Aula 05 obrigações solidárias

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OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA – 264 a 285
 
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Obs 1: essa classificação se torna importante quando houver pluralidade de sujeitos tanto passivos quanto ativos.
Obs 2: em decorrência da solidariedade os efeitos da obrigação assemelham-se a um objeto indivisível. 
Ex: Tenho um credor que tem 3 devedores solidários, o credor pode exigir o pagamento de apenas um dos 3 devedores. Depois terá o direito de regresso, passando o devedor que pagou inteiramente a divida a ser credor dos outros devedores que eram solidários juntamente com ele. 
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Conceito de obrigação solidária
 
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É aquela resultante de lei ou da vontade das partes em que havendo multiplicidade de credores ou de devedores, ou de uns e outros, cada credor terá direito a totalidade da prestação como se fosse o único credor, ou cada devedor esta obrigado pelo debito todo, como se fosse o único devedor. 
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Espécies de obrigação solidária
 
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 * Ativa: qualquer Sa pode cobrar o crédito de Sp
 Sa
 Sa Sp 
Passiva: qualquer Sp pode ser exigido a cumprir a obrigação
Sp
Sp
Sa
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Fonte da obrigação solidária
 
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Ativa: vontade das partes.
Passiva: - Lei (ex.: pai, tutor, empregador)
 - Vontade das partes
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Forma, lugar e tempo do pagamento 
 
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Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro.
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Solidariedade Ativa
 
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Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro.
 
Ex: conta corrente conjunta
 
 - O pagamento pode ser feito a qualquer credor, sem que seja conjuntamente ou com caução dos demais. Diferente da obrig. indivisível. 
 
- Se já existir ação de cobrança, o débito deve ser pago exclusivamente ao Autor da ação. 
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Em caso de falecimento com herdeiro – art. 270
 
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*Cada herdeiro só terá direito a exigir a quota de seu quinhão, salvo em caso de obrigação indivisível.
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Transformação em perdas e danos – art. 271
 
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*não perde natureza de solidariedade. 
Diferente da obrig. indivisível.
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Solidariedade Passiva
 
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* Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.
 
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Ação contra um dos devedores
 
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Não há renúncia da solidariedade.
 
 
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Divisão do débito do insolvente – art. 284
 
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Rateio entre co-devedores
Incluirá os exonerados da solidariedade pelo credor
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Ação Regressiva – art. 285
 
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*contra o único interessado: cobrança de toda prestação. Ex: avalista e devedor principal.
*contra qualquer co-obrigado: cobrança apenas da parte do co-obrigado na prestação. Ex: avalista e demais avalistas.
 
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Alteração posterior da obrigação – art. 278
 
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*Só com anuência de todos os devedores solidariamente.
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Defesa dos co-obrigados
 
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*defesa pessoal: só aproveita ao interessado. Ex: incapacidade, vício de consentimento.
*defesa comum a todos: aproveita a todos. Ex: ilicitude do objeto.
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Impossibilidade da obrigação
(diferente da indivisível)
 
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*sem culpa: extingue obrigação
*com culpa de todos: todos pagam a obrigação principal, além de perdas e danos
*com culpa de apenas um (s): todos pagam a obrigação principal, mas apenas o culpado paga as perdas e danos.
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Em caso de falecimento com herdeiro – art. 276
 
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*Cada herdeiro só deverá pagar a quota de seu quinhão, salvo em caso de obrigação indivisível.
*Todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores.
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Renúncia da solidariedade pelo credor
 
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*Renúncia for total: cada devedor passa a responder por sua quota. 
*Parcial: divisão das obrigações em duas partes - uma pela qual responde o devedor favorecido; e outra pela qual respondem os demais, que continuam solidários.
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Diferença entre solidariedade e indivisibilidade
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Fique atento: Não confunda “indivisibilidade” com “solidariedade”.
 
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Por óbvio, qualquer que seja a natureza da indivisibilidade (natural, legal ou convencional), se concorrerem dois ou mais devedores, cada um deles estará obrigado pela dívida toda (art. 259, CC-02, art. 891, CC-16). Note-se, todavia, que o dever imposto a cada devedor de pagar toda a dívida não significa que exista solidariedade entre eles, uma vez que, no caso, é o objeto da própria obrigação que determina o cumprimento integral do débito. Por óbvio, se A, B e C obrigam-se a entregar um cavalo, qualquer deles, demandado, deverá entregar todo o animal. E isso ocorre não necessariamente por força de um vínculo de solidariedade passiva, mas sim, pelo simples fato de que não se poderá cortar o cavalo em três, para dar apenas um terço do animal ao credor.