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Homem dos Ratos - Psicologia 3º F - Liberdade(noturno) (2)

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1. INTRODUÇÃO
	Publicado em 1909, o caso do "Homem dos Ratos" de Sigmund Freud relata uma história real de um paciente de 29 anos chamado Ernst Lanzer. Este paciente procura o pai da psicanálise a fim de tratar-se, pois já não suportava seus conflitos internos. 	
	Desta forma, iniciam-se as sessões nas quais Ernst narra seus pensamentos e Freud começa a interpretá-los. O paciente afirma ao psicanalista que sofria temores de que algo de ruim acontecesse ao seu pai e à dama a qual admirava. Ernst também tinha impulsos como cortar a garganta com uma navalha ou rituais para evitar que algo de ruim viesse a permear sua vida. 
	Freud identificou o conflito que o paciente tinha com o pai e também a curiosidade precoce de contemplar corpos femininos nus, como desejava, com apenas 5 ou 6 anos, tocar sexualmente sua governanta. 
	Certa vez, quando estava na unidade militar, Ernst ouviu um oficial narrar uma tortura que aplicava: um homem era amarrado ao chão de bruços e um balde era pressionado sobre suas nádegas. Neste balde continham alguns ratos, que cavavam o ânus do homem amarrado a fim de buscar a saída. 
	Ernst resiste ao contar isso ao psicanalista e afirma que temia que seu pai e sua amada estivessem sofrendo esta tortura, embora seu pai já estivesse morto. 
	Sua relação com o pai era conflituosa, uma vez que enxergava a figura do pai como autoritária e para ele o mesmo seria como um empecilho para suas relações com as damas as quais se interessava. Por exemplo, quando, aos 12 anos, interessou-se por uma jovem e desejou a morte do pai, pois pensava que a mesma se sensibilizaria com a perda e se aproximaria dele. 
	Outro conflito que Ernst apresenta é uma situação de pagamento na mesma unidade militar que ouviu sobre a tortura, pois na indecisão entre pagar ou não pagar, o medo de que aconteça algo à seu pai e sua amada voltam a tona. 
	No entanto, o paciente relata que ao ser invadido por certas decisões impulsivas, tentava evitar a ação crendo ser absurdo seu comportamento. 
	Portanto, Freud procurou formular a partir do estudo deste caso alguns novos conceitos e interpretá-los conforme sua teoria. 
2. ANÁLISE DO CASO
	Alguns conceitos definidos por Sigmund Freud podem ser identificados no caso do "Homem dos Ratos". 
Neurose Obsessivo-Compulsiva
	Obsessões são pensamentos, ideias, imagens, palavras, frases, números ou impulsos que invadem a consciência de forma repetitiva e persistente, sentidas como estranhas ou impróprias, geralmente são acompanhadas de medo, angústia, culpa ou desprazer. O indivíduo obsessivo, mesmo desejando, esforçando-se, não consegue afastá-las ou suprimi-las do seu pensamento. 
	Segundo Freud, as descrições dos sintomas de Neurose Obsessivo-Compulsiva são: obsessões e compulsões, rituais de anulação, que procurou interpretar à luz de seu modelo psicossexual do desenvolvimento. Podemos encarar também a importância exagerada do pensamento, a dificuldade de conviver com a incerteza, a necessidade de controle, o perfeccionismo, a responsabilidade exagerada.
	A Neurose Obsessivo-Compulsiva geralmente inicia na infância, entre 9 e 11 anos, e surge principalmente em indivíduos jovens até aos trinta/quarenta anos, podendo durar toda a vida, sendo sempre acompanhada de muita angústia, ansiedade, sentimentos de impotência, diminuição da autoestima e depressão.
	No caso do "Homem dos Ratos", a primeira manifestação de obsessão inicia no momento em que, ao seis anos, o paciente adquire a ideia de que seu progenitor é capaz de ler seus pensamentos eróticos e que, se sua conduta permanecer, a morte de seu pai será sua consequência. Para Ernst, a necessidade de realizar rituais constantemente a fim de evitar males é evidente. 
	Atualmente, a Neurose Obsessivo-Compulsiva sofreu algumas inferências, sendo identificada por Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC). Este transtorno pode ser identificado de forma bastante abrangente na sociedade hoje em dia e interfere na vida social desde as formas mais leves às extremas.
