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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ UFC VIRTUAL CURSO DE MÍDIAS AVANÇADO JOSÉ VALTEVAR DE ARAUJO MÍDIAS NO PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO DOS ALUNOS DO NÚCLEO DE ARTE DE EDUCAÇÃO E CULTURA - NAEC CEARÁ 2011 JOSÉ VALTEVAR DE ARAUJO MÍDIAS NO PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO DOS ALUNOS DO NÚCLEO DE ARTE DE EDUCAÇÃO E CULTURA - NAEC Trabalho de Conclusão de Curso submetido à Coordenação do Curso de Pós-Graduação Lato Senso em Mídias na Educação da Universidade Federal do Ceará como requisito parcial para obtenção do título de Especialista. Orientador: prof. Dr. José Marconi Marinho Rodrigues CEARÁ 2011 V447r Atual, Mídias no Processo de Socialização dos Alunos do Núcleo de Arte de Educação e Cultura - NAEC / José Valtevar de Araujo Atual. 2011. 26 f. ; il. color. enc. Orientador: Prof. Dr. José Marconi Marinho Rodrigues Área de concentração: Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) - Universidade Federal do Ceará, UFC Virtual, Fortaleza, 2011 1 Introdução. 2 Revisão de Literatura. 3 Procedimentos Metodológicos. 4 Apresentação e Análise dos Dados. 5 Considerações Finais. 6 Referências Bibliografia. CDD 910 JOSÉ VALTEVAR DE ARAUJO MÍDIAS NO PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO DOS ALUNOS DO NÚCLEO DE ARTE DE EDUCAÇÃO E CULTURA - NAEC Trabalho de Conclusão de Curso submetido à Coordenação do Curso de Pós-Graduação Lato Senso em Mídias na Educação, da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do grau de Especialista. Aprovado em: _____ / _____ / 2011. BANCA EXAMINADORA _______________________________________ Prof. Dr. José Marconi Marinho Rodrigues (Orientador) Universidade Federal do Ceará- UFC Prof. ............................................ Universidade Federal do Ceará- UFC RESUMO Este trabalho apresenta uma experiência concreta de utilização das mídias vídeo e Internet/Computador no Núcleo de Arte Educação e Cultura- NAEC da cidade de Jijoca de Jericoacoara/CE. Internet e vídeo estão estreitamente vinculados e são ferramentas de paixão dos adolescentes de hoje que estão sempre abertos para descobrirem o novo, o inusitado e se expõem as tarefas que desafiem seus raciocínios e suas capacidades criativas. Foi partindo desse pressuposto que o trabalho com essas mídias foi incorporado nas aulas de artes plásticas, dança, teatro e música. As mídias estão presentes em quase todos os trabalhos culturais que realizamos. Mostraremos como produzimos vídeos com pequenos recursos de filmagens e fotografias, ao mesmo tempo apresentaremos os projetos de cinema que desenvolvemos para a comunidade com o objetivo de informar, socializar e entreter quem não tem acesso, condições ou oportunidade de desfrutar do audiovisual na capital do Estado. Finalmente relataremos como os professores do NAEC utilizam os vídeos para avaliar a aprendizagem e desempenho dos alunos nos cursos de música e artes. Adicionalmente, relataremos a importância da web na divulgação das produções e na socialização dos resultados com os pais, colegas, comunidade Jijoquense e com o mundo. Palavras-chave: Cultura. Arte. Socialização. Internet. Vídeos. ABSTRACT This is a practical experience for use of the media Web and Video in the Nucleus of Art Education and Culture - NAEC, in the city of Jericoacoara Jijoca. The Internet and video are closely linked and tools of passion of teenage today are always open to find new, unusual and expose the tasks that challenge reasoning and its creative. Was this assumption that works with these media was incorporated in the class of visual arts theater, dance, music and the media are present in almost all cultural debate. We show videos with small stocks of films and photographs, at the same time we programs of the movies that we have worked for the Community to inform him of the premise and entertain who has access conditions or opportunity to enjoy broadcasting in the capital of the state and teachers. Finally, we describe how NAEC use the videos to evaluate the performance of the students of music and arts. Besides, we describe quoted above the importance of the web in dissemination of production and the socialization of the results with his parents, gentlemen, jijoquense community, and the world. Keywords: Culture. Art. Socialization. Internet. Videos. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................... 8 2 REVISÃO DE LITERATURA................................................................................................. 11 2.1 O Vídeo na Educação........................................................................................................ 13 2.2 O Vídeo e a Internet / Computador....................................................................................15 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS..............................................................................17 3.1 Trabalho com Vídeo e Internet no NAEC......................................................................... 17 3.2 A Utilização de Vídeo nas Oficinas de Música e Arte como Ferramenta de Avaliação....18 3.3 Projetos de Cinema no NAEC........................................................................................... 19 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS...................................................................... 22 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................... 26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................... 