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ANÁLISE CRÍTICA À JURISDIÇÃO AUTOCRÁTICA NOS PROCESSOS COLETIVOS NO BRASIL

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ANÁLISE CRÍTICA À JURISDIÇÃO AUTOCRÁTICA NOS PROCESSOS COLETIVOS NO BRASIL
Ana Paula de Oliveira MACHADO¹; Catarina Ribeiro NASCIMENTO¹; Daniel Luiz VIEIRA¹; Gecilane Rodrigues dos SANTOS1; Helen Camila dos Santos DORNELAS1; Igor Fernandes PEREIRA1; João Carlos da Silva SANTOS¹; Ronan Gomes da SILVA1
1 Faculdade de Minas, Faminas-BH, Acadêmicos do Curso de Direito, 5º Período, m2 
Email: anapauladeoliveiramachado@yahoo.com; catarinaribeironascimento@gmail.com; daniel.176@hotmail.com; geci.r.santos@hotmail.com; helen-camiladornelas@hotmail.com; igorferp@hotmail.com; graocarlos@hotmail.com ;nan.leid@hotmail.com
Resumo
João Carlos
Introdução
O objetivo do presente artigo cientifico é desenvolver o tema em questão explicitando a problemática de uma forma pontual, colocando em questão os pontos aos quais se fizeram necessários para chegar ao tema referente, tais como o processo coletivo, a legitimidade processual e os sistemas representativo e participativo, e apresentar de maneira sucinta uma visão teórica sobre uma possível solução da problemática neste caso, as audiências públicas como forma de democratização do processo coletivo. O trabalho se desenvolve com um breve resumo histórico das ações coletivas desde a sua origem, até a sua aplicação no direito brasileiro, ao qual sofreu diversas mudanças históricas, e se desenvolvem colocando em questão a situação do processo coletivo na atualidade, vez que este apresenta alguns pontos que merecem uma atenção especial ao ser tratado. 
O processo coletivo, tem seu antecedente no direito romano, ao qual o cidadão possuía o poder de agir em defesa da coisa pública, não pela relação de cidadão e bem público, mas pela noção de que a republica pertencia ao cidadão romano. A percepção de coisa pública não nasce em romana, tendo sua origem na democracia grega. Os antecedentes mais próximos, encontram se na pratica jurídica anglo-saxã, nas chamadas ações coletivas de classe de onde originou-se também as class actions estadunidenses. No Brasil a concepção individualista prevaleceu até meados do século XX. O código civil de 1916 não concebia ao cidadão à tutela coletiva vez que essa possuía um viés público e o conteúdo de código era centrado na propriedade e na autonomia da vontade do cidadão, o objetivo do legislador era “purificar o sistema”, subtraindo do código qualquer traço de direito público, inclusive as ações populares.
As ações coletivas ressurgiram por influência direta dos estudos dos processualistas italianos na década de 70, cujo artigos jurídicos e livros publicados naquela época forneceram elementos teóricos para a criação das ações coletivas brasileiras, e até mesmo para a identificação de ações coletivas já operantes entre nós (ação popular prevista na lei n 4.717/1965). Havia no Brasil um ambiente propício para a tutela de novos direitos, pois vivíamos a redemocratização e a valorização da atividade do Ministério Público nos pleitos cíveis. A revolução processual provocada pelas tutelas coletivas só foi possível no Brasil em razão das aptidões culturais e do contexto histórico em que estava emergente no Estado Democrático Constitucional de 1988, consolidado na Constituição Federal de 1988. 
Processo Coletivo: Objeto e Finalidade 
De acordo com Gidi, Antonio: 
Conceitua-se processo coletivo como aquele instaurado por ou em face de um legitimado autônomo, em que se postula um direito coletivo lato sensu ou se postula um direito em face de um titular de um direito coletivo lato sensu, com o fito de obter uma providência jurisdicional que atingirá uma coletividade ou um número determinado de pessoas. (Gidi, Antonio, Coisa Julgada e litispendência em ações coletivas, Saraiva 1995, p.16).
