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Direito Internacional Público

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DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO – JANARA RAFAEL
· DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO = DIREITO DAS GENTES
Acepção decorrente da História do Direito Romano.
- Jus Gentium 
- Jus Civile 
· DIPU – MUDANÇA DE PERCEPÇÃO
Diversidade de Atores no cenário Internacional – Estados + Sociedade Internacional.
Relacionamento internacional que envolvia apenas Estados, na atualidade abrange um rol diversificado de atores, que inclui as organizações internacionais, as organizações não governamentais(Ongs), as empresas, os indivíduos, dentre outros.
· RELAÇÕES INTERNACIONAIS – PRISMA JURÍDICO
O que se entende por Relações Internacionais?
Teia de laços entre pessoas naturais e jurídicas que perpassam as barreiras nacionais.
- Nesta esteira, surge o DIPU, contribuindo para determinar a evolução da vida internacional, caracterizada, precipuamente, pela complexidade.
· DIPU – CONCEITO 
“Ramo da Ciência Jurídica que visa a regular as relações internacionais com vistas a permitir a convivência entre os membros da sociedade internacional e a realizar certos interesses e valores aos quais se confere importância em determinado momento histórico.”
“Direito Internacional Público ou Direito das Gentes é o conjunto de princípios e regras destinados a reger os direitos e deveres internacionais, tanto dos Estados ou outros Organismos análogos, quanto dos indivíduos.” (ACCIOLY)
· “Ubi societas, ibi jus”.
· Onde houver sociedade, deverá haver normas de convivência entre seus membros.
· Da mesma forma ocorre na sociedade internacional.
· ENTENDIMENTO CLÁSSICO
ATORES: ESTADOS E ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS.
MATÉRIA A REGULAR: Relações interinstitucionais, envolvendo Estados e Organizações internacionais.
· ENTENDIMENTO MODERNO
ATORES: ESTADOS, ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS, INDIVÍDUOS, EMPRESAS, ESPECIALMENTE AS TRANSNACIONAIS* E AQUELAS COM NEGÓCIOS INTERNACIONAIS, ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS.
MATÉRIA A REGULAR: Relações entre Estados e Organizações internacionais;
Cooperação internacional*; Relações entre qualquer ator internacional envolvendo temas de interesse global.
· COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
- Assegurar a aplicação de normas internacionais;
- Atingir objetivos comuns;
- Promoção do desenvolvimento econômico e social;
- Proteção à Paz e aos Direitos Humanos.
CF/88: Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
· ACCYOLI DIZ:
“ O principal, dentre os deveres morais dos Estados, é o de assistência mútua, o qual se manifesta sob várias formas. Entre estas, podem citar-se as seguintes: o abrigo concedido por um Estado, em seus portos, a navios estrangeiros que, acossados pelo mal tempo ou avariados, procuram refúgio; b) os socorros marítimos em caso de naufrágio, incêndio a bordo, ou qualquer outro sinistro; c) a adoção de certas medidas sanitárias, que impeçam a propagação de enfermidades; d) a assistência e cooperação para a administração da justiça[...]”
· PERCEPÇÃO MISTA DO CONCEITO DIPU (CLÁSSICA / MODERNA)
“É o conjunto de normas jurídicas que regulam as relações mútuas dos Estados e, subsidiariamente, as das demais pessoas internacionais, como determinadas organizações e indivíduos.”
Obs.: * Permissão dos Estados.
· A SOCIEDADE INTERNACIONAL
Diferença doutrinária entre “Sociedade Internacional” e “Comunidade Internacional.”
COMUNIDADE INTERNACIONAL: fundamenta-se em vínculos espontâneos e de caráter subjetivo, envolvendo identidade e laços culturais, emocionais, históricos, sociais, religiosos e familiares comuns.
* Ausência de dominação, cumplicidade e identificação entre seus membros; convivência naturalmente harmônica.
SOCIEDADE INTERNACIONAL: A sociedade apoia-se na vontade de seus integrantes (vínculo intencional!);
Associação por decisão para atingir determinados objetivos que compartilham.
Na sociedade, a “vontade” é um forte elemento que promove a aproximação entre seus membros.
· A GLOBALIZAÇÃO
“Processo de progressivo aprofundamento da integração entre as várias partes do mundo, especialmente no campo político, econômico, social e cultural, com vistas a formar um espaço internacional comum, dentro do qual bens, serviços e pessoas circulem da maneira mais desimpedida possível.”
Fenômeno recorrente na história da humanidade: Momento de maior intensidade, como nas Grandes Navegações, a Revolução Industrial e o Pós Guerra Fria (década de noventa do final do século passado).
· A globalização na atualidade
Sustenta-se em fenômenos como o vigoroso desenvolvimento ocorrido no campo da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), que inclui a difusão de suas ferramentas, disponibilizadas para cada vez um número maior de pessoas.
- Propagação de valores comuns no campo político e econômico de vários Estados como o Estado democrático de Direito e a economia de mercado.
