Buscar

Anotações de aula Linguagens da Arte e Regionalidades

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LINGUAGENS DA ARTE E REGIONALIDADES
Aula 001
Arte na formação do educando
A arte é realmente o reflexo de uma sociedade? É importante? São perguntas que devem ser feitas no campo de humanas. Quando se pensa na importância da arte, pensa-se na formação. Não é apenas informação, que é apenar dar uma notícia. Formar o indivíduo faz parte de sua constituição moral e ética. Dentro dessa formação é comum o dualismo entre arte e sociedade. Mas, a sociedade influencia a arte ou vice-versa? É o que vai nortear essa disciplina.
Arte e sociedade se completam. Arte não é só um objeto concreto, mas também um estudo a sociedade – a arte histórica, da sociedade local, manifestações culturais (cantigas, vestimentas, comidas, folclore), etc. Ao mesmo tempo em que sociedade se coloca por meio da arte, a arte corporifica o que a sociedade pensa. O ensino da arte não é algo simples. É concretização do que a sociedade pensa. A arte sempre refletiu as mudanças na sociedade.
A arte é a percepção que o homem tem do mundo, realizada de maneira abstrata ou concreta. Arte reproduz de forma abstrata o que uma sociedade pensa ou sente – da economia, política, etc. Serve também como meio de provocação da sociedade para que haja mudanças. Pode ter como pretexto um fato, acontecimento, sentimento ou conceito. Quando conceito, coloca-se em prática aquilo que se imagina ser ideal. Arte e sociedade se alimentam e contemplam durante todo o correr da humanidade.
Arte pode proporcionar oportunidade de leitura da sociedade, que nos ajuda a refletir quanto a valores e comportamento. Arte depende da nossa bagagem cultural – depende da visão de mundo e referencias de quem a contempla. Traz reflexão a respeito de inúmeros assuntos a partir de uma leitura reflexiva – devemos pensar sobre informações obtidas, não somente repeti-las. 
Quando concordamos com determinado assunto, a arte serve para reafirmar isso. Se discordarmos, arte é instrumento para provocar reflexões e causar mudanças sociais. 
Artista/obra/apreciador – relação não pode ser desvinculada. Artista sempre idealiza um espectador. De acordo com Giulio Argan, a arte é autônoma, isso é, não precisa estar vinculada a uma finalidade específica. Dessa maneira, ela não precisa estar obrigatoriamente vinculada a mudanças. Não há obrigação de ser sempre mimese – representação da realidade.
Artista: aquele que cria uma obra, num determinado tempo e momento em que vive, a partir de um tipo de postura predominante – racional ou passional – que assume relação com a história e a realidade natural do autor ou social. Pode utilizar arte como fuga da própria realidade ou objetivando mudanças. 
Objeto artístico: tudo que é criado pelo artista. Pode ser concreto ou uma reflexão. 
Apreciador: sujeito ativo com qual artista se relaciona, mesmo que subjetivamente. Extrai a essência da obra. Coloca-se em posição de análise e observação. 
Arte se da por meio da relação entre esses três itens. Obra é intermediário entre autor e apreciador. Apreciador é responsável pela recepção subjetiva da obra e então precisa ter um mínimo de consciência estética. Sua postura vai refletir o que a sociedade pensa a respeito da arte.
Fase pré-romântica representa horror na Inglaterra e tempestade e do ímpeto na Alemanha. Relacionada a morte e suicídio. Goethe – Os Sofrimentos do Jovem Werther – personagem com tendência ao suicídio por problemas sentimentais. 
Fase neoclássica ideias da revolução francesa. Pra Argan, neoclássicos tinham arte como atividade distinta do racional e mais autônoma. 
Fase romântica discussão entre autor e público.
ATIVIDADE 001
Arte – autônoma – finalidade é ela mesma. Arte ganha status de experiência primeira que parte do intimo onde conceito de reprodução desaparece. Arte é feita pela própria arte. Contudo, sociedade moderna a usa como meio de mudança, apesar de não haver essa obrigação. 
Aula 002
Integração das artes – praticamente corriqueira e automática no mundo de hoje, ainda mais no meio de tecnologias onde a artes visuais são muito exploradas. As manifestações são as mais variadas – teatro, cinema, dança, música, literatura, pintura, artes visuais, etc. Regionalidades acabam sendo complementadas. 
Hauser apresenta questões sobre literatura e cinema. Diz que são complementares, pois oferecem diferentes visões de uma mesma obra. Autor toma como ponto para concepção um leitor virtual. No cinema há o objetivo de aumentar o número de apreciadores dessa obra de arte, já que o público alcançado é muito maior. A leitura é algo individual e pode ser feita ao gosto do leitor, que faz a leitura do seu jeito e no seu tempo. Livro desperta imagem pessoal na mente. Já a leitura cinematográfica é resumida e vista por muitos; é criada por um roteirista que retrata cenas e partes escolhidas da história a partir do seu ponto de vista. Nem sempre quando falamos em grade número de apreciadores estamos falando em elementos qualitativos. Muitos não estabelecem qualidade entre obra escrita e cinema, que quase sempre oferece ao público o que ele deseja e não o que realmente acontece no livro. 
É comum pensarmos o cinema como rebaixamento da arte, pois seu objetivo é quase sempre reproduzir a arte para um público de massa (público, por vezes, pouco esclarecido). Contudo, temos que lidar com questões que vão além disso. Cinema não objetiva competir com literatura, mas atingir mais pessoas. Há barateamento de custos e acesso a obras de arte. As adaptações para cinema podem ajudar a resgatar clássicos com versões mais fiéis as obra original (Ex. Conde de Monte Cristo) ou com visão distorcida do que acontece na obra (Ex. Dom). O cinema pode ainda despertar as emoções e comoção que um livro causa (Ex. A culpa é das estrelas). 