Portanto, nada mais é do que um agregado de normas processuais diferenciadas das normas aplicadas aos processos individuais, variando o grau de distinção do tratamento recebido entre processo coletivo e processo individual pelo código de processo civil. As ações coletivas têm duas fontes remotas de seu surgimento; primeiro e mais conhecido; é que teve seu nascedouro do direito romano, onde era atribuído aos cidadãos o poder de agir em defesa de coisa pública. O segundo, de acordo com Didier Jr e Zaneti Jr: 
“Seu surgimento se deu por origem grega e democrática, provocada à jurisdição a preocupação principal voltava ao mérito da demanda” (Didier Jr e zaneti Jr, curso de Direito Processual Civil, processo coletivo, Podium 2011, p.25).
O processo coletivo brasileiro, também é conhecido pela doutrina como Tutela Jurisdicional Coletiva. A primeira ação coletiva reconhecida no Brasil, teve influência dos portugueses, no período imperial onde os cidadãos tinham a possibilidades de defender bens de uso coletivo .É tratado pela Constituição Federal, ocorrendo reformas na legislação para que sucedesse a concretização do Estado Democrático de Direito ,tendo maior especialização com a criação da Lei de Ação Popular .Observando-se que as normas que conduzem as ações individuais são insuficientes para assuntos que atingem a coletividade . Daniel Amorim nos esclarece:
Em 1934, a ação popular foi incluída expressamente na Constituição Federal, por meio do artigo 113, § 38, para três anos depois ser suprimida pela constituição de 1937, vindo a ser restabelecida pelo artigo 141, § 38, da Constituição Federal de 1946, mantendo-se em todas as constituições subsequentes (artigo 150, §31 da Constituição Federal, artigo 153, § 31, da ECF de 1969 e na atual Constituição Federal em seu artigo 5°, LXXII) (Amorim Daniel, Manual de Processo Coletivo, Método 2014, p.3)
O processo coletivo tem como finalidade atender a uma demanda de uma coletividade, seguindo requisitos atribuídos legalmente que não são titulares do direito discutido em juízo, e os mecanismos de formação da coisa julgada coletiva e sua extensão ou transporte ao plano individual. Havendo violação ou ameaça a direito coletivo, o Estado é provocado a intervir por meio de processo. Mediante a seis principais ideais; Economia Processual, Segurança Jurídica, Isonomia, Celeridade, Prevenção de decisões conflitantes e Acesso à justiça.
As ações coletivas permitem o amplo acesso à justiça das demandas de massa, cujas peculiaridades exigem tratamento processual distinto daquele previsto para os litígios individuais. Além disso, propiciam significativa redução do número de demandas propostas individualmente com origem comum, na medida em que, em um único processo, os conflitos são solucionados de maneira genérica.
Por fim, o processo coletivo é o instrumento adequado à efetivação dos direitos coletivos, seja por meio da aplicação do direito pelo órgão julgador em uma causa específica, seja de forma preventiva e abstrata, visto que a punição de condutas ilícitas gera estímulo para o cumprimento voluntário do direito pela sociedade. (http://www.cartaforense.com.br/conteudo/entrevistas/processo-coletivo/6436. Acesso: 07/05/2016)
 Audiências Públicas no Processo Coletivo 
Daniel
 Legitimidade Processual Ativa no Processo Coletivo
No direito processual brasileiro, a legitimidade processual das partes, legitimidade “Ad Causam” que também pode ser denominada legitimidade para agir; é uma condição da ação em que o indivíduo exerce o direito subjetivo material como titular da ação (legitimidade ativa), podendo ser demandado apenas aquele que seja titular da obrigação correspondente (legitimidade passiva). Destarte, que a legitimidade é pertinência subjetiva ao direito de agir, e é de importante relevância para o presente trabalho, segundo Alfredo Buzaid, : “as pessoas são legitimadas pela lei para pleitearem em juízo aquilo que lhe é devido”. Existe três técnicas em relação a legitimação que foi adotada no Brasil; legitimação do particular (qualquer cidadão, como exemplo na ação popular), legitimação de pessoas jurídicas de direito privado (sindicatos, associações, partidos políticos, como exemplo: mandado de segurança coletivo, ou legitimação de órgãos do Poder Público (MP, por exemplo, : a ação civil pública).As ações coletivas estão amparadas no ordenamento jurídico brasileiro, pelo microssistema formado pela Ação Popular, Ação Civil Pública, Código de Defesa do Consumidor e o Mandado de segurança coletivo. Tal sistema normativo, tutela a defesa em juízo de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos. Ressalta-se que os titulares do direito, são certamente indeterminados e numerosos, e devido à essa questão se faz necessário a junção dos interesses da coletividade em uma única demanda. Certamente encontrar o legitimado de uma determinada relação jurídica, seja no polo ativo ou passivo, pessoa física ou jurídica, de caráter público ou privado que represente em juízo os interesses de um determinado grupo (coletividade) é um dos fatores mais relevantes na tutela jurisdicional coletiva. Segundo o professor Gidi:
[..] a legitimidade das ações coletivas deve ser cuidadosamente analisada visto que versam sobre direitos de múltiplos titulares, ainda que a lei não impeça o indivíduo de propor sua demanda particular, não se pode correr o risco de ter um autor técnica ou financeiramente pouco capaz de conduzir a demanda. ( CADE O LOCAL DE ONDE TIROU? )
O art.6º do Código de Processo Civil trata da Legitimidade ativa, ou seja, legitimidade ordinária e estabelece que: “Ninguém poderá pleitear em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por lei”. Nesse sentido, a parte final do dispositivo, excepcionalmente admite-se que alguém em nome próprio, postule em defesa do interesse de terceiro, hipótese de legitimação extraordinária. 