· Características:
1- aumento nos fluxos do comércio internacional e de investimento estrangeiro direto(IED);
2- o acirramento da concorrência no mercado internacional;
3- a maior interdependência entre os países;
4- a expansão dos blocos regionais (União Européia; Livre Comércio Norte Americano- NAFTA; Mercosul...)
5- a redefinição do papel do Estado e de noções como a de soberania estatal
· Redução do emprego da palavra GLOBALIZAÇÃO
Devido a maior ênfase da política internacional em questões de segurança, após os atentados de 11 de setembro de 2001, e com a crise econômica na primeira década do século XXI – arrefecimento na tentativa de formar um grande mercado internacional e nas demais relações.
Resultado: Redução do emprego da palavra “Globalização”.
· LIMITAÇÃO DE SOBERANIA EM DECORRÊNCIA DO DINAMISMO DA SOCIEDADE 
– SOFT LAW
Estados limitam cada vez mais sua soberania em prol de uma sociedade internacional mais dinâmica, com novas modalidades normativas (soft law), com conteúdo diversificado que vai de questões econômicas à preocupação com meio ambiente.
· SOFT LAW – para Mizzuoli
“ pode-se afirmar que na sua moderna acepção ela compreende todas as regras cujo valor normativo é menos constringente que o das normas jurídicas tradicionais, seja porque os instrumentos que as abrigam não detêm o status de “norma jurídica”, seja porque os seus dispositivos, ainda que insertos no quadro dos instrumentos vinculantes, não criam obrigações de direito positivo aos Estados, ou não criam senão obrigações pouco constringentes.”
· DIFERENÇAS ENTRE SOCIEDADE INTERNACIONAL E COMUNIDADE INTERNACIONAL
	SOCIEDADE INTERNACIONAL
	COMUNIDADE INTERNACIONAL
	- Aproximação e vínculos intencionais.
	- Aproximação e vínculos espontâneos.
	- Aproximação pela vontade.
	- Aproximação por laços culturais, religiosos, linguísticos, etc
	- Objetivos comuns.
	- Identidade comum.
	- Possibilidade de dominação. 
	- Ausência de dominação.
	- Interesse. 
	- Cumplicidade entre membros.
· CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE INTERNACIONAL
- Universalidade
- Heterogeneidade
- Caráter Interestatal (contestado por parte da doutrina)
-Descentralização: não possui organização institucional superior aos Estados.
-Coordenação
-Caráter paritário: igualdade jurídica entre seus membros.
-Desigualdade de fato.
· PAZ DE VESTFÁLIA – 1648 
Banquete da Guarda Civil de Amsterdã em celebração da Paz de Münster, por Bartholomeus van der Helst (1648). 
O tratado de Vestfália é um conjunto de diplomas que inaugurou o moderno Sistema Internacional, ao acatar consensualmente noções e princípios como o de soberania estatal e o de Estado nação.
O tratado de Vestfália, assinado em 24 de outubro de 1648, em Osnabrück, entre Fernando III, Sacro Imperador Romano-Germânico, os demais príncipes alemães, França e Suécia, pôs fim ao conflito entre estas duas últimas potências e o Sacro Império. 
- O Tratado dos Pirinéus (1659), que encerrou a guerra entre França e Espanha, também costuma ser considerado parte da Paz de Vestfália.
- PAZ DE VESTFÁLIA – 1648 – SOBERANIA 
Estado- latim status> modo de estar, situação; condição.
--- Se refere a qualquer país soberano, com estrutura própria epoliticamente organizado.
... Após a Paz de Vestfália, celebrada no Século XVII, surge o entendimento clássico de que a Sociedade Internacional é formada por Estados Soberanos.
A partir do século XX, as organizações internacionais também passaram a ser vistas como parte da ordem internacional. 
Surge a visão do D. Internacional público voltado apenas à regulamentação do relacionamento entre os Estados e os organismos internacionais (já que as próprias organizações internacionais são criadas e compostas pelos próprios Estados)
A chamada Paz de Vestfália (ou de Vestefália, ou ainda Westfália), também conhecida como os Tratados de Münster e Osnabrück (ambas as cidades atualmente na Alemanha), designa uma série de tratados que encerraram a Guerra dos Trinta Anos e também reconheceram oficialmente as Províncias Unidas e a Confederação Suíça.
- O Tratado Hispano-Neerlandês, que pôs fim à Guerra dos Oitenta Anos, foi assinado no dia 30 de janeiro de 1648 (em Münster). 
· PAZ X CONFLITOS
Embora o imperativo da paz tenha surgido em decorrência de uma longa série de conflitos generalizados, surgiu com eles a noção embrionária de que uma paz duradoura derivava de um equilíbrio de poder, noção essa que se aprofundou com o Congresso de Viena (1815) e com o Tratado de Versalhes (1919). 
Por essa razão, a Paz de Vestfália costuma ser o marco inicial nos currículos dos estudos de Relações Internacionais.
· ELEMENTOS DO CONCEITO DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
· TERMINOLOGIA
1º- Inglaterra- Jeremy Bentham (1780) “Direito Internacional”.