Exemplos de obras brasileiras com versões em livro e cinematográficas: Vidas Secas e Macunaíma. 
Vidas secas – mostra o sofrimento do nordestino através de uma terceira pessoa que testemunha a realidade. No trecho de filme mostrado na aula: há climatização e sonorização de ruídos apenas. Uma moça ao fundo narra bem pouco da cena. É possível ver na postura do ator e no cenário a situação do nordestino que é narrada no livro. 
Macunaíma – obra do modernismo que retrata um anti-herói preguiçoso e folgado. Retrata lado ruim e irônico do brasileiro. 
Literatura e música – música faz parte da construção cinematográfica e cria clima necessário. São artes complementares também. Poesia e música possuem semelhança na sua composição. Poesia se assemelha a estrutura da música. Música possui um eu-poético que demonstra seu interior e expressões a respeito do exterior. Eu-lírico pode ser subjetivo ou objetivo. 
Relação entre música e poesia é muito antiga. Na Grécia antiga poesia e música eram inseparáveis, principalmente na lírica – poesia cantada junto com a lira. Poesia não era feita para ser lida, mas cantada. Poesia e música tem ritmo poético, escritas em versos e possuem combinação de sons. Ritmo anda junto com métrica (tamanho do verso) e com a rima. Ritmo é marcado pela repetição de sons, aliterações, etc. Tudo isso ajuda a formar o refrão que é repetido ao fim de estrofes – é a marca principal do ritmo. 
Conclusões – artes se complementam entre si. 
ATIVIDADE 002
Reflexão a respeito da literatura e música. 
Ambas possuem eu-poético subjetivo ou objetivo. (sua realidade ou realidade exterior). 
São formados por versos que formam estrofes. Apresentam ritmo poético, já que versos são determinados pela combinação de sons e métrica. Métrica na canção determina o ritmo. 
Aula 003
Arte e ideologia – aspectos sociais da arte
Quando se pensa numa produção artística, achamos que é um simples enfeite. Porem, na verdade, aquele objeto é um meio de expressão de um meio social e até de uma ideologia, que são as ideias que fazem parte da nossa formação humana dentro de uma sociedade. A maior parte da ideologia é passada pelos meios de comunicação. Nós devemos refletir sobre as manifestações artísticas. A produção é a manifestação física de uma ideia. 
No sensocomum, a ideologia é um conjunto de ideias e visão de mundo de um grupo determinado. Quando falamos de visão de mundo, estamos incluindo a nossa bagagem cultural – religião, educação em família, costumes, etc. No geral a ideologia é nossa formação e representação dela no mundo, pertencendo a um grupo.
De acordo com o senso critico, a ideologia é conjunto de ideias que serve para manipular e dominar ou convencer. Serve ainda para mascarar a realidade, já que apresenta apenas uma parte dela. Ex. quando falamos em classes sociais e falamos que há igualdade não é verdade. A ideologia predominante é a da classe dominante. Ideologia sempre reflete apenas uma face da verdade, os outros lados ficariam obscuros. 
Para Marx, ideologia é o “conjunto de ideias que procura ocultar a sua própria origem particular nos interesses sociais de um grupo da sociedade.” Um grupo maior domina a massa em favor dos seus próprios interesses. Há sempre uma ideia de fachada passada a massa, mas que não é verdade. 
A produção artística é carregada de ideologia, seja ela no setor mais critico ou mais conservador da sociedade. Arte traz ideologia embutida nela e pode ser apenas a reprodução daquilo que já está acontecendo ou trazer novas ideias para se pensar sobre a sociedade. 
Na idade média, por exemplo, tínhamos a igreja como poder. As obras de arte naquele momento buscavam relatar momentos bíblicos e teocentrismo. Igreja usava desse discurso para dominar a população porque queria manter seu poder. 
Precisamos e devemos ter uma ideologia para viver. Contudo, no mundo moderno, a ideologia é transmitida por um partido que está no poder. Quando esse partido não trabalha para todos, acaba voltando a sua visão para apenas um grupo. É a parte omitida da realidade. O partido no poder transmite apenas uma parte da verdade e em seguida passa a agir de acordo com as faces obscuras de sua realidade. 
A ideologia é algo que carrega nossa essência e para Marx, a arte também é algo essencial e insubstituível. A arte é para ele uma realização progressiva da essência humana e ao mesmo tempo distanciamento e ação transformadora da natureza. Muitas vezes lançamos um objeto no mundo visando uma mudança, mas que muitas vezes acontece muito lentamente. 
Marx buscou compreender a arte porque a via como criação libertadora capaz de fazer com que nos pudéssemos transcender tempo e espaço pela universalidade. Usa-se uma forma de expressão particular, mas que pode atingir o outro. Arte é a manifestação da supraestrutura social que vão além da ciência e da religião. Seu exercício deveria ser livre, mas sabemos que isso não acontece. Dessa maneira, a arte pode caminhar de duas formas. Primeiramente, arte pode tomar dimensão transformadora capaz de libertar indivíduos da alienação. Há outra dimensão impregnada de ideologia com função apenas de reprodução do que é ideal de um grupo. É por isso que precisamos observar que a arte faz parte de um processo de auto formação da humanidade e assim não pode ser vista apenas como um vislumbre da vida. Arte representa então uma apropriação de tudo que é universal, já que pode expressar tudo que envolve o ser humano e sua realidade. Falando da associação entre arte e ideologia, requer-se uma atenção para a dimensão histórica-social das manifestações artísticas, bem como do entendimento de que a arte em seu viés mais desinteressado deve permitir uma ação libertadora de quem a produz. Ao mesmo tempo, temos que compreender que no mundo capitalista a arte carrega a ideologia do capitalismo. O cinema, por exemplo, é uma manifestação que mostra como o capitalismo governa o mundo – é feito para vender. 
