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Prof. Leonardo Loiola Leonardo@loiolaadv.br (27) 99274-9593 1 PROCESSO PENAL Material Diz respeito a matéria – a essência do próprio direito – o conjunto de normas que regulam o direito Formal É o direito de receber a tutela da justiça – é o instrumento (direito instrumental) de busca do direito material – direito processual. - Processo - Autos - representação física da ação -Ação - Procedimento – rito sequência de atos Sistemas processuais penais Inquisitório Acusador = julgador Acusatório Acusador difere da do julgador Misto 1ª fase - inquisitória 2ª fase – acusatória Qual o sistema processual adotado no Brasil? - Acusatório impuro O sistema adotado no Brasil, embora não oficialmente, é o misto. Registremos desde logo que há dois enfoques: o constitucional e o processual. Em outras palavras, se fôssemos seguir exclusivamente o disposto na Constituição Federal, poderíamos até dizer que nosso sistema é acusatório (no texto constitucional encontramos os princípios que regem o sistema acusatório). Ocorre que nosso processo penal (procedimento, recursos, provas etc.) é regido por Código específico, que data de 1941, elaborado em nítida ótica inquisitiva (encontramos no CPP muitos princípios regentes do sistema inquisitivo, como veremos a seguir). Logo, não há como negar que o encontro dos dois lados da moeda (Constituição e CPP) resultou no hibridismo que temos hoje. Sem dúvida que se trata de um sistema complicado, pois é resultado de um Código de forte alma inquisitiva, iluminado por uma Constituição Federal imantada pelos princípios democráticos do sistema acusatório. ROGÉRIO LAURIA TUCCI que “o moderno processo penal delineia-se inquisitório, substancialmente, na sua essencialidade; e, formalmente, no tocante ao procedimento desenrolado na segunda fase da persecução penal, acusatório” Justiça Retributiva versus Justiça Restaurativa O Direito Penal sempre se pautou pelo critério da retribuição ao mal concreto do crime com o mal concreto da pena, segundo as palavras de Hungria. A evolução das ideias e o engajamento da ciência penal em outras trilhas, mais ligadas aos direitos e garantias fundamentais, vêm permitindo a construção de um sistema de normas penais e processuais penais preocupado não somente com a punição, mas, sobretudo, com a proteção do indivíduo em face de eventuais abusos do Estado. O cenário das punições tem, na essência, a finalidade de pacificação social, muito embora pareça, em princípio, uma contradição latente falar-se, ao mesmo tempo empunir e pacificar. Mas é exatamente assim que ainda funciona o mecanismo humano de equilíbrio entre o bem e o mal. Se, por um lado, o crime jamais deixará de existir no atual estágio da Humanidade, em países ricos ou pobres, por outro, há formas humanizadas de garantir a eficiência do Estado para punir o infrator, corrigindo-o, sem humilhação, com a perspectiva de pacificação social. A Justiça Retributiva sempre foi o horizonte do Direito Penal e do Processo Penal. Desprezava-se, quase por completo, a avaliação da vítima do delito. Obrigava-se, quase sempre, a promoção da ação penal por órgãos estatais, buscando a punição do infrator. Levava-se às últimas consequências a consideração de bens indisponíveis, a ponto de quase tudo significar ofensa a interesse coletivo. Eliminava-se, na órbita penal, a conciliação, a transação e, portanto, a mediação. Em suma, voltava-se a meta do Direito Penal a uma formal punição do criminoso como se outros valores inexistissem. A denominada Justiça Restaurativa