2º - França - surge a expressão “público” para distinguir entre direito internacional público e direito internacional privado; 
 Manutenção do Jus gentium – “Direito das Gentes” (D. Romano, Século XVIII) por alguns doutrinadores· OUTRAS: 
· Direito das Gentes;
· Direito Internacional e
· Jus Inter Gentes
· PREDOMINANTE:
· DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
· (Bentham -1780)
· OBJETO DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
	Reduzir a anarquia na sociedade internacional e delimitar as competências de seus membros.
	Conferir tutela adicional a bens jurídicos aos quais a sociedade internacional decidiu atribuir importância.
	Regular a cooperação internacional.
	Satisfazer interesses comuns dos Estados.
· CARACTERÍSTICAS DO DIPU
- “Dicotomia entre a relativização da soberania nacional e a manutenção de sua importância.”
- Direito de Coordenação (articulação/negociação).
- Ausência de poder central para aplicação e produção das normas.
- Descentralização da produção normativa.
- Normas criadas pelos próprios destinatários.
- Obrigatoriedade 
- Jurisdição internacional exercida apenas com o consentimento dos Estados.
- Marcada vertente de cooperação
· COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
- Assegurar a aplicação de normas internacionais;
- Atingir objetivos comuns;
- Promoção do desenvolvimento econômico e social;
- Proteção à Paz e aos Direitos Humanos.
· SUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
· PERSONALIDADE INTERNACIONAL
Personalidade: “aptidão genérica para se titularizar direitos e contrair obrigações.
Capacidade: exercício dos direitos e obrigações, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.
· Personalidade internacional está ligada à faculdade de atuar diretamente na sociedade internacional, como o poder de criar normas internacionais, a aquisição e o exercício de direitos e obrigações decorrentes destas normas, bem como mecanismos de solução de controvérsias.
Aqueles que possuem a capacidade de praticar todos os atos acima seriam os sujeitos de Direito Internacional.
Porém, o tema é objeto de polêmica na doutrina, onde se opõem dois entendimentos.
· DIREITO INTERNACIONAL CLÁSSICO
Primeiro entendimento: caráter interestatal do Direito internacional Público
Apenas os Estados e as Organizações Internacionais seriam sujeitos de Direito Internacional.
Assim seriam: Estados, organizações internacionais, os blocos regionais, a Santa Sé, O Comitê Internacional da Cruz Vermelha, os beligerantes, os insurgentes e algumas Nações em Luta pela Soberania.
Segundo entendimento: sujeitos fragmentários de direito internacional
Baseia-se na evolução recente do Direito Internacional, com o surgimento de outros entes que vem exercendo papel ativo na sociedade internacional.
Surgem além dos sujeitos tradicionais:
 * Indivíduos;
* Empresas 
* Organizações não governamentais-ONGS: COMO SUJEITOS FRAGMENTÁRIOS DO D. INTERNACIONAL.
· NOVOS SUJEITOS
Ainda que esses novos sujeitos não reúnam todas as qualidades dos sujeitos clássicos, podem sim ser considerados como tais.
Afirma Jean Touscoz: “a qualidade de sujeito de Direito não depende da quantidade de direitos e obrigações de que uma entidade é titular” .
- Façamos a análise dos sujeitos de Direito internacional:
Sujeitos tradicionais (Estados e Organizações Internacionais), bem como, os blocos regionais, a Santa Sé, os beligerantes, os insurgentes e as nações em luta pela soberania.
· O ESTADO
Tem grande poder no campo internacional.
São os sujeitos clássicos do Direito Internacional Público;
É o ente composto por um território, onde vive uma comunidade humana, governada por um poder soberano.
Possui personalidade de Direito Internacional originária.
· SANTA SÉ E O ESTADO DA CIDADE DO VATICANO
São dois entes distintos;
Tem em comum o vínculo com a Igreja Católica Apostólica Romana;
A Santa Sé comanda a Igreja Católica;
É chefiada pelo PAPA e composta pela Cúria Romana (conjunto de órgão que assessora o sumo pontífice em sua missão);
A Santa Sé é sediada no Estado da Cidade do Vaticano;
Não há limitação de poder por outro Estado.
A Santa Sé não é um Estado; É órgão de representação do Estado. Possui personalidade internacional.
*O Vaticano é um Estado(0,44 km2) (há divergência doutrinária:-território, povo e governo soberano)
* Tratado de Latrão realizado entre a Santa Sé e a Itália, em 1929, cedendo a Santa Sé um espaço em Roma, onde foi criado o Estado da Cidade do Vaticano.
A Santa Sé é um sujeito de Direito Internacional: PODE CELEBRAR TRATADOS; PARTICIPAR DE ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS;
O Sumo Pontífice goza de prerrogativas de chefe de Estado, bem como produz reiteradas manifestações em assuntos de interesse internacional, devido, principalmente, à sua capacidade de estabelecer regras de conduta social e resolução pacífica de conflitos.