Fase Anal
	A Fase Anal é a segunda fase pré-genital da infantilidade que é caracterizada pelo controle dos esfíncteres que passa a ser uma fonte de prazer.
	Nesta fase a libido está direcionada na zona anal. A criança sente prazer na retenção e expulsão das fezes, passando a ser uma fase marcada pelo controle e 
pela internalização das regras formando, assim, o super ego, uma vez que a criança passa a ouvir que o contato com as fezes é ruim, ouvindo muitas vezes os termos "não pode", "isso é feio", "é sujo". 
	Como aponta Freud, esta fase pode marcar o comportamento sexual da criança de acordo com a forma que a mesma foi vivenciada. A criança pode passar por uma confusão mental causada pelos pais, pois em um primeiro momento elas são elogiadas e gratificadas por produzirem adequadamente as fezes e a urina e, por isso, a criança aprecia, observa e até mesmo manipula as fezes. Em outro momento, é dada a contradição onde os pais repugnam essa manipulação alegando que este ato é inadequado. Assim, a Fase Anal ativa é capaz de liberar esses impulsos, progressões de maneira adequada e, a fase passiva se retém a influência do meio não sendo capaz de liberar esse desejo.
	Portanto, a Fase Anal, além de ser marcada pelo prazer de expulsão e retenção, está intimamente associada com ideias sociais de ordem, limpeza e aversão. De fato, é uma fase marcante para a incorporação das regras do meio através da censura para controlar as fezes. Embora seja uma fase dotada de valor simbólico, explica os conflitos e os processos ocorridos com a criança nesta fase.
	No caso do "Homem dos Ratos", ele passa a ter uma fixação nessa fase trazendo à tona todos os conflitos inerentes a ela. Por isso, ele era um homem que tinha ideias de controle, como, por exemplo, tirar a pedra do caminho por onde sua dama iria viajar. Ele estava em frente aos conflitos desta fase, com ideias obsessivas de controle. 
	Os conflitos dessa fase estão intensos de tal forma, que ao ouvir o método de tortura militar, ele internalizou está ideia de forma obsessiva passando a fazer associações com suas lembranças de excitações anais quando ele era criança e com a ideia infantil do parto de lombrigas quando ele tinha verminose.
Pulsão de Morte
	A agressividade é uma energia básica presente em todo ser humano e pode se manifestar através da pulsão de vida ou da pulsão de morte. Nesse sentido a agressividade poderá estar voltada para si mesma (autoagressão) e para o outro (heteroagressão), trazendo a marca da compulsão à repetição, do movimento de retorno à inércia pela morte também.
	Para Freud, a pulsão de vida seria representada pelas ligações amorosas que estabelecemos com o outro. Sua responsabilidade no sujeito está centrada na elevação da tensão ou excitação libidinal que será liberada pela pulsão de vida, impulsionando através do princípio de prazer, a procurar objetos que venham minimizar os impactos de angústia. Enquanto a pulsão de morte é caracterizada por impulsos destrutivos que geram violência contra si mesmo ou contra os outros. 
	É importante ressaltar também que a pulsão de vida e de morte são uma só, elas se distinguem à medida que a energia se direciona para um lado. A conexão entre elas só acaba com a morte física do sujeito.
	Desde a infância de Ernst Lanze, seus distúrbios caracterizavam-se por medos de que algo pudesse acontecer ao seu pai e à dama que admirava. Por esse motivo, uma forma de minimizar essa angústia era procurar a governanta.
	Ele também estava consciente de impulsos compulsivos, por exemplo, o impulso de cortar a garganta com uma lâmina, onde se pode observar a autoagressão.
	
Recalque, Inversão da Pulsão e Sublimação
	Para a psicanálise, Sublimação é considerada como um mecanismo ou um modo de defesa contra as pulsões. É importante salientar que a defesa não se situa no nível da sublimação, mas antes em um recalque que a precede, sem a qual, a sublimação não poderia existir. Sigmund Freud sistematiza para as pulsões três destinos: Recalque,Inversão da Pulsão e a Sublimação. O recalque é o mecanismo típico das neuroses, o qual neutraliza o acesso à consciência de ideias que causam desprazer. A inversão é um mecanismo que entra em jogo no sado-masoquismo e no voyeurismo-exibicionismo. E a sublimação é o processo através do qual a libido se afasta do objeto sexual para outra espécie de satisfação. A sublimação, portanto, é um processo relativo à própria pulsão e não um engrandecimento do objeto, como idealização. Com efeito, a sublimação propicia a possibilidade de atingir certo grau de satisfação sexual a despeito da defesa e pode ser considerada, grosso modo, como um alívio da pulsão.
