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Sistema Linfático e Drenagem Linfática Manual Drenagem Linfática Manual Técnica de massagem que drena os líquidos excedentes que banham as células e que, portanto, permite o equilíbrio hídrico dos espaços intersticiais. Também evacua dejetos provenientes do metabolismo celular. Sistema Linfático Conjunto vascular que auxilia o sistema venoso a drenar líquidos dos tecidos Sistema acessório – espaço intersticial circulação sanguínea Função: Recolher o líquido intersticial e reconduzi-lo ao sistema vascular sanguíneo. Linfa: Líquido intersticial contido no vaso linfático. Sistema linfático: Meia Circulação Linfa: transporta substâncias macromoleculares e produtos do metabolismo celular. água, eletrólitos e proteínas (3 – 5%) > leucócitos/95% linfócitos/ 4% macrófagos = imunologia poucas hemácias 30 a 60% fatores de coagulação (coagula mais lentamente que o plasma). Funções do Sistema Linfático Eliminar do interstício parte das substâncias originadas pelo metabolismo celular, restos celulares e microorganismos; Manter o equilíbrio hídrico e protéico tissular; Função imunológica, onde os vírus e as bactérias lesivas são identificados, neutralizados e marcados. Capilares linfáticos ou vasos linfáticos iniciais lúmen maior e mais irregular/ membrana basal fina Pregas endoteliais no lúmen/ não têm válvulas Grande nº de conexões celulares endoteliais Alta permeabilidade Conexões facilitadas por edema e movimento dos tecidos adjacentes Células endoteliais muito ligadas ao tecido conjuntivo São superficiais e profundos Vasos Linfáticos Iniciais Função primordial: Absorção de macromoléculas - “Dedos de luva” Filamentos de Ancoragem: Prolongamentos das células endoteliais que fixam os vasos linfáticos iniciais às fibras colágenas e elásticas do tecido conjuntivo do interstício e assim evitam seu colabamento. Células Endoteliais no linfático inicial: A conexão do linfático inicial com o espaço intersticial faz-se pelas fendas originadas das zonas de sobreposição entre as células endoteliais. Assim, o fluxo de líquido intersticial passa dos capilares sanguíneos para os linfáticos iniciais. Conexão do sistema linfático com o espaço intersticial O fluído intersticial passa por canais pré-linfáticos em direção aos linfáticos iniciais. O sistema linfático possui vasos superficiais e profundos. MMSS e MMII: capacidade de drenagem superficial é de 80ª 90% e a profunda somente de 10 a 20% de todo o escoamento linfático. Nº de vasos LI: > pele e mucosas. Vasos pré coletores: Menores vasos linfáticos condutores Revestimento de tecido conjuntivo com componentes elásticos e musculares Membrana basal mais desenvolvida Possuem válvulas Na pele e mucosas aprofundam-se verticalmente e desembocam nos coletores Disposição dos linfáticos iniciais (capilares), pré-coletores e Coletores em relação à pele Vasos Coletores: Correm paralelos à pele Possuem seus próprios vasos sanguíneos (vasa vasorum) São ricos em válvulas Válvulas projetam-se no sentido da corrente linfática e impedem o refluxo Sempre em direção aos linfonodos 3 camadas: túnica íntima- camada endotelial média – fibras musculares lisas e elásticas adventícia – camada envoltória de TC LINFANGION: Um segmento de vaso linfático entre duas válvulas O Linfangion possui automatismo próprio. A distensão de sua parede, provocada pela chegada da linfa, induz a contração muscular. Função das válvulas: As válvulas tornam a corrente unidirecional porque não permitem refluxo. Na zona das válvulas não há musculatura. Troncos Linfáticos - Troncos lombares; (2) Tronco intestinal; (1) Troncos broncomediastinais; (2) Troncos subclávios; (2) Troncos jugulares; (2) Ductos Linfáticos: Vasos da porção final do Sistema Linfático. Recolhem a linfa de todo corpo; Desembocam no sistema sanguíneo (venoso); São em número de dois, e recebem as seguintes denominações: Ducto Linfático Direito e Ducto Torácico. Cisterna do Quilo*: Dilatação dos Troncos lombares e intestinais ao nível de T12 a L2. Ducto linfático Direito tronco broncomediastinal D (pulmão D) + tronco subclávio D (MSD) + tronco jugular D (lado direito da cabeça e pescoço)+ lado D da região torácica e dorsal * desemboca na confluência venosa subclávia D Recebe a linfa proveniente do membro superior direito, hemitórax direito e metade da cabeça e do pescoço direito. Ducto torácico troncos intestinais, intercostais descendentes e lombares troncos lombares D/E drenam MMII e vísceras tronco intestinal drena o canal alimentar tronco intercostal drena a parte inferior do tórax * termina na junção da jugular interna E e veia subclávia E (confluência venosa subclávia E) Recebe a linfa proveniente dos mmii, do hemitronco esquerdo, metade da cabeça e do pescoço