Arte e hegemonia (predominância ou superioridade)
Conjunto de ideias e crenças que inicialmente eram ligadas a uma contemplação mágica e que posteriormente passaram a ter conotação de ideias de uma classe dominante. A hegemonia não existe de fato porque o que se reflete é o ideal da classe dominante. As primeiras manifestações artísticas tinham como objetivo a sobrevivência econômica. Depois, foi reconhecida como técnica magica e sobrenatural. Porém, sempre houve objetivo econômico. Mesmo que a arte fosse um dom, usa-se dela para obter dinheiro. As pinturas pareciam artefatos de magia, como uma armadilha para quem a observava. No inicio, desenhos eram a representação e a coisa representada. Um animal, por exemplo, causava medo se real ou se desenhado. Com o passar dos anos, a arte passou a ter caráter mais simbólico. Mais tarde, arte passa a ser usada como meio de culto e religião. Criam-se ídolos, amuletos, etc. 
Conclusão – arte: magiareligiãoideologia
ATIVIDADE 003
Concepção artística é a corporificação de algo.
Magia e feitiçaria – amuletos (Ex. figa)
Culto e religião – ídolos (Ex. imagens de santos)
Símbolos – forma de direcionar seu pensamento a algo maior. São representações de um ideal que fazem parte de uma ideologia. 
Aula 004
Processo de intelectualização e racionalização da arte
Vai de 5000 a.C. até 500 d.C. Predominava concepção uniforma da arte em estilo geométrico e corresponde a característica sociológicas de estruturas hierárquicas e religião. Arte passa de fenômeno desinteressado para uma representação determinada e simbólica do objeto artístico. 
Nesse momento, desde a arte mística até a arte cristã, há representação de uma ideia. 
Nesse período há diferenciação social entre casa real e classe sacerdotal. A ideologia induzia a artista à produção destinada à elite e, portanto a produção genuína é inexistente. Reproduzia a ideologia religiosa do momento. 
Hauser lembra que nesse período não havia relação entre liberdade do artista e qualidade das suas obras. Autor não tinha liberdade para expressar seu “eu”, porque se buscava agradar a elite. Dessa maneira, a qualidade se perdia. 
Sacerdotes e reis se beneficiavam do prestigio um do outro. Sacerdotes determinavam como reis deveriam governar de acordo como deuses os conduzissem. Reis edificavam templos aos sacerdotes para aumentar sua glória. Artistas dessa época representavam esses interesses. Essa relação entre poder, religião e ostentação pode ser observada nas pirâmides. A arte era claramente ligada à religião e era veiculo de difusão de crenças, preceitos, etc. determinados por reis e sacerdotes. A arte obedecia a regras e padrões que limitava o artista. Isso ainda acontece, mas bem menos. 
Em Creta, a arte era livre, colorida e exuberante, mas ainda representava a corte e a aristocracia. Buscava-se prazer pela arte. Arte constituída pelo rococó – o divertido e o prazer, além de ser elegante. Os objetos da época representam a vida luxuosa – muitos adornos, detalhes, etc. 
Na Grécia, arte era livre. Não havia modelos específicos. Desenvolveu-se arquitetura, pintura, literatura em estilo próprio. Produção artística se concentrava na lapidação de figuras masculinas exuberantes. Arquitetura se baseava em templos simétricos construídos junto a natureza como forma de proteger as esculturas das divindades dos fenômenos naturais. 
Durante o Império Bizantino há consolidação do cristianismo. A arte cristã passou a ser adotada por classes poderosas, passando a exprimir riqueza e opulência. Percebe-se aqui que religião vai servir para demonstrar autoridade, personificada na imagem do imperador como se fosse algo sagrado. Há ainda relação entre classes real e sacerdotal. Nessa época há mistura entre personagens sagrados e oficiais com objetivo de que a massa acredite que o rei ou imperador representa a figura divina. É um exemplo clássico da ideologia política/religiosa determinando a arte de um período histórico. 
No período iniciado no século V, não havia muitas condições para produções artísticas e assim desenvolvimento nesse campo ficou parado. 
No século VII, a igreja contratava vários profissionais para construção de templos para contemplação do imperador. Nesse momento, Carlos Magno se torna imperador no Ocidente. Arte toma amplitude fervorosa, mas desenvolvimento cultural ainda era muito relacionado ao rei e ao papa.A arte românica era a arte da aristocracia e da monástica, isso é, clero e nobreza. (Ex. praça de são Pedro no Vaticano).
Durante o renascimento há inicio do período gótico. Usa claro, escuro e realismo. Havia atmosfera sombria. Surge aqui um estilo pessoal. Artista sensível e livre realizava obras desprendidas de um grupo. Ideologia do grupo dominante não era o único assunto nas artes. Artista podia criar obras com sua visão e concepção. 
Conclusão: desde o inicio dos tempos, a arte estava sempre representando poder e estava limitada a aristocracia. Classes médias e massa tinham menos interesse nas artes porque buscavam lucro e ascensão. Classes populares não tinham interesse nenhum porque pensavam principalmente na própria sustentação e sobrevivência. 
