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Instrumentalidade do Serviço Social

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Balança com a Tocha: Exprime o caráter da justiça social; mais moral que jurídica, à punição do que erro, preferindo a redenção. Simboliza que pelo amor e pela verdade tudo pode ser removido.
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Turmalina Verde: 
Pedra Brasileira singela por excelência, ninguém procura falsificá-la. Simboliza a esperança e a sinceridade. 
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Estrela dos Reis Magos: 
Lembra num mesmo facho, a suprema caridade do redentor e o elevado ideal dos Reis Magos que, segundo e na renúncia dos próprios bens e comodidade encontrou a LUZ. Simboliza o espírito de fraternidade universal e de sacrifício pelo bem dos homens.
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A utilização dos instrumentais no cotidiano da prática profissional é um fator preponderante para o assistente social.   
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Como todos os profissionais têm seus instrumentos de trabalho, e sendo o assistente social um trabalhador inserido na divisão social e técnica do trabalho, necessita de bases teóricas, metodológicas, técnicas e ético-políticas necessárias para o seu exercício profissional.   
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Os instrumentais técnico-operativos são como um “conjunto articulado de instrumentos e técnicas que permitem a operacionalização da ação profissional” (MARTINELLI, 1994 p. 137). 
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Historicamente o Serviço Social foi considerado vocação, habilidade, ocupação, ofício ou até mesmo arte. Atualmente é reconhecido como profissão, uma especialização do trabalho coletivo, inscrita na divisão social e técnica do trabalho, de nível superior, regulamentada no Brasil pela Lei n. 8.662, de 7 de junho de 1993. 
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De acordo com Netto (1999, p. 102), enquanto profissão, não dispõe de uma teoria própria, nem é uma ciência; isto não impede, entretanto, que seus profissionais realizem pesquisas, investigações etc. e produzam conhecimentos de natureza teórica, inseridos no âmbito das ciências sociais e humanas.
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O Serviço Social é uma profissão de nível superior, cuja regulamentação foi atualizada pela Lei 8.662/1993 e só pode ser exercida por um Assistente Social. Tem um caráter interventivo e sua atuação na realidade social é embasada em princípios norteadores da profissão:  defesa dos direitos humanos e sociais; posicionamento em favor da justiça social e equidade; democratização do acesso aos bens e serviços relativos às políticas públicas e sociais; compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população.
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O profissional de serviço social realiza um trabalho essencialmente socioeducativo e está qualificado para atuar nas diversas áreas ligadas á condução das politicas públicas e privadas, tais como planejamento, organização, execução, avaliação, gestão, pesquisa e assessoria. O trabalho tem como principal objetivo responder ás demandas dos usuários dos serviços prestados, garantindo o acesso aos direitos assegurados na constituição federal de 1988 e na legislação complementar. 
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As características profissionais de um assistente social, são de cunho humanista portanto, comprometida com valores que dignificam e respeitam as pessoas e suas diferenças e potencialidades, sem discriminação de qualquer natureza, tendo constituído como projeto ético-político e profissional, referendado em seu código de ética profissional, o compromisso com a liberdade, a justiça e a democracia.
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O assistente social deve desenvolver como postura profissional a capacidade crítica/reflexiva para compreender a problemática e as pessoas com as quais lida, exigindo-se a habilidade para comunicação e expressão oral e escrita, articulação política para proceder a encaminhamentos técnicos-operacionais, sensibilidade no trato com as pessoas, conhecimento teórico, capacidade para mobilização e organização.
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O assistente social utiliza vários instrumentos de trabalho, como entrevistas, analises sociais, relatórios, levantamentos de recursos, encaminhamentos, visitas domiciliares, dinâmicas de grupo, pareceres sociais, contatos institucionais entre outros. 
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A utilização dos instrumentais no cotidiano da prática profissional é um fator preponderante para o assistente social. Como todos os profissionais têm seus instrumentos de trabalho, e sendo o assistente social um trabalhador inserido na divisão social e técnica do trabalho, necessita de bases teóricas, metodológicas, técnicas e ético-políticas necessárias para o seu exercício profissional. 
