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PROCESSO PENAL I

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PROCESSO PENAL I| PROF. BRUNO AUGUSTO – bruno@mfadvocia.adv.br
Prova 24/09
- Canal de Ciências Criminais – Publicações Semanais.
- ConJur.
- mfadvocacia.adv.br
Ementa:
Instrumentalidade Constitucional do Processo Penal.
Principiologia:
Princípios relativos aos sistemas de processo penal.
Princípios relativos à jurisdição.
Princípios relativos ao processo.
Sistemas Processuais Penais:
Inquisitório.
Acusatório.
Misto.
Lei Processual Penal:
Interpretação.
Aplicação no Tempo.
Aplicação no Espaço. 
Jurisdição.
Competência. 
Bibliografia – Autores:
Aury Lopes Junior – Direito Processual Penal 
Gustavo Badaró – Processo Penal 
Paulo Rangel – Direito Processual Penal
Eugenio Pacelli de Oliveira – Processo Penal
André Nicolitt – Manual de Processo Penal
Anotações:
Instrumentalidade Constitucional do Processo Penal:
Quais são as funções que o processo penal cumpre dentro do nosso modelo constitucional. 
“Trata-se de identificar as funções que o processo penal cumpre em nosso modelo constitucional de Estado. 
Em primeiro lugar pode-se afirmar que o processo penal é um instrumento/mecanismo para verificar se o fato que ao menos em tese preenche o requisito da tipicidade objetiva, é ou não é crime. Ou seja, o processo penal funciona como mecanismo para verificar os requisitos da teoria analítica do crime em face de uma conduta objetivamente típica.
Em segundo lugar, a partir do momento em que se reconhece através do processo a existência de um crime sendo este fato punível (quando não estiver presente uma causa extintiva de punibilidade – Art. 107, CP), pode-se afirmar que o processo penal funciona como um instrumento legítimo de que dispõe o Estado para a aplicação de uma sanção penal – pena.”. (citação)
Lei 9.099/95 – Art. 86:
Art. 86. A execução das penas privativas de liberdade e restritivas de direitos, ou de multa cumulada com estas, será processada perante o órgão competente, nos termos da lei.
Para que haja consonância constitucional, é preciso averiguar o Art. 302, CPP:
Art. 302.  Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
O inquérito policial, após encerrado é enviado ao MP, para que seja ofertada a denúncia, ou aprofundada as investigações. Em suma, apura-se no inquérito as materialidades do fato, e autoria ou co-autoria do crime. 
O IP serve para que haja fundamentação de validade na oferta de denuncia ao crime cometido, diretamente ao Ministério Público. 
A prisão cautelar não tem caráter de pena. 
DATA: 06/08
Instrumentalidade Constitucional do Processo Penal > Continuação.
Aury Lopes Junior – Jorge Figueiredo Dias > Disponível no xerox!
“A verificação do Tipo Analítico de Crime, como requisito de preenchimento é requisito para que haja processo penal, não havendo excludente de ilicitude ou culpabilidade, o Estado poderá então seguir com o Processo, de modo a punir o infrator”
Recomposição Civil dos Danos – Lei 9.099/95
Atualmente o Dto. Penal está tendencioso a punir os “atos preparatórios” anteriores ao crime (conforme a teoria do intercriminis), está expressamente escrito na Lei Anti Terrorismo – Lei n° 13.260/16, Art. 5°.
É um elemento que subjetivamente pode criminalizar uma conduta ainda não praticada, pela mera suposição de que haja cometimento do delito. 
http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/07/ministro-da-justica-anuncia-acoes-antiterror-15-dias-da-olimpiada.html > Operação Hashtag.
Das Funções do Direito Penal:
A função neutralizadora do direito penal, de modo a acreditar que o indivíduo preso fica neutralizado e impossibilitado de cometer novos crimes, realidade que é adversa à realidade, pois o sistema carcerário ‘permite’ que haja criminalização dentro do próprio presídio. 
>Lei 12.850/13 – Delação Premiada. => Negócio Jurídico. 
