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Noções Propedêuticas de Direito Internacional

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DIP x DIPr 
 Direito Internacional Público 
 Regula relações entre sujeitos de Direito Internacional 
 Pode ser designado somente por Direito Internacional 
 
 Direito Internacional Privado 
 Regula relações entre particulares e um Estado estrangeiro 
 Sempre é designado com o adjetivo “privado” 
 Pode ser criado por norma nacional ou de Direito 
Internacional Público 
Conceito de Direito Internacional 
Público 
 É o direito da sociedade ou comunidade internacional. 
 
 Sociologia Alemã (Ferdinand Tonnies) 
 Comunidade (Gemeinschaft) 
 Presença de fatores de agregação mais fortes que os fatores de 
repelência entre os membros do grupo. 
 
 Sociedade (Gesellschaft) 
 Fatores de desagregação mais fortes do que os de aproximação 
dentro do grupo. 
 
Sociedade Internacional 
 Clássica 
 Estados soberanos, sem poder superior a eles. 
 Existência de uma relação horizontal de coordenação de 
soberanias. 
 
 Modelo Comunitário 
 Estados com soberania limitada. 
 Existência de transferência de soberania para entes 
supraestatais. 
Histórico do DIP 
 Da antiguidade até os tratados de Vestfália (1648) 
 
 De 1648 até a Revolução Francesa e o Congresso de 
Viena (1815) 
 
 De 1815 até a 1ª Guerra Mundial (1918) 
 
 De 1918 até os dias atuais 
Histórico do DIP 
 Da antiguidade até os tratados de Vestfália (1648) 
 Bastante fragmentado, pois os povos eram isolacionistas e 
conflituosos. 
 Tratado entre o Rei de Elba e o Rei da Assíria (III milênio 
antes de Cristo) 
 Estabelecia relações de amizade e de comércio 
 Fixava sanções a serem aplicadas pelos delitos cometidos pelos 
seus súditos 
 Grécia 
 Tulcídides já testemunhava a existência de tratados e diplomacia. 
 Existência das primeiras previsões sobre arbitragem, necessidade 
de declaração de guerra, direito de asilo. 
 
Histórico do DIP 
 Da antiguidade até os tratados de Vestfália (1648) 
 Roma 
 Jus Gentium 
 Normas de Direito Romano que os estrangeiros podiam invocar 
entre si ou contra romanos (principalmente em relações privadas). 
 
 Jus Fetiale 
 Conjunto de normas utilizadas nas relações com povos estrangeiros 
(direito público externo). 
 Caráter religioso e jurídico. 
 Não era DIP, pois era elaborado somente pelos romanos. 
 
 
Histórico do DIP 
 Da antiguidade até os tratados de Vestfália (1648) 
 Cristianismo 
 Centrado na unidade global da raça humana, em razão da filiação a um 
pai comum (criador). 
 Promoveu o universalismo do DI ao defender a igualdade e fraternidade, 
condenando a lei da força, corrente no mundo daquela época. 
 
 Igreja Católica 
 Papa como árbitro internacional. 
 Paz de Deus 
 Distinção entre beligerantes e não beligerantes (mulheres, viajantes, 
etc). 
 Trégua de Deus 
 Proibição de guerrear das 15:00 de sábado às 6:00 de segunda, para que 
todos cumprissem com o “dever dominical”. 
 Depois alargou-se e perdeu força. 
Histórico do DIP 
 De 1648 até a Revolução Francesa e o Congresso de Viena (1815) 
 Com a queda de Roma (476 d.C.) pela invasão dos bárbaros, a 
evolução do Direito Internacional estagnou e só voltou a 
desenvolver-se sob a influência da Igreja na conclusão de diversos 
tratados. 
 Francisco de Vitória (1483-1546) 
 Dominicano espanhol 
 Obras: “De Indis” e “De Iure Belli” 
 Afirmava a existência de normas e princípios jurídicos inerentes à 
natureza humana e que seriam hierarquicamente superiores às normas 
expedidas pelos monarcas (Direito das Gentes). 
 O Direito das Gentes tinha duplo sentido 
 Direito universal do gênero humano 
 Direito dos povos nas suas relações recíprocas 
Histórico do DIP 
 De 1648 até a Revolução Francesa e o Congresso de 
Viena (1815) 
 Francisco Suárez (1548-1617) 
 Jesuíta espanhol 
 Obra: “De legibus” 
 Afirmava que as normas que regem a sociedade internacional 
seriam inerentes (Direito das Gentes), mas poderiam também 
ser criadas pela manifestação de vontade dos governantes, 
expressa (tratados) ou implícita (costumes). 
 Arbitragem como sistema de solução de conflitos em 
substituição à guerra. 
Histórico do DIP 
 De 1648 até a Revolução Francesa e o Congresso de Viena 
(1815) 
 Hugo Grotius (1583-1645) 
 Jurista holandês considerado “pai do DIP” 
 Obra: “De Jure Belli ac Pacis” 
 O DIP existiria ainda que Deus não existisse. 
 Afasta-se da concepção imanentista anterior (razão humana), para ser 
um conjunto de normas criadas pelos soberanos, de maneira expressa 
(tratados) ou implícita (costumes). 
 Substitui a concepção teológica do direito natural pela acepção 
racionalista. 
 Advogou o princípio da liberdade dos mares; a concepção de guerra 
justa (aquela fundada em razões jurídica e não morais); inviolabilidade 
dos embaixadores. 
 
