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Os agentes auxiliares do comércio
Noções gerais
A empresa é o exercício de atividade organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços desenvolvidos pelo empresário individual ou pela sociedade empresária.
Sendo, normalmente necessário o auxílio de colaboradores, visto que o empresário dificilmente terá a capacidade de praticar todos os atos por si só, sendo muito frequente o auxílio de outras pessoas, de colaboradores, tais como gerentes, empregados, contabilistas, advogados, representantes comerciais e leiloeiros para colaborar com o desenvolvimento da empresa. A essas pessoas, no exercício de suas funções, damos o nome de agentes auxiliares do comércio ou da empresa. 
A doutrina classifica os agentes auxiliares do empresário em dependentes e independentes, sendo que os dependentes são subdivididos em dependentes internos e dependentes externos.
 Auxiliares dependentes (internos e externos) e independentes
Os auxiliares dependentes são os que prestam serviços à empresa sob a condição de assalariados, subordinados hierarquicamente ao empresário, trabalhando internamente (auxiliares dependentes internos) ou externamente, percorrendo a clientela (auxiliares dependentes externos), ao passo que os auxiliares independentes não se subordinam hierarquicamente ao empresário, colaborando apenas em suas relações externas. Sua atividade é considerada autônoma em relação à empresa, não estando, por isso, sujeita
 à sua disciplina hierárquica.
Auxiliares dependentes internos 
Sobre os colaboradores que se encaixam nessa categoria, faz-se necessário uma explicação mais detalhada sobre dois deles, devido as suas consideráveis importâncias. São eles: o gerente e o contador. 
O Gerente
O Código Civil, art. 1.172, reserva a expressão gerente para designar o preposto (pessoa ou o empregado que, além de ser um locador de serviços, está investido no poder de representação de seu chefe ou patrão, praticando atos concernentes à locação, sob direção e autoridade do preponente ou empregador), portanto empregado, encarregado permanentemente da administração da empresa, ou de setores, departamentos ou unidades. Atuando na sede da empresa, ou sucursal, filial ou agência, é cargo desempenhado em confiança. 
O gerente estará autorizado a praticar todos os atos necessários ao exercício dos poderes que lhe foram concedidos (art. 1.173). Havendo dois ou mais gerentes no mesmo setor ou departamento da empresa, consideram- se solidários os poderes a eles concedidos, não havendo estipulação diversa. 
Ainda, que haja uma limitação dos poderes do gerente devidamente arquivado e averbado no Registro Público de Empresas Mercantis (e assim, oponível a terceiros), o empresário fica vinculado pelos atos praticados por este desde que dentro do estabelecimento e que guardem relação com a atividade da empresa. 
O proponente responde solidariamente com o gerente pelos atos que este pratique em seu próprio nome, mas à conta dele. 
De maneira geral, devido aos poderes que lhe são incumbidos, os empregados devem obediência ao gerente. 
O Contador 
Entre os auxiliares dependentes o Código Comercial inclui o contabilista. Pode este, dadas as peculiaridades da empresa, sobretudo nas de pequeno e médio porte, ser independente. Tanto o empresário individual como a sociedade empresária têm como obrigação manter um sistema de contabilidade regular, com escrituração regular de livros e conservação de documentos correspondentes, dessa forma, o contador pode ser conceituado como: o preposto encarregado de proceder à escrituração. 
Vale ressaltar que, os ofícios por ele praticados possuem os mesmos efeitos dos que fossem praticados pelo próprio empresário, seja ele individual ou sociedade empresária. Por este motivo, o contabilista responde solidariamente ao preponente pelos atos praticados com dolo, e sempre perante o preponente pelos atos praticados com culpa (art. 1.177, do Código Civil).
Com o exercício da atividade de contabilista se dá por força da escolha por parte do preponente-empresário, será ele o responsável perante terceiros por todos os atos praticados pelo primeiro, ainda que não autorizados, exceto nos casos dos atos praticados fora do estabelecimento, em que o terceiro deva exigir o instrumento de preposição para verificar a autorização ou não para pratica do ato (art. 1.178, do Código Civil).
Auxiliares dependentes externos 
Os viajantes e pracistas são considerados auxiliares dependentes externos. São duas figuras que prescindem de maiores denotações.
Auxiliares independentes 
Sobre esta categoria vale mencionar sobre as figuras do corretor mercantil, leiloeiro e o representante comercial. 
O Corretor 
O corretor é aquela pessoa física ou jurídica, que tem por ocupação profissional a aproximação das partes interessadas em realizar um determinado negócio, mediante pagamento, denominado corretagem. É, portanto, o mediador ou intermediário de negócios, que se discutem e se concluem por sua intervenção, ou por seu oficio.
Conforme a natureza da mediação ou segundo a natureza dos negócios em que intervém, o corretor se classifica em: Corretor de imóveis (Lei 6.530/78); Corretor de mercadorias (Decreto nº 20.881/31); Corretor de navios (Decreto 54.956/64); Corretor de seguro (Lei 6.530/78); Corretor da Bolsa de Valores (Lei 4.728/65, 6.385/76 e 6.024/74). Deve o corretor estar registrado, através de matricula, na Junta Comercial e deve manter rigorosos registros de sua ocupação, através de livros próprios. 
 O Leiloeiro 
O Leiloeiro é também auxiliar independente da empresa que tem por função a venda, mediante oferta pública, de mercadorias que lhe são confiadas para esse fim. É considerado verdadeiros consignatório ou mandatário, sendo essa a natureza de suas funções. Cabe a Junta Comercial, a nomeação do leiloeiro, que farão jus a uma comissão pelo seu trabalho, fixada em contrato escrito. Na falta de estipulação, a taxa será de 5% sobre o valor dos bens móveis e 3% dos bens imóveis. É obrigatório a efetuar matricula na Junta Comercial e a escriturar os seguintes livros: Diário de Entrada; Diário de Saída; Contas Correntes, Protocolo, Diário de Leiloes e Livro Talão. 
O Representante Comercial 
Representante comercial, pessoa física ou jurídica que possuí autonomia para organizar e desempenhar atividade não eventual, portanto, permanente, sem vínculo empregatício. Sendo um intermediador de negócios feitos em nome da empresa representada. Sua atuação é essencial para a expansão de empresas, pois seu objetivo nada mais é que conquistar clientes em sua área de atuação, expandindo assim, as relações comerciais da sua representada. O representante comercial é quem conquista o mercado para a empresa representada no local em que se instalou, divulgando seus produtos, realizando pedidos e acompanhando de perto toda a rede de clientes, na sua zona exclusiva e restrita de atividade. 
Sua natureza jurídica é contratual, sendo que sua regulamentação se encontra na Lei 4886/95 e também nos artigos 710 a 721 do Código Civil. A Lei declara obrigatoriedade de o representante comercial ser filiado ou registrado no Conselho Regional dos Representantes comerciais, previsto no artigo 2º da Lei Especial. 
Referência Bibliográfica: REQUIÃO, Rubens. Curso de direito comercial, vol. 1. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

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