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Os instrumentais técnico-operativos são como um “conjunto articulado de instrumentos e técnicas que permitem a operacionalização da ação profissional” (MARTINELLI, 1994 p. 137
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Porque o Capitalismo se transformou em extraordinária revolução na história da humanidade?
Associado a revolução das ideias - rompimento com a tradição feudal se põe no centro da história da humanidade a compreensão racional do mundo;
 
As teorias não são mais aquilo que esta dogmatizado. O conhecimento passa a ser uma atividade do homem e não só dos nobres ou deuses. 
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Emancipação humana, afirmação e confirmação de indivíduo e de gênero.
TRABALHO – DISSOLUÇÃO DA SUBSUNÇÃO DO INDIVÍDUO SOBRE UNIVERSAL E PASSA A SER VISTO COMO ALGO INERENTE A VIDA HUMANA – QUESTÃO DE GÊNERO.
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1830-1848: Constituição Inicial do capitalismo esta completa: CRISES DAS EXPRESSÕES TEÓRICAS; CRISES NO CAMPO DA RELAÇÃO TRABALHO.
“O PROLETARIADO SURGE NA HISTÓRIA COMO FORÇA SOCIAL AUTÔNOMA CAPAZ DE RESOLVER EM SENTIDO PROGRESSITA OS LIMITES E ANTINOMIAS DO SISTEMA CAPITALISTA.” (P.22)
PROJETO BURGUÊS
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A burguesia chega ao poder e deixa de expressar o conjunto de valores universais das classes em presença e passa a expressar seus próprios interesses.
Inaugura-se a decadência do pensamento burguês progressista e instaura-se o pensamento conservador. 
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A origem do serviço social como profissão tem a marca profunda do capitalismo e de conjunto de variáveis que a ele estão subjacente – alienação, contradição, antagonismo... (MARTINELLI, 2007)
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Serviço Social Europeu 
Forte vínculo com a religião, identificando-se com a igreja católica;
Prática social desenvolvida com a preocupação na pobreza;
Procurava ajustar o pobre à ordem vigente; 
Vínculo com a sociologia.
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Estados Unidos 
 
Vínculo com as áreas de conhecimento científico, tendo contorno terapêutico;
Abordagem individual com preocupação de reforma de caráter do individuo;
Escola diagnóstica a partir de Mary Richmond.
 
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Serviço Social América Latina –
A partir de 1960 nova forma de pensar a profissão;
Rompimento com o Serviço Social conservador;
Vínculo com a dialética – marxista;
Pensar o profissional como trabalhador – ideais dos trabalhadores. 
 
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O uso dos instrumentais técnico-operativos pode ser visto como uma estratégia para a realização de uma ação na prática profissional onde o instrumental e a técnica estão relacionados em uma “unidade dialética”, refletindo o uso criativo do instrumental com o uso da habilidade técnica. O instrumental “abrange não só o campo das técnicas como também dos conhecimentos e habilidades” (MARTINELLI, 2000, p. 138). 
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Como prática profissional, o Assistente Social deve: 	
coordenar e executar programas de enfretamento à pobreza, que assegurem a elevação da autoestima, o acesso a bens, serviços e renda para segmentos mais vulnerabilizada pela situação de pobreza e exclusão social;
desenvolver programas voltados para o atendimento aos grupos de maior risco, realizar e disponibilizar estudos e pesquisas no âmbito das Políticas Sociais.
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As atribuições do assistente social enquanto prática profissional deve ser:
 coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas e projetos na área de Serviço Social; 
prestar informações e elaborar pareceres na área de atuação do Serviço Social; 
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planejar, coordenar, executar atividades socioeducativas; 
estabelecer parcerias e contatos institucionais; 
atuar como facilitador
de processos de formação de lideranças e organização comunitária; 
planejar, coordenar e realizar reuniões e palestras na área de atuação do Serviço Social; 
elaborar relatórios técnicos e analíticos; 
treinar, avaliar, supervisionar e orientar estagiários de Serviço Social.