ATIVIDADE 004
Durante a história a criação quase nunca foi livre, mas relacionada às ideias da classe dominante de cada época. 
Construa uma argumentação relacionando arte e ideologia. Elas se distanciam ou se complementam. 
Ideologia é refletida na arte porque revela conjunto de ideias de um determinado grupo, que é o dominante com intenção de manipular maior parte da sociedade. Ideologia presente na arte mostra apenas uma das faces da verdadeira realidade. A arte corporifica a ideologia enquanto manifestação de pensamento. 
Aula 005
Modernidade
Tentativa de caracterização de um período particular de transformação, quebra de paradigmas e reconstrução do mundo. Pode-se descrevê-la como um estilo, um costume ou organização social.
Tem inicio na Europa no sec. XVII. O objetivo maior era tirar Deus do centro do universo para colocar homem como centro. As manifestações passam a ser focadas no eu. 
Pós-Modernidade
Marcada pelo progresso tecnológico, que traz como consequência a transformação de valores. Com nossos valores transformados, novos dilemas surgem nos aspectos moral, pessoal e social, resultando embates culturais. A tecnologia, apesar de promover a transnacionalização, acaba também por destruir aquilo que é próprio de cada comunidade. 
Argan entende que a arte moderna foi, entre todas as outras, aquela q se concebeu fundamentada no trabalho como produção e elevação da alma. Isso se torna algo reflexivo. A própria questão de produção com elementos do capitalismo se torna objeto da arte. 
Pós-modernidade mostra os artistas discutindo a problemática sócio-cultural-economica e apresentam nova maneira multifacetada e híbrida de ver o mundo. É uma sociedade misturada e confusa e a arte pós-moderna muda isso. Ao mesmo tempo em que se quebra, tenta-se reconstruir.
Os temas emotivos estão aflorados, mas refletindo a vida fria, apressada, calculista e ambiciosa da sociedade. A modernidade e pós-modernidade mostra muito essa face da sociedade – a de que se está tudo completo, mas confuso e com a falta do ser humano. 
Atualmente, a vida gira em torno da pressa e isso leva a algumas consequências como ansiedade. O ser ansioso busca perfeição em tudo, o que leva a frustração por não se dar conta de tudo no mundo de hoje. Todos esses fatores levam a depressão, pois não se consegue exercer todos os papeis do mundo moderno. Nunca houve tanta gente no mundo, ao mesmo tempo em que há muita gente só. 
O pós-modernismo é o nome aplicado a mudanças ocorridas em todos os campos – ciências, artes, entretenimento, etc. – a partir de 1960. Nos mostra uma nova face da realidade, onde as informações veem de todos os lugares e nos bombardeiam o tempo todo. Os meios de comunicação informam sobre o mundo todo e também transformam nossa realidade num espetáculo de simulacros. Parece que tudo está em nossas mãos e buscamos sempre satisfazer a sociedade do consumo, como se fosse a única forma de satisfazer o ser humano. 
O termo pós-modernismo tem outros significados dependendo do contexto. Alguns autores formulam teoria a respeito da pos-modernidade que tratam da constituição de uma mudança significativa que não pode ser desconsiderada. 
Para Hall, mudança está centrada na descentralização do homem moderno, o que já não tem apenas uma identidade. Isso conduz o sujeito a diversos e constantes deslocamentos psíquico-sociais. Comporta-se diferentemente em cada situação.
Para Bauman não existe pós-modernidade, mas passagem de uma modernidade sólida baseada em instituições tradicionais para uma modernidade liquida baseada no mundo corporativo que aprofunda diferenças sociais. Decisões são impostas aos homens – não há mais liberdade verdadeira. 
Giddens defende que nesse processo de mudança é que passamos um momento de reflexividade da vida. Somos obrigados a pensar sobre nossa vida e assim reformulamos nossas práticas sociais. 
A Idea geral de pós-modernidade é então a de um novo momento histórico caracterizado por mudanças em várias faces da sociedade, principalmente nas relações humanas e assim também na educação (não escolarização), política, econômica, etc.
Arte pop
Na arte surgem várias vertentes. Dentro da pós-modernidade surge a arte pop, com objetivo de ironizar os ícones do capitalismo. Luta contra o hermetismo (fato de se fechar para o mundo, só se relacionar por meio da tecnologia) e o subjetivismo. Um dos grandes nomes da arte pop é o pintor Andy Warhol, que mostra em suas obras traços de consumismo e representando artistas famosos que tinham fracassado na vida pessoal. 
Arte Pop vem, junto com os meios de comunicação, trazer uma linguagem nova com signos e objetos de massa. Coloca fim à beleza como valor supremo da arte. 
Arte Conceitual
Outra arte que merece atenção. Fortifica-se na década de 70. Valoriza ideia de que obra é acabada, mas que passa por processo de construção. Acaba por desmaterializar a arte, sumindo com objetos. Pinturas e esculturas são supérfluas, apenas criação mental do artista, um esboço do que ele gostaria de representar. Não existe mais coerência, mas pluralismo na arte. Cada grupo fazia sua própria arte. A experiência artística passa a ser oportuna a seu próprio valor. 
ATIVIDADE 005
Diferencie Modernidade e Pós-Modernidade
Modernidade: ideário ou visão relacionado ao projeto moderno do mundo, empreendido ao longo da Idade Moderna materializa-se com a Revolução Industrial e desenvolvimento do Capitalismo. Na arte, é a tentativa primeira de caracterização da modernidade pode descrevê-la como um estilo, um costume de vida ou organização social.
