanhos
ALTERAÇÕES NA COR DOS ERITRÓCITOS
A cor dos eritrócitos depende da concentração de hemoglobina em seu interior (CHGM).
a) HIPOCROMIA: Diminuição do CHGM
● eritrócitos pálidos (hipocrômicos) 
● policromatófilos
b) POLICROMATOFILIA OU POLICROMASIA:
Presença de eritrócitos com várias colorações: azulados
(policromatófilos) e rosados (eritrócitos maduros).
ALTERAÇÕES NA MORFOLOGIA DOS ERITRÓCITOS – POIQUILOCITOSE
ROULEAUX ERITROCITÁRIO
b) AGLUTINAÇÃO ERITROCITÁRIA
c) ESFERÓCITOS
d) ERITRÓCITOS NUCLEADOS NO SANGUE CIRCULANTE (metarrubrócitos)
e) ERITRÓCITOS EM ALVO (leptócitos)
f) ESQUISTÓCITOS OU ESQUISÓCITOS (fragmentos eritrocitários)
g) ACANTÓCITOS
h) EQUINÓCITOS
ROULEAUX ERITROCITÁRIO
Cavalos normais
Gestação
® Aumento de proteína plasmática:
 · processos inflamatórios,
 · algumas neoplasias
AGLUTINAÇÃO ERITROCITÁRIA
Anemia hemolítica imunomediada
ESFERÓCITOS
 Anemia hemolítica imunomediada
 ERITRÓCITOS NUCLEADOS NO SANGUE CIRCULANTE (METARRUBRÓCITOS):
Medula óssea em regeneração
® Situações de hipóxia
 ERITRÓCITOS EM ALVO (LEPTÓCITOS)
Icterícia obstrutiva (pós-hepática)
® Doenças hepáticas ou esplênicas crônicas
ESQUISTÓCITOS OU ESQUISÓCITOS (FRAGMENTOS ERITROCITÁRIOS):
Anemia ferro-priva
® Vasculites
® Coagulação intravascular disseminada
® Doenças renais ou esplênicas
ACANTÓCITOS
Doenças renais ou esplênicas
® Cirrose hepática
® Hemangiossarcoma
EQUINÓCITOS
Artefato de técnica
® Acidentes ofídicos
ALTERAÇÕES QUANTO À PRESENÇA DE CORPÚSCULOS DE INCLUSÃO
a) CORPÚSCULOS DE HOWELL-JOLLY
b) PONTEADO BASÓFILO OU BASOFÍLICO
c) CORPÚSCULOS DE HEINZ
d) INCLUSÕES VÍRICAS
CORPÚSCULOS DE HOWELL-JOLLY:
São resquícios de núcleo
Indicam eritropoese acentuada decorrente de processo de regeneração medular 
PONTEADO BASÓFILO OU BASOFÍLICO:
São pontos de RNA precipitado no interior
 de eritrócitos imaturos 
 Indicam processo regenerativo medular
 (especialmente em ruminantes) 
 No cão, sua presença está relacionada à 
 intoxicação por chumbo (saturnismo)
® Raro no gato
CORPÚSCULOS DE HEINZ:
São formados pela oxidação e precipitação
 da Hb em tratamentos com drogas oxidantes 
 (fenotiazina em cavalos, acetaminofen e azul de metileno em gatos)
 Ocorrem também pela ingestão de substâncias oxidantes (cebola e alho) em cães e gatos. 
 Promovem hemólise (anemia hemolítica)
INCLUSÕES VÍRICAS:
Cinomose nos cães
 Anemia infecciosa equina nos cavalos
ALGTERAÇÕES QUANTO A PRESENÇA DE PARASITAS
INTRA ERITROCITÁRIOS
Protozoários ® Gêneros: Babesia sp.
 Plasmodium sp.
 Hepatozoon sp.
 Cytauxzoon sp.
 Theileria sp.
Riquétsias ® Gêneros: Anaplasma sp.
 Mycoplasma sp.
 Eperythrozoon sp.
b) LIVRES NO PLASMA
Protozoários ® Gêneros: Trypanosoma sp.
 Leishmania sp.
Larvas de helmintos ® Microfilárias dos gêneros: Dirofilaria sp. e Dipetalonema sp.
SÉRIE VERMELHA – ANEMIA
1) SIGNIFICADO DO TERMO:
		AN				ausência
		EMIA (haima)		sangue
2) SINÔNIMO:
						OLIGO		poucas
Oligocitemia		CIT (kytos)		células
						EMIA (haima)	sangue
3) DEFINIÇÃO:
É a redução da massa eritrocitária circulante, o contrário da policitemia.
Não é um distúrbio primário; aparece em decorrência de outra alteração orgânica (doença principal), que deve ser diagnosticada e tratada.
4) DIAGNÓSTICO LABORATORIAL:
		Hematócrito diminuído,
		Dosagem de Hb diminuída,
		Número de eritrócitos diminuído.
OBS. Na anemia ferro-priva o número de eritrócitos pode estar normal.
5) CONSEQUÊNCIAS DA ANEMIA NO ORGANISMO:
Hipóxia e Hipovolemia.