 
 
 
Histórico do DIP 
 De 1648 até a Revolução Francesa e o Congresso de Viena 
(1815) 
 Paz de Vestfália (1648) 
 Pôs fim à guerra dos 30 anos (católicos x protestantes). 
 Consagrou o princípio da igualdade soberana ou igualdade formal dos 
Estados no plano internacional. 
 Gerou a intensificação das relações internacionais (políticas e 
comerciais). 
 Surge a sistema do “Equilíbrio de Poder” 
 Visava impedir que um único Estado dominasse os demais, 
prevendo a possibilidade dos Estados ameaçados reprimirem as 
intenções de outro Estado de tornar-se um império. 
 Consagra o princípio da territorialidade do direito no plano interno. 
 Surge o conceito de Estado Moderno (povo, território, governo e 
soberania). 
 
Histórico do DIP 
 De 1648 até a Revolução Francesa e o Congresso de Viena (1815) 
 Napoleão Bonaparte (1769-1821) 
 Promoveu a tentativa francesa de tornar-se um novo império ao 
chegar ao poder, gerando o que se chama de “guerras napoleônicas” 
(1804-1815). 
 
 Congresso de Viena (1815) 
 Consagrou a queda de Napoleão e estabeleceu uma nova ordem 
jurídica européia: 
 Liberdade de navegação em certos rios europeus (Reno, Mora, etc). 
 Classificação dos agentes diplomáticos 
 Declaração de reconhecimento da neutralidade permanente da 
Suíça 
 Princípio da Cooperação 
 A base das relações internacionais é o acordo entre Estados e não 
o mecanismo de equilíbrio de poder. 
 
 
Histórico do DIP 
 De 1918 até os dias atuais 
 O DIP do século XX passa de bidimensional para 
tridimensional (ou até tetradimensional). 
 
 Primeira Guerra Mundial 
 Os sistemas europeus de manutenção da paz não foram frutíferos. 
 Woodrow Wilson (presidente norte-americano) propõe uma 
alteração na ordem mundial (“14 pontos”) : 
 Segurança coletiva 
 Desarmamento 
 Fim da diplomacia secreta 
 Arbitragem como meio de solução de conflitos internacionais 
Histórico do DIP 
 De 1918 até os dias atuais 
 
 Tratado de Versalhes (1918) 
 Alargou a cooperação internacional européia-cristã e abrangeu 
como parte do DIP a América e o Império Otomano (Turquia). 
 O Direito Internacional deixou de ser eminentemente 
preservador do status quo ante para promover real cooperação 
internacional revolucionária. 
 
 Criação da Corte Permanente de Justiça Internacional, 
como órgão judiciário da Liga das Nações (1922-1940). 
 
 
Histórico do DIP 
 De 1918 até os dias atuais 
 Segunda Guerra Mundial (1939-1945) 
 Falência do sistema da Liga das Nações. 
 Com seu fim, para substituir o sistema falido, houve a criação da 
Organização das Nações Unidas: 
 Comissão de Direito Internacional 
 Sistema de poder: Assembléia Conselho de Segurança 
 Tutela internacional especializada das questões internacional por 
meio de Agências Especializadas (OIT, FAO, UNESCO, OMS, 
Banco Mundial, FMI, etc). 
 Convencionalizaçãodo Direito Internacional por meio Comissão 
de Direito Internacional 
 Relações Diplomáticas (1961), Relações Consulares (1963), 
Direito dos Tratados (1969 e 1986), Direito do Mar (1982), etc. 
 