28 ANEXO I - FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS DO NAEC....................................................29 ANEXO II – FOTOS NO NAEC.................................................................................................30 8 1 INTRODUÇÃO Sou pedagogo e trabalho na educação há 7 anos, exercendo as funções de professor e gestor na rede pública municipal de ensino de Jijoca de Jericoacoara-CE . Durante esse tempo sempre busquei incorporar as novas tecnologias nas minhas práticas e fazer pedagogia. Atualmente, sou gestor cultural do município e coordeno um espaço que atende crianças e adolescentes com cursos gratuitos de arte e cultura. Este recente trabalho cultural me proporcionou maior oportunidade de trabalhar com projetos midiáticos. Explanaremos neste artigo uma experiência concreta com a utilização das mídias vídeo e Internet. A criação da Internet constitui-se em um dos elementos de maior expressividade da revolução tecnológica. Inicialmente, após a segunda guerra mundial, os exércitos norte- americanos faziam uso dela para comunicação militar. Até então, a Internet era restrita a esse uso e apenas algumas potências mundiais a acessavam. Porém atualmente, como nos diz Cornachione (2001, p.274-275), vinculado a esta grande descoberta que conecta milhões de pessoas no mundo, está a história dos vídeos, ou seja onde todo a mídia visual começou. Já Nicolas Negroponte (2001, p. 12) enfatiza que “a informática não tem mais nada a ver com computadores: tem a ver com a vida das pessoas.” Hoje qualquer pessoa pode produzir um filme, seja curta – metragem ou longa – metragem. Basta ter uma câmera digital com recursos básicos e um computador para fazer as edições e pronto, seu trabalho pode ser assistido por milhões de pessoas através do youtube. Antes produzir um filme era bem mais difícil. Pesquisas mostram que a história dessa tão apaixonante arte iniciou no dia 28 de dezembro de 1895, em Paris, no Grand Café do Boulevard dês Capucines. Ali, dois irmãos Auguste e Louis Lumiére,exibiam filmes bem curtos e modestos. O sucesso foi tremendo, mas os irmãos Lumiére perceberam que as pessoas iam achar monótono se exibissem sempre o mesmo filme. Era necessário novas atrações, mesmo acreditando que aquilo seria apenas uma atração passageira que sua invenção não teria um futuro promissor, porque naquela época era o teatro que liderava em sua diversas formas. No Brasil, a arte dos filmes chegaria cerca de seis meses após a estreia parisiense, em 8 de julho de 1896. 9 Atualmente a Internet e o vídeo têm sido objeto de estudo e pesquisa indispensável a sala de aula e a pedagogia em todo mundo, e a cada dia podemos perceber o efeito dessas duas mídias (vídeo e Internet) na escola como um fenômeno de sucesso na educação, na aprendizagem e socialização dos estudantes. Segundo Correa (2002, p.44): as inovações tecnológicas não significam inovações pedagógicas. Por meio de recursos considerados inovadores, reproduzem as mesmas atitudes, o mesmo paradigma educacional pelo qual fomos formados. Não basta trocar de metodologia, sem antes de reformular a sua prática, porque senão estaremos repetindo os mesmos erros. Devemos (...) compreender a tecnologia para além do artefato, recuperando sua dimensão humana e social. O Núcleo de Arte Educação e Cultura (NAEC) é um espaço construído especialmente para atender crianças e jovens em vulnerabilidade social oferecendo cursos de artes como: dança, teatro, canto e coral, artes plásticas, hip-hop e música. Resolveu-se aplicar essas duas mídias para despertar a criatividade, promover o entretenimento, potencializar a aprendizagem e socializar diversos grupos elevando a autoestima dos alunos. Nossa instituição tem um currículo diferenciado das instituições de ensino convencional, oferecemos oficinas de arte e música o ano inteiro. Atendemos uma grande quantidade de alunos durante doze meses, o difícil é fazer com que eles permaneçam nos cursos até o final do ano letivo e toda essa problemática se associa a distância que os educandos precisam percorrer da sede da cidade até nossa escola. As tarefas diárias da escola convencional dos mesmos influenciam bastante na falta de assiduidade e no compromisso que eles devem ter nas aulas de arte ou música. Os alunos da rede pública de ensino em períodos de provas nas suas escolas faltam nossas aulas, de um modo geral, a evasão em nossas oficinas é lamentável. Muitos chegam à desistência e acabam abandonando as atividades culturais. O trabalho com vídeo e a utilização da Internet tem sido mais uma de nossas estratégias para fazer com que as crianças permaneçam mais tempos em nossos cursos e sintam mais motivadas durante o ano inteiro. Em nossas produções com a web e o audiovisual realizamos documentários, registro de eventos, experiências, depoimentos, propagandas, entrevistas, etc. Através dos vídeos documentamos o trabalho dos professores, as produções dos alunos e acompanhamos o processo de aprendizagem registrando o que realizam de mais interessante 10 nas aulas de artes e música. Utilizamos o audiovisual como uma forma de expressão e de comunicação levando em consideração a sensibilidade dos alunos. A maioria de nossos adolescentes sentem um enorme prazer pela prática de assistir e produzir alguns pequenos trabalhos com vídeos; professores e alunos gostam de filmar a realidade e o que acontece diariamente em nossos projetos culturais. O custo para realizar estas tarefas é muito pouco, com celulares e câmeras digitais é possível fazer vídeos informativos e de divulgação. A Internet e o computador são nossos aliados para as edições das filmagens, divulgação dos materiais produzidos e intercâmbio entre alunos e comunidade. Hoje o município de Jijoca de Jericoacoara tem como referência o NAEC, um espaço onde as crianças ricas e pobres podem incluir-se em diversas atividades que além de elevar seus potenciais artísticos e culturais ainda dá uma direção na vida profissional e um sentido na vida social. Nos procedimentos metodológicos falaremos de dois projetos de cinema que envolvem bastante crianças, adolescentes e adultos. Enfim explicaremos melhor como fazemos uso do vídeo e Internet para socializar nosso meio cultural. 