Com efeito prático, tem-se como caso exemplificativo a ação popular postulada pelo cidadão, defendendo o interesse da Administração Pública. Outro caso exemplificativo: exceção à regra consta na edição da Lei nº 7.347/85 que legitimou alguns órgãos do Poder Público previsto taxativamente em lei, bem como a legítima participação do Ministério Público como parte defendendo direito de terceiros por meio de Ação Civil Pública. 
A Constituição Federal em seu art.5º, incisos XXI e LXX, art.129, inciso III e Parágrafo 1º, art.103, além do art.81, Parágrafo único, art.82 da Lei nº8.078/90 - Código de Defesa do Consumidor, abriu legitimação a alguns órgãos em postular em nome próprio a defesa de interesse de terceiros, excepcionando o disposto previsto no art.6º do CPC. Ressalta-se que a Constituição Federal de 1988 ampliou consideravelmente a abrangência deste art.6º, especialmente por prever vários casos de proteção à interesses difusos e coletivos.
 O ponto de partida, está atrelado na busca de quem será o legitimado autorizado a pleitear o direito material almejado, tendo em vista que este direito pertence a múltiplos indivíduos. A lei traz o rol taxativo de legitimados para a defesa destes interesses, e em alguns casos atribui requisitos de pré-constituição, por sua vez está elencado no art. 82 da Lei 8.078/90 – Código de Defesa do Consumidor, e no art.5º da Lei 7.347/1985 – Lei de Ação Civil Pública.
Conforme disposto no art.5º da Lei 7.347/1985 têm legitimidade para propor ação principal e ação cautelar, ou seja, são legitimados ativos do processo coletivo:
O Ministério Público; a Defensoria Pública; a União, os Estados, o Distrito Federal e ; os Municípios, a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade mista; e a associação.
Segundo a doutrina majoritária, a legitimidade coletiva do cidadão trata de natureza extraordinária ou autônoma para a condução do processo, tendo em vista que o cidadão na ação coletiva não defende direito individual e sim difuso, na qual o titular é a coletividade. A legitimidade ativa do cidadão é limitada à ação popular, em razão do disposto no art.1º, caput, da Lei 4.717/1965.
Sistema Class action adota a legitimação fundada na “adequada representação” tendo como corolário o princípio do devido processo legal. Nesse sistema as partes “representam” a classe. A representação pode ser feita pelo particular (individuo, membro da classe), entidades privadas (associações ambientais, sindicatos) ou órgãos públicos, criados para defesa desses direitos, tendo como exemplo :o Ministério Público.
No tocante ao Ministério Público tem-se que a legitimidade para o ajuizamento das ações coletivas está expressamente consagrada nos arts.5º,I, da Lei 7.347/85 (LACP) e art.82, I, da Lei 8.078/90 (CDC) tais dispositivos não exaurem o tema e devem ser interpretados com base nas funções institucionais constitucionalmente relativas ao MP, por meio do art.129 da CF. Nos termos do art.127, caput , da CF à propositura da ação coletiva na defesa de direito individual indisponível incube ao Ministério Público, entendimento consagrado pelo STF. A legitimidade ativa da associação está expressa no art.5º, V, da Lei 7.347/1985 e no art.82, IV, e da Lei 8.078/1990.