 
Histórico do DIP 
 De 1918 até os dias atuais 
 Globalização 
 Contrapõe-se à intervenção econômica estatal. 
 
 As decisões econômicas decorrem de centros de interesses 
privados, à revelia dos Estados. 
 
 Ideologicamente visa: 
 Eliminação do protecionismo 
 Livre circulação de bens, serviços e capitais (exclui-se a livre 
circulação de mão-de-obra). 
 Desterritorialização das atividades de produção e consumo. 
 
 
Globalização x Mundialização 
Globalização Mundialização 
Expressão de origem anglo-
saxônica 
Expressão de origem francesa 
Flexibilização das fronteiras 
com base em exigências 
econômicas. 
Intenção real de aproximação 
entre povos, sem razões 
determinantemente 
financeiras, as quais seriam 
apenas elementos de uma 
realidade mais ampla. 
Características da ordem jurídica internacional 
contemporânea 
 Descentralização 
 Não existe nenhuma entidade superior que detenha o poder e faça 
valer sua vontade perante os sujeitos do DIP. 
 Consequentemente, não há um tribunal internacional com jurisdição 
geral obrigatória. 
 Coordenação 
 A visão geral é de que os sujeitos do DIP se relacionem 
horizontalmente e ajam consoante normas que tenham sido 
emanadas como consequências de suas vontades. 
 Proibição do uso da força 
 A reorganização da sociedade internacional via criação da ONU 
veio atrelada à responsabilidade de solução pacífica de conflitos 
internacionais (art. 2º da Carta da ONU). 
 
Características da ordem jurídica internacional 
contemporânea 
 Reciprocidade 
 Os sujeitos de DIP estão autorizados a descumprir normas como 
resposta ao não cumprimento prévio dessa mesma norma por 
outro sujeito. 
 Essa regra não se aplica às normas cogentes do DIP (Jus Cogens – art. 53 
da Convenção de Viena de 1969). 
 Humanização 
 Após a celebração da Carta da ONU, diversos tratados 
internacionais de tutela de Direitos Humanos foram concluídos. 
Ex: tratado de Roma (1998). 
 Diversidade de atores 
 Presença de outras entidades no “jogo internacional” além dos 
Estados. Ex: organizações internacionais, indivíduos, ONG’s, 
Empresas. 
 
Fundamento do DIP 
Voluntarismo Objetivismo 
A obrigatoriedade do DIP decorre da 
vontade dos próprios sujeitos do DIP. 
A obrigatoriedade do DIP baseia-se 
em razões objetivas, além e acima dos 
sujeitos do DIP. 
Baseia-se na vontade coletiva ou no 
consentimento mútuo dos Estados, 
expresso ou tácito. 
A ordem internacional não seria 
decorrente da revelação divina, mas 
da razão humana, passível de 
constante aprimoramento. 
Ex: teoria da autolimitação de Georg 
Jellinek; teoria da vontade coletiva de 
Heinrich Triepel, entre outros. 
Ex: jusnaturalismo; Teoria da Norma-
Base de Kelsen; Teoria do jus cogens. 
DIP Geral x DIP Especial 
DIP Geral DIP Especial 
Aplicável a toda comunidade 
internacional. 
Regula as relações entre 
sujeitos de Direito 
Internacional determinados. 
Ex: Convenção de Montego 
Bay (1982); Carta da ONU 
(1945); Tratado de Roma 
(1998) 
Ex: Tratado de Assunção 
(1991); Convenção Americana 
de Direitos Humanos (1969). 
Jus Cogens 
 Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados de 1969, Artigo 
53: 
 Tratado em Conflito com uma Norma Imperativa de Direito 
Internacional Geral (jus cogens): 
 “É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com 
uma norma imperativa de Direito Internacional geral. Para os fins da 
presente Convenção, uma norma imperativa de Direito Internacional 
geral é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional 
dos Estados como um todo, como norma da qual nenhuma derrogação é 
permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior de Direito 
Internacional geral da mesma natureza”. 
 
 Ex: normas de tutela dos direitos humanos, proteção do meio 
ambiente, proscrição de armas de destruição em massa, etc. 
 