11 2 REVISÃO DE LITERATURA Para fomentar a discussão sobre Mídias no Processo de Socialização dos alunos do NAEC buscamos alguns autores que nos dão maior embasamento para compreender o impacto causado por essas mídias e até que ponto podemos aplicar as ferramentas tecnológicas na escola. Na verdade os estudiosos no assunto nos orientam até que ponto se encontram as descobertas sobre o tema em questão. Acreditamos que a inserção das mídias em qualquer ambiente de educação é um processo que acontece naturalmente. Não conseguimos imaginar a vida sem as TICs, tecnologia da informação e comunicação, nosso dia–a–dia sem um computador para escrever nossos textos, editar slides e vídeos, reproduzir outras mídias, nos conectar com outros colegas, do outro lado do mundo, via Internet. Na verdade a comunicação se tornou mais barata e mais rápida via Internet e nossa vida se tornou mais interessante com os recursos audiovisuais. Segundo Correa (2002, p.44) : as inovações tecnológicas não significam inovações pedagógicas. Por meio de recursos considerados inovadores, reproduzem as mesmas atitudes, o mesmo paradigma educacional pelo qual fomos formados. Não basta trocar de metodologia, sem antes de reformular a sua prática, porque senão estaremos repetindo os mesmos erros. Devemos (...) compreender a tecnologia para além do artefato, recuperando sua dimensão humana e social. Percebemos que as instituições educacionais estão passando por situações muito conflituosas com relação às tecnologias, gerando ansiedades e expectativa nos professores, empolgação e medo por não saberem utilizar os novos recursos que são dominados bem melhor pelos os alunos. Para os professores de um modo em geral, a tecnologia veio para melhorar a aprendizagem dos alunos nos conteúdos de ciências, português e matemática, esta é mais uma aliada que representa inovação na sala de aula. Talvez poucas escolas tenham percebido que as mídias que fazem parte do nosso cotidiano de trabalho podem representar uma grande aliada para formar crianças e jovens para levar a sociedade adiante, 12 experimentando novos desafios, aprendendo boas maneiras de conviver com o próximo e de socializar-se num mundo tão cheio de ganâncias e individualidades. Eduardo Monteiro (2010) em seu artigo “Educar na cultura digital” relata sobre as novas mentalidades e comportamentos infanto-juvenis mostrando que os mesmos são muitos adeptos as redes sociais que intensamente participam e nelas eles experimentam a troca de experiências, aprendem valores , constroem relacionamentos, brincam com sua identidade através de comunidades online, mensagens instantâneas e jogos em rede. Essas experiências são intensas, acontecem numa idade chave em seu desenvolvimento e são intensamente permeadas por um universo de imagens multimídias, linguagem fragmentada, textos cifrados e flexibilidade de posturas. Embora essa experiência faça parte da vida dos educandos e represente a identidade dos mesmos, ainda é excluída da sala de aula, da escola e do material didático. A aplicação de atividade envolvendo esses meios na vida das crianças com certeza traria uma maior aproximação do professor com o aluno, o educador poderia ter maior fonte de informação sobre a psicologia dos mesmos, pois énas redes sociais que eles expressam realmente quem são, é na Internet que eles depositam todos seus anseios e suas frustrações e confiam muito mais em um amigo virtual do que em um parente real. Segundo Da Silva (2006, p.36) em seu artigo: “A internet e a qualidade do processo ensino-aprendizagem.” Afirma que: A internet por ser uma ferramenta de grande abrangência mundial tornou-se responsável por uma parte expressiva das informações que circulam no mundo. Nela se encontra de tudo, do “lixo” ao” luxo”. No entanto, cabe questionar o seu efetivo papel, principalmente no meio acadêmico, pois, do contrário, corre-se o risco de fazer uso das coisas secundárias e deixar de lado as essenciais. Outra preocupação é a ausência de muitos alunos na sala de aula , substituído- as pelo laboratório de informática, utilizando-se de recortes e colagens e usando a internet de maneiras não recomendada pela instituição educacional. A Internet é considerada umas das ferramentas mais poderosas para a socialização da humanidade, não temos dúvidas, mas destacamos a partir de agora o poder do audiovisual. Ao assistir a um bom filme somos transportados a diversos lugares, a mundos mágicos cheios de aventuras e descobertas. Já paramos para pensar o quanto é interessante você conhecer outras culturas, outros lugares sem sair de onde está, sentado em frente a uma tela enorme? Além de 13 podermos desfrutar dessa mágica que são os filmes, podemos produzir também um pouco dessa maravilha da sétima arte. Há pessoas por toda parte produzindo vídeos, seja como entretenimento, como pesquisa ou como registro, o importante é que essa prática nos dá muito prazer. Incluir a produção de vídeos nas atividades do Núcleo de Arte Educação e Cultura tem sido uma prática que veio complementar os projetos de cinemas já existentes em nossa instituição. Produzimos vídeos para registrar, para educar, para entreter e para aproximar os alunos uns dos outros. Na verdade o processo de produzir essas mídias acontece naturalmente sem nenhuma exigência e sim com o estímulo para novas descobertas, descobertas de suas próprias capacidades criativas e artísticas. Moran (1995) em seu artigo “ O vídeo na sala de aula” dá dicas de uso pedagógico correto do vídeo as quais funcionariam bem em uma sala de aula onde os professores estão mais preocupados em transmitir conteúdos os quais devem ficar na cabeça dos estudantes como um dever cumprido do educador. Tanto os vídeos, como a Internet e outras mídias devem ter funções muito além do uso pedagógico na sala de aula, elas têm o poder de aproximar as pessoas e isso deve ser usado para promover a boa convivência, ensinar o indivíduo a adaptar-se as novas mudanças e transformações do cotidiano. 