Pessoas jurídicas da Administração Pública: A legitimidade ativa para as ações coletivas da União, Estados, Municípios e do Distrito Federal encontram-se prevista nos arts.5º, III, da (LACP), e art.82, III, da Lei 8.078/1990, tendo assim legitimidade ativa das empresas públicas, autarquias, fundações e sociedades de economia mista.
Defensoria Pública: A defensoria Pública, Antes da alteração do art.5º, II da Lei 7.347/85 não atuava no polo ativo da ação coletiva, servia simplesmente como assistente judicial de pessoa jurídica legitimada expressamente em lei para a propositura de tal espécie de ação. Depois da alteração houve expressa inclusão da Defensoria Pública no rol de legitimados à propositura de ação coletiva.
Legitimação ativa no mandado de segurança coletivo: Nos termos do art.21 caput, da Lei 12.016/2009 prevê a legitimidade ativa para a propositura do mandado de segurança coletivo. Esta legitimação está prevista no art.5º, LXX da CF. O primeiro legitimado ativo previsto pelo art.5º, LXX, a da CF, é o partido político e posteriormente temos a organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 ano. 
Legitimação ativa na ação de improbidade administrativa: Conforme consta no art.1º da Lei 8.429/1992 o legislador apesar de mencionar a Fazenda Pública nos parágrafos 2º e 3º do art.17 da (LIA), os legitimados ativos são somente os previstos no art.17, caput, da LIA, ou seja, o Ministério Público e a pessoa jurídica interessada.
Processo coletivo especial: O art.103 prevê um amplo rol de legitimados em relação ao processo objetivo. Dentre os legitimados previstos temos os legitimados universais: Presidente da República, Mesa do Senado Federal, Mesa da Câmara dos Deputados, etc. E os legitimados especiais: Mesa de Assembleia Legislativa, Governador de Estado, Governador do Distrito Federal, etc. A legitimidade do Presidente da República é ampla e irrestrita, pois é irrelevante sua participação na elaboração ou aprovação de lei ou ato normativo reputado por inconstitucional.
 Sistema Representativo
O sistema participativo no qual visa uma ampla e irrestrita participação do indivíduo nos temas que abrangem uma grande coletividade, garante a cada indivíduo interessado, no objeto da pretensão da demanda, a oportunidade de manifestação do seu interesse para a construção da decisão do processo coletivo. Esse sistema participativo coaduna de forma mais efetiva com o estado democrático de direito preceituado na constituição, nossa Carta Magna brasileira
O sistema participativo no processo coletivo é um sistema mais eficiente e justo na participação popular do processo coletivo de um cidadão, assegurando direitos fundamental preceituado na Constituição de 88, o acesso à justiça o direito da ampla defesa e do contraditório. Essa efetiva participação no mérito da pretensão ocorre quando é oportunizado a participação individual dos interessados na decisão de caráter coletivo 
Diferente do sistema representativo, no qual um indivíduo, representa uma coletividade sendo o titular de uma pretensão que abrangera de forma geral a coletividade a sua decisão. O sistema participativo torna mais eficiente e consequentemente mais justa adecisão, ou seja, visa a individualização de cada interessado que compõe a demanda coletiva, visto que cada cidadão tem a sua peculiaridade apesar da decisão judicial ter um caráter de coletividade.
Desta forma, o sistema de participativo para os processos coletivos são mais eficientes no que se refere a efetividade da sentença na individualização de cada integrante de uma aço de caráter coletivo, aproximando melhor no que se refere ao Estado Democrático de Direito nas suas decisões, diferente do sistema representativo adotado pela justiça brasileira e grande parte da doutrina, uma vez que o sistema representativo impõe limitações em suas decisões e nos seus efeitos, já o sistema participativo não ocorre tais limitações, suas decisões são mais ajustadas para cada indivíduo.
 Sistema Participativo
O sistema participativo no qual visa uma ampla e irrestrita participação do indivíduo nos temas que abrangem uma grande coletividade, garante a cada indivíduo interessado, no objeto da pretensão da demanda, a oportunidade de manifestação do seu interesse para a construção da decisão do processo coletivo. Esse sistema participativo coaduna de forma mais efetiva com o estado democrático de direito preceituado na constituição, nossa Carta Magna brasileira ( é o mesmo que constituição ) 
O sistema participativo no processo coletivo é um sistema mais eficiente e justo na participação popular do processo coletivo de um cidadão, assegurando direitos fundamentais preceituados na Constituição de 88, o acesso à justiça o direito da ampla defesa e do contraditório. Essa efetiva participação no mérito da pretensão ocorre quando é oportunizado a participação individual dos interessados na decisão de caráter coletivo .