Pós-modernidade: é o nome aplicado às mudanças ocorridas nas ciências, nas artes e nas sociedades desde 1960, quando o cotidiano é invadido pela tecnologia eletrônica, visando saturações de informações, diversões e serviços que produzem um mundo de simulação.
Aula 006
Multiculturalismo
Quando se pensa em Multiculturalismo, devemos nos questionar acerca de termos propostos pela filosofia como igualdade, liberdade, identidade, cultura, diversidade e justiça, em todos os aspectos (econômicos, religião, políticos, etc.). Assim, todos merecem respeito. 
É o que consta na constituição, inclusive. Todas as pessoas são iguais perante a lei. Porém, há diversidade cultural. 
Dentro do Multiculturalismo vamos jogar com os ideais da modernidade, que tem como objetivo mover forças para legitimar através da ciência aquilo para o que lutamos. O Multiculturalismo abre espaço para discussão sobre a efetividade os ideais da modernidade – a ciência é realmente a verdade suprema? Isso vai também refletir na nossa cultura, causando divergências entre a definição de Multiculturalismo.
Multiculturalismo é visto como:
Filosofia antirracista – vai contra qualquer forma de preconceito.
Reforma educacional – vai educar uma pessoa para abrir sua mente e aceitar diferenças. Quando falamos de educação é o que os pais devem fazer com os filhos. Escolarização é a escola passando ensinamentos. A educação vem de berço.
Proteção da diversidade cultural e direito das minorias – pequenos grupos que não refletem a maioria
Neutralidade – simples pluralidade de cultura. Encarar a todos como igual e respeitar a todos. 
A partir de 80, aprendemos o conceito de cultura como um repertório de sentidoe significado compartilhado e fragmentada pelos membros de uma sociedade. 
Soivak propõe que a cultura se tornou um conceito de definição estratégica de identidade no mundo. É preciso afirmar e conhecer as diferenças para estabelecermos a reflexão, respeito e afirmação do que nos é particular. Deve se enxergar diferenças como algo normal do humano.
Multiculturalismo – versão emancipatória:
Expressão e direito a diferença, objetivando coexistência ou construção de uma vida comum. Porém, não se deve esquecer do limite dos outros. 
Historias entrelaçadas entre dinâmicas imperialistas, coloniais ou pós-coloniais. Nossa história interfere na nossa concepção. 
Formas de mobilidade e condições históricas – podemos modificar a historia dentro da expressão da cultura, através da arte, por exemplo. 
Resultado: questionamento dos direitos humanos
Igualdade, liberdade e fraternidade – já questionada pela rev. Francesa. Traz novas concepções de cidadania: reconhecimento das diferenças e criações de políticas voltadas a inclusão – mistura de diversidade no mesmo lugar. 
Desafio do Multiculturalismo
Promover a igualdade. 
Contudo, indivíduos são únicos e somos uma fabricação social especifica – formado pela nossa historia. Temos igualdade parcial. 
Relações de igualdade são necessárias para instituição da sociedade como um todo, mas são estabelecidas de acordo com alguns critérios, como Deus, classes, natureza, etc. 
O multiculturalismo ajuda a pensar que a diferença e a diversidade surgem como problema e como força política devido ao processo histórico de exploração, repressão e supressão realizada pela cultura ocidental, europeia e dominante. 
Existe então igualdade de oportunidades?
Não. Ainda vivemos numa época de desigualdade. Temos que estabelecer a igualdade a partir do direito a diferença e acabar com a dominação monocultural. Somos ainda assombrados pelos fantasmas do capitalismo, da dominação de outros países, etc. Não devemos abrir mão do que faz parte da nossa cultura, em contexto local ou em transacionais (tudo o que fazemos aqui é mostrado na mídia). 
Multiculturalismo pautado na cultura é conceito para definição de identidade e para afirmação da diferença e da exigência de seu conhecimento. 
Lutas da diversidade
Temos herança cultural da Europa e Eua. Por termos sidos explorados no passado, condicionamo-nos a depreciação e rebaixamento. Esses padrões procuraram trazer hegemonia entre países, e o que desviava acabava causando racismo, preconceito e isolamento. 
Mundo é formado por apreciações de ordem moral e valorativa (e assim, imoral também), os diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais são assim produtos de uma herança cultural, ou seja, o resultado da operação de uma determinada cultura.
São questões da diversidade discussões como a da diversidade sexual, equidade de gênero e movimentos étnico-raciais.
Aula 007
Identidade cultural
Somos fruto da sociedade em qual vivemos. Tudo que é incorporado pela consciência coletiva ou senso comum faz parte do nosso eu. 
Identidade – feita com elementos fundamentais de uma cultura e por consequência da construção social da identidade nas sociedades modernas e contemporâneas. Identidade é construída por elementos culturais e sociais – determina também nossa identidade pessoal. Há várias fontes culturais na formação da identidade, que são responsáveis por transmitir elementos que determinam nossa forma de conhecer e entender o mundo. 
Identidade cultural é formada por vários aspectos pertencentes a uma cultura, que pode ser étnica, racial, linguística, religiosa, e acima de tudo, nacionais. Não interessa somente um aspecto da cultura, mas sim que somos frutos da mistura de todas essas fontes culturais, que formam nosso ser. 
Identidades nacionais – são comunidades imaginadas, construções simbólicas, que identificam os seres de uma nação por valores definidos pela comunidade. A construção da identidade nacional passa por algumas narrativas que se estendem primeiramente a literatura e cultura popular, e, mais atualmente, à mídia. Mídia ajuda a propagar essa identidade.