2.1 O Vídeo na Educação Atualmente, podemos observar que as escolas tanto da rede pública como da rede privada estão dando espaço para a utilização de vídeo e no currículo e disciplinas. O audiovisual tem ganhado espaço, devido seu grande poder de atrair as crianças e jovens e por sua característica inovadora e surpreendente. Lima (2001) afirma que o vídeo entrou no processo de ensino aprendizagem no Brasil apenas na segunda metade da década 80 e que ele se tornará um instrumento na dinâmica desse processo na década de 90. Na verdade trabalhar com vídeo nas instituições de ensino é muito mais do que implantar uma ferramenta tecnológica para o entretenimento da garotada; incluir essa ferramenta no cotidiano de aprendizagem dos pimpolhos é abrir janelas para conhecer o mundo, a própria cultura, conhecer culturas diferentes, promover o bom humor e despertar diferentes tipos de sentimento e bom humor. Os vídeos, muitas vezes, têm sido usado como ferramenta secundária na educação, e os professores se sentem um pouco confusos quanto a metodologia a ser utilizada envolvendo 14 essa mídia. Muitos educadores esperam que a utilização do vídeo nas disciplinas escolares seja a solução para todos os problemas de ensino-aprendizagem, mas acredito, que seja um leque para diversas possibilidades para o aprendizado. Adriana Fresquet (2005) em seu artigo “ Cinema para ler e reler o mundo” comenta que o cinema não é um instrumento didático para ensinar determinado conteúdo, pois ele extrapola planos, objetivos e procedimentos escolares. As possibilidades educativas do cinema guardam uma relação maior com meios de aprendizagens não formais. O cinema informa-nos, educa-nos, mas de uma maneira não pedagógica, não escolarizada. Por isso, a introdução do cinema nos projetos pedagógicos supõe afirmar uma não pedagogização do saber e do sentir. Com o vídeo não estaremos apenas apreendendo informações, e sim provocando sentimentos, ativando curiosidades e, quem sabe, até descobrindo novas significações para a própria vida. O vídeo na sala de sala pode ser usado de várias maneiras, seja com o objetivo de incrementar o currículo escolar, seja para promover a socialização, trabalhar temas transversais, dar lições para a vida e facilitar o ensino. A escolha de um bom vídeo aumenta a motivação e a curiosidade para conhecer outras temáticas, estimulando os alunos a terem um maior desejo para pesquisarem e se aprofundarem no conteúdo do vídeo assistido. Usando o vídeo como ilustração ele tem um papel fundamental de aproximar o desconhecido dos alunos através de imagens, como por exemplo: quem nunca foi a Amazônia ou a África tem a possibilidade de ver de perto estes dois lugares com movimentos e situações reais. O vídeo ajuda a mostrar realmente na sala de aula o que o professor só fala nas explanações diárias. Podemos simular dentro das aulas, experiências que seriam muito perigosas ou que levariam muito tempo e custariam caras, utilizando apenas o audiovisual. Podemos também nos apropriar de um material audiovisual e modificá-lo. As crianças adoram fazer vídeos e exercitando essa prática, elas têm oportunidade de brincar com a realidade, têm um momento lúdico em suas vidas e oportunidade de trabalhar com diversas linguagens. Elas podem registrar momentos de estudo, criar suas próprias vídeo- aulas, criar entrevistas e depoimentos em benefício de sua própria aprendizagem. Os vídeos serão muito úteis para a comunicação entre os colegas, servem também para analisar os 15 grupos, as manias, os gestos e os vícios dos estudantes. Por fim, será de grande utilidade para o professor otimizar sua relação com os educandos, observando suas qualidades e defeitos no ato de ensinar. 2.2 O Vídeo e a Internet / Computador A Internet e o vídeo estão cada vez mais presentes no dia-a-dia das pessoas facilitando tarefas e agilizando as atividades. Por um lado essas ferramentas trazem benefícios, por outro lado excluem as pessoas que não tem oportunidade de se apropriar dessas tecnologias. A Internet e o vídeo estão muito conectados um ao outro e são quase inerentes por sua utilidade para o usuário, pois o vídeo necessita da Internet e a Internet, por sua vez, tem o vídeo como uma grande ferramenta para atrair o usuário e otimizar seu ofício. Com a invenção cada vez mais sofisticada de software, a web passou a ser uma grande esfera de comunicação que estimula práticas sociais através de chats, fóruns, comunidades do Orkut, blogs e e-mails. Os vídeos estão sempre presentes nestas ferramentas e não conseguimos imaginar a Internet sem essas mídias. As pessoas produzem vídeo o tempo todo e a Internet é o local onde estes vídeos podem ser vistos por todos através do youtube e outros sites do gênero. Todas essas possibilidadesde interação entre vídeo e Internet estão atraindo pessoas de todas as idades, culturas e classes sociais e mais do nunca os vídeos estão sendo muito úteis para o processo de ensino/aprendizagem. Professores, pesquisadores e estudantes podem ter acesso a diversos cursos à distância através do computador conectado a Internet e o audiovisual é indispensável para se ter um ensino de maior qualidade via web. Uma das maiores vantagens da Internet é que ela fornece uma monstruosa quantidade de informação e por ser a maior rede de computadores do mundo, ela é considerada a mais completa ferramenta de aprendizagem que já existiu. A integração do vídeo, Internet e computadores ao processo educacional está promovendo mudanças muito significativas no dia-a-dia da escola, interferindo positivamente na forma de ensinar do professor e na forma de aprender do aluno. Essas tecnologias estão trazendo para a escola diversos recursos que se tornaram indispensáveis como por exemplo: ter acesso a informações e realizar diversas maneiras de comunicação de uma forma rápida e 16 eficaz, pesquisar e adquirir soluções cada vez mais eficientes e atuais para os nossos problemas diários, conhecer o mundo onde vivemos sem necessidade de deslocamento físico e principalmente desenvolver novas formas de relacionamentos dentro e fora da instituição escolar. O computador e as mídias criaram uma nova cultura de