6) SINAIS CLÍNICOS
Mucosas pálidas
Diminuição da viscosidade do sangue
Fraqueza, cansaço e intolerância aos exercícios físicos
Hipersensibilidade ao frio
Taquicardia e taquipneia
Hipotensão arterial
Mucosas ictéricas e/ou hemoglobinúria (anemias hemolíticas)
7) MECANISMOS GERADORES DE ANEMIA (PATOGENIA):
Perda de eritrócitos (hemorragia),
Destruição precoce dos eritrócitos (hemólise),
Diminuição na produção de eritrócitos.
Nos processos de hemorragia e hemólise ocorre regeneração medular, enquanto que a diminuição na produção de eritrócitos indica que a medula óssea não está funcionando adequadamente (ausência de processo regenerativo medular). Conclui-se, portanto, que nas anemias onde há regeneração medular, o mecanismo gerador pode ser hemorragia ou hemólise e naquelas ondeo processo regenerativo medular está ausente só há um mecanismo gerador: a redução na produção de eritrócitos.
8) CLASSIFICAÇÃO
Importância da classificação: permite o diagnóstico da causa da anemia (doença principal).
Há dois critérios de classificação:
→ Quanto à resposta da medula óssea
→ Quanto aos índices hematimétricos
Esses critérios correlacionam-se entre si.
a) Classificação quanto à resposta da medula óssea:
Anemia responsiva ou regenerativa: 
não há problema no funcionamento da medula óssea e na produção de eritrócitos, ocorre aumento da produção de eritropoetina pelos rins, a eritropoese torna-se acentuada e acelerada (liberação aumentada de eritrócitos imaturos: reticulócitos, às vezes metarrubrócitos), ocasionando vários sinais de regeneração medular no sangue:
				policromatofilia
				anisocitose
				corpúsculo de Howell-Jolly
				ponteado basófilo
				eritrócitos nucleados (metarrubrócitos)
Anemia não responsiva, não regenerativa ou arregenerativa: 
funcionamento inadequado da medula óssea, Produção de eritrócitos diminuída, não há liberação de eritrócitos imaturos (reticulócitos e metarrubrócitos) no sangue; os sinais de regeneração medular estão ausentes.
OBS. A classificação das anemias quanto à resposta da medula óssea é feita com base nos índices hematimétricos (alteração ou não) e nos sinais de regeneração medular (presença ou ausência).
b) Classificação quanto aos índices hematimétricos:
Anemia macrocítica (VGM ↑) hipocrômica (CHGM ↓)
	indica anemia regenerativa (presença de reticulócitos).
Anemia normocítica (VGM normal) normocrômica (CHGM normal)
	indica anemia não regenerativa (ausência de reticulócitos).
Anemia microcítica (VGM ↓) hipocrômica (CHGM ↓)
	indica anemia ferro-priva (baixa síntese de Hb por deficiência de ferro).
OBS. Quando os índices hematimétricos (dados quantitativos) estão normais, mas há sinais de regeneração medular (dados qualitativos), considera-se que a anemia é regenerativa. Para confirmação, solicita-se a contagem de reticulócitos.
9) ANEMIA REGENERATIVA HEMORRÁGICA:
	Mecanismo gerador: perda de eritrócitos (hemorragia)
	Diagnóstico: concentração diminuída de proteínas plasmáticas
	Há dois tipos de hemorragia: aguda e crônica
HEMORRAGIA AGUDA: perda de um grande volume de sangue em um período de tempo curto.
Causas: 	traumatismos,
		cirurgias,
		intoxicações por drogas anticoagulantes (warfarina, dicumarol), geralmente presente em venenos para exterminar roedores.
HEMORRAGIA CRÔNICA: perda de um pequeno volume de sangue em um período de tempo longo.
Causas: 	úlceras e tumores no trato gastro intestinal
		coagulopatias crônicas (ex. hemofilias)
		parasitas gastro intestinais hematófagos: cães: Ancylostoma sp,
 ruminantes: Haemonchus sp.ectoparasitas espoliadores de sangue (pulgas, piolhos,carrapatos).
Consequência da hemorragia crônica: anemia ferro-priva
10) ANEMIA REGENERATIVA HEMOLÍTICA:
	Mecanismo gerador: destruição precoce de eritrócitos (hemólise)
	Há dois tipos de hemólise: extravascular e intravascular
HEMÓLISE EXTRAVASCULAR: é a mais comum
Diagnóstico: concentração aumentada de bilirrubina (nem sempre perceptível clinicamente).
HEMÓLISE INTRAVASCULAR
Diagnóstico: hemoglobinúria em decorrência da hemoglobinemia.
OBS. Dependendo do agente causal, os dois tipos de hemólise podem estar associados.
	Causas de anemia hemolítica:
a) Infecciosa:	Babesia sp.
			Anaplasma sp.
			Mycoplasma sp. (antigamente Haemobartonella sp.)
			Leptospira sp.
			Clostridium sp.