Brasilidade – faz parte da nossa identidade – é pautada na mestiçagem, tropicalidade e afetividade. Identidade, nesse caso, é formada pelo aspecto físico do país e também por seu aspecto humano. Além disso, identidade do brasileiro é marcada pelo trabalho, esforço e alegria. Isso é o que nos faz diferente de alguns povos. 
Heterogeneidade de traços culturais
Algumas ciências, principalmente determinista-evolucionistas, colocavam algumas raças e etnias como sendo inferiores e consequentemente como sendo um obstáculo para a evolução. Segundos alguns cientistas, por exemplo, os traços culturais de africanos, por exemplo, serviam como justificativa aos obstáculos para o desenvolvimento do Brasil. Essa concepção é extremamente preconceituosa já que coloca o branco como melhor simplesmente por sua cor. 
Silvio Romero acreditava que o elemento branco (vindo da Europa) tenderia a dominar a formação demográfica brasileira, diminuindo progressivamente o número de índios e negros – processo de branqueamento nacional. Contudo, mesmo com essa ideia, acredita que a mistura de raças pode ser positiva – era a originalidade local. 
“Formamos um país mestiço (...) se não no sangue, ao menos na alma”.
Porém, com o tempo vimos que essa tendência não se revelou verdadeira e, pelo contrário, miscigenação só aumenta conforme preconceito diminui. 
Semana de Arte Moderna de 1922 – Reforço na ideia de diversidade nacional
Resgata ideal nacional, que surgiu no arcadismo e passou pelo romantismo também. Vinha trazer a busca pela diversidade. Mario de Andrade, em Macunaíma, pessoas de diferentes origens aparecem ‘niveladas’. Mostra diversidade como algo original do nosso país e riqueza de nossa cultura. 
Obras modernistas representavam o que é típico e nacional – brasileiro no dia-a-dia. 
Nacionalidade e mestiçagem na arte moderna
O mestiço é matéria prima para elaboração dos símbolos nacionais. O mestiço é a maior marca e o que representa o país em outros lugares. Ex. maior parte dos ídolos do futebol são mestiços. 
Na literatura há traços da mestiçagem também. Em “Os Sapos”, Manoel Bandeira faz reflexão da nossa sociedade como um todo. 
Na arte musical, Heitor Vila Lobos, coloca elementos regionais, canções indígenas e canções populares em suas composições. Vila Lobos percebeu que todos os elementos populares juntos podiam demonstrar nosso país. 
Nas artes visuais, Anita Malfatti mostra em “Mulher do Pará” mostra a mulher brasileira e uma localidade, mostrada na vestimenta, adornos, vaidade, etc. Há também o “O Abaporu”, de Tarsila do Amaral. A obra inaugura o movimento antropofágico (homem que come carne humana), com a questão de que podemos incorporar outras culturas – homem não come literalmente outro homem, mas sim sua cultura.
O objetivo principal da arte moderno era retratar o nacionalismo nas manifestações artísticas e mostrar que nosso país tem na mestiçagem a caracterização nacional. A semana de arte moderna reforçou a diversidade e sua influência em nossa identidade nacional. 
ATIVIDADE 007	
Qual é o objetivo da arte moderna? Ela é uma arte engajada?
Primeiro elemento nacional que tentou marcar a nacionalidade de forma positiva foi o arcadismo, com a inconfidência mineira, denunciando desmanches políticos e mostrando que país precisava de reforma – culminou na independência nacional.
Em seguida, o romantismo, primeira fase que era indianista, mostrava um país que buscava nova vertente de futuro. Colocava como símbolo nosso índio. 
Em seguida, a semana de arte moderna veio com objetivo de causar reflexão na nossa sociedade quanto ao que é nosso, quando a nossa nacionalidade. Esperava-se valorização dos nossos elementos, nossa linguagem, nosso povo. O objetivo da semana de arte moderna era realmente fixar nosso nacionalismo, por vezes mostrando artes que chocavam.
Além disso, na semana de arte moderna, a elite paulista foi além das representaçõesda identidade nacional, tornando-se protagonista na revolução cultural. 
Aula 008
Períodos Históricos e manifestações artísticas
Literatura – linguagem escrita, retratando momentos e ideologias de sociedades específicas.
Arquitetura – reflete ideais monárquicos, republicanos, economia e política.
Escultura – permeia todos os campos
Música e Cinema – complementam outras artes
Estudaremos expressões estéticas classificadas didaticamente como movimentos ou escolas artísticas. A arte será estudada de forma cronológica (do Quinhentismo até tempos modernos) e enfatizando situações que exercem influência histórica no fazer artístico. 
Quinhentismo 
Período de descoberta do nosso país. Duas formas literárias vieram com os portugueses: literatura informativa e literatura de catequese. 
Primeiramente veio a literatura informativa com objetivo de transmitir informações ao reino colonizante. Não possuía aspecto artístico, somente informativo. Não há um projeto literário. 
Em seguida, veio a literatura de catequese, com intuito de propagar a fé cristã. É também literatura com objetivo específico, e não projeto estético e literário. 
São as primeiras manifestações no nosso país.
Na pintura, a obra e Victor Meirelles, que ilustra a primeira missa no Brasil. Tem caráter informativo e também de catequese. A parte clara na obra é mostrada na cruz, na religião. Cores mais escuras são usadas para mostrar os indígenas na obra. Na tela, colonizadores e índios participam de um mesmo momento histórico. 
Barroco
Segundo movimento no país, expresso entre séc. XVI e XVII. Expressa luta do homem contra dualismo que incomoda sua alma – o bem e o mal, certo e errado, terrestre e etéreo. Mostra a questão da carne, do mundano, contra o religioso. Há sentimento de culpa na obra barroca, advinda do catolicismo. Artista representa a arte, mas sempre focando a religião. 