aprendizagem, como afirma Valente: O uso do computador requer certas ações que são bastante efetivas no processo de construção do conhecimento. Quando o aprendiz está interagindo com o computador ele está manipulando conceitos e isso contribui para o seu desenvolvimento mental (VALENTE, 1996, p.26). Aliar essas tecnologias aos processos e atividades educativas é uma ação que pode significar dinamismo, criatividade e inovação. No entanto devemos considerar as palavras de Morin: Os gestores, mesmo os familiarizados com a tecnologia, ainda restringem a sua atenção para a disseminação do uso do computador como ferramenta ou tecnologia de suporte para o trabalho docente, mais especificamente para as questões de ensino e aprendizagem. Morin (2000, p.106). A promoção de novos conhecimentos através de ferramentas tecnológicas, e mais do que novas formas de ensinar, é incutir no aluno o prazer de estudar, de aprender, de criar e recriar proporcionando uma interatividade real e bem mais verdadeira, promovendo a verdadeira aprendizagem e o crescimento constante dos estudantes e da escola como um todo. 17 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.1 Trabalho com Vídeo e Internet no NAEC Quando assumi a coordenação do NAEC tive a ideia de produzir pequenos vídeos para registrar a rotina diária da instituição. O primeiro trabalho foi de filmagem dos esquetes que estavam sendo produzidas pelos alunos nos cursos de teatro. Posteriormente, fui elaborando outros vídeos nas oficinas de música, dança, artes plásticas e ensaios dos concertos da orquestra sinfônica de Jijoca. Aos poucos os adolescentes foram percebendo que estas ações eram muito interessantes e resolveram participar também me acompanhando nas filmagens e edições de filmes. Começamos a filmar todas as atividades realizadas em nossa instituição: as aulas de balé, hip-hop, aula de saxofone, de violão, de contrabaixo, de violino, de artes plásticas, de canto e coral, teclado e os ensaios do grupo de chorinho e da banda de sopro. Os vídeos que produzimos na sala de aula geralmente têm duração de quinze a trinta minutos, e o número de participantes das filmagens depende da quantidade de alunos por determinadas oficinas. Há oficinas que possuem apenas quatro alunos que geralmente são as oficinas de instrumentos de sopro, as oficinas de teatro e canto e coral chegam a comportar de trinta a cinquenta alunos. Para ajudar na execução das filmagens convidamos dois alunos do contra turno; um auxiliava nas filmagens e o outro ficava encarregado de fazer algumas anotações sobre o momento da gravação. Iniciamos com uma máquina digital simples da Sony 10.0 mega pixels, zoom óptico de 3x; e cinco alunos com seus celulares de diversas configurações. Logo após as filmagens que acontecem mensalmente, nos reunimos no auditório com professores e funcionários para assistirmos os vídeos produzidos em um telão de quatro metros quadrados; na sequência íamos para Internet postar as produções. Utilizamos as ferramentas como youtube, Orkut e blogs para postar os pequenos filmes produzidos. Os estudantes utilizam bastante a Internet para pesquisar sobre novos software para edição de vídeos e durante a semana trocavam bastante informações sobre os novos programas que encontravam e discutiam sobre as funcionalidades dos mesmos. 18 Para aprimorar as edições dos nossos vídeos, pesquisávamos também na web outros vídeos amadores para que pudéssemos comparar também com os nossos, observando o formato, os efeitos e o todo o trabalho realizado em busca de novas ideias para aperfeiçoar nossas produções audiovisuais. Como possuímos apenas um computador, era necessário escalonar o uso deste, o aluno que não tenha Internet em casa, marcava um dia no NAEC que podia ser de segunda à sexta nos horários das 7h30 às 11h 30 e das 13h30 às 17h30 para poder acessar, pesquisar, baixar e ler textos que discorram sobre produção de vídeos. Esses textos geralmente são encontrados em blogs e neles encontramos uma infinidade de sugestões de como montar diversos tipos de vídeos, com vídeos com fotos, vídeos para o youtube e vídeos educativos. Sem a Internet seria um pouco difícil produzir vídeos, pois a magia e o entusiasmo que encontramos em nossas crianças para produzi-los depende dos recursos lúdicos que só a Internet nos proporciona e são infinitos os recursos para converter editar formatar, baixar, divulgar essa mídia. Não nos sentiríamos felizes se os vídeos fossem somente produzidos e guardados sem o prazer de mostrarmos para outras pessoas como colegas, pais, parentes e professores. Por isso, postamos os vídeos no youtube como também enviamos para as páginas de recados no Orkut e em perfil de sites de relacionamentos. Hoje em dia existem ferramentas que nos auxiliam a enviar vídeos para centenas de pessoas com poucos cliques como o Google Talk e o Power scrap. 3.2 A Utilização de Vídeo nas Oficinas de Música e Arte como Ferramenta de Avaliação No início do período letivo, quando se inicia as oficinas no NAEC nos preparamos para começar as filmagens de todas as oficinas oferecidas com o objetivo de acompanhar o processo de aprendizagem dos educandos através dos vídeos. As primeiras aulas de violão, saxofone, flauta transversal, flauta doce, trombone, violino, viola, teclado, contrabaixo e percussão, dança, teatro, balé e canto são filmadas pela coordenação da escola, os vídeos são guardados para serem analisados posteriormente pelos professores. Nas próximas aulas os educadores farão as filmagens onde utilizarão câmeras digitais fotográficas ou celulares para registrar os alunos se exercitando no instrumento que estão estudando. Este processo acontece quinzenalmente como uma forma de analisar gradativamente o processo de aprendizagem das crianças e jovens. Ao assistirem os vídeos os professores poderão intervir e saber o que os 19 alunos precisam aprender, analisam também sua própria prática e é nesse processo chamado de vídeo espelho que eles crescem e fazem os educandos