O MP pode deixar de denunciar o acusado, e antes do processo haverá homologação do processo. Até este momento, falava-se que o processo penal era regido pelo princípio da necessidade, em que não há pena sem processo, o processo é o caminho necessário para que haja uma pena. 
“A partir desta função, cabe questionar se é possível que o Estado aplique de forma legítima uma sanção penal sem que exista um Devido Processo Legal. A partir da Lei 12.850/13 (Lei de Organizações Criminosas) a questão é um pouco controversa. 
A tendência doutrinária segue sendo no sentido de afirmação do princípio da necessidade de acordo com o qual não há pena sem processo ou seja, mantem-se a tese de que o processo penal, é um instrumento necessário para a aplicação legítima de uma sanção penal. 
Porém, no plano infraconstitucional o Art. 4°, Par. IV da Lei 12.850/13, possibilita no âmbito da colaboração premiada que o órgão do MP deixe de oferecer a denúncia e mesmo assim, sejam aplicadas sanções penais ao colaborador. É bem verdade que em qualquer hipótese o acordo de colaboração deve ser homologado pelo poder judiciário, para surtir efeitos jurídicos, mas mesmo assim está aberta uma exceção de constitucionalidade duvidosa para a aplicação de uma pena sem processo, porém, com apreciação do poder judiciário.” (Citação)
Encontro Fortuito de Provas, só é legítimo quando a investigação de provas é legítima. Ou seja, quando há uma investigação acerca de um tipo objetivo cometido por um acusado ou suspeito e descobre-se outro crime pelo mesmo cometido. 
Princípio da Necessidade.
US vs Brady – Federal Rules – Art. 11
Princípio da Necessidade: “não há pena sem processo”
A constituição limita as penas (cruéis e degradantes, juntamente com penas de caráter perpétuo). Há ainda, limites infraconstitucionais de vedação de penas. 
A própria prescrição é um limite constitucional à pena. 
Estas limitações são MATERIAIS, são LIMITAÇÕES PENAIS (não processuais).
O processo funciona ainda, como uma concretização dos limites e das vedações da aplicação de uma pena. 
“A existência de um processo penal não autoriza o Estado a aplicar qualquer pena. Isto porque existem vedações constitucionais (ex.: vedação de penas cruéis, penas de morte, penas de caráter perpétuo), e limites infraconstitucionais (Pena Máxima), à aplicação das sanções penais, que são concretizados no processo penal.
Sendo assim, é possível afirmar como terceira função do processo o fato de ele funcionar como um mecanismo de concretização das vedações e dos limites materiais abstratos à aplicação de uma pena.” (Citação)
É no processo penal que há concretização dos parâmetros preestabelecidos constitucionalmente. 
DATA: 10/08 > 
Funcionalidades do Processo Penal:
“O ordenamento jurídico brasileiro permite aplicação da pena, somente através do processo. Que limita-se aos parâmetros constitucionais, há uma relação próxima entre o Direito Processual Penal e o Direito Penal propriamente dito, pois o que permite a aplicação da pena, que é finalidade do poder punitivo estatal, só é viável através da constitucionalidade.” (Grifo meu). 
Princípio da Necessidade: “Não há Pena sem Processo”.
O Estado conduz o processo conforme esteja previsto em lei. Estas formas do processo estão aplicadas sobre maneiras do texto constitucional, de modo à assegurar as garantias individuais.
Através do processo que o Estado restringe e limita legalmente os direitos individuais.
O processo só é legitimo quando observa as garantias individuais, que não estão somente no texto constitucional, mas pelo próprio código em si em alguns casos. 
- Pacto de São José da Costa Rica > Garantias Individuais. 
“Por fim deve-se dizer ainda que a simples existência de um processo penal que não seja desenvolvido segundo os princípios e regras positivados no ordenamento é insuficiente para a aplicação legítima de uma pena, pelo Estado. Em outros termos, o processo penal somenteautoriza a aplicação de uma pena caso seja desenvolvido estrita observância às regras constitucionais e infraconstitucionais que orientam a sua forma. 