Maior exemplo é Aleijadinho. Uma de suas obras mostra a flagelação – punição por um pecado.
A arquitetura barroca também é de destaque. Os principais exemplos estão nas igrejas de Minas Gerais. Há muitos detalhes e enfeites.
Arcadismo
Gira em torno da inconfidência mineira, que luta contra exploração desenfreada dos nossos minérios. É derivado da Arcádia, que significa um local de atividade pastoril e bucólica, suficiente para fazer ser humano feliz. Há também influencia política, já que inconfidência é uma revolta do povo contra a política de exploração da época. Vai contra todo o ouro e riqueza utilizado nos adornos da arquitetura barroca.
Romantismo
Momento de efervescência cultural, pós-independência do país. 
Um dos maiores movimentos artísticos no país, dividido em três fases:
Nacionalista - Resgata tudo o que é do Brasil, próprio dele. 
Subjetivista - Reflete o eu interior e ele dentro da sociedade
Condoreira - Preocupação com elementos sociais, principalmente abolição da escravatura. 
1ª Geração do Romantismo
Nacionalismo aparece marcado para mostrar nossa pátria como elemento mais valioso que temos. Pátria era mostrada como nossa nação, não somente território. Faz-se o resgate da expressão máxima do nacionalismo – o índio. Mostra-se o índio como herói nacional. 
“O guarani” mostra um índio como principal personagem e também resgata elementos próprios no nosso país. 
2ª Geração do Romantismo
Emoções aparecem de forma exagerada, uma vez que o mundo poético não se adapta ao mundo burguês no qual está inserido. Há busca pela fuga da realidade pela morte idealizada, refúgio da natureza, pelo sonho. 
Os temas comuns são de amores impossíveis, solidão, morbidade. A morte idealizada seria o fim de vários problemas e sentimentos mal resolvidos. 
3ª Geração do Romantismo
Condoreira – condor é a ave que alça voos mais altos e enxerga o todo. O poeta é a condor que vê além do obvio. Artista vê o que ninguém mais vê, é um premonitor do que está por vir, ou o que tem capacidade de captar o que está por trás das coisas.
Elementos maiores são o ser humano e o social. São retratados temas como escravidão e abolição da escravatura. Mostra a precariedade de recursos variados na sociedade, principalmente entre os negros. 
ATIVIDADE 008
O Arcadismo é derivado da Arcádia, nome dado a região pastoril, com destaque para a vida bucólica e ameno do campo. Contrapõe-se ao arsenal barroco de exploração desenfreada do ouro e ostentação. 
Vida Boa – Vitor e Léo – estrutura poética: repetição do refrão e rimas, semelhante a uma poesia. Além disso, a temática é a mesma do arcadismo. 
Aula 009
Realismo
Desenvolve-se ao mesmo tempo em que o naturalismo e o parnasianismo. Didaticamente se divide o estudo das três, mas é importante observar que as três acontecem no mesmo momento histórico.
O Realismo e Naturalismo tem produção predominante em prosa, principalmente com narrativas sobre a situação social, o que já vinha sendo anunciado na 3º geração romântica (a geração condoreira). O realismo vem dar maior corpo a preocupação social, como coletivo. O naturalismo tem um pouco do realismo, mas aborda mais a questão do ser humano em sua parte psíquica, interpessoal e até genética. O parnasianismo não faz reflexão sobre nada disso, e é escrito em forma poética.
Segundo Bosi, o realismo se rende ao naturalismo quando os personagens em seu enredo se submetem ao destino cego das leis naturais (vontades próprias). Dir-se-á parnasiano quando se esgotar no verso perfeito – se escreve por escrever.
Um exemplo do realismo é a obra Memórias Póstumas de Brás Cubas. Há pitadas de naturalismo na obra também, já que fala de sua vida. Cada trecho de sua passagem mostra uma faceta da sociedade e como o individuo reage a essa faceta. A obra mostra muito da hipocrisia burguesa ainda presente na época, questões políticas e principalmente casos amorosos, cheios de adultério. Tudo tinha o objetivo de desmascarar a sociedade burguesa. 
Naturalismo
Retrata um pouco da sociedade já que mostra o individuo no seu lugar de convívio. Há o individuo sendo analisado em relação a suas doenças, desvio de caráter, psiquismo, etc. 
Um exemplo é a obra O mulato, de Aluízio Azevedo, que usa palavras e dialeto que não seria aceitável no romantismo (suor, abdômen, bocas dilatadas) para mostrar o lado natural do individuo. 
Segundo Hauser deriva quase que 100% do empirismo das ciências naturais, isso é, o que é colocado ali é na maioria das vezes comprovado pela ciência. Baseia-se em verdade psicológicano principio de causalidade (ação e consequência). É inevitável que tudo seja explicado pela ciência, mas, em casos onde ela não fornece uma explicação lógica, se parte para o uso da causa e efeito. Para alguns críticos, o naturalismo representa uma indiscriminada e servil imitação da realidade. 
Parnasianismo 
Movimento totalmente poético, voltado ao culto da forma e objetividade, sem preocupação nenhuma com os aspectos sociais e do ser humano. Vem ideia do poeta artesão, que trabalha somente para tornar sua obra melhor.
Busca o universalismo em seus temas. Não trata de nada individual ou realidade particular de um local. Busca o impessoal a fim de atingir a perfeição formal. Isso porque os temas universais atingem uma massa maior e é entendida por todos. 
Retoma elementos da antiguidade clássica e faz oposição ao subjetivismo do romantismo.