			Vírus da anemia infecciosa eqüina (AIE)
b) Tóxica:		Plantas tóxicas (cebola, alho, couve)
			Acidentes ofídicos (cobra cascavel)
			Metais pesados: cobre (ovinos), chumbo (cães), zinco
			Drogas oxidantes: fenotiazina (cavalos), azul de metileno e acetaminofen (gatos)
c) Imunomediada	Anticorpos ou Imunocomplexos
Anticorpos: 		Anemia hemolítica autoimune do cão (rara no gato)
			Isoeritrólise neonatal (cavalo, gato)
Imunocomplexos:	Erliquiose (cão e cavalo)
			Vacinas polivalentes (cão)
11) ANEMIA NÃO REGENERATIVA:
	Mecanismo gerador: diminuição na produção de eritrócitos
	Sinônimos: anemia aplásica, hipoplásica ou hipoproliferativa
	As causas de anemia não regenerativa são primárias ou secundárias
Entre as causas primárias estão as que lesam a medula óssea:
		radiações
		drogas (cloranfenicol, estrógenos)
		toxinas de plantas (samambaia)
		vírus (parvovírus canino, leucemia felina, AIE)
		erliquiose (cão e cavalo)
Entre as causas secundárias estão as que afetam o funcionamento da medula óssea, mas sem lesá-la:
		insuficiência renal crônica (diagnóstico: aumento de ureia e creatinina no sangue)
		deficiência nutricional (proteínas, lipídios, vitaminas, minerais). Nos animais a deficiência mais comum é a de ferro
		inflamações crônicas (sequestro de ferro)
SÉRIE VERMELHA – POLICITEMIA
1) SIGNIFICADO DO TERMO:
			POLI			muitas
	CIT (kytos)		células
			EMIA (haima)	sangue
2) SINÔNIMOS:
			POLIGLOBULIA OU ERITROCITOSE
3) DEFINIÇÃO:
É o aumento da massa eritrocitária circulante, o contrário da anemia.
Não é um distúrbio primário; aparece em decorrência de outra alteração orgânica.
4) DIAGNÓSTICO LABORATORIAL:
			Hematócrito aumentado,
			Dosagem de Hb aumentada,
			Número de eritrócitos aumentado.
5) SINAIS CLÍNICOS
Mucosas arroxeadas
Aumento da viscosidade do sangue
Congestão dos vasos do fundo do olho
Dificuldade respiratória e cardíaca
Letargia e sonolência.
6) CLASSIFICAÇÃO
Há dois tipos de policitemias:
Verdadeira ou absoluta → ocorre por um aumento real na produção dos eritrócitos.
A policitemia verdadeira pode ser:
	Primária (também conhecida como policitemia “vera”) quando a alteração ocorre na medula óssea ou
	Secundária quando a origem da alteração não é na medula óssea.
Falsa ou relativa → ocorre por um aumento na concentração do sangue.
7) POLICITEMIA FALSA
Frequência: 90 % dos casos
Causa:	perda de água orgânica (desidratação)
 ↓
 diminuição do plasma
 ↓
 hemoconcentração
OBS. Não há um aumento na produção de eritrócitos e sim perda de parte da água do plasma.
Diagnóstico:	Aumento da concentração das proteínas plasmáticas
			Aumento da densidade da urina
			Não há sinais de regeneração medular
8) POLICITEMIA VERDADEIRA SECUNDÁRIA
Frequência: 10 % dos casos
Causa:	insuficiência cárdio-respiratória (associadas ou não)
 ↓
 oxigenação insuficiente dos tecidos (hipóxia)
 ↓
 aumento da produção de eritropoetina pelos rins
 ↓
 a medula óssea aumenta a produção de eritrócitos e libera
 reticulócitos no sangue circulantE
Diagnóstico: Sinais de regeneração medular (os mesmos que ocorrem nas 			 anemias regenerativas)
 Concentração normal das proteínas plasmáticas
		 Densidade da urina normal – 
A policitemia verdadeira secundária também pode ser ocasionada por neoplasia renal, onde há aumento da produção de eritropoetina. No entanto, essa causa é bem menos frequente.
9) POLICITEMIA VERDADEIRA PRIMÁRIA (policitemia “vera”)
Frequência: raríssima
Causa: doença neoplásica da medula óssea que afeta a linhagem de células vermelhas. É melhor descrita no ser humano.
Diagnóstico: Ao analisar-se a medula óssea (mielograma), observa-se um aumento do número das células da linhagem eritrocitária (com predominância de células imaturas), bem como alterações em sua morfologia, caracterizando a neoplasia.
SÉRIE VERMELHA - INTERAÇÃO HEMATÓCRITO (Ht) E PROTEÍNAS PLASMÁTICAS (PP)
1) PROTEÍNA PLASMÁTICA AUMENTADA E
A) Ht AUMENTADO: Policitemia falsa (desidratação).
B) Ht DIMINUÍDO: Anemia com desidratação ou com inflamação.
C) Ht NORMAL: CUIDADO: pode haver anemia mascarada pela desidratação. Colher a amostra após a hidratação. Pode ser também um processo inflamatório (na fase aguda da inflamação, principalmente em equinos e bovinos,ocorre aumento do fibrinogênio, aumentando as proteínas plasmáticas).
2) PROTEÍNA PLASMÁTICA DIMINUÍDA E
A) Ht DIMINUÍDO: Anemia hemorrágica.
