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Direito do Trabalho_ Empregadas Domesticas

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DIREITOS DOS EMPREGADOS ANTES DA EC/72
Salário Mínimo.
Irredutibilidade do salário.
13º Salário.
Férias acrescidas de 1/3.
Previdência Social.
Aposentadoria.
Repouso semanal remunerado.
Aviso Prévio.
Licença-paternidade.
Licença-gestante de 120 dias.
DIREITOS DOS EMPREGADOS APÓS EC/72 APLICAÇÃO IMEDIATA
Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável.
Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal;
Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
Reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;
Proibição de trabalho noturno, perigoso ou 
insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
DIREITOS DOS EMPREGADOS DEPENDEM DE REGULAMENTAÇÃO
Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
Fundo de garantia do tempo de serviço;
Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;
Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
 	Essa emenda enfim pôs fim a uma discriminação descabida à categoria dos domésticos. Por uma questão cultural de longa data, o País concedeu a esses trabalhadores, que, via de regra, muito trabalham e pouco recebem, parcos direitos sociais, insuficientes a garantir sua dignidade.
	 A situação das horas extra e respectiva adicional, como poderá, por exemplo, o empregador controlar a jornada de trabalho de um caseiro ou de uma cuidadora de seus pais idosos? Como ficará a situação do doméstico que dorme na residência do patrão? O patrão deverá fiscalizar a hora que o empregado se acorda, que inicia e que finda o serviço, sob pena de, no futuro, ter que pagar horas extras? Como fará esse controle quando o empregado está acostumado a trabalhar de forma intermitente?
	Em decorrência dessa emenda constitucional, outros patrões, como todo o brasileiro, preferirão manter a doméstica de forma irregular, na informalidade. Muitas famílias não terão mais empregadas domésticas faxineiras ou lavadeiras, uma vez que a norma desencadeará uma relação com maior custo. As famílias comprarão mais bens funcionais, equiparão as cozinhas, as lavanderias, não economizarão em aparelhos que facilite as tarefas do dia-a-dia, comprarão casas e apartamentos menores. A mulher, a mãe, quer seja profissional liberal, executiva, empresária, professora, ou qualquer que seja a profissão, dará o café da manhã como a norte-americana e a européia. Os filhos arrumarão as suas próprias camas e armários, o marido lavará a louça, ajudará a aspirar e cozinhar. Contratarão uma ou duas diaristas, por dois dias na semana, mediante uma empresa de produção de serviços.
	Quem tem crianças ou familiares idosos que precisam de acompanhamento, por outro lado, não poderão abrir mão do serviço doméstico. Mas certamente se já contam com empregados recebendo valor acima do mínimo, os dispensarão e contratarão outros por menor salário.
	Os empregados domésticos, desempregados pelo efeito da medida, terão de se qualificar para poderem entrar no mercado de trabalho como diaristas, submetidos às empresas intermediárias prestadoras destes serviços, ou então, trabalharão na informalidade caridosamente ao empregador até e somente até serem dispensados.
DIREITOS QUE FICARAM SEM REGULAMENTAÇÃO APÓS A EC/72
	Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa; seguro desemprego, em caso de desemprego involuntário; Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS; remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; salário família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda; assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
EC/42 TEVE VACATIO LEGIS DIFRENCIADA
	Ocorre que a Emenda Constitucional n. 42/03, que condicionou a eficácia da lei tributária majorativa de tributos não apenas à sua publicação no exercício anterior ao de sua entrada em vigor, mas também ao interregno de 90 dias contados do início de sua vigência, embora tenha sido promulgada em 19 de dezembro de 2003, foi publicada somente em 31 de dezembro de 2003. 
	A observância ao interregno de 90 dias entre a data de publicação de uma
lei tributária, que institua novos tributos ou aumente as alíquotas daqueles 104 Revista Imes — Direito — ano VII — n. 12 — jan./dez. 2006 já existentes, e a data de sua entrada em vigor, estipulado no artigo 150, inciso III, alínea c, da CF/88, só pode ser exigida em relação àquelas leis publicadas a partir de 14 de fevereiro de 2004, quando a EC n. 42/03 entrou em vigor, mas
nunca antes disso, aplicando-se este raciocínio à legislação municipal de imposto sobre serviço que, publicada no final de 2003 – e mesmo depois da promulgação da EC n. 42/03 –, tenha instituído novas hipóteses de incidência do imposto sobre serviços ou aumentado as alíquotas correspondentes a antigas hipóteses.
	
O empregado doméstico tem seu labor regulado pela Lei 5.859/19721 que define como “aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família no âmbito residencial destas”.
A PEC das domésticas veio para efetivar a tão sonhada igualdade de direitos trabalhistas para os empregados domésticos, mas convém ressaltar que os requisitos legais para a caracterização do empregado doméstico são: pessoalidade, continuidade (ao contrário de não eventualidade), onerosidade, subordinação, atividade sem finalidade lucrativa (tendo valor limitado ao uso/consumo do empregador). O empregador poderá ser pessoa física ou família (ou grupo de pessoas). Não importando a natureza dos serviços prestados (pode ser cozinheiro, caseiro, jardineiro, motorista e, etc.) também, não importa o local de prestação de serviços (poderá ser área rural ou urbana).
Os direitos constitucionais assegurados para os empregados domésticos conferidos pela Emenda Constitucional 72/2013 conhecida como a PEC das domésticas são: indenização em despedida sem justa causa, seguro-desemprego, FGTS, garantia de salário mínimo para quem receba remuneração variável, adicional noturno, proteção do salário, sendo crime a retenção dolosa de pagamento, salário-família, jornada de trabalho de oito horas diárias e quarenta e quatro horas semanais, direito a hora-extra, observância de normas de higiene, saúde e segurança no trabalho, auxílio creche e pré-escola para filhos e dependentes até cinco anos de idade, seguro contra acidente de trabalho, proibição de discriminação em relação à pessoa com deficiência, proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de dezesseis anos.
Mas, infelizmente nem todos esses direitos podem ser seguidos pois muitos ainda dependem de novas leis para regulamentá-los.Existem dificuldades no controleexato de horas laboradas, portanto será necessário que seja estabelecido um piso salarial diferenciado para os domésticos que durmam na casa do empregador. Existem direitos infraconstitucionais garantidos ao empregado doméstico que proíbe descontos salariais por fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia, porém há exceção, no caso do empregador fornecer moradia desvinculada da residência onde prestar serviços, e nesse caso, poderá empregador efetuar o desconto, desde que autorizado pelo empregado sendo que para o empregado rural, o desconto dependerá de previsão contratual com expressa anuência do empregado.
É importante ressaltar que relação de emprego é gênero da modalidade de relação de trabalho e por tal razão é verdadeira a assertiva segundo a qual toda relação de emprego é relação de trabalho, porém nem toda relação de trabalho corresponde a uma relação de emprego.
Conclui-se que a relação de emprego é apenas uma modalidade de relação de trabalho e, se materializará quando preenchidos todos os requisitos legais específicos e previstos nos arts. 2º e 3º da CLT e que um dos mais importantes requisitos para a caracterização do empregado doméstico é a pessoalidade que confere a natureza intuitu personae e acarreta a infungibilidade da prestação de obrigação de fazer.

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