Em sua maioria tais regras são representadas por garantias individuais do cidadão investigado ou acusado da pratica do crime de modo que se pode afirmar como derradeira função que o processo penal é um instrumento de máxima eficácia das garantias individuais do réu” (Citação)
Ao mesmo tempo que o processo penal é um instrumento que assegura o poder punitivo estatal, é uma ferramenta que limita este mesmo poder. 
O processo serve para punir, mas não pode-se punir de qualquer forma. 
Principiologia do Processo Penal.
Princípios Relativos aos Sistemas Processuais: 
Textos:
O Papel do Novo Juiz no Processo Penal Brasileiro – Jacinto de Melo de Souza Coutinho. Critica a Teoria Geral do Direito Processual Penal.
Introdução aos Princípios Gerais do Processo Penal – Jacinto de Melo de Souza Coutinho. 
“Princípios que originam o processo penal”
Princípio Inquisitivo: modelo inquisitório (antidemocrático).
Princípio Dispositivo: modelo acusatório (democrático).
“Princípios relativos aos sistemas – a história indica a existência de dois princípios que originam a sistemas processuais penais. Trata-se dos princípios: inquisitivo e dispositivo, que originam respectivamente os sistemas inquisitório (de base não democrática) e acusatório (base democrática)”. (Citação). 
No sistema processual não há previsão expressa, nem constitucional, por fim, voltemos aos critérios doutrinários. No Brasil, (embora não inventado em nosso sistema jurídico, e sim importado do sistema europeu) a doutrina se divide em dois critérios para apresentar qual o princípio adotado.
Critério da Escola Paulista de Processo (USP): Separação formal de funções.
Juiz como Órgão Imparcial, Acusação (MP), Defesa > se estas funções de julgamento, acusação e defesa, forem realizadas por pessoas e órgãos distintos, vê-se como princípio dispositivo - acusatório. Do contrário, se a pessoa/órgão que promover a acusação e julgamento forem as(os) mesmas(os) cabe o sistema inquisitivo – acusatório. 
Se aplicado este critério ao sistema brasileiro, adotamos ao modelo dispositivo acusatório que em sua essência é democrático. 
“A definição a respeito do princípio que origina o modelo de processo se dá a partir de dois critérios doutrinários, antagônicos que conduzem a conclusões distintas.
Separação Formal de Funções: Segundo este critério se as funções de julgamento, acusação e defesa estiverem concentradas em um mesmo órgão/pessoa, o modelo processual será inquisitório, pois originado a partir do princípio inquisitivo. Por outro lado, se estas funções forem atribuídas a órgãos/pessoas distintas o modelo/sistema processual será acusatório, pois orientado a partir do princípio dispositivo”. 
(Citação). 
Após a consumação de crime, há frações que serão traduzidas no processo através das comprovações exigidas (seja depoimentos, provas e evidências, o relatório do MP), ou seja, através de todos os fatos ocorridos no intercriminis, ocorre que ao juiz compete observar os fatos que à ele chegam;
O que se traz ao processo não é o fato em si, mas os elementos concretos do fato. Compete à acusação levar ao processo os fatos, porém, se for de interesse do réu, há possibilidade que a defesa apresente também fatos concretos, concernentes ao caso.
A produção de provas, serve para que produza-se convencimento ao juiz.
Para que haja um sistema dispositivo - acusatório – democrático, é necessário que haja a divisão não apenas formal, mas material, da divisão das partes. A estruturação sistemática acusatória democrática é viabilizada materialmente quando as partes realizam suas devidas funções (juiz, acusação e defesa).
O ordenamento brasileiro permite que o juiz, julgue a favor do réu (in dubio pro reo).
Data: 12/08 > Continuação Critérios.
 Critério da Gestão ou Produção da Prova:
“Ninguém nega que reunir as funções de julgamento, acusação e defesa em um mesmo órgão necessariamente implica na existência de um modelo processual penal inquisitório – inquisitorial. Por outro lado, a simples separação formal destas funções é insuficiente para garantir bases processuais penais democrática. É necessário identificar as funções a serem desempenhadas pelos sujeitos processuais de modo a se poder evitar sobreposição de funções. 