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ALGUMAS TÉCNICAS DO PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL  
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Folha de Produção Diária
Conceito: É um instrumento no qual o assistente social anota as demandas diárias, é uma folha que especifica a data e a ocorrência dos atendimentos para controle do assistente social.
Finalidade: Na folha de produção diária consta; a data do atendimento ou atividade, ao lado as atividades e as providências que foram tomadas e a assinatura do assistente social responsável no momento do atendimento.
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Observação
Conceito: “A observação consiste na ação de perceber, tomar conhecimento de um fato ou conhecimento que ajude a explicar a compreensão da realidade objeto do trabalho e, como tal, encontrar os caminhos necessários aos objetivos a serem alcançados. É um processo mental e, ao mesmo tempo, técnico.” SOUZA (2000).
Finalidade: A observação é um instrumento importante em momentos de decisão em que o assistente social precisa ter segurança, fixando-se nos objetivos no qual se pretende alcançar.
“Observar é muito mais do que ver ou olhar.
Observar é estar atento, é direcionar o olhar, é sa-
ber para onde se olha” (Cruz Neto, 2004).
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Visitas domiciliares
Conceito: Segundo AMARO (2003), “é uma prática profissional, investigativa ou de atendimento, realizada por um ou mais profissionais, junto aos indivíduos em seu próprio meio social ou familiar”, Existe neste instrumental pelo menos três técnicas embutidas como: a observação, a entrevista e a história ou relato oral.
Finalidade: A finalidade da visita domiciliar é específica, guiada por um planejamento ou roteiro preliminar. As visitas domiciliares têm a finalidade de fazer acompanhamento relacionados às condições de moradia, saúde, entre outras a fim de elaborar o relatório de visita domiciliar e emissão de parecer social.
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Entrevistas
Conceito: Técnica utilizada pelos profissionais do Serviço Social junto aos usuários para levantamento e registro de informações. Esta técnica visa compor a história de vida, definir procedimentos metodológicos, e colaborar no diagnóstico social. A entrevista é um instrumento de trabalho do assistente social, e através dela é possível produzir confrontos de conhecimentos e objetivos a serem alcançados. É na entrevista que uma ou mais pessoas podem estabelecer uma relação profissional – “quem entrevista e o que é entrevistado saem transformados através do intercâmbio de informações” (LEWGOY, 2007). 
Finalidade: A entrevista tem como objetivo colher informações sobre o usuário. 
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A entrevista nada mais é do que um diálogo, um processo de comunicação direta entre o Assistente Social e um usuário (entrevista individual), ou mais de um (entrevista grupal). Contudo, o que diferencia a entrevista de um diálogo comum é o fato de existir um entrevistador e um entrevistado. 
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Acompanhamento Social
Conceito: É um procedimento técnico de caráter continuado, e por período de tempo determinado, no qual é necessário que haja vínculo entre o usuário e o profissional. 
Finalidade: O acompanhamento individual e/ou sócio familiar é feito quando detectado na entrevista a necessidade de se fazer encaminhamentos diversificados.
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Fichas de Cadastro
Conceito: É um instrumento de registro de informação destinado a receber informes, a fim de armazenar e transmitir informações sobre o usuário. As fichas de cadastro servem para transformar dados em informações.
Finalidade: A ficha de Cadastro serve como fonte para agrupamento de dados e informações sobre o usuário do programa. A ficha de cadastro é composta de informações diversas desde dados pessoais, endereço, documentação, parecer técnico. 
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Encaminhamentos
Conceito: É um procedimento de articulação da necessidade do usuário com a oferta de serviços oferecidos, sendo que os encaminhamentos devem ser sempre formais, seja para a rede socioassistencial, seja para outras políticas. Quando necessário, deve ser procedido de contato com o serviço de destino para contribuir com a efetivação do encaminhamento e sucedido de contato para o retorno da informação. 
Finalidade: Os encaminhamentos são peça fundamental para que o trabalho do assistente social seja efetivado. A articulação através das redes se faz imprescindível. 