B) Ht NORMAL: Perda de PP pelos rins OU
 Diminuição da síntese de PP (insuficiência hepática, problemas nutricionais ou de absorção).
C) Ht AUMENTADO: as alterações anteriores (letra B) junto com inflamação ou desidratação.
3) PROTEÍNA PLASMÁTICA NORMAL E
A) Ht AUMENTADO: Policitemia verdadeira secundária.
B) Ht DIMINUÍDO: Anemia não relacionada à hemorragia (hemolítica ou não regenerativa).
C) Ht NORMAL: condição normal.
QUADRO RESUMO
	EXAMES
	PP AUMENTADA
	PP NORMAL
	PP DIMINUÍDA
	Ht AUMENTADO
	Policitemia falsa
(desidratação)
	Policitemia verdadeira
(ins. cardiorrespiratória)
	Policitemia + perda de PP
ou ↓ da produção de PP *
	Ht NORMAL
	Anemia leve mascarada pela desidratação ou
Inflamação
	
Normal
	Perda de PP
ou ↓ da produção de PP *
	Ht DIMINUÍDO
	Anemia + desidratação
	Anemia hemolítica ou
Anemia não regenerativa
	Anemia hemorrágica
* Perda de PP: via renal (urina) ou trato gastrointestinal (fezes)
* Diminuição da produção de PP: insuficiência hepática, má absorção intestinal, dieta hipoproteica
SÉRIE BRANCA – ALTERAÇÕES LEUCOCITÁRIAS
As alterações dos leucócitos podem ser:
1) Quantitativas (número)
 ► Contagem total de leucócitos
 ► Contagem diferencial de leucócitos
2) Qualitativas (forma, tamanho, cor, corpúsculos de inclusão, parasitas)
 ► Esfregaço sanguíneo
Estas alterações podem ser decorrentes de:
► Manifestações de doenças em outros sistemas celulares *
► Doenças específicas dos leucócitos
Alterações leucocitárias:
Alterações quantitativas
Alterações qualitativas
Doenças específicas dos leucócitos
INTERPRETAÇÃO DAS ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS
FATORES A SEREM CONSIDERADOS:
 ► Espécie (valores de referência)
 ► Raça (pequena variação)
 ► Idade (linfócitos)
 ► Condições do animal no momento da colheita (“stress”, exercícios físicos). 
* LEUCOCITOSE
● LEUCOPENIA
● NEUTROFILIA
● NEUTROPENIA
● DNNE 
* LINFOCITOSE
● LINFOPENIA
● EOSINOFILIA
● EOSINOPENIA
● MONOCITOSE
● BASOFILIA
LEUCOCITOSE (97% dos casos → neutrofilia) 
NEUTROFILIA (2 tipos):
Neutrofilia fisiológica (mobilização do “pool” marginal)
 ● condição rápida e transitória
 ● não há DNNE
 ● hipercortisolemia (“stress” ou tratamento com corticosteróides),
 medo, após exercícios físicos, na gestação.
2) Neutrofilia patológica (mobilização da medula óssea em função das
 substâncias liberadas no foco inflamatório)
 ● liberação dos compartimentos de reserva (segmentados) e de 
 maturação (bastonetes)
 ● há DNNE
 ● fase aguda da inflamação:
 - infecções (bacterianas)
 - necrose tecidual (traumas, neoplasias, substâncias químicas).
LEUCOPENIA (maioria dos casos → neutropenia) 
NEUTROPENIA:
 - sinal de agravamento clínico
 - quando progressiva, o prognóstico é desfavorável
 - apresenta dois mecanismos geradores (tipos):
Diminuição da produção de neutrófilos (insuficiência da
 medula óssea)
 ● não há DNNE
 ● geralmente acompanhada de anemia não regenerativa 
 ● causas: vírus, drogas (quimioterapia), erliquiose.
2) Aumento da destruição de neutrófilos (consumo excessivo
 pelos tecidos)
 ● há DNNE
 ● ocorre em processo inflamatório severo envolvendo grandes áreas
 ● causas: septicemia, pneumonia, pleurite, peritonite, ruptura de
 órgãos como útero, intestino e bexiga.
DESVIO NUCLEAR DE NEUTRÓFILOS À ESQUERDA (DNNE)
 ● caracteriza fase aguda da inflamação
 ● há dois tipos:
 
 1) DNNE regenerativo
 ● formas maduras de neutrófilos (segmentados) em maior número
 do que as formas imaturas (bastonetes + metamielócitos)
 ● acompanhado de neutrofilia
 ● prognóstico bom.
 2) DNNE degenerativo
 ● formas maduras de neutrófilos (segmentados) em menor número
 do que as formas imaturas (bastonetes + metamielócitos)
 ● acompanhado de neutropenia
 ● prognóstico desfavorável. 