Pode exercer o direito de legação (enviar e receber agentes diplomáticos);
Abrir missões diplomáticas (Nunciaturas apostólicas) Obs.: CONCORDATA 
· ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
Organizações Internacionais podem celebrar Tratados, de acordo com a Convenção de Viena sobre D. dos Tratados de 1986 (temos 2 Convenções de Viena: 69 e 86).
* O Tratado somente pode versar sobre temas de suas finalidades. Ex.: Organização sobre direitos dos animais não pode celebrar tratados sobre produção de combustível...
SÃO PESSOAS JURÍDICAS, COM PERSONALIDADE JURÍDICA PRÓPRIA; DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO; DISTINTA DOS ESTADOS
Ganham força após a 2ª Guerra Mundial- Criação da ONU: Organização das Nações Unidas em 1945 – criada pela Carta da ONU ;
Podem ser consideradas como sujeitos internacionais;
Poder de manobra menor que os estados.
· ORDEM SOBERANA E MILITAR DE MALTA
É uma Organização Internacional.
Voltada à assistência médica e humanitária sediada em Roma (Itália).
Tem reconhecida personalidade jurídica de Direito Internacional;
Mantém missões diplomáticas em vários países do mundo, inclusive no Brasil.
O Grão-Mestre possui prerrogativas de imunidade de jurisdição (concedida por ato do Estado italiano) .
Parte da doutrina defende que Ordem de Malta não possui personalidade jurídica de Direito Internacional Público, devido ao seu vínculo com a Santa Sé.
· OS INDIVÍDUOS
São os particulares;
Durante muito tempo a doutrina não reconhecia o indivíduo como sujeito de Direito Internacional.
Atuação extremamente limitada e restrita no cenário internacional!
*NÃO PODEM CELEBRAR TRATADOS!
Mas é uma conquista recente no âmbito do D. Internacional.
Os sujeitos podem atuar de forma passiva ou ativa.
Os indivíduos não podem peticionardiretamente a uma Corte. Só indiretamente. De que forma?
Os indivíduos no âmbito internacional só podem peticionar à Comissão e não diretamente à Corte Interamericana. Ex.: Pacto de San José da Costa Rica: 2 órgãos que colocam em prática o direito de petição. Comissão interamericana de D. Humanos e Corte Interamericana de D. Humanos.
O TPI CONSAGRA A RESPONSABILIDADE PENAL INTERNACIONAL DOS INDIVÍDUOS. OBS.: TPI, COM SEDE EM HAIA, HOLANDA. CRIADO PELO TRATADO DE ROMA, 1998. ENTROU EM VIGOR EM 1º DE JULHO DE 2002. CRIMES A PARTIR DE 1º DE JULHO DE 2002. ESPÉCIES DE CRIMES JULGADOS PELO TPI: CRIMES CONTRA A HUMANIDADE, CRIMES DE GUERRA, GENOCÍDIO, AGRESSÃO.
LIMITAÇÃO AO PODER INDIVIDUAL.
PETICIONAMENTO: FORMA ATIVA
RESPONSABILIZADO EM ÂMBITO INTERNACIONAL: AGE DE FORMA PASSIVA
EX.: TPI – Tribunal Penal Internacional- crimes contra a humanidade (julga indivíduos). Quando o TPI julga o indivíduo é atuação passiva do indivíduo, pois está sendo julgado.
· ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS – ONGS 
São entidades privadas sem fins lucrativos que atuam em áreas de interesse público.
As ONGS costumam defender a aplicação de normas internacionais em vários campos, como os direitos humanos e o meio ambiente.
Sua principal prerrogativa é defender direitos e interesses dentro de suas áreas de atuação.
Não podem celebrar Tratados;
Não possuem imunidade de jurisdição
Ex.: Anistia internacional; Comitê Olímpico Internacional; Greenpeace; Médicos sem fronteiras(MSF).
· EMPRESAS
Devido ao grande papel que as multinacionais e as transnacionais tem no atual cenário internacional, alguns doutrinadores tem admitido personalidade internacional às empresas. Se submetem a obrigações fixadas pelo DIPU, como Trabalho e Meio Ambiente. 
São sujeitos fragmentários de D. Internacional;
Não podem celebrar tratados.
· BELIGERANTES
Movimentos contrários ao governo de um Estado, que visam a conquistar o poder ou a criar um novo ente estatal, e cujo estado de beligerância é reconhecido por outros membros da sociedade internacional.
Celso Albuquerque Mello afirma que: “reconhecimento como beligerante é aplicado às revoluções de grande envergadura, em que os revoltosos formam tropas regulares e que têm sob o seu controle uma parte do território estatal”.
Ex.: Confederados da Guerra de Secessão dos EUA(1861-1865)
- RECONHECIMENTO DE BELIGERÂNCIA
O reconhecimento de beligerância é ato discricionário, feito por uma declaração de neutralidade.
As principais consequências do reconhecimento incluem: obrigação dos beligerantes de observar normas aplicáveis aos conflitos armados e a possibilidade de que firmem tratados com Estados neutros.
O ente estatal onde atue o beligerante fica isento de eventual responsabilização internacional pelos atos destes. 