Diferente do sistema representativo, no qual um indivíduo, representa uma coletividade sendo o titular de uma pretensão que abrangera de forma geral a coletividade a sua decisão. O sistema participativo torna mais eficiente e consequentemente mais justa a decisão, ou seja, visa a individualização de cada interessado que compõe a demanda coletiva, visto que cada cidadão tem a sua peculiaridade apesar da decisão judicial ter um caráter de coletividade.
Desta forma, o sistema de participativo para os processos coletivos são mais eficientes no que se refere a efetividade da sentença na individualização de cada integrante de uma aço de caráter coletivo, aproximando melhor no que se refere ao Estado Democrático de Direito nas suas decisões, diferente do sistema representativo adotado pela justiça brasileira e grande parte da doutrina, uma vez que o sistema representativo impõe limitações em suas decisões e nos seus efeitos, já o sistema participativo não ocorre tais limitações, suas decisões são mais ajustadas para cada indivíduo.
Processo Coletivo Democrático
No Brasil adota-se um modelo representativo de legitimidade no que diz respeito ao processo coletivo, ou seja, não é oportunizado àqueles que sofrerão os efeitos da decisão a demonstração de interesse jurídico ou não na pretensão, para assim configurar legitimidade processual.
É excluída a legitimidade dos interessados difusos e coletivos no que tange a efetividade de um processo coletivo democrático, sendo esta legitimidade atribuída a órgãos que trabalham em prol da ‘celeridade processual’, conforme esclarece Vicente de Paula Maciel Junior:
Aliás, a exclusão da possibilidade de ação individual e atribuição da ação apenas a órgão (M.P, PROCONs, etc.) e associações constituem em completa falta de compreensão do fenômeno do direito difuso e uma considerável limitação da possibilidade de discussão dos problemas que afetam vários interessados (...)
Ou seja, contrariando a própria natureza do direito difuso, o legislador limita a legitimação do indivíduo para ação, como se o direito difuso pudesse ser enquadrado no esquema do direito coletivo stricto sensu. Com isso, atribui-se a esses órgãos e associações o distorcido poder de deliberar, pressupor e decidir qual seria a “vontade difusa” a ser defendida. Para completar, aos interessados difusos não é permitida a chamada “ação coletiva”. (MACIEL JUNIOR, 2006, p.178).
Desta forma, para que se exerça a democracia processual teria que existir um processo de oitiva do interessado difuso e coletivo, ou seja, atuarem na construção do mérito da demanda.
Diante a evolução das sociedades e sua forma de organização houve a necessidade da substituição do Estado Absolutista por um Estado Democrático de Direito, pois no Estado Absolutista os governantes atuavam de maneira arbitrária e consequentemente causavam desequilíbrio na sociedade, tais fatores levaram alguns filósofos e teóricos como Thomas Hobbes, John Locke e Jacques Rousseau a refletirem sobre a proteção da liberdade individual e direitos que são naturais ao homem. Contudo a Constituição Federal Brasileira institui o Estado Democrático de Direito, explicitando assim em seu artigo 1º princípios fundamentais como soberania cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político.
Com isso, apesar da Constituição Brasileira garantir um Estado Democrático de Direito e dar ciência da existência de direitos fundamentais, o tipo de sistema adotado no Brasil demonstra claramente a predominância do autoritarismo no que tange o processo coletivo, conforme instrui Fabrício Veiga Costa:
O estabelecimento do rol de legitimados, ou seja, a definição, pelo legislador de algumas instituições legitimadas à propositura das ações coletivas (ex. Ministério Público), é considerado uma das demonstrações mais claras de que temos uma vertente essencialmente autoritária para o entendimento do processo coletivo. (COSTA, 2012, P.126).
Desta forma, o modelo representativo não é fidedigno quanto à efetividade da legitimação de interesses coletivos. É de suma importância que ocorra a desconstituição do modelo de processo coletivo pautado no sistema representativo, desqualificando assim o tipo autocrático com intuito de destacar o modelo democrático de processo coletivo, oportunizando assim que o cidadão atue como parte participativa na demanda e não apenas ser representado por quem se quer o ouviu.