LINFOCITOSE
 ● animais em crescimento
 ● após vacinação
 ● algumas infecções crônicas
 ● infecção pelo vírus da leucose bovina + toxoplasmose
LINFOPENIA
 ● fase aguda da inflamação
 ● “stress” ou tratamento com corticosteróides
 ● alguns vírus: cinomose, hepatite canina, parvovírus,
 coronavírus, diarréia viral bovina (BVD),
 influenza equina
 ● se persistente, o prognóstico é reservado
EOSINOFILIA
 ● doenças alérgicas
 ● parasitismo com lesão tecidual
 ● dermatopatias parasitárias (sarna, pulga)
EOSINOPENIA
 ● fase aguda da inflamação
 ● “stress” ou tratamento com corticosteróides
 ● parto
 ● choque e estados de anóxia
 ● cólicas
MONOCITOSE
 ● fase de recuperação de inflamações (limpeza)
 ● necrose tecidual
 ● inflamações granulomatosas
 ● “stress” (incomum)
 ● desnutrição
BASOFILIA
 ● rara
 ● geralmente acompanhada por eosinofilia
 ● Dirofilaria immitis + Ancylostoma sp.
INTERPRETAÇÃO DAS ALTERAÇÕES QUALITATIVAS
As mais frequentes ocorrem nos NEUTRÓFILOS e nos LINFÓCITOS
Alterações nos neutrófilos:
Granulações tóxicas: (grânulos avermelhados)
® Infecções graves
® Toxemias
® Queimaduras 
Corpúsculos de Döhle:
® Maturação prejudicada
Hipersegmentação do núcleo: 
® Corticosteróides
Desvio Nuclear de Neutrófilos à Direita (DNND) 
Núcleo não se segmenta: 
Alteração congênita no cão
Anomalia de Pelger Hüet 
Corpúsculo de inclusão vírica: 
Cinomose
Microorganismos fagocitados: 
Septicemia
 
Alterações nos linfócitos:
Atípicos ou reativos: (plasmócito) 
® Geralmente aparecem após viroses
Corpúsculo de inclusão vírica: 
Cinomose
Doenças específicas dos leucócitos:
NEUTROPENIA CÍCLICA DO COLLIE CINZENTO
 ● produção diminuída de neutrófilos (cíclica)
 
2) ERLIQUIOSE
3) PARVOVIROSE
4) PANLEUCOPENIA FELINA
 ● nas três últimas enfermidades ocorre leucopenia
 importante associada à anemia não regenerativa
5) NEOPLASIAS DA SÉRIE BRANCA
 ● Leucemia linfocítica (a mais frequente nos animais)
 ● Leucemia mielóide ou granulocítica
 ● Leucemia eosinofílica
 ● Leucemia basofílica
 ● Leucemia monocítica
 ● Leucemia mielomonocítica (UFC mm)
CASOS CLÍNICOS
CASO 1:
Paciente: espécie canina, S.R.D., fêmea, 7 meses de idade.
Histórico e sinais clínicos: o animal parou de se alimentar, ficou apático e começou a apresentar vômitos frequentes e depois diarreia sanguinolenta fétida.
Exame clínico: mucosas pálidas, taquicardia, desidratação, fraqueza e prostração.
HEMOGRAMA
ERITROGRAMA:						Valores de referência para a espécie:
Eritrócitos			3.450.000/µL				5.500.000 a 8.500.000/µL
Hemoglobina			7,9 g/dL				12 a 18 g/dL
Hematócrito			23%					37 a 55%
VGM				67,6 fL					60 a 77 fL
CHGM			34,4%					32 a 36%
OBS. 
LEUCOGRAMA:						Valores de referência para a espécie
Leucócitos totais		2.900/µL				6.000 a 17.000/µL
Segmentados			65%		1.885/µL		3.000 a 11.500/µL
Bastonetes			0%		0/µL			0 a 300/µL
Metamielócitos		0%		0/µL			0/µL
Linfócitos			27%		783/µL		1.000 a 4.800/µL
Monócitos			6%		174/µL		150 a 1.350/µL
Eosinófilos			2%		58/µL			100 a 1.250/µL
Basófilos			0%		0/µL			raros
OBS. 
Exames complementares:					Valoresde referência para a espécie
1) Contagem de reticulócitos:		0%			0 a 2%
 Número absoluto de reticulócitos:		0/µL			até 60.000/µL
2) Plaquetas:					160.000/µL		250.000 a 450.000/µL
3) Proteína plasmática:			7,4 g/dL		5,8 a 7,8 g/dL
A partir dos dados apresentados, responda:
a) Existe anemia?
Sim.
b) Quais os três parâmetros do hemograma que confirmam a anemia?
Número de eritrócitos, dosagem de Hb e hematócrito abaixo dos valores de referência para a espécie.
c) Como se classifica essa anemia em relação aos índices hematimétricos?
Normocítica normocrômica. VGM e CHGM normais respectivamente.
d) Como se classifica essa anemia em relação à regeneração medular?
Não regenerativa.
e) Justificar, verificando e citando os quatro indicativos em relação à resposta anterior.
VGM normal, CHGM normal, não há sinais de regeneração medular no esfregaço sanguíneo, o número de reticulócitos é normal no sangue. Tudo isso indica que a medula óssea não está regenerando.
f) Qual é o mecanismo gerador desse tipo de anemia?
Por ser uma anemia não regenerativa é a produção de eritrócitos que está diminuída.
g) Quais as várias causas que poderiam originar este tipo de anemia no cão? 
