Buscar

APOSTILA_06_-_NORMATIVIDADE_II[1]

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Roteiro de Aula. Introdução ao Estudo do Direito 
Professor Antônio Guerra Cintra jr. 
Normatividade II 
 Vigência das leis 
As leis, como de resto tudo na vida, tem um ciclo de vigência. As leis nascem para regular 
a conduta dentro de um determinado contexto social. Evidente que elas envelhecem 
junto com as idéias da sociedade. A sociedade de uma determinada época sofre o 
processo de mutação social. Esse dilema é um fator inexorável e imanente na história da 
humanidade. Nascer, morrer, nascer novamente e evoluir sempre, eis a lei. 
Portanto, a lei não nasce com a pretensão de ser eterna ou se perpetuar, Não há essa 
proposta no horizonte do seu idealizador. Na verdade no momento da elaboração da 
norma o legislador não considera essa possibilidade. A questão do período em que a lei 
ficará em vigor não é um elemento considerado na proposta de elaboração. Aliás, apenas 
nas hipóteses das leis temporárias, ou seja, aquelas normas que nascem com um prazo de 
validade pré-estabelecido é que deve ser levado em consideração o período de vigência 
da lei no ato de sua elaboração. Portanto, de um modo geral, é irrelevante para o 
legislador o período que a lei deve permanecer em vigor. Mas há uma certeza: a lei um dia 
será revogada por outra. 
Pois bem, esse momento de cessação da eficácia da lei, de sua elaboração, estudo das 
formas em que se operam a cessação da eficácia, será adiante objeto de nosso estudo. 
 
 Processo de elaboração das leis: 
Cumpre dizer que o processo de nascimento da lei, ou seja, o seu surgimento para o 
mundo jurídico, momento em que a lei passa a efetivamente regular a conduta das 
pessoas, decorre de fases necessárias a sua perfeição. portanto, é necessário 
compreender que as leis como os atos jurídicos podem ser consierados como: 
a) Perfeitos, quando completam o seu ciclo de formação; 
b) Validos, quando estão de acordo com o direito; 
c) Eficazes, quando aptos à produção de efeitos jurídicos; 
 
 
 FASES DE ELABORAÇÃO DA LEI 
São denominadas fases os intervalos percorridos pela lei no âmbito de sua elaboração. 
Assim, há três situações bem definidas e necessárias para tornar apta a produção de 
efeitos que normalmente lhes são próprios. Vejamos, então, cada uma dessas fases de 
elaboração da lei: 
 Iniciativa: procedimento de impulsionar a análise do projeto de lei, afeto a 
determinadas autoridades detentoras de competência estabelecida na nossa carta 
política. Há previsão neste sentido no artigo 61 da CR/88; De acordo com a nossa 
Constituição Federal de 1988, a iniciativa das leis complementares ou ordinárias 
cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado 
Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo 
Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador Geral da República, a aos 
cidadãos, na forma e nos casos previstos em lei. 
 Fase constitutiva: Uma vez apresentado o projeto de lei é natural que passe a 
ocorrer discussão e, logo após, submete-se o projeto para votação. Cumpre notar 
que a análise do projeto de lei não se limita a examinar apenas a conveniência e 
oportunidade do projeto de lei, mas a sua conformação com o ordenamento 
jurídico, ou seja, a validade do projeto do ponto de vista de legalidade e 
constitucionalidade. Evidente que essa discussão será de competência das 
comissões do Congresso Nacional e, uma vez ultrapassado esse filtro (as 
comissões), o projeto é submetido ao plenário para debates e aprovações. 
Normalmente, o projeto recebe ampla discussão nas Comissões de Constituição e 
Justiça (CCJ), bem como, as denominadas comissões temáticas. Caso o projeto seja 
aprovado pala casa revisora, será enviando para sanção ou veto do Presidente da 
República; 
 Fase Complementar: Promulgação e publicação. A promulgação é o ato que 
confere uma atestado de existência válida de lei e de sua plena possibilidade de 
exeqüibilidade. Numa palavra: é a autenticidade da lei. É ato privativo do 
Presidente da República. Como afirma Vitor Frederico Küpel, o Presidente da 
República é obrigado a promulgar a lei, mesmo no caso em que vetou o projeto e 
seu veto foi derrubado pelo Congresso Nacional, tendo um prazo de 48 horas 
contados da sanção expressa ou tácita ou da comunicação da rejeição do veto. 
Caso a lei não seja promulgada no prazo determinado, o munus passa para o 
Presidente do Senado Federal. (Artigo 66, § 7º da CF/88). Publicação: Momento 
que a lei começa a vigorar com a sua publicação no diário oficial. 
 