Sabendo-se que o processo penal é um mecanismo de produção de conhecimento a respeito de um fato em tese delituoso é na atividade probatória que as principais funções são definidas. Sendo assim, se a atividade for realizada exclusivamente pelas partes (acusação e defesa), o modelo processual penal será orientado pelo princípio dispositivo (dá origem ao sistema acusatório). Por outro lado, se a atividade probatória puder ser realizada pelo *juiz de oficio, o processo penal será orientado pelo princípio inquisitivo (sistema acusatório).” (Citação).
* Juiz ‘de ofício – significação processual: o juiz atua sem ser ‘provocado’ pelas partes. Ou seja, quando ele atua de maneira mais ativa. 
Art. 386, VII – CPP, prevê que o juiz produza provas:
Art. 386.  O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:
VII – não existir prova suficiente para a condenação.
> O juiz absolve com base na dúvida, e na prática também é uma espécie de certeza, ou seja, o juiz de qualquer maneira absolve ou condena com base na certeza. 
> Se o MP não recorrer, passa-se o prazo dos recursos, forma-se então coisa julgada (material) – Transito em julgado. O ordenamento processual penal, não permite que volte-se ao réu após uma absolvição, se produzidas novas provas. 
Princípio da Verdade Real: “considera-se como meramente subjetiva, pois é através dos usos e costumes dentro das linguagens, que os objetos tornam-se partes fundamentais do processo, ex.: se uma chave de fenda é utilizada para ferir, já torna-se uma prova técnica”
A questão é substancial, a justificação do delito no tribunal, é argumentada conforme as materialidades do fato. Ex.: O traficante x usuário. 
> Texto: Verdade, Dúvida e Certeza. Francesco Carnelutti.
O modelo adotado no Brasil, é Acusatório – se adotado o critério de gestão da prova (Ponto 2), analisa-se pois, as regras conforme o Art. 156, CPP:
 Art. 156.  A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao *juiz de ofício: 
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida;
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
*Ou seja, pode ser facultado ao juiz sem que as partes requeiram a produção de provas, conforme haja falhas no próprio Inquérito Policial, em que pese, é uma denúncia que a polícia investigativa apresenta ao delegado, e este oferece a denúncia ao Ministério Público. Basicamente, é uma junção de poderes: O juiz, conjuntamente ao MP e a Polícia Civil – produzem provas para denunciar ao réu. 
“Analisando-se o ordenamento processual penal brasileiro, a partir da regra do Art. 156 CPP, é possível afirmar que o juiz pode produzir provas de ofício tanto durante a investigação preliminar – Inc. I (fase de inquérito), como durante a instrução processual ou antes de proferir sentença, se estiver em dúvida (Inc. II).
Portanto, segundo o critério da gestão da prova conclui-se que o sistema processual penal brasileiro é orientado pelo princípio inquisitivo. Isto fica ainda mais perceptível quando a partir do texto constitucional se verifica que a investigação preliminar se desenvolve majoritariamente pela polícia judiciária (Art. 144, Parágrafo. I, Inc. I e Inc. IV) e supletivamente pelo órgão do MP (Art. 129, Inc. VII e VIII), e além disto nos casos de dúvida a respeito da condenação o juiz deveria absolver o acusado de imediato em decorrência dapresunção constitucional de inocência (Art. 5°, LVII, CF) bem como em face do Princípio “In Dubio Pro Reo” (Art. 386, Inc. VII – CPP).” (Citação).
Data: 17/08 > Princípios Relativos à Jurisdição.
Princípios Relativos à Jurisdição:
Princípio da Imparcialidade:
“Art. 8.1 – Convenção Americana de Direitos Humanos”. 
- Imparcialidade no caso da jurisdição, é a exigência que o magistrado cumprirá as regras do ordenamento processual enquanto ferramenta. Deve ainda, ser neutro quanto às partes. 