 
Soft Law 
 Etimologia: normas “moles”, “brandas”, “flexíveis”. 
 
 Dispõem diretivas de comportamento (programas), e não 
obrigações de resultado. 
 Seu descumprimento não acarreta sanções jurídicas ao 
destinatário, podendo haver reprimendas em outras searas 
(econômica, política, etc). 
 
 Ex: algumas direito internacional ambiental, 
recomendações da OIT. 
DIP e Direito Interno 
 Mirtô Fraga 
 “O DIP e o Direito Interno de cada Estado são duas ordens 
jurídicas distintas ou são aspectos do mesmo Direito?” 
 
 “Se são duas ordens, emanando de fontes diversas, com 
estruturas diferentes, haveria relação entre elas?” 
 
 “Poderia haver conflito entre suas normas?” 
 
 “Por outro lado, se o Direito é um só, mas com dois 
aspectos, qual deles teria prevalência: o interno ou o 
internacional?” 
DIP e Direito Interno 
Dualismo Monismo 
Radical Internacionalista 
•Radical 
•Moderado 
Moderado Nacionalista 
DIP e Direito Interno 
 Dualismo 
 Autores: Heinrich Triepel, Dionísio Anzilotti 
 O Direito Interno e o DIP são sistemas distintos e nunca entram 
em conflito, pois as normas de um não tem aplicação no outro, 
sem que haja uma forma de recepção prévia do DIP pelo Direito 
Interno. 
 O DIP e o Direito Interno tem fontes e destinatários distintos. 
 Fontes 
 Direito Interno: vontade do Estado de emanar normas para reger as 
relações dentro de sua jurisdição. 
 DIP: vontade coletiva dos Estados, tácita ou expressa, de reger suas 
inter-relação (Gemeinwillen). 
 Destinatários 
 Direito Interno: indivíduos 
 DIP: sujeitos de Direito Internacional Público 
DIP e Direito Interno 
 Dualismo 
 Uma ordem jurídica não se defrontaria com a outra, pois se 
consideram reciprocamente apenas como fatos. 
 Logo, nunca haveria conflito de normas. 
 
 A incorporação dos tratados à ordem interna faria 
transformar os destinatários das normas: 
 Dos sujeitos do DIP para os indivíduos (destinatários das normas 
internas). 
 
DIP e Direito Interno 
 Dualismo 
 A questão da incorporação do tratado internacional ao 
ordenamento interno faz surgir duas modalidades de dualismo: 
 Dualismo radical ou Dualismo stricto sensu (Heinrich Triepel) 
 O teor dos tratados teria de fazer parte de uma lei interna. 
 Se daí houver conflito, seria entre normas internas. 
 
 Dualismo moderado (Dionízio Anzilotti) 
 Não se faz necessário que o conteúdo das normas internacionais seja 
inserido em um projeto de lei interna para sua incorporação à ordem 
jurídica nacional. 
 É somente preciso que haja a incorporação do tratado por meio de 
procedimento específico para tal, posterior à ratificação do acordo 
internacional. 
 
DIP e Direito Interno 
Dualismo 
 
 Críticas 
 Impossibilidade de existência de dois ou mais sistemas, 
reciprocamente independentes, terem validade 
simultaneamente, sem que um invada a competência 
material e territorial do outro, prevendo normas 
completamente contrárias. 
DIP e Direito Interno 
Monismo 
 Autores: Jellinek, Kelsen, Verdross, Kunz 
 O DIP e o Direito Interno são parte de uma unidade jurídica 
que rege indivíduos e coletividades e não duas ordens 
estanques com âmbitos de validade distintos. 
 
 Três Vertentes 
 Monismo Jusnaturalista 
 Monismo Internacionalista (com predominância do DIP) 
 Radical 
 Moderado 
 Monismo Nacionalista (com predominância do Direito Interno) 
DIP e Direito Interno 
Monismo Jusnaturalista 
Defende a igualdade e coordenação do DIP e do 
Direito Interno sob o pálio de uma ordem 
jurídica comum aos dois conjuntos. 
Hipóteses Teológica (unidade criada por Deus) 
 Racionalista (unidade criada pela Razão Humana, 
invariável no tempo e no espaço) 
 Psicológica (unidade resultante da consciência da 
massa na órbita interna ou internacional) 
 
DIP e Direito Interno 
Monismo Nacionalista 
 
 O DIP um Direito Estatal Externo, pois é adotado pelo Direito 
Interno de forma discricionária. 
 