 Quanto ao início da eficácia é possível observar os seguintes momentos 
distintos: 
 
 Eficácia Instantânea: Decorre da situação em que a norma com a publicação 
começa a vigorara imediatamente, posto que ela traz no seu comando uma 
previsão de sua entrada em vigor coincidente com a data de sua publicação. 
 Eficácia expressamente diferida: decorre do denominado prazo de “VACATIO 
LEGIS”, que representa um prazo fixado no comando da norma para que a lei entre 
em vigor somente depois de expirado aquele prazo. Algumas normas, pela 
complexidade da matéria regulada, necessitam de um prazo para que os seus 
comando sejam absorvidos pela sociedade controlada. 
 Eficácia tacitamente diferida: Algumas normas podem eventualmente não trazer 
em seu comando nenhuma previsão referente a data em que a mesma entrará em 
vigor. Quando isso ocorre a norma sofrerá a incidência do artigo 1º, caput, da lei 
de Introdução às normas do Direito Brasileiro antiga lei de Introdução ao Código 
Civil (LICC), consoante a qual, não havendo previsão na norma da data em que ela 
entrará em vigor, ela vigorará em todo território nacional 45 dias após ser 
oficialmente publicada. Todavia, advirta-se que nos Estados, estrangeiros, a 
obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de 
oficialmente publicada 
 
 
 
 Revogação da Lei. 
 
A revogação da lei pode ser expressa ou tácita: 
 
 Será expressa quando a lei nova expressamente declara que a lei anterior, 
toda ou em parte, resta revogada. Essa sistemática encontra-se delineada 
no artigo 2º,§ 1º da Lei de Introdução ao Código Civil – LICC. 
 Revogação tácita: Opera-se a revogação tácita quando a lei nova, não 
obstante nada declarar a respeito das disposições normativas anteriores, o 
seu conteúdo disciplina inteiramente a matéria de que tratava a lei 
anterior. Nesta situação se diz que a revogação ocorre de forma indireta. 
 Neste contexto cumpre estabelecer alguns critérios que autorizam a 
revogação de uma norma por outra, quando observados as 
incompatibilidades materiais. 
1º critério: a) Critério cronológico. LEX POSTERIOR DEROGAT LEGI PRIORI. 
Critério segundo o qual a lei nova revoga a mais antiga quanto trata de forma 
ampla da matéria que a lei revogada tratava. Exemplo o código civil de 2002 
revogou o código civil de 1917. Esse critério encontra-se estabelecido no 
artigo 2º, § 1º da lei de introdução ao código civil – LICC- (Decreto-lei n.º 
4.657/1942). 
2º critério: b) Critério hierárquico. LEX SUPERIOR DEROGAT LEGI INFERIORI. 
Quando uma lei se mostra incompatível com uma nova ordem constitucional, 
nessa situação a norma revogada perdeu o seu fundamento de validade ou não 
foi recepcionada pela nova ordem constitucional. Exemplo: Uma lei que regula 
a impossibilidade do divórcio no Brasil anterior a Constituição de 1988. 
Evidente que essa norma não foi recepcionada pela nossa Carta Política de 
1988. 
3º Critério: c) Critério da Especialidade. LEX SPECIALIS DEROGAT LEGI 
GENERALI. Quando a lei nova disciplina disposições gerais ou especiais a par 
das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. Nesta situaçãocoexistem as normas de caráter geral e especial mesmo que aparentemente 
haja incompatibilidade entre ambas. Na verdade a lei especial introduz uma 
exceção a lei geral autorizando a coexistência de ambas no ordenamento 
jurídico.

Outros materiais