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SÍNDROME DO IDOSO FRÁGIL

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SÍNDROME DO IDOSO FRÁGIL Laura Pires XLVII
		A identificação é complexa. O diagnóstico precoce deve ser feito para evitar evolução. Se caracteriza pela redução da capacidade de reserva do organismo e da resistência aos agentes estressores, causando declínio de múltiplos sistemas, vulnerabilidade e efeitos adversos associados à incapacidade. Tem-se como agentes estressores a infecção, trauma e doenças. O grande problema é a sarcopenia. 
		Maior prevalência em mulheres, pois os homens tem mais musculatura que as mulheres. A incidência é de 20-26% na faixa etária de 80-90 anos e 32% em maiores que 90 anos. Tem-se também uma predisposição genética acelerada pelo envelhecimento. 
		5 I’s da Geriatria:
		- Iatrogenia.
		- Instabilidade postural – quedas (tonturas do tipo desequilíbrio, não confundindo com labirinto, além da perda de peso pela atrofia). 
		- Imobilidade (busca evitar quedas, perdendo mais a força muscular).
		- Insuficiência cerebral (déficit cognitivo, evoluindo com delirium, depressão e demência). 
		- Incontinência fecal e urinária. 
		Fisiopatologia: 
		- Sarcopenia: perda da massa muscular por atrofia das fibras musculares rápidas com substituição por tecido adiposo e fibrótico (redução da síntese proteica). Não é apenas a perda/atrofia muscular, como também a perda da função muscular e da força muscular de sustentação esquelética. 
		- Alterações imunológicas: aumento do TNF-alfa, de IL-6, IL-1 e PCR. Essas alterações causam inflamação que atua nas fibras musculares. 
		- Alterações neuroendócrinas: aumento de cortisol, redução de GH, de testosterona e estrogênio, de IGF-1 (fator de crescimento semelhante à insulina – podem ter resistência a ela) e DHEA ( desidroepiandrosterona). Provocam uma manutenção da inflamação. 
		
Critérios diagnósticos:
- Perda de peso não intencional> 4,5kg ou superior a 5% do peso corporal no último ano (no mínimo um ano para o dignóstico). 
- Exaustão, principalmente para atividades cotidianas. É diferente de dispneia. Aqui é fadiga muscular (atenia). 
- Redução da força de preensão palmar, o que reflete a redução da força muscular. Precisa-se do aparelho dinamômetro para apertar e medir, não sendo muito usado na prática. Empiricamente pede-se para que levante objetos. 
- Redução do nível de atividade física (sentado/acamado).
- Lentificação da deambulação. 
- Para a velocidade da marcha, há dois testes que podem ser aplicados. No time up and go, se cronometra o tempo que o paciente levanta, caminha por 3 m e senta-se novamente. Se> 15 segundos reflete alteração. O outro é o teste de velocidade de marcha, onde o paciente deve caminhar 4 metros no ritmo usual, em 1m/s, ou seja, dentro de 4 segundos. Se <1m/s indica bom desfecho de saúde. 
 Idoso > 65 anos
 
 Medir velocidade da marcha
 <0,8 m/s
 
 Medir massa muscular (circunferência da panturrilha)
 normal (>31cm)
 
 Reduzida (<31 cm): sarcopenia Sem sarcopenia
		Se a velocidade da marcha for >0,8 m/s, deve-se medir a força da preensão palmar, mas que não é feito na prática. Se normal indica ausência de sarcopenia e se reduzida indica sarcopenia ( <30kg para homens e <20kg para mulheres). 
		1 ou 2 critérios: alto risco da síndrome ou pré fragilidade.
		3 ou mais: síndrome do idoso frágil. 
		Obs: se há apenas perda muscular isolada, tem-se uma pré fragilidade. Deve-se acompanhar para impedir evolução de perda de força e função. Se já se tem perda de massa, somada a força e função, vai evoluir para fragilidade. 
		Exames complementares: O diagnóstico é clínico! Os exames são para descartar causas secundárias para a síndrome. 
		- hemograma: anemia, pancitopenia
		- TSH: descartar hipertireoidismo
		- função hepática e renal: IRC pode causar perda de massa muscular.
		-eletrólitos: alterações de Na e K podem causar astenia
		-dosagem de albumina: na fragilidade pode ter redução de albuminemia e se o paciente já tiver alguma doença crônica isso se pronuncia mais. 
		-urina I: leucocitúria e cilindrúria em IRC (ver infecção crônica).
		- Rx tórax: tuberculose, neoplasia pulmonar.
		Considerar ainda
		- colesterol e TG: é um substrato para formação das fibras musculares e se estão muito baixos não é um bom sinal. 
		- PCR
		- Transferrina
		- Folato
		- Insulina: pode estar elevada
		- TC para casos selecionados: Rx suspeito de neoplasia para sua identificação. 
		Diagnósticos diferenciais:
		- Doenças consuptivas e terminais.
		-Uso de medicamentos (motivo de perda de peso).
		-Assim, as causas podem ser primárias genéticas desencadeadas por fatores de stress ou secundários que devem ser diagnosticados. 
		Tratamento:
		- Estimular dieta adequada ( alta de calorias e proteínas).
		- Prática de exercícios (fisioterapia): dificuldade por estarem acamados ou com fadiga. 
		- Monitorar estado cognitivo periodicamente.
		-Vitamina D doses > 800 U/dia. Melhora força muscular e massa óssea.
		- Glutamina: aminoácido com ação antiinflamatória principalmente na mucosa intestinal, melhorando absorção de nutrientes. 
		- Ômega 3: dosagem de pelo menos 1 grama e também tem ação antiinflamatória. 
		- Tratamento é sempre a prevenção!
		Obs: paciente acamado pode-se deduzir que tem perda de força e função muscular.

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