crescerem também. Durante a semana os professores dão três aulas com uma hora de duração para cada turma, essas turmas são divididaspor faixa etária, geralmente os alunos de sete anos iniciam na flauta doce ou violão infantil, os de maior idade ingressam nas oficinas de instrumentos de sopro e cordas de maior porte. Nas aulas de instrumentos musicais os professores preparam os alunos para tocar na orquestra sinfônica e nos grupos musicais como banda de sopro, grupo de choro, quintetos e sextetos de cordas e bandas pop. A aprendizagem dos alunos é desenvolvida através de metas estipuladas pelo próprio professor em combinação com o estudante. Para o aluno que não tem nenhuma noção sobre música ou sobre o instrumento que quer aprender é feito uma avaliação logo no início, onde o professor elabora diversas perguntas sobre o que ele sabe e sobre o que deseja aprender e é nessa hora que o vídeo é bastante importante para registrar o estado inicial do aluno. Esse material de audiovisual produzido nesta avaliação será um auxílio num recital que acontece bimestralmente onde todos os professores apresentaram seus alunos em um encontro no auditório por horário de ensino. Todos os alunos das oficinas das nove às dez horas, por exemplo; apresentam o que aprenderam de acordo com a meta combinada entre professor e aluno. Os alunos que mostrarem um avanço plausível de aprendizagem durante esses dois meses são contemplados com a apresentação de seus vídeos, (aqueles produzidos no início de sua primeira aula) para todos os presentes no recital. Este mesmo material pode ser analisado posteriormente pelo próprio aluno, pelo professor e pela coordenação com o intuito de descobrir os pontos que contribuiram para a aprendizagem do estudante, bem como os pontos de carências. 3.3 Projetos de Cinema no NAEC Cine Show é um projeto que acontece nos fins de semana no teatro do NAEC todas as sextas-feiras às 19h. Os alunos são convidados a assistirem filmes neste espaço que comporta 250 pessoas sentadas em poltronas em frente a um telão de quatro metros quadrados. Para a 20 montagem do cinema utilizamos um aparelho de DVD e conectamos a uma mesa de som Yamaha de 25 canais com duas caixas de som de 1m de altura. Três minutos antes de ligar a tela sempre há um espaço para quem quiser se apresentar, seja cantando, dançando, contando uma piada, recitando poesias; por essa razão – o nome Cine Show. Todas as sessões tem classificação livre com apenas um filme por noite. As formas de divulgação são feitas através da Internet. Nos sites de relacionamentos como o Orkut são divulgados os filmes da semana através de cartazes feito no Photo Scape. São enviados scraps, (recados animados ou não, encontrado no Google) para um número bem considerado de pessoas que gostam de frequentar nosso cinema às sextas-feiras. Durante a semana, todos podem dar sugestões via web (Orkut) sobre os filmes que gostariam de assistir na sessão seguinte. No final de cada sessão temos uma caixa onde eles podem depositar suas opiniões sobre o que assistiram, o que aprenderam com a história assistida, o que mudou em suas vidas e qual a contribuição do vídeo para seus crescimentos intelectuais. Cine-em-Todo-Canto é um projeto que leva a cultura audiovisual para os quatro cantos do nosso município. Todas as localidades como Córrego da Forquilha I, II, e III, Mangue Seco, Baixio, Borges, Córrego do Perdido, Córrego do Urubu, Córrego do Mourão, Lagoa Grande e Jericoacoara são contempladas com a sétima arte. O primeiro passo que concretizou este projeto foi o contato direto com um líder comunitário de cada distrito para nos orientar quanto ao melhor horário para a exibição dos filmes para a população local, nos direcionar sobre as necessidades de conhecimento dos nativos para podermos escolher os filmes adequados. Por exemplo: se a comunidade tem carências de informações sobre saneamento básico, levamos um vídeo que trata deste assunto para deixar a população bem informada. Tudo se inicia quando conseguimos um veículo que transporte 105 cadeiras de plástico, 1 telão supracitado com suas armações de ferro; 2 pedestais para duas caixas de som de 1m x 50cm; 1 aparelho de DVD, 1 mesa de som de 18 canais, 1 módulo isolador, 1 microfone com 1 pedestal e 6 pessoas incluindo ajudantes, músicos, apresentadores e monitores. 21 Durante o ano, passamos por 9 localidades do município montando toda estrutura de um cinema em locais abertos, como praças, pátios de escolas, etc. Fizemos um calendário, de forma que todos já saibam o dia em que o cinema ia passar em seu distrito através de anúncios na rádio e divulgação feita pelo líder comunitário. Antes de iniciarmos o filme, os músicos tocavam para atrair o público ao local e avisar que o cinema ia começar. No final de cada sessão é aberto um espaço para quem quisesse se expressar e falar de suas experiências, frustrações, dá opinião, fazer crítica, etc. 22 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS O objetivo deste trabalho é de mostrar uma experiência concreta de utilização das mídias Vídeo e Computador/Internet no NAEC. Na seção anterior, descreveremos como os professores, coordenadores e alunos se apropriam destas mídias para fomentar as atividades de arte, música e cultura durante o ano. Nessa seção apresentaremos os números de nossa pesquisa. Temos uma média de 567 alunos matriculados nas oficinas com vagas limitadas e divulgadas nas escolas da rede pública municipal no início do ano. Os candidatos que chegam primeiro às datas de inscrição participam anualmente dos cursos de música, dança, balé, teatro, artes plásticas e hip-hop. Temos um total de 18 professores que se distribuem entre estas oficinas. Nosso objetivo aqui é mostrar em que e como utilizamos essas mídias para fomentar as atividades artísticas e culturais de nossa instituição. Temos um total de 23 oficinas às quais são: canto e coral, saxofone, violão popular, violão infantil, violoncelo, contrabaixo acústico, contrabaixo elétrico, trombone, trompete, viola, violino, teclado, oboé, cavaquinho, bateria, percussão, flauta doce, flauta transversal, teatro, dança, baby class, hip-hop, teatro e artes plásticas. Vejas algumas fotos no Anexo II. A partir destas oficinas são gerados grupos como por exemplo o grupo de chorinho, banda de música, grupo de teatro, grupo de dança, grupo de break e orquestra. Estas oficinas fazem uso das ferramentas tecnológicas elencados no Anexo I. Apresentamos a seguir a utilização do vídeo e a Internet no NAEC. Para que produzimos vídeos nas oficinas de música 1. Para registrar as aulas e acompanhar o aprendizado dos alunos nas práticas de instrumentos musicais. 