 	A sublimação de uma pulsão implica que esta possa se satisfazer com os objetos de substituição e também que uma satisfação imaginária ou simbólica possa se igualar com uma satisfação real. O resultado da sublimação é o desvio da energia libidinal de suas metas originais e investida em realizações culturais ou em realizações individuais úteis ao grupo social. A sublimação é um meio de reconciliar as exigências sexuais com as da cultura, por conseguinte, reconciliá-las com a sociedade, ou reconciliar a sociedade com elas. E apesar de a maioria dos indivíduos não possuírem igual aptidão para a sublimação, pois, é uma solução restrita a poucos, tal destino pulsional propicia uma solução menos infeliz para o conflito cultural da sexualidade.
	No caso do "Homem dos Ratos", é possível identificar os conceitos referidos na relação do paciente de Freud e seu pai, pois o relacionamento entre eles sempre foi conflituoso. Após o falecimento do pai de Ernst por enfisema pulmonar, o paciente assume uma postura de idealização do pai, já que carregava consigo o sentimento de culpa por ter desejado que este morresse, é como se ele compensasse o sentimento ruim pelo carinho pós-morte. 
3. CONCLUSÃO
	"Rato: [Do lat. rattu, tax. Rattus.] S. m. 1. Zool. gênero de mamíferos roedores, que apresentam os molares sempre cuspidados. (...) 5. Ant. pedras com arestas que corroem a amarra do navio fundeado. 6. Inform. V. mouse. 7. V. ladrão". (Cf. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. p. 1700,1701. 2004). No entanto, nenhuma destas era a definição que se enquadrava ao pensamento de Ernst Lanze sobre estes animais. Freud, ao relatar o caso do "Homem dos Ratos", ilustra algumas concepções definidas e os problemas que estas podem ocasionar ao ser humano. 
	O paciente teve seu nome substituído pela metáfora "Homem dos Ratos" pelo seu quadro de neurose obsessivo-compulsiva, principalmente. Ao relatar sobre o que lhe preocupava, Ernst narra a Freud uma tortura asiática envolvendo ratos. A partir daí o psicanalista identifica a neurose obsessivo-compulsiva como um sintoma e como a canalização psicopatológica da personalidade. Freud a define como uma intromissão no pensamento consciente de uma idéia, sentimento, imagem ou comportamento compulsivo. O paciente vai contra essa intrusão a fim de diminuir a ansiedade por ela causada, podendo deixar-se levar por rituais, gestos ou fórmulas que, para ele, possuem um poder mágico para neutralizar a obsessão. 
	Na análise do "Homem dos ratos", Freud faz uma descrição de estrutura e organização da personalidade obsessiva, esta é marcada por conflitos de ambivalência entre o amor e o ódio, a submissão e a revolta, e pela prevalência de mecanismos de defesa, como também pelo isolamento. 
	Desta forma, a organização da personalidade obsessiva é, para a Psicanálise, definida por uma regressão-fixação à fase sádico-anal. 
	Freud identifica alguns traços da personalidade obsessiva, que podem ser ilustrados pelo paciente do caso do "Homem dos ratos": autoridade, teimosia, sadismo, dúvida e indecisão. 
	Portanto, pessoas que sofrem de neurose obsessiva, gastam anos lutando contra ideias compulsivas que impactam em vários âmbitos de suas vidas. O "Homem dos ratos", por exemplo, tinha a sua vida sexual comprometida. 
	Em uma neurose obsessivo-compulsiva, há uma gama obscura de motivos que desencadeiam tais sintomas. Agora, temos uma noção de que por trás de um sintoma obsessivo, sempre há uma profundeza de motivos ocultos que se alinham e trazem à tona ideias repulsivas sem que o próprio paciente tenha consciência do por que. 
	A seguir, o grupo desenha suas reflexões críticas sobre o desenvolvimento do trabalho e pesquisas.
Ana Lucélia Simões 
	Minha expectativa em relação a análise deste trabalho é sem dúvida o enriquecimento perceptivo e abordagem dos conceitos que envolvem a psicanálise, nosso trabalho foi bem elaborado e o tema explorado.
