Buscar

Obesidade Infantil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Professora Mariana – 10/08/2016
Obesidade 
A obesidade é 90% exógena. Ela é um distúrbio nutricional por aumento do tecido adiposo, reflexo do excesso de gordura fazendo um balanço positivo de energia em relação à ingesta. Levar em conta os fatores genéticos (importante no transtorno alimentar), individuais e ambientais:
Fatores genéticos: herança das características metabólicas, herança da obesidade, substâncias neuroendócrinas e intestinais que controlam a ingestão de alimentos, eficiência do metabolismo basal e termogênese e gasto calórico na atividade física.
Fatores individuais: modificações físicas e alterações psicossociais (sd da adolescência normal).
Fatores ambientais: renda, rotina alimentar da família, mídia, escola e grupo.
As consequências da obesidade são muitas: problemas psicossociais (principalmente baixa autoestima), HAS, diabetes, dislipidemia, esteatose hepática e aterosclerose.
Nossa fome e saciedade é regulada por vários fatores: no hipotálamo (no núcleo arqueado), portanto temos a regulação da ingestão e do gasto energético que vai modificar o apetite; temos os neuropeptídeos anorexígenos (alfa-MSH e CART) e orexígenos (NPY e agRP) que controlam a fome e a saciedade; e no tecido adiposo temos as adipocinas (modulam os processos fisiológicos como regulação da sensibilidade à insulina, metabolismo da glicose e dos lipídios, inflamação), os fatores inflamatórios e o fator que inibe a ativação de plasminogênio.
Então, no tecido adiposo temos:
Adipocinas:
Leptina: regulação do apetite no hipotálamo e maturação sexual;
Adiponectina: aumenta a sensibilidade à insulina, tem ação anti-inflamatória e antiaterogênica, diminuindo a obesidade;
Resistina: propriedades inflamatórias que induzem a resistência à insulina;
Omentina: melhora resistência á insulina, diminuindo a obesidade.
Fatores Inflamatórios:
IL-6 e TNF: associados ao aumento da resistência à insulina.
Fator que inibe a ativação de plasminogênio: se aumenta na circulação favorece a aterosclerose e os processos tromboembolíticos.
 
Também temos os peptídeos gastrintestinais:
Grelina: sensação de fome pré-prandial
Colecistoquinina: saciedade
GLP-1: saciedade e estimulador de insulina (produzido no fim do intestino)
Peptídeo YY: saciedade (inibe NPY)
A abordagem dos pacientes com obesidade é feita com anamnese e exame físico. Não esquecer de investigar sobre os diversos aparelhos.
A obesidade traz riscos importantes para crianças e adolescentes: HAS (o mais frequente), hipertrofia cardíaca, artroses, desvios posturais, alterações de sono com tendência a apneia, amadurecimento precoce, problema de pele (micose, dermatite, estrias, infecções fúngicas, acantose nigricans), maior predisposição para diabetes, colesterol alto, problemas respiratórios, etc. (ver slides)
O diagnóstico é clínico: IMC (sobrepeso score z > +1), dobras cutâneas, razão entre a circunferência da cintura e do quadril (0,95 nos meninos e 0,8 nas meninas).
Laboratorialmente falando, podemos pedir: hemograma, ferro, ferrina sérica, colesterol total e frações, glicemia e insulina de jejum com curva glicêmica, ácido úrico, transaminases e enzimas hepáticas, hormônios tireoidianos, idade óssea, USG abdominal (ver esteatose hepática), teste ergométrico e monitoramento da pressão ambulatorial.
A abordagem de prevenção (alimentação saudável e atividade física) e tratamento. A psicoterapia ajuda muito.
Tratamentos farmacológico e cirúrgico são muito discutidos.

Outros materiais