 Originado na doutrina de Hegel 
 Considerava que o Estado era o soberano absoluto e não poderia 
estar sujeito a nenhum sistema jurídico que não tenha provindo de 
sua vontade. 
 Ex: Teoria da autolimitação de Jellinek. 
 
 Justificativas 
 Inexistência de uma autoridade supra-estatal global, cabendo 
somente aos Estados determinar suas obrigações internacionais; 
 Fundamento exclusivamente constitucional dos órgãos 
competentes para concluir tratados em nome dos Estados. 
 
 
DIP e Direito Interno 
Monismo Nacionalista 
Críticas 
 Existência de outras fontes do DIP. 
 Ex: Costume Internacional 
 A subsistência dos tratados mesmo com as 
mudanças das constituições dos Estados. 
 Teoria pseudo-monista, pois havendo várias ordens 
jurídicas haveria uma pluralidade de ordens 
internacionais. 
 
DIP e Direito Interno 
Monismo Internacionalista 
 Desenvolvido após a 2ª Guerra Mundial pela Escola de 
Viena. 
 Visava ao congraçamento dos povos sob um sistema jurídico 
internacional e evitar a volta de nacionalismos exacerbados. 
 
 Hans Kelsen 
 A norma fundamental (Grundnorm) seria hipotética, mas em um 
segundo momento, influenciado por Verdross, a considera a 
obrigação de cumprimento dos pactos celebrados (Pacta sunt 
servanda), norma de DIP consuetudinária. 
DIP e Direito Interno 
 Monismo Internacionalista 
 Correntes 
 Radical 
 Não haveria conflito entre o DIP e o Direito Interno porque a norma 
interna que entrasse em choque com o DIP seria inválida. 
 Os tratados internacionais prevalecem sobre todo o Direito interno, 
inclusive às Constituições. 
 Moderada 
 Não haveria conflito entre o DIP e o Direito Interno porque a norma 
interna que entrasse em choque com o DIP seria anulável, sendo 
derrogada no caso concreto. 
 Os tratado internacionais prevalecem ao Direito Interno, mas este é 
somente derrogado em caso de conflito com normas internacionais e 
pode, de resto, ser aplicado. 
 A norma interna pode não ser declarada inválida e ser aplicada, sendo 
o Estado responsabilizado internacionalmente em caso de violação 
dos tratados internacionais. 
 
DIP e Direito Interno 
Monismo Internacionalista 
 
 Crítica 
 Natureza não-histórica dessa corrente, pois os Estados 
nasceram antes da Sociedade Internacional, que só 
posteriormente se tornou independente e autônoma em 
relação aos Estados. 
Convenção de Viena de 1969 sobre 
Direito dos Tratados 
 Artigo 27 - Direito Interno e Observância de Tratados 
 Uma parte não pode invocar as disposições de seu direito interno para 
justificar o inadimplemento de um tratado. Esta regra não prejudica o 
artigo 46. 
 
 Artigo 46 - Disposições do Direito Interno sobre Competência para 
Concluir Tratados 
 1. Um Estado não pode invocar o fato de que seu consentimento em 
obrigar-se por um tratado foi expresso em violação de uma disposição de 
seu direito interno sobre competência para concluir tratados, a não ser 
que essa violação fosse manifesta e dissesse respeito a uma norma de seu 
direito interno de importância fundamental. 
 2. Uma violação é manifesta se for objetivamente evidente para qualquer 
Estado que proceda, na matéria, de conformidade com a prática normal e 
de boa fé. 
 
	Noções Propedêuticas de Direito Internacional
	DIP x DIPr
	Conceito de Direito Internacional Público
	Sociedade Internacional
	Histórico do DIP
	Histórico do DIP
	Histórico do DIP
	Histórico do DIP
	Histórico do DIP
	Histórico do DIP
	Histórico do DIP
	Histórico do DIP
	Histórico do DIP
	Histórico do DIP
	Histórico do DIP
	Histórico do DIP
	Histórico do DIP
	Globalização x Mundialização
	Características da ordem jurídica internacional contemporânea
	Características da ordem jurídica internacional contemporânea
	Fundamento do DIP
	DIP Geral x DIP Especial
	Jus Cogens
	Soft Law
	DIP e Direito Interno
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	DIP e Direito Interno
	Convenção de Viena de 1969 sobre Direito dos Tratados

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