2. Para servir como material didático para futuros professores e alunos. 3. Para divulgar na Internet os cursos de música oferecidos em nosso Núcleo. 4. Para que toda comunidade tenha oportunidade de conhecer via Internet o que os alunos fazem e aprendem. 23 5. Para fomentar intercâmbio entre outras instituições com o intuito de troca de experiências. 6. Para elevar a autoestima dos estudantes de música ao verem seus vídeos no youtube ou blogs. 7. Para estimular outras crianças a ingressarem nesses cursos que são gratuitos e de uma grande inserção social. 8. Para os professores utilizarem como ferramenta de avaliação de aprendizagem dos alunos, servindo como material de análise e acompanhamento gradativo para intervenção. Barreiras encontradas para utilização de vídeos nas oficinas de música e artes 1. A falta de aparelhos tecnologicamente modernos, como câmeras digitais de qualidade e filmadoras. 2. Uma iluminação adequada, os aparelhos não têm muita qualidade e as salas deaula têm pouca luminosidade por falta de manutenção na iluminação. 3. Aula de caráter mais prático, onde professores e alunos interajam mais ativamente. Motivos que levam o professores à utilizarem este recurso 1. O aumento do interesse dos alunos pelas aulas como também a assiduidade dos mesmos. 2. Divulgação de suas aulas e de sua metodologia de ensino. 3. O vídeo é uma ferramenta que proporciona ao professor analisar posteriormente seu próprio desempenho e postura ao lecionar. 4. Reunião que acontece mensalmente com apresentação de resultados e troca de experiência entre professores. Frequência com que os professores utilizam o vídeo 1. Quinzenalmente, porque é o período e a meta proposta pela coordenação da escola para se obter algum resultado de aprendizagem do aluno. 2. Mensalmente, quando temos algum evento onde os alunos têm que se apresentar e a filmagem da apresentação dos mesmos será exibida para os pais que não puderam comparecer no evento. 24 3. Em aulas especiais onde o professor propõe alguma inovação ou recital de aprendizagem. Qual a utilidade da Internet para as oficinas de música e artes 1. Postar os vídeos produzidos nas oficinas. 2. Divulgar vagas e cursos disponíveis. 3. Obter partituras e vídeo aulas. 4. Baixar músicas e playbacks. 5. Acessar sites e adquirir práticas pedagógicas inovadoras de música. 6. Baixar programas de gravação e de edição de partituras e vídeos. 7. Produzir blogs e páginas de relacionamentos. 8. Produzir cartazes virtuais de divulgação de eventos e espetáculos. De 567 apenas 30% dos alunos participaram das atividades ligadas a vídeos e Internet Como os alunos participaram das produções de vídeos: 1. Produzindo pequenos vídeos utilizando celular. 2. Participando das produções de pequenas reportagens e vídeos informativos. 3. Produzindo vídeos de apresentação de espetáculos e postando-os no youtube. 4. Produzindo slides com recursos da Internet. 5. Criando seus próprios vídeos para participarem do concurso de vídeo amador que acontece anualmente. 6. Filmando pequenas esquetes nas aulas de teatro. 7. Criando telejornais através de filmagens nas aulas de teatro. A utilização de vídeos e Internet nos eventos anuais: 1. Produção de vídeo de Concertos da Orquestra Sinfônica de Jijoca de Jericoacoara. 2. Vídeos dos grupos musicais para divulgação em outros municípios, com objetivos de intercâmbio com outros grupos. 3. Vídeos produzidos pelos alunos para participar do Concurso de vídeo amador que acontece anualmente. 25 4. Apresentação de vídeos informativos no cinema itinerante que acontece mensalmente para população do interior do município. 5. Todos os eventos são divulgados na Internet através de scraps no Orkut e comunicado nos blogs. Projeto: “Cine em Todo Canto” 1. Quantidades de localidades que participaram do Projeto Cine em Todo Canto: 09. 2. Faixa etária do público espectador: adultos, jovens e crianças, o número maior é de crianças. 3. Média de público nas sessões: 60 a 100 pessoas dependendo do número da população de cada localidade. 4. Número de sessões realizadas em cada localidade durante o ano: 3 sessões em cada localidade. Projeto: “Cine Show” 1. Número do público espectador em cada sessão: 100 a 200. 2. Faixa etária do público espectador: crianças e adolescentes. 3. Número de sessões realizadas durante o ano: 48 sessões. 26 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Trabalhar com vídeos e Internet no processo de socialização dos alunos tem sido uma experiência inovadora e relevante em todas as atividades que executamos em nossa instituição. Essas mídias têm o poder muito forte de atrair as crianças e jovens para a realização de atividades propostas e trazer os alunos para sala de aula. São ferramentas que dão um certo poder ao indivíduo, elevam a autoestima e influenciam bastante no comportamento, ampliando assim o poder de comunicação entre alunos, professores e comunidade. Atualmente podemos observar que o trabalho com estes recursos tecnológicos tem gerado certa aversão ao isolamento, ou seja, o trabalho com esses recursos promovem grandes amizades, gera um ambiente colaborativo e interativo entre os participantes, proporcionando mais autonomia e estímulo à criatividade. Acreditamos que por ser uma experiência corriqueira que acontece durante o ano inteiro, sem começo, meio e fim