Lesão da medula óssea por radiações, drogas (cloranfenicol, por exemplo), plantas tóxicas, hiperestrogenismo (excesso de estrogênio), erliquiose, parvovirose. As anemias não regenerativas também podem ter causas secundárias como deficiência nutricional (ferropenia, por exemplo), DCR (doença renal crônica), inflamação crônica (sequestro de ferro).
h) Cite as quatro alterações presentes (nome técnico) em relação ao número das células brancas.
Leucopenia, neutropenia, linfopenia, eosinopenia.
i) Existe inflamação?
Não.
j) Justifique a resposta anterior, apresentando dados do leucograma.
Se houvesse inflamação haveria DNNE (desvio à esquerda), ou seja, aumento do número de neutrófilos bastonetes no sangue.
k) A redução dos segmentados no sangue é decorrente de qual processo patológico?
Neste caso, é por insuficiência da medula óssea.
l) Justifique a resposta anterior, apresentando dados do leucograma.
Não há DNNE. Isso indica que a medula óssea não está conseguindo produzir adequadamente neutrófilos em nenhuma etapa de maturação.
m) Qual o diagnóstico (enfermidade) provável deste animal, considerando o histórico, os sinais clínicos, o exame clínico e o resultado dos exames laboratoriais apresentados?
Especialmente a idade do animal, os sinais clínicos e o resultado dos exames laboratoriais indicam que o animal apresenta parvovirose (ocasiona panleucopenia e anemia não regenerativa).
CASO 2:
Paciente: espécie canina, S.R.D., fêmea, 2 anos de idade.
Histórico e sinais clínicos: Relatou-se o desaparecimento do animal por dois dias, tendo o mesmo sido encontrado com uma lesão profunda estendendo-se desde o flanco esquerdo até o membro posterior esquerdo, com bordos amarelados e odor forte. O animal apresentou-se bastante abatido e recusava-se a caminhar. Foi dado banho e aplicadas compressas antes da vinda ao hospital. 
Exame clínico: temperatura 38,6 oC, mucosas avermelhadas, TPC de 4 segundos (o normal é menor de 2 segundos). A lesão foi avaliada e classificada como queimadura química de quarto grau, pois atingiu os tecidos cutâneo, subcutâneo, muscular e ósseo.
HEMOGRAMA
ERITROGRAMA:						 Valores de referência para a espécie:
Eritrócitos			9.200.000/µL					5.500.000 a 8.500.000/µL
Hemoglobina			20,0 g/dL					12 a 18 g/dL
Hematócrito			61%						37 a 55%
VGM				66,3 fL						60 a 77 fL
CHGM			32,8%						32 a 36%
OBS. 
LEUCOGRAMA:						 Valores de referência para a espécie
Leucócitos totais		4.000/µL					6.000 a 17.000/µL
Segmentados			27%		1.080/µL			3.000 a 11.500/µL
Bastonetes			41%		1.640/µL			0 a 300/µL
Metamielócitos		2%		80/µL				0/µL
Linfócitos			18%		720/µL			1.000 a 4.800/µL
Monócitos			11%		440/µL			150 a 1.350/µL
Eosinófilos			1%		40/µL				100 a 1.250/µL
Basófilos			0%		0/µL				raros
OBS. Degeneração de neutrófilos: presença de granulações tóxicas, basofilia e vacuolização, citoplasmática e corpúsculos de Döhle.
Exames complementares:
1) Dosagem de proteínas plasmáticas		9,3 g/dL		5,6 a 7,5 g/dL
2) Dosagem de CPK (creatina fosfoquinase)		2.451 U/L		0 a 125 U/L
A partir dos dados apresentados, responda:
a) Como se denomina tecnicamente essa alteração na quantidade dos eritrócitos?
Policitemia.
b) Quais os parâmetros do hemograma que confirmam essa alteração?
Número de eritrócitos, dosagem de hemoglobina e hematócrito acima dos valores normais para a espécie.
c) Como se classifica essa alteração?
Policitemia falsa.
d) Quais os dados apresentados (laboratoriais e não laboratoriais) que podem justificar a resposta anterior?
O dado laboratorial é a hiperproteinemia e o não laboratorial é o TPC elevado (indica desidratação).
e) Qual a causa clínica que gera tais alterações no eritrograma?
Hemoconcentração ocasionada por desidratação.
f) Que outros exames laboratoriais poderiam ser solicitados para confirmar a causa da alteração no número dos eritrócitos e qual seriam os seus resultados?
Urinálise: a densidade urinária estaria elevada.
Contagem de reticulócitos: o número de reticulócitos estaria normal.
g) Cite as cinco alterações presentes (nome técnico) em relação ao número das células brancas.
Leucopenia, neutropenia, DNNE, linfopenia, eosinopenia.
h) Existe inflamação?
Sim.
i) Justifique a resposta anterior, apresentando dados do leucograma.
A presença de DNNE indica fase aguda da inflamação.
j) Qual o prognóstico?
Desfavorável.
k) Justifique a resposta anterior, apresentando dados do leucograma.
O DNNE é degenerativo, ou seja, acompanhado de neutropenia. Há um número maior de neutrófilos imaturos, bastonetes e metamielócitos, do que de neutrófilos maduros, os segmentados.
l) O que são metamielócitos?