	O livro relata o transtorno obsessivo-compulsivo cuja origem de ordem biológica uma disfunção neuroquímica cerebral, atualmente este transtorno visto como transtorno neuropsiquiátrico é tratado com farmacoterapia, além disso, o paciente também deveria experimentar seus sentimentos sem medo de castigo ou represália, esta atitude de aceitação auxiliará o paciente a identificar uma parte de si mesmo ao expressar seus sentimentos esta em posição de reconhecer sua origem e aprender novos meios de enfrentá-los.
Beatriz da Silva
	
	Ao apropriar-se do caso do "Homem dos Ratos" junto ao texto de Garcia Roza, senti uma enorme dificuldade ao aceitar as concepções que Freud identificava no paciente. No entanto, ao longo das pesquisas e elaboração do trabalho, pude aprofundar-me nos conceitos abordados e, desta forma, interessei-me mais pelo caso proposto. Verifica-se que diversas teorias freudianas adequam-se à Ernst Lanze, a eficácia do acompanhamento de Freud ao paciente é irrevogável. Logo, tomar conhecimento do processo desenvolvido pelo psicanalista torna-se indispensável ao estudante de psicologia. 
	A conexão entre teoria e realidade (Caso do "Homem dos Ratos") embasou o trabalho, fazendo com que eu consiga, agora, compreender melhor e saber exemplificar em fatos as concepções de Freud. 
Breno Lopes
	Estudar o caso do “O Homem dos ratos” teve grande relevância, pois possibilitou uma visão mais ampla e uma análise crítica mais assertiva de um caso clínico, também o aprofundamento em conceitos como neurose–obsessiva e pulsão de vida e de morte. Durante o estudo notou-se que ao contrário da teoria de Piaget que afirma que não é possível avançar para a fase seguinte antes de finalizar a atual, já a teoria de Freud, diz que caso haja algum trauma na fase atual é possível continuar o avanço das fases, porém, a libido estará direcionada para a fase em que o trauma ocorreu e impediu a conclusão da fase, ou seja, ocorrerá uma fixação nessa fase incompleta e no caso “O Homem dos ratos” essa fixação acontece na fase anal, daí surge o medo dos ratos com a associação da punição militar.
Bruna Picolo
 O caso publicado como "Homem dos Ratos", um da coleção de obras de Freud, foi responsável por me fazer tomar conhecimento e me aprofundar em termos e conceitos psicanalíticos propostos por Freud e me fazer entender algumas de suas concepções, como por exemplo, a Neurose obsessivo-compulsiva, apresentada pelo paciente do caso referido. 
 	Pude, então, apreender algumas concepções de Freud para posteriormente entendê-las e enxergá-las junto ao caso apresentado por ele que nos foi proposto. Identificar no caso aqueles conceitos apreendidos para o desenvolvimento do trabalho e análise do caso. 
	 Para, além disso, foi importante fazer o trajeto oposto também, conseguir a partir do caso apresentado extrair e enxergar esses conceitos psicanalíticos propostos por Freud. É importante para que possamos trazê-los, assim, para a atualidade fazendo uma articulação entre o que foi o “homem dos ratos”, seus aspectos sintomáticos, e como hoje seria um caso semelhante a este, para que seja possível já começarmos a enxergar esses conceitos adequadamente, corretamente. Fazer um paralelo entre Ernst Lanzee como Freud o acompanhou, e como hoje um profissional acompanharia um caso semelhante a este, levando em consideração as alterações teóricas que ocorreram desde a época até hoje e, assim como Freud, ao definir a Neurose, por exemplo, consegue êxito em seu acompanhamento do caso, pois identifica sua teoria no paciente, e comprova a sua veracidade ao atendê-lo fazendo com que o “delírio dos ratos” desaparecesse.
Camila Milano
O paciente é denominado como “Homem dos ratos”, devido a sua obsessão.
Ao abordar essa patologia encontra-se presente relações opostas de amor e ódio, no caso pelo pai, ao qual esse ódio se conserva no inconsciente. A meu ver, havia evidências de um conflito entre as predileções do filho e os desejos do pai e, uma oposição do pai em relação à vida erótica do filho. Pois como exemplo, o paciente se masturbava disfarçadamente para desafiá-lo.