esquerdo, além do membro superior esquerdo. “Toda linfa drenada do interstício deságua no sistema venoso”. Linfonodos (filtram a linfa) Localizam-se ao longo dos coletores pequenos, ovais e encapsulados Estão ordenados em grupos (cadeias) Papel imunológico (centros germinativos de linfócitos/ presença de marófagos) Superficiais e profundos Estrutura Interna dos Lindonodos Folículo linfático: contém linfoblastos e linfócitos e céls. plasmáticas com funções imunológicas. Principais cadeias de linfonodos EQUILÍBRIO DE STARLING - Equilíbrio entre Filtragem e Reabsorção “Existe um estado de quase equilíbrio na membrana capilar, pelo qual a quantidade de líquido que filtra para fora, em alguns capilares é quase exatamente igual à quantidade de líquidos que retorna à circulação por absorção por outros capilares. O pequeno desequilíbrio que chega a ocorrer explica a reduzida quantidade de líquido, que retorna por meio do sistema linfático.” O equilíbrio se estabelece entre a filtração e a reabsorção: (F) (R) Esse “quase equilíbrio” é causado por diferenças de pressão que tendem a mover o líquido através das membranas capilares. Pressão Hidrostática (PH): Ligada à existência da corrente sanguínea, que depende da atividade cardíaca. Favorece a filtração. Pressão Oncótica ou Pressão Coloidosmótica (PO ou PC): Ligada à presença de proteínas no sangue ou no interstício. Pressão pela qual a proteína do plasma retém os líquidos do sangue, ou ainda, atrai os líquidos do interstício. Pressões Envolvidas: (Pc) - Pressão Capilar; (Pli) - Pressão do líquido intersticial; (Pcli) - Pressão Coloidosmótica do líquido intersticial; (Pcp) - Pressão Coloidosmótica do plasma. Assim, encontra-se uma ligeira desigualdade de forças, a favor da “filtração” para os espaços intersticiais o que é resolvido pelo sistema linfático. O eventual excesso de líquido que é gerado no espaço intersticial será drenado através dos vasos linfáticos, graças as suas estruturas especializadas (vasos linfáticos iniciais) Perturbações nas variáveis que regem o equilíbrio de Starling poderão ocasionar o edema. Fatores do Edema interticial Filtração elevada Aumento da pressão capilar (ex: congestionamento venoso por insuficiência cardíaca ou nefrológica, ortostase, etc) Redução da pressão oncótica (diminuição do aporte nutricional de proteínas) elevação da permeabilidade capilar (leva tbém à saída acentuada de proteínas que serão retiradas pelo sist. Linfático) Fluxo linfático reduzido Lesões no sistema linfático (hipoplasia vasos linfáticos, linfangiectasia, fibrose linfonodos, cirurgias, inflamações, tumores, obesidade mórbida, roupas apertadas, etc) . Redução da capacidade de transporte linfático Tratamento fisioterapêutico Objetivo Redução do edema Manutenção e/ou obtenção de ADM e FM adequadas Condutas Contrações musculares, exercícios passivos Exercícios respiratórios Enfaixamento, meias e luvas elásticas Drenagem linfática manual Avaliação Fisioterapêutica Coleta dos dados pessoais: Diagnóstico Anamnese do edema Exames complementares Histórico clínico Queixa principal Inspeção: Observar localização e extensão doedema Aparência e a coloração da pele Alterações da postura Alterações da marcha Palpação: Textura da pele Elasticidade Existência de dor Retrações cicatriciais Contratura muscular Tipo (com cacifo ou sem cacifo) Avaliação funcional: ADM FORÇA MUSCULAR SENSIBILIDADE Perimetria Massagem no edema linfático Efeitos no metabolismo: aumento da diurese e melhora do metabolismo local Efeitos na circulação sangüínea: deslocamento centrípeto fluxo sangüíneo maior na região vasodilatação aumento da permeabilidade capilar Indicações: Edema Contra indicações Processos infecciosos Neoplasias TVP Erisipela Manobras de Drenagem Linfática Manual LEDUC Captação ou reabsorção– sobre região edemaciada = captação pela rede de capilares linfáticos Evacuação ou demanda – transporte da linfa pelos pré coletores e coletores Drenagem dos Linfonodos Mãos sobrepostas ou não Perpendicular aos linfonodos e vasos linfáticos Pressão moderada e rítmica Processo de Evacuação Movimentos circulares com os dedos Movimentos circulares Indicador ao mínimo Leves, rítmicos e pressão intermitente Sentido da drenagem fisiológica 5 a 7 movimentos Movimentos circulares com o polegar Igual a anterior Apenas polegar 5 a 7 movimentos Movimentos combinados Combinação dos anteriores Perpendicular + circular Sentido da drenagem fisiológica Cuidado – não pinçar o tecido Bracelete Grandes áreas Uni ou bimanual Proximal para distal Pressão intermitente Sentido da drenagem fisiológica Considerações finais Direção centrípeta Pressão sutil – 40 mmHg Início em segmento proximal Tempo de tratamento – 20 a 60 minutos
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