São precursores dos neutrófilos.
CASO 3:
Paciente: espécie canina, raça rottweiler, fêmea, 8 anos de idade.
Histórico e sinais clínicos: claudicação de membro pélvico esquerdo com evolução de 7 dias. O tutor tentou tratar o animal com diclofenaco potássico (Cataflam) há 5 dias e, desde então, a cadela apresenta apatia, anorexia, além de desenvolver hematêmese e melena.
Exame clínico: mucosas hipocoradas, desidratação moderada (aumento de turgor de pele, TPC aumentado, ressecamento de mucosas), auscultação cardíaca e pulmonar sem alterações, temperatura 38,8 oC, ausência de linfonodomegalia, sensibilidade abdominal à palpação em hipocôndrio esquerdo (estômago).
HEMOGRAMA
ERITROGRAMA:						Valores de referência para a espécie:
Eritrócitos			3.220.000/µL				5.500.000 a 8.500.000/µL
Hemoglobina			6,7 g/dL				12 a 18 g/dL
Hematócrito			26%					37 a 55%
VGM				81,25 fL				60 a 77 fL
CHGM			25,77 %				32 a 36%
OBS. Anisocitose e policromatofilia moderadas, presença de corpúsculos de Howell-Jolly nos eritrócitos.
LEUCOGRAMA:						Valores de referência para a espécie
Leucócitos totais		24.500/µL				6.000 a 17.000/µL
Segmentados			88%		21.560 /µL		3.000 a 11.500/µL
Bastonetes			1%		245 /µL		0 a 300/µL
Metamielócitos		0%		0 /µL			0/µL
Linfócitos			3%		735 /µL		1.000 a 4.800/µL
Monócitos			8%		1.960 /µL		150 a 1.350/µL
Eosinófilos			0%		0 /µL			100 a 1.250/µL
Basófilos			0%		0 /µL			raros
OBS. 
Exames complementares:
1) Proteína plasmática			4,5 g/dL		5,8 a 7,8 g/dL
2) Ultrassonografia abdominal: espessamento da mucosa gástrica com presença de úlcera gástrica.
A partir dos dados apresentados, responda:
a) Existe anemia?
Sim.
b) Quais os três parâmetros do hemograma que confirmam a anemia?
Número de eritrócitos, dosagem de Hb e hematócrito abaixo dos valores de referência para a espécie.
c) Calcule o VGM e o CHGM e anote os resultados acima.
Fórmulas dos índices hematimétricos:
	VGM = Hematócrito X 100					 CHGM = Hemoglobina X 100
 Número de eritrócitos (2 primeiros algarismos)		 Hematócrito
VGM = 26 X 100 = 81,25					CHGM = 6,7 X 100 = 25,77
 32								 26d) Como se classifica essa anemia em relação aos índices hematimétricos?
Macrocítica (VGM aumentado) hipocrômica (CHGM diminuído).
e) Como se classifica essa anemia em relação à regeneração medular?
Regenerativa.
f) Justificar, citando os cinco indicativos do eritrograma em relação à resposta anterior.
1) macrocitose, 2) hipocromia e a presença de sinais de regeneração medular no esfregaço sanguíneo: 3) anisocitose, 4) policromatofilia, 5) corpúsculos de Howell-Jolly.
g) Qual é o mecanismo gerador desse tipo de anemia?
Perda de eritrócitos (hemorragia).
h) Justificar sua resposta anterior. Há indicativos nos dados laboratoriais e nos dados não laboratoriais que permitem chegar ao mecanismo gerador (patogenia) da anemia. Quais são?
Dados laboratoriais: a hipoproteinemia indica que a patogenia da anemia é hemorrágica.
Dados não laboratoriais: hematêmese e melena (perda de sangue pelo vômito e pelas fezes respectivamente).
i) Quais outras causas que poderiam originar este tipo de anemia no cão?
Outras causas de hemorragia crônica como ectoparasitas espoliadores de sangue, vermes hematófagos, coagulopatias crônicas, tumores do trato gastrointestinal. Se o processo se prolongar por muito tempo, a anemia vai evoluir para anemia ferropriva, caracterizada por microcitose e hipocromia, pois esgotará as reservas de ferro do organismo.
j) Cite as cinco alterações presentes (nome técnico) em relação ao número das células brancas.
1) leucocitose, 2) neutrofilia, 3) linfopenia, 4) monocitose, 5) eosinopenia.
k) Existe inflamação?
Não.
l) Justifique a resposta anterior, apresentando dados do leucograma.
Não há DNNE, que caracteriza inflamação na fase aguda.
m) As alterações de número dos leucócitos encontradas neste leucograma caracterizam qual processo? Esse processo é mediado pelo aumento no sangue de qual hormônio? Qual o nome técnico para o aumento deste hormônio no sangue?
Leucocitose, neutrofilia, linfopenia, monocitose e eosinopenia sem DNNE caracterizam um processo de “stress”, que é mediado pelo aumento no sangue circulante de cortisol: hipercortisolemia.
CASO 4:
Paciente: espécie felina, S.R.D., macho, 2 anos de idade.