Conforme diz Freud, os ratos constituem a idéia de que eles são os responsáveis por todos os seus impulsos, sendo eles reprimidos de crueldade, pois a idéia da tortura militar o fazia entrar em conflito com as fixações da fase anal. Ele os via como uma imagem viva de si mesmo a qual pudesse se tornar realidade perante seu pai, que já havia falecido, e sua dama. 
Daniel Fernandes
	O pensamento do paciente tratado por Freud era de que a tortura sofrida pelo oficial na unidade militar pudesse ocorrer também com a dama a qual admirava e seu pai, já falecido há 9 anos. Isso lhe causou grande aflição e repressão, desencadeando então nas obsessões compulsivas.
Ellen Gregorini
	No “Homem dos ratos”, Freud estabelece a estrutura básica da neurose obsessiva, desvendando seus vários mecanismos - a ambivalência afetiva, a onipotência do pensamento mágico, a dúvida, a anulação, o isolamento, as ideias de morte. Ora, na análise desse caso é evidente a manifestação da pulsão de morte, conceito básico na psicanálise que evidencia a utilização da energia básica de agressividade para a destruição e a morte. O caso relatado reflete a estratégia de Freud para reverter o estado patológico, através da psicanálise, com a finalidade de que a energia básica da agressividade possa se manifestar na pulsão de vida, com a consequente reversão do grave quadro clinico em questão E dessa forma também comprovar a eficácia de seu método e de sua tese, que contemplam os conceitos ora analisados, ou seja, a agressividade e sua manifestação ambivalente através da pulsão de vida e pulsão de morte.
Evandro Oliveira
Para a psicanálise, a neurose obsessiva tem como origem um conflito infantil e uma fixação da libido no estagio anal de maturação o que possibilita uma predisposição pra tal. Ernst Lanze um jovem universitário apresentou-se a Freud com queixa de obsessões desde sua infância, e na idade adulta sofria de temores e impulsos compulsivos produzindo proibições. Conclui-se que devido á infância que teve tornou-se um indivíduo indeciso, atormentado, reprimido e com grande sentimento de culpa.
Jakeline Souza
	A análise feita é completamente compreensível e plausível já que Freud analisava uma sequencia de fatos quase que invisíveis, e trazia a tona questões que a muitos são despercebidas.
	Podemos conferir garantia aos resultados do caso, pois as mudanças a partir de tais descobertas são observadas na postura do paciente, que apresenta uma personalidade conflituosa e incerta inicialmente e, após a explanação e análise de Freud, surgem novas informações à consciência e permite que o paciente oriente novamente a sua vida.
	O papel do psicólogo em uma situação similar não é induzir suas próprias ideias ao contexto que o paciente apresenta e sim, levantas pontos altos e permitir que o paciente reflita sobre eles e decida realizar as mudanças necessárias em sua vida.
Marcos Vinícius
	O “Homem dos Ratos” é um caso de obsessão muito forte. É um caso rico em conteúdo para identificarmos a natureza de uma neurose obsessiva onde ele se deparava com anseios sádicos relacionados a fase anal. Por isso a tortura chinesa (a história dos ratos) o deixava obcecado. Para nós o caso do paciente de Freud nos proporciona duas vertentes de conhecimento: sobre a neurose obsessiva, dando-nos subsídios para entender psicopatologias mais graves e noções sobre as fixações da fase anal. 
Sérgio Marco
	O transtorno obsessivo-compulsivo é de ordem biológica sendo uma disfunção neuroquímica partindo por essa premissa em análise acredito que o método usado tendo inclusive como tema “o homem dos ratos” não foi eficaz visto que o mesmo incita o paciente a experimentar seus sentimentos sem medo, esta atitude de aceitação auxilia o paciente a identificar uma parte de si porém o anula em referência a cura total.
4. REFERÊNCIAS
FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. Curitiba: Positivo, 2004. 
FREUD, Sigmund. Vol. X da Coleção das Obras Completas de Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1909. 
LOMEU, Ederson. O Homem dos Ratos. 2012. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=FbXHtAyEKNU>. Acesso em: 30 abr. 2013
ROZA, Garcia. Freud e o Inconsciente. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.
STRATTON, Peter e HAYES, Nicky. Dicionário de Psicologia. São Paulo: Pioneira Psicologia, 2002.

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