· INSURGENTES
Também são grupos que se revoltam contra governos, mas suas ações não assumem a proporção dos Beligerantes.
São ações localizadas e de revoltas de guarnições militares, o status de insurgência deve ser reconhecido por outros Estados.
- RECONHECIMENTO DE INSURGÊNCIA
Ato discricionário que irá estabelecer seus efeitos.
Em regra, o reconhecimento de caráter de insurgente exime o Estado onde ocorre o movimento de responder internacionalmente pelos atos revoltosos.
 Impõe, a todos o dever de respeitar as normas internacionais de caráter humanitário.
· BELIGERANTES X INSURGENTES
Há uma nítida semelhança entre BELIGERANTES E INSURGENTES.
Os beligerantes atingem maior amplitude que os insurgentes.
Segundo Alfred Verdross, os insurgentes são “beligerantes com direitos limitados”.
· NAÇÕES EM LUTA PELA SOBERANIA
São movimentos de independência nacional.
É o caso da antiga Organização para a Libertação da Palestina (OLP), atual Autoridade Palestina, mesmo sem a soberania estatal, exercia e ainda exerce certas prerrogativas típicas de Estados.
Podem celebrar tratados;
Direito de Legação (direito de enviar e receber representantes diplomáticos) 
Podem ter origem na Beligerância ou na insurgência;
O reconhecimento de prerrogativas depende de outros integrantes da sociedade internacional.
Devem respeitar as normas internacionais de D. Humanos.
· BLOCOS REGIONAIS
São esquemas criados por Estados localizados em uma mesma região do mundo, com o intuito de promover maior integração entre as respectivas economias.
São conhecidos também como “Mecanismos de integração regional”.
Surgem a partir de Tratados celebrados entre os Estados participantes.
Ex: MERCOSUL, UNIÃO EUROPÉIA, ÁREA DE LIVRE COMERCIO DA AMÉRICA DO NORTE(NAFTA)
PERSONALIDADE JURÍDICA INTERNACIONAL: SOMENTE É CONFERIDA POR MEIO DOS TRATADOS CELEBRADOS ENTRE SEUS ESTADOS MEMBROS.
NEM TODOS OS BLOCOS REGIONAIS TEM PERSONALIDADE JURÍDICA INTERNACIONAL. - O MERCOSUL POSSUI.
Art. 34 do Protocolo de Ouro Preto/94- Adicional ao Tratado de Assunção-91): “O MERCOSUL terá personalidade jurídica de Direito Internacional”
· OUTROS ENTES QUE PODEM ATUAR NA SOCIEDADE INTERNACIONAL
- Beligerantes
-Insurgentes
- Nações em luta pela soberania
- Blocos Regionais
- Comitê Internacional da Cruz Vermelha (Convenção de Genebra de 1864- Tratado obrigava os exércitos a cuidarem de seus feridos)
· FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Classificação:
-Fontes Formais 
-Fontes Materiais
-Fontes Estatutárias ( Estatuto da Corte Internacional de Justiça-Art. 38)
-Fontes Extraestatutárias
· O QUE SÃO FONTES DE DIREITO?
Para Savigny, as fontes jurídicas são: 
-“as causas de nascimento do direito em geral”.
-São a origem, um marco originário. 
-Irineu Strenger complementa: “Não há como definir à evidência esse nascimento, pois o direito geral existe de forma constante na consciência comum do povo.”
· FONTES FORMAIS E FONTES MATERIAIS
Fontes Formais: derivam da vontade do legislador, das partes ou da jurisprudência dos Tribunais.
Fontes Materiais: fatos sociais agregados ao valor de cada sociedade.
Fato social: exterior ao indivíduo e abrange toda a sociedade. Tem valor coercitivo. Ex.: normas religiosas.
... As fontes formais costumam derivar das fontes materiais;
Utilizam as fontes materiais como matéria prima.
* Fontes Materiais: a inspiração do direito; 
* Fontes Formais: vigência do Direito. 
· FONTES FORMAIS – ART. 38 DO ESTATUTO DA CIJ
O art. 38 traz um rol meramente exemplificativo, podendo existir outras fontes que não elencadas ali em seu texto. 
Não existe hierarquia entre as fontes!
Tanto os Tratados podem revogar os Costumes quanto os Costumes podem revogar os Tratados (fazendo com que o mesmo caia em desuso). 
ART. 38:
“A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará: 
a. as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
b. o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito;
c. os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas;
d. sob ressalva da disposição do Artigo 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito.
“2. A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte de decidir uma questão ex aequo et bono*, se as partes com isto concordarem.”
Obs.: O Estatuto da CIJ refere-se também à equidade como meio que pode determinar juridicamente a solução de conflitos envolvendo a interpretação e a aplicação do Direito Internacional.
· AS FONTES NO ESTATUTO
O Estatuto da Corte elenca como fontes do Direito Internacional Público: os tratados, o costume, os Princípios Gerais do Direito, a jurisprudência e a doutrina.