- Terzietà (Italia) > Aury Lopes Junior. Imparcialidade é uma posição que o juiz ocupa dentro do processo, posição de igual distância entre as partes.
“A imparcialidade é uma garantia que representa uma posição de equidistância do juiz em relação às partes (acusação e defesa). Em outros termos, a imparcialidade significa que o juiz não deve atuar com pré-disposição a beneficiar ou prejudicar os demais sujeitos do processo”. (Citação). 
Em linhas gerais, o juiz deve atuar como um cumpridor de regras, não podendo atuar de forma auxiliar ou prejudicial às partes. Há previsão abstrata na CADH – Art. 8.1, há ainda, previsão constitucional. 
> Art. 252, Art. 254 CPP. 
- “Para além da previsão abstrata da garantia da imparcialidade, a legislação infraconstitucional prevê hipóteses concretas de suspensão ou impedimento (Art. 252 e 254 CPP), pelos quais se entende haver vínculos subjetivos ou objetivos que o impedem exercer o poder jurisdicional de forma imparcial. 
- Se o juiz tiver algum vínculo, seja objetivo ou subjetivo, deve declarar-se impedido ou suspeito, que pode ser feito a qualquer momento do processo. 
- Preclusão, perda do prazo para arguir determinada matéria no processo. 
- A imparcialidade é uma garantia das partes, de que haverá neutralidade no julgamento; é a garantia ainda, do próprio exercício do poder jurisdicional. 
- Art. 95, CF – Garantias Orgânicas da Magistratura.
“A imparcialidade também pode ser concebida a partir do próprio exercício do poder jurisdicional, ou seja, o ordenamento jurídico deve prever mecanismos, que tendam a evitar pressões externas (econômicas ou políticas) em relação ao juiz, de modo a permitirem ao magistrado que atuem segundo o direito posto e de forma independente. É nesse contexto que estão inseridas as garantias orgânicas da magistratura previstas no Art. 95, CF. (Vitaliciedade, Inamovibilidade e Irredutibilidade de vencimentos). 
A partir do exposto, pode-se concluir que a garantia da imparcialidade possui um duplo aspecto, ou seja, representa uma garantia tanto dos jurisdicionados, como também do próprio exercício da jurisdição pelo juiz”. (Citação).
> Processo Penal Constitucional, Antônio Fernandes. (princípios constitucionais do processo penal). 
> Processo Penal e Constituição, Luiz Gustavo Grandinetti Castanho de Carvalho. 
2.3 Princípio da Inércia:
“Significa que o juiz somente deve exercer o poder jurisdicional quando provocado e na medida da provocação”. 
- Art. 129, I, CF. (das funções do Ministério Público), é uma questão interpretativa do texto constitucional. 
“Em um primeiro aspecto (quando provocado), a inercia significa que o poder judiciário não pode se substituir na função de acusação e instaurar um processo de ofício (sem provocação), para resolver um determinado caso penal, em outras palavras para que o princípio da Inércia seja respeitado, é necessário que o ordenamento comtemple um órgão diverso do poder judiciário responsável pelo exercício do direito de ação e que assim provoque o judiciário para instauração do processo. Dessa forma, é possível extrair o princípio da inércia, no Art. 129, Inc. I, CF; que dentre as funções institucionais do MP, prevê o exercício privativo da ação penal de iniciativa pública, a qual se materializa nos autos do processo, através da denúncia.” (Citação)
- Só deve atuar na medida da provocação:
“ Em um segundo aspecto (na medida da provocação), a inercia significa que o juiz está vinculado AOS FATOS NARRADOS NA INICIAL/DENUNCIA/QUEIXA CRIME – ACUSATÓRIA, e portanto não pode decidir a respeito de outros temas fáticos não previstos na denúncia ou queixa crime”.
* Art. 382, CPP. 
* Art. 384, CPP. 
> Princípio da Correlação e Congruência
“Nesse sentido, a doutrina afirma a necessidade de haver correlação ou congruência entre a acusação e a sentença, do ponto de vista fático (Art. 383,384 c/c, CPP),

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