Histórico: O gato tem estado bem pouco ativo, mas está se alimentando e bebendo água normalmente, não apresenta vômito. A principal queixa é a prostração.
Sinal clínico: icterícia.
Exame clínico: temperatura 38,5 oC, sem algia abdominal, mucosas ictéricas, fezes pastosas, urina escura.
HEMOGRAMA
ERITROGRAMA:						Valores de referência para a espécie:
Eritrócitos			2.260.000/µL				5.000.000 a 10.000.000/µL
Hemoglobina			4,0 g/dL				8 a 15 g/dL
Hematócrito			14%					24 a 45%
VGM				63,6 fL					39 a 55 fL
CHGM			28,6 %					30 a 36%
OBS. Presença de metarrubrócitos (6 em 100 leucócitos), anisocitose e policromatofilia moderadas, presença nos eritrócitos de estruturas compatíveis com Mycoplasma haemofelis.
Exames complementares:					Valores de referência para a espécie:
1) Dosagem de bilirrubinas:
Bilirrubina total:		33,3 mg/dL				0,15 a 0,5 mg/dL
Bilirrubina livre:		10,5 mg/dL				até 0,4 mg/dL
Bilirrubina conjugada:	22,7 mg/dL				até 0,4 mg/dL
2) Ultrassonografia abdominal: congestão renal e alteração hepática.
A partir dos dados apresentados, responda:
a) Existe anemia?
Sim.
b) Quais os três parâmetros do hemograma que confirmam a anemia?
Número de eritrócitos, dosagem de Hb e hematócrito abaixo dos valores de referência para a espécie.
c) Como se classifica essa anemia em relação aos índices hematimétricos?
Macrocítica (VGM aumentado) hipocrômica (CHGM diminuído).
d) Como se classifica essa anemia em relação à regeneração medular?
Regenerativa.
e) Justificar, citando os cinco indicativos do eritrograma em relação à resposta anterior.
1) macrocitose, 2) hipocromia e a presença de sinais de regeneração medular no esfregaço sanguíneo: 3) metarrubrócitos, 4) anisocitose, 5) policromatofilia.
f) Qual é o mecanismo gerador desse tipo de anemia?
Destruição aumentada de eritrócitos (hemólise).
g) Justificar sua resposta anterior. Há indicativos nos dados laboratoriais e nos dados não laboratoriais que permitem chegar ao mecanismo gerador (patogenia) da anemia. Quais são?
Dados laboratoriais: dosagem de bilirrubina (as duas frações) bem acima do valor normal para a espécie indicando hemólise extravascular.
Dados não laboratoriais: mucosas ictéricas (hemólise extravascular), urina escura (hemólise intravascular).
h) Quais outras causas que poderiam originar este tipo de anemia no gato?
Leptospirose, clostridiose, Cytauxzoon felis, plantas tóxicas, ingestão de alho e cebola, drogas oxidantes como acetominofen e azul de metileno, metais pesados, acidentes ofídicos e mais raramente anemia auto-imune são outras causas de anemia regenerativa hemolítica nos gatos.
 CASO 5:
Paciente: espécie canina, S.R.D., fêmea, 10 anos de idade.
Histórico e sinais clínicos: Animal apresentando apatia, anorexia, poliúria, polidipsia, dificuldade de apoio em membros posteriores, secreção vaginal purulenta, havia entrado no cio há 1 mês e meio atrás.
Exame clínico: abdômen distendido, temperatura 38,3 oC, mucosas normocoradas.
HEMOGRAMA
LEUCOGRAMA:						Valores de referência para a espécie
Leucócitos totais		47.000/µL				6.000 a 17.000/µL
Segmentados			78%		36.660/µL		3.000 a 11.500/µL
Bastonetes			9%		4.230/µL		0 a 300/µL
Metamielócitos		0%		0/µL			0/µL
Linfócitos			3%		1.410/µL		1.000 a 4.800/µL
Monócitos			5%		2.350/µL		150 a 1.350/µL
Eosinófilos			5%		2.350/µL		100 a 1.250/µL
Basófilos			0%		0/µL			raros
OBS. Presença de neutrófilos com sinais de degeneração tóxica: corpúsculos de Döhle e basofilia citoplasmática.
Exames complementares:
1) Radiografia abdominal: útero aumentado de tamanho.
A partir dos dados apresentados, responda:
a) Cite as cinco alterações presentes (nome técnico) em relação ao número das células brancas.
Leucocitose, neutrofilia, DNNE, monocitose, eosinofilia.
b) Existe inflamação?
Sim.
c) Justifique a resposta anterior, apresentando dados do leucograma.
A presença de DNNE indica fase aguda da inflamação.
d) Qual o prognóstico?
Favorável.
e) Justifique a resposta anterior, apresentando dados do leucograma.
O DNNE é regenerativo, ou seja, acompanhado de neutrofilia. Há um número maior de neutrófilos maduros (segmentados) em relação ao número de neutrófilos imaturos (bastonetes).
f) Qual a interpretação dos dados qualitativos do leucograma?
A degeneração tóxica dos neutrófilos ocorre na fase aguda da inflamação, geralmente por infecção grave ou necrose.

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