Na arte plástica, os temas parecem “dançar”. Tem o objetivo de trabalhar o público de forma geral. Na arquitetura há tendência clássica nos detalhes: cúpulas, cores, formas arredondadas, arabescos, adornos detalhados. 
Simbolismo
É pautada na parte poética somente também. É uma corrente artística que se volta para o interior e realidade subjetiva, valorizando estados da alma, manifestações inconscientes e subconscientes. Em resumo, retoma tudo o que foi negado no Parnasianismo. É deixar aflorar tudo que o eu poético tem.
O Simbolismo pretende suscitar reflexões sobre tudo que é incontestavelmente real, mesmo que seja algo que não se apresente a vista. Com isso, estamos falando da realidade interna, como sentimentos, que nem sempre sãorepresentados na realidade concreta. 
A linguagem usada no simbolismo é simbólica e trabalha a sinestesia, isso é, a presença de vários sentidos ao mesmo tempo. No cinema, por exemplo, há trabalho com audição e visão. 
Um exemplo de obra é a pintura Noite Estrelada, de Van Gogh. A imagem mostra movimento com círculos e formas onduladas. Mostra a escuridão e a luz. A obra mostra a noite, que para uns é algo bonito, mas para outros pode representar a solidão, a tormenta, como a obra do pintor busca mostrar. 
Na escultura, um exemplo é a obra O pensador, de Rodin, que mostra o homem refletindo sobre o seu eu interior, voltado para si mesmo. 
Conclusão
A sociedade e o individuo servem sempre para o desenvolvimento das artes. 
ATIVIDADE 009
Naturalismo
Retrata a sociedade
Apresenta indivíduos com melhor analise de aspectos físicos
Mostra elementos como doenças, patologias, psiquismo e desvios de caráter. 
Aula 010
Modernismo
Movimento extremamente rico, porque tem como objetivo produzir arte ideológica, de ser base para mudanças na sociedade. Visa usar a arte como meio de transformação política, econômica, etc. Ao mesmo tempo, há experimentação nos estilos dos artistas e também inovação de técnicas. 
Surge assim um novo conceito de arte, que se traduz por meio de várias manifestações denominadas “vanguardas” como:
Cubismo
Utiliza figuras geométricas e faz revolução na pintura. O seu maior representante é Pablo Picasso. Seus trabalhos representam a mulher com fundo, luz e sombra, mas tudo de uma maneira angular e geométrica.
Futurismo
Inaugurada por Augusto Marinetti e pretende sintonizar a arte com o mundo moderno, com a velocidade, indústria e guerra. Reflete o desenvolvimento das tecnologias. Temos grandes representantes, e maioria vai refletir a velocidade, tanto da máquina quanto da vida.
Expressionismo
Traz o que se quer refletir, mas de forma distorcida. Visam expressar emoções como medo e angústias do ser humano moderno. Edvar Much é um representante com suas obras O Grito e A Madona. Mostra medo ao mundo exterior e interior. Mostra doenças do mundo moderno.
Dadaísmo 
Inaugurada por Tristan Tzara e mostra arte ilógica e aleatória. Representa falta de racionalidade na composição. É uma arte fragmentada. Nas artes plásticas, Marcel Duchamp o representa. Não há explicação lógica para a arte Dada.
Segundo Argan, o movimento é uma contestação a todos os valores, a começar pela própria arte, e que apesar da sua desvalorização, mostra a vida na arte quando tudo ao redor é morte (representação da guerra).
Surrealismo
Manifesto assinado por André Breton e prega a reconstrução da arte, ao contrario do Dadaísmo. Misturam-se sonhos, medos, inconsciência, fluxo de consciência, chegando a parecer sobrenatural. Mostra o inconsciente e por vezes as perturbações do ser humano. 
 No quadro ao lado é possível ver uma obra surrealista. Ela mostra um ser humano tentando escapar de uma bolha que pode representar a angustia, o medo, etc. para ir para a realidade. Porém, a própria realidade está desconstruída. 
Como podemos perceber, o modernismo é a manifestação das vanguardas, que assumem diferentes posturas e oscila na concepção e na arte. Isso se deu até 1945, que era a época de guerra e pós-guerra.
Em seguida, temos outro movimento – o Concretista.
Concretismo
No período pós-segunda Guerra, busca-se a reconstrução. Com isso, retas, curva, ângulos, são valorizados em todas as artes, inclusive na literatura, casando geometria e abstração. Arte deve concretizar ('materializar') visualmente os conceitos intelectuais, através de formas geométricas em movimento e cores artificiais, abandonando a representação do real e do emocional que dominou a arte moderna. 
Inicio do pós-modernismo se deu ao fim do período pós-guerra, que foi um período de destruição. No movimento de transição da realidade e do individuo, que foi o pós-modernismo, sofremos um embate. Todas as pessoas estão na mesma corrente e fadados a mesma realidade por conta da globalização. A arte também vem se manifestar nesses aspectos. 
O concretismo utiliza elementos da arquitetura exatamente para representar a reconstrução. 
Um exemplo de obra concretista é a construção de Brasília. 
Poemas também trazem formas arquitetônicas e geométricas:
Poesia ganhou espaço gráfico e palavra passou a ser uma “coisa”. Qualquer elemento podia se tornar objeto de poesia. Há elementos concretos ao invés de sentimentalismo. Utiliza-se da própria palavra como objeto, e não elementos estruturais como estrofes. Há mais apelo visual. Estilo que norteou a poesia brasileira pós-modernismo, demarcada, sobretudo, pelo visual.

Outros materiais