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Reunião
Assim como a dinâmica de grupo, as reuniões são espaços coletivos. São encontros grupais, que têm como objetivo estabelecer alguma espécie de reflexão sobre determinado tema. Mas, sobretudo, uma reunião tem como objetivo a tomada de
uma decisão sobre algum assunto.
As reuniões podem ocorrer com diferentes sujeitos - podem ser realizadas junto à população usuária, junto à equipe de profissionais que trabalham na instituição. Enfim ela se realiza em todo espaço em que se pretende que uma determinada decisão não seja tomada individualmente, mas coletivamente. Essa postura já indica que, ao coletivizar a decisão, o coordenador de uma reunião se coloca em uma posição democrática.
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Relatórios
Conceito: É um documento de registro de informações, observações, pesquisas, investigações, fatos, e que varia de acordo com o assunto e as finalidades.
Finalidade: Os relatórios são bastante utilizados na prática profissional do assistente social por que serve como registro importante capaz de subsidiar decisões. 
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Esse instrumento é uma exposição do trabalho realizado e das informações adquiridas durante a execução de determinada atividade é o relato dos dados coletados e das intervenções realizadas pelo Assistente Social. 
Os diferentes relatórios sociais são os instrumentos privilegiados para a sistematização da prática do Assistente Social.
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Segundo Magalhães (2003), um dado é fundamental para qualquer elaboração textual: o destinatário do texto o agente interlocutor. É importante saber para quem se escreve (e, portanto, escrever bem). É um outro Assistente Social, um gestor, um profissional da área jurídica, um profissional da área médica, um Psicólogo, um Administrador.
Ou também o relatório pode ser produzido para o próprio Assistente Social – ou para a própria equipe de Serviço Social de onde o Assistente Social está desenvolvendo trabalho. Nesse sentido, cabe uma breve classificação entre relatórios internos (que serão de uso e manuseio do Assistente Social ou da equipe que ele compõe) e relatórios externos (que serão de uso e manuseio de agentes exteriores à equipe).
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 Parecer Social
Um parecer social é uma avaliação teórica e técnica realizada pelo Assistente Social dos dados coletados.
E nesse sentido, é de fundamental importância localizar a dimensão ética, regulamentada pelo Código de Ética Profissional do Assistente Social.
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Mais do que uma simples organização de informações sob a forma de relatório, compete ao Assistente Social avaliar essas informações, emitir uma opinião sobre elas. Uma opinião que deve estar fundamentada, com base em uma perspectiva teórica de análise.
O parecer social é crucial, pois é ele que dá ao Assistente Social uma identidade profissional – a inexistência de um parecer reduz o relatório a uma simples descrição dos fatos, não permitindo nenhuma análise profunda sobre os mesmos 
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Todo o processo de formação profissional do Assistente Social, bem como o seu lugar na divisão social do trabalho, demanda que esse profissional se posicione diante das situações verificadas na realidade social. Isso requer um posicionamento político claro do Assistente Social – que possui, no Código de Ética Profissional, os pilares básicos para tal posicionamento.
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Apreender a realidade não é apenas descrevê-la. É um produzir um conhecimento sobre a mesma. E é no momento do parecer social
que esse conhecimento é elaborado a partir da reflexão racional do profissional – um conhecimento prático, que visa compreender a singularidade da situação estudada pelo Assistente Social, à luz da universalidade dos fenômenos sociais (descobrindo então a particularidade dos fenômenos) e assim, criar alternativas visando sua transformação.
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Mas, para além de uma avaliação do passado, o parecer social também deve realizar uma análise prospectiva, isto é, apontar que desdobra mentos que determinada situação podem tomar. Com
o rigor teórico necessário, conhecendo profundamente a realidade social na qual determinada situação está sendo avaliada, o Assistente Social terá a capacidade de levantar hipóteses sobre possíveis consequências da situação. 
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Assim, o parecer social deve também conter sugestões de novas ações que precisam ser desenvolvidas junto àquela situação – ações estas que serão desenvolvidas ou pelo próprio Assistente Social, ou por outros agentes profissionais (daí a necessidade de se pensar a produção da escrita tendo como parâmetro o destinatário do texto, isto é, para quem se escreve).
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OBRIGADA!

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