pré-determinados, sem um planejamento mais rigoroso, deixamos a desejar, pois a falta dessa prática interfere bastante na promoção de resultados mais satisfatórios e consequentemente na participação mais ativa dos alunos e professores nos trabalhos realizados com vídeos e Internet. Como instituição pública, que tem o dever de levar o entretenimento cultural a todos os habitantes do nosso município, temos a consciência de que o nosso calendário anual de evento não seria o mesmo com a ausência dessas mídias que pesquisamos. Temos uma cidade pacata com um número muito grande de jovens desempregados, sem oportunidade de lazer, vulneráveis aos vícios e influenciados por culturas estrangeiras e maus hábitos de nossa sociedade. Os projetos que realizamos proporcionando cinema nos finais de semanas para os habitantes da sede e o cine itinerante para habitantes do interior, têm garantido uma ocupação e aprendizagem, práticas saudáveis para os jovens de nossa cidade. As oficinas de música, dança, teatro oferecidas no Núcleo de Arte Educação e Cultura não teria tanto valor aos olhos dos jovens e da comunidade se não fosse divulgada via Internet através de vídeos elaborados por professores e alunos através dos registros de atividades nos 27 blogs e sites de relacionamentos. O projeto de cinema que realizamos no município tem mudado o modo de viver e de pensar das crianças, jovens e adultos da sede e adjacências. Acreditamos que se tivéssemos mais recursos tecnológicos como por exemplo uma maior número de computadores, câmeras digitais e filmadoras de melhor qualidade, teríamos mais alunos envolvidos e mais pessoas motivadas a trabalhar com essas mídias, socializando e valorizando nossos jovens. Nosso objetivo maior nesse momento é revisar nossas experiências e nossas práticas buscando apoio nas pesquisas e nos estudiosos de recursos midiáticos, para que possamos fazer um trabalho mais consciente pedagogicamente, abrindo espaço para todos que desejam conhecer o novo, a diversidade, incluindo–os num processo social de descobertas, promovendo valores para um futuro de mais qualidade para as crianças, jovens e adultos de Jijoca de Jericoacoara. 28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CORREA, Juliane. Novas Tecnologias da informação e da comunicação. Novas estratégia de ensino/aprendizagem. Belo Horizonte. Editora Autêntica, 2002, p.43-50. CORNACHIONE Jr. E.B. Informática aplicada as áreas de contabilidade, administração e economia. 3.ed. São Paulo. Editora Atlas, 2001. DA SILVA, Josias Benevides. Inclusão digital. A internet e a qualidade do processo ensino- aprendizagem, Pátio, Revista Pedagógica. Porto Alegre, Ano X Nº 37, fevereiro/abril 2006. Editora Artmed, 2006. FRESQUET, Adriana.. Cinema para ler e reler o mundo. Pátio, Revista Pedagógica. Porto Alegre, Ano IX Nº 33, fevereiro/ abril 2005. Editora Artmed, 2005 LIMA, Artemilson Alves de. O uso do vídeo como um instrumento didático e educativo: um estudo de caso do CEFET-RN. Florianópolis, 140f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de produção) - Programa de Pós- Graduação em Engenharia de Produção. UFSC, 2001. MONTEIRO, Eduardo. Educar na Cultura Digital. Inclusão Digital. Pátio, Revista Pedagógica. PortoAlegre, Ano XIII Nº 52, novembro 2009 / janeiro 2010. Editora Artmed, 2010. MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2000. MORAN, José Manuel. O vídeo na sala de aula. Disponível em http://www.eca.usp.br/prof/moran/textos.htm, acesso em 21 de jan. 2011. NEGROPONTE, Nicholas. A vida digital. 2a ed. Trad. Sérgio Tellaroli. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. 231p. VALENTE, José Armando. Computadores e Conhecimento: repensando a educação. Por que o computador na educação. Gráfica central da Unicamp, Campinas-SP, 1996. 29 ANEXO I - FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS DO NAEC FERRAMENTAS DISPONÍVEIS EM QUE UTILIZAMOS LOCALIZAÇÃO DISPONÍBILI DADE Computador com acesso a internet, Em pesquisas, produção textual, elaboração de slides, vídeos,downloads de partituras e musica, divulgação de eventos e projetos, criação de blogs ... Coordenação do Núcleo de Arte Educação e Cultura. Durante toda a semana: manhã e tarde Projetor Multimídia, Nos projetos de cinema apresentação vídeos, slides, reuniões e planejamentos... No teatro do Núcleo de Arte Educação e Cultura Durante toda a semana: manhã, tarde e noite, TV Nas aulas de canto para reproduzir áudio, assistir vídeos filmes, e programas educativos reproduzir slides e áudio Coordenação do Núcleo de Arte Educação e Cultura. Sempre disponível conforme a necessidade dos professores. Câmera Digital Nos registros de eventos, e produção de vídeos Coordenação do Núcleo de Arte Educação e Cultura. Sempre disponível durante a semana e nos eventos agendados. Aparelho de DVD Na reprodução de vídeos e filmes, nas sessões de cinema, nas reproduções de áudio p/ aulas de técnica vocal. Coordenação do Núcleo de Arte Educação e Cultura. Durante toda a semana, conforme a necessidade das atividades. Mesa de som, microfones, caixas de som e retorno Telão, Nos projetos de cinema, nos concertos de musica, shows reuniões e palestras Nas sessões de cinema, nos eventos, reuniões e palestras. No palco do teatro do Núcleo de Arte Educação e Cultura No palco do teatro do Núcleo de Arte Educação e Cultura Durante eventos, reuniões e exibições de filmes. Durante a semana nos eventos agendados 30 ANEXO II – FOTOS NO NAEC 1 INTRODUÇÃO 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 O Vídeo na Educação 2.2 O Vídeo e a Internet / Computador 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.1 Trabalho com Vídeo e Internet no NAEC 3.2 A Utilização de Vídeo nas Oficinas de Música e Arte como Ferramenta de Avaliação 3.3 Projetos de Cinema no NAEC 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXO I - FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS DO NAEC ANEXO II – FOTOS NO NAEC
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