As Audiências Públicas como Forma de Democratização do Processo Coletivo
O processo democrático foi instituído fazendo grandes alterações no processo civil visando garantir o exercício da cidadania, como mencionado por Fabrício Veiga Costa:
 O Estado Democrático de Direito trouxe para o direito processual substanciais alterações paradigmáticas, especialmente no sentido de compreender o processo, a jurisdição e a ação sob o enfoque constitucional. Nessa seara, o processo passa a ser visto como uma garantia constitucional que viabiliza o exercício da cidadania por meio da concretização dos Direitos Fundamentais expressamente previstos no plano constituinte. (Costa, Fabrício Veiga; A CONSTRUÇÃO DO MÉRITO PARTICIPADO NO PROCESSO COLETIVO; Pág. 286; Belo Horizonte, 2012)
Contudo no Brasil, adota-se no processo coletivo, o modelo técnico-autocrático onde um julgador decide com base em sua vontade, e esta pode não corresponder as necessidades coletiva, como já exposto acima.
A Constituição de Federal de 1988, autoriza as audiências públicas convocadas pelas comissões dos poderes Legislativo, Executivo e o Ministério Público para expor um tema e debater com a população sobre a formulação de uma política pública, entretanto no processo coletivo o grupo fica vinculado a um representante e a decisão do julgador é com base nos fatos esclarecidos e reivindicados pelo representante.
De modo a esclarecer os fatos alegados, tomamos como exemplo : o ocorrido na Região de Mariana com o rompimento da barragem de rejeitos da empresa Samarco. O coordenador da comissão é o deputado Sarney Filho, e no processo são representados pelo Ministério Público. Mas a Pergunta que pode ser feita é: O Ministério Público e os Juízes estão tomando as decisões de acordo com as vontades e necessidade para população? 
A partir da integração do sistemade audiências públicas no processo coletivos alcançaríamos a sua democratização, como abordado por Fabrício Veiga Costa:
A democratização do processo coletivo perpassa pela superação do modelo técnico-autocrático do processo e da jurisdição como recintos da perpetuação da vontade exclusiva do julgador e pelo advento do entendimento crítico-constitucionalizado do modelo de processo, que se materializa por meio de um espaço procedimental-legitimante, em que o provimento jurisdicional é reflexo do debate isonômico e incessante das questões meritórias por todos os sujeitos que poderão ser atingidos pelos efeitos jurídicos do conteúdo decisório. (Costa, Fabrício Veiga; A CONSTRUÇÃO DO MÉRITO PARTICIPADO NO PROCESSO COLETIVO; Pág. 287; Belo Horizonte, 2012)
Superando o modelo atual das ações coletivas através do processo democrático teremos decisões mais adequadas nas demandas e por consequência poderá acabar com as revisões das decisões tomadas de acordo com a vontade do julgador.
Conclusão
Gecilane, Daniel e João Carlos
Referências
Artigo: A Construção do Mérito Participado no Processo Coletivo; Costa, Fabrício Veiga. Belo Horizonte, 2012. Disponível no Link: < file:///C:/Users/Ana/Documents/Faculdade/5%C2%B0%20PERIODO/TIS/Tese%20Fabr%C3%ADcio.pdf>, acessado em 18 de abril de 2015.
Site Câmera dos Deputados. Disponível no Link: < http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/radio/materias/RADIOAGENCIA/504717-COMISSAO-APROVA-MOCAO-DE-REPUDIO-SOBRE-ACORDO-ENTRE-SAMARCO-E-GOVERNO.html>, acessado em 07 de março de 2016.
Site Carta Fornece. Disponível no Link: <www.cartaforence.com.br>, acessado no dia 02 de março de abril.
Site Jus Brasil. Disponível no Link: <janinemaria.jusbrasil.com.br>, acessado no dia 02 de março de 2016.
Site Conpedi. Disponível no Link: <www.conpedi.org.br/publicações>, acessado no dia 04 de março de 2016.
Site Passei Direito. Disponível no Link: <https://www.passeidireto.com/arquivo/16516906/daniel-amorim-assumpcao-neves---manual-de-processo-coletivo---2-ed---2014-1epub/33>, acessado no dia 07 de março de 2016.
Site Âmbito Jurídico. Disponível no Link: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13794Curso de Direito Processual Civil, Fredie Didier Jr. / Hermes Zaneti Jr>, acessado no dia 07 de março de 2016.
Curso de Direito Processual Civil, Fredie Didier Jr. / Hermes Zaneti Jr.

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