E, não dispensa a equidade como meio de solução de conflitos envolvendo a interpretação e a aplicação do Direito Internacional.
· TRATADOS (art. 38, “a”, ECIJ)
-Fruto de acordo;
-Forma escrita;
-Celebrado por Estados e/ou organizações internacionais.
-Formalmente, não é hierarquicamente superior ao Costume, ou outra Fonte, mas, na prática, são as principais fontes do DIP e as mais aplicadas.
-Trazem maior segurança jurídicapara as Relações Internacionais.
· COSTUMES (art. 38, “b”, ECIJ)
-São atos reiterados dos Estados durante certo período de tempo, versando um assunto da mesma forma. 
-Quem alega o Costume, deve prová-lo.
Ex.: Atividade diplomática.
-São dois os elementos (cumulativos) do costume internacional:
· Elemento material: prática reiterada de atos no mesmo sentido. É o chamado “uso”. 
· Elemento subjetivo (psicológico ou espiritual): é a crença de que a prática é obrigatória nos termos do Direito, no plano jurídico.
-O Costume e os novos Estados: atualmente os Estados nascem por união ou cisão. 
A doutrina majoritária defende que os novos Estados que nascem no seio da Sociedade Internacional, ao integrá-la, deve submeter-se a todos os direitos e obrigações pré-existentes. 
Já a doutrina minoritária entende que o Estado pode rechaçar algumas regras costumeiras que violem seus Princípios de Direitos Humanos. 
-Prática reiterada;
-Generalidade da prática;
-Uniformidade da prática;
-Consciência da juridicidade da prática;
· ELEMENTOS DO COSTUME:
A) elemento objetivo e material: inverterata consuetudo. Prática reiterada 
B) elemento subjetivo e psicológico: opinio juris. Crença de que a prática é obrigatória 
· PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO (art. 38, “c”, ECIJ)
-Enunciados normativos de valor universal.
-Estão, em sua maioria, positivados nos tratados. Mas podemos citar dentre eles: O “pacta sunt servanda”, “a boa-fé”, “o respeito à coisa julgada”.
-Normatividade;
-Maior grau de abstração e de generalidade;
-Teor axiológico: incorporam os principais valores tutelados pelo Direito;
-Caráter fundante da ordem jurídica;
-Estabilidade;
-Presença generalizada nos principais sistemas jurídicos do mundo
· ANALOGIA
-Aplicável na falta de norma para o caso concreto;
-Incidência de norma que regule situação semelhante;
* Parte da doutrina entende que a analogia é apenas elemento de integração do ordenamento.
· EQUIDADE
-Emprego de considerações de justiça a um caso concreto;
-Aplicável na carência de norma regulamentadora ou diante de norma inadequada;
*Pode ser aplicada apenas com a anuência das partes; seu caráter de fonte não é unânime na doutrina.
· FONTES SECUNDÁRIAS OU AUXILIARES (art. 38, “d”, ECIJ)
d. sob ressalva da disposição do Artigo 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito.
-Jurisprudência
-Doutrina
· JURISPRUDÊNCIA INTERNACIONAL
-Decisões reiteradas;
-Pronunciamentos proferidos por órgãos internacionais de solução de controvérsias;
-Deliberações no mesmo sentido;
-Casos semelhantes;
-Matéria de Direito Internacional.
-Fonte Auxiliar.
· DOUTRINA
-Se referia ao jurista como pessoa física, mas hoje em dia deve ser interpretado em sentido amplo, sendo todas as manifestações de cunho doutrinário, ainda que não de Pessoa Física, como os ANAIS das Conferências, os grupos de estudos da ONU, as decisões de Tribunais Internacionais, dentre outros, considerados doutrina.
-Estudo dos especialistas em Direito Internacional;
-Inclui doutrina de ramos do Direito Interno, no que se relacionem com o Direito Internacional;
-Fonte Auxiliar.
· NOVAS FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
*Possibilidade: rol não taxativo do art. 38 do Estatuto da CIJ.
-Atos Unilaterais dos Estados
-Decisões das Organizações Internacionais
· ATOS UNILATERAIS DOS ESTADOS
-Formulados unilateralmente, sem consulta a outros Estados;
-Afetam juridicamente a esfera de interesses de outros sujeitos de Direito Internacional;
-(criam direitos a outros Estados e obrigações a ele próprio). 
Podem ser expressos ou tácitos.
-Ex.: O Tratado não prevê a denúncia e o Estado mesmo assim o faz.
· DECISÕES DAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
-As Organizações Internacionais podem criar atos internacionais, tais como decisões, resoluções, diretrizes, diretivas, recomendações, gerando obrigações aos países a elas vinculadas. 
-Atos oriundos de organismos internacionais;
-Podem ser impositivas ou facultativas;
-Também conhecidas como atos (unilaterais) de organizações internacionais. 
· DIREITO FLEXÍVEL (SOFT-LAW)
-Nasceu no bojo do Direito Internacional do Meio Ambiente, não prevê sanções, não tem juridicidade, mas gera obrigação moral.
Ex1.: Agenda 21. Resoluções, As recomendações... Ex2: Declaração Universal dos Direitos Humanos.
-Características:
Obrigatoriedade limitada ou inexistente;
Elaboração rápida e flexível;
Descumprimento nem sempre enseja sanções;
Eventual transformação em norma tradicional.
· SANÇÃO NO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
O Direito Internacional Público inclui a possibilidade de imposição de sanções contra aqueles que violem as normas internacionais.
Os Tratados podem fixar consequências jurídicas para os atos ilícitos dos entes obrigados a observar os preceitos de Direito das Gentes.
Podem ser criados órgãos internacionais encarregados de fazer valer as normas acordadas pelos Estados.
· CRÍTICAS AO DIREITO INTERNACIONAL
Referem-se principalmente às dificuldades para impor sanções aos Estados que descumprem as normas internacionais.
Convivência ainda é marcada:
-por conflitos armados;
-e pela aparente prevalência do poder e do interesse, em detrimento do próprio Direito.
· DIFUSÃO DAS INFORMAÇÕES X INEFICIÊNCIA DO DIPU
Os recursos tecnológicos tem possibilitado a rápida difusão de notícias de descumprimento de normas internacionais.
Resultado: forma-se uma opinião pública internacional desfavorável que percebe as contínuas violações do Direito das Gentes.
· DIFICULDADES NA IMPOSIÇÃO DE SANÇÕES
Devido à ausência de órgãos centrais encarregados de fiscalizar e aplicar sanções tudo depende da articulação dos Estados (Cooperação Internacional).
Ex.: Uma ação militar fruto de deliberação do Conselho de Segurança da ONU, cujas decisões são tomadas por Estados soberanos que são seus membros e podem não concordar com determinada medida ou não disponibiliza tropas e equipamentos para formar forças de paz.
· ÓRGÃOS COM ESCOPO DE AÇÃO (JURISDIÇÃO INTERNACIONAL)
Corte Internacional de Justiça (CIJ): - principal órgão judiciário da ONU.
Competente para conhecer de qualquer lide relativa ao Direito Internacional. Examina litígios entre Estados.
Cortes de Direitos Humanos;
Tribunal Penal Internacional
· TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL
O Brasil apoiou a criação do Tribunal Penal Internacional
Por entender que uma corte penal eficiente, imparcial e independente representaria um grande avanço na luta contra a impunidade pelos mais graves crimes internacionais.
O Governo brasileiro participou ativamente dos trabalhos preparatórios e da Conferência de Roma de 1998, na qual foi adotado o Estatuto do TPI.
Com sede na Haia (Países Baixos), o TPI iniciou suas atividades em julho de 2002. 
Subsidiariamente ao Poder Judicial dos Estados, processa e julga acusados de crimes de genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e, futuramente, crimes de agressão. O TPI julga apenas indivíduos – diferentemente da Corte Internacional de Justiça, que examina litígios entre Estados. A existência do Tribunal contribui para prevenir a ocorrência de violações dos direitos humanos, do direito internacional humanitário e de ameaças contra a paz e a segurança internacionais.
ATENÇÃO! As Cortes e os Tribunais não tem o poder de automaticamente examinar casos envolvendo um Estado, ainda que seja Estado-membro do Tratado que o criou. É necessário uma declaração formal de aceitação.
· EXEMPLOS DE INSTRUMENTOS DE SANÇÃO
Envio de tropas da ONU para regiões em que esteja sendo violada a proibição do uso da força armada;
A expulsão de diplomatas que abusem de suas imunidades (declaração de persona non grata);
Reparações financeiras, retaliações comerciais, dentre outras...
· Direito Internacional Público?
Ainda que tenhamos a dificuldade na imposição de sanções no âmbito internacional, tal fato não retira o caráter jurídico do Direito Internacional Público!
· DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E DIREITO INTERNO
Conflitos entre preceitos de Direito Internacional e deDireito Interno
- Teoria Monista 
- Teoria Dualista
O Direito Internacional tem impacto direto no âmbito interno dos Estados.
Vários atos vinculados ao DIP dependem de regras do ordenamento nacional, como, por exemplo, a competência para a celebração de Tratados.
Em muitos casos, a norma internacional é incorporada à ordem jurídica interna, facilitando sua aplicação.
E quando surgem conflitos entre preceitos de Direito Internacional e de Direito Interno?
A Doutrina examina a matéria com base em duas teorias: O Dualismo e o Monismo.
Podem surgir ainda, novas possibilidades de solução, como a “primazia da norma mais favorável ao indivíduo”, devido às particularidades de alguma situação, como no Direito Internacional dos Direitos Humanos.
E quando surgem conflitos entre preceitos de Direito Internacional e de Direito Interno?
A definição acerca de qual norma aplicar no conflito geralmente é feita dentro da própria Constituição de cada Estado.
Geralmente optam por uma das Teorias.
	DUALISMO
	MONISMO
	Necessário diploma legal interno que incorpore o conteúdo da norma internacional.
	Não há necessidade de diploma legal interno.
· DUALISMO
Direito Internacional e Direito Interno são DOIS SISTEMAS JURÍDICOS DISTINTOS E INDEPENDENTES ENTRE SI.
Sendo assim, o D. Internacional regula relações entre Estados, não originando obrigações para os indivíduos.
	DUALISMO RADICAL
	DUALISMO MODERADO
	NECESSIDADE DE QUE O CONTEÚDO DOS TRATADOS SEJA INCORPORADO AO ORDENAMENTO INTERNO POR UMA LEI INTERNA.
	NECESSIDADE APENAS DE RATIFICAÇÃO DO CHEFE DO ESTADO, COM APROVAÇÃO PRÉVIA DO PARLAMENTO.
· DUALISMO RADICAL: A Teoria da Incorporação, Transformação ou Mediatização 
Para esta teoria, como as normas tem incidência distinta, apenas no caso de o Estado incorporar internamente o preceito de direito internacional, por meio de alteração de suas leis internas, ou seja, “a norma internacional só vale quando recebida pelo direito interno”.
· DUALISMO MODERADO
Para o dualismo moderado: “não é necessário que o conteúdo das normas internacionais seja inserido em um projeto de lei interna, bastando apenas a ratificação dos tratados por meio de procedimento específico, que inclua a aprovação prévia do parlamento e a ratificação do chefe de Estado”.
· MONISMO
	MONISMO
	INTERNACIONALISTA
	NACIONALISTA
	Primazia do Direito Internacional;
	Primazia do Direito Interno;
	Primado hierárquico das normas internacionais;
	Primado hierárquico das normas internas, com derrogação das normas internacionais contrárias.
	Teoria adotada pelo próprio Direito Internacional (Convenção de Viena/69)
	
Existe apenas uma ordem jurídica, com normas internacionais e internas, interdependentes entre si.
-Monismo internacionalista (Radical): na dúvida entre aplicação de normas Internas ou internacionais, aplica-se as Internacionais.
-Monismo internacionalista (Moderado): tratado prevalece com mitigações. Possível responsabilização do Estado pelo descumprimento.
-Monismo nacionalista: prevalência do direito Interno sobre o D. Internacional.
· MONISMO INTERNACIONALISTA RADICAL
Na dúvida entre aplicação de normas Internas ou internacionais, aplica-se as Internacionais.
É a teoria adotada pelo Direito Internacional, como determina o artigo 27 da CONVENÇÃO DE VIENA SOBRE O DIREITO DOS TRATADOS DE 1969 QUE DISPÕE:
Artigo 27 da CONVENÇÃO DE VIENA/69:
“Uma parte não pode invocar as disposições de seu direito interno para justificar o inadimplemento de um tratado”.
Com isso, as normas internacionais deveriam prevalecer sobre a própria Constituição do Estado.
	MONISMO INTERNACIONALISTA
	RADICAL
	MODERADO
	Tratado prevalece sobre todo o Direito Interno, inclusive o Constitucional;
	Tratado prevalece, com mitigações: o direito interno pode eventualmente ser aplicado.
	
Norma interna em oposição à internacional pode ser declarada inválida.
	Norma interna pode não ser declarada inválida e SER APLICADA, sendo o Estado responsabilizado internacionalmente em caso de violação de tratado.
................................................
	DUALISMO
	MONISMO
	Duas ordens jurídicas, distintas e independentes entre si;
	Uma só ordem jurídica;
	Uma ordem jurídica internacional e uma ordem jurídica interna;
	Uma ordem jurídica apenas, com normas internacionais e internas;
	Conflito entre Direito Internacional e o interno: impossibilidade.
	Conflito entre Direito Internacional e o interno: possibilidade.
	Necessário diploma legal interno que incorpore o conteúdo da norma internacional: teoria da incorporação.
	Não há necessidade de diploma legal interno.
ATENÇÃO! E no Brasil?
A prática brasileira no conflito entre as normas internas e internacionais herdará aspectos do dualismo e do monismo e, incorporará soluções próprias, que não permitirão definir qual a teoria que o Brasil adota, sendo mais pertinente afirmar que o Estado brasileiro recorre a elementos de ambas as teorias. 
( * Há divergência doutrinária acerca desta questão)
Nesse sentido, afirma o Ministro Celso de Mello: “É na Constituição da República – e não na controvérsia doutrinária que antagoniza monistas e dualistas – que se deve buscar a solução normativa para a questão da incorporação dos atos internacionais ao sistema de direito positivo interno brasileiro”.
· PRIMAZIA DA NORMA MAIS FAVORÁVEL
Ocorrendo conflito entre normas internacionais e internas, o Direito Internacional dos Direitos Humanos vai conceber o “Princípio da primazia da norma mais favorável” à vítima/ao indivíduo.
Fundamenta-se na prevalência da proteção da pessoa humana, valor percebido por grande parte da sociedade internacional como superior a qualquer outro no universo jurídico.
EX.: ILICITUDE DA PRISÃO CIVIL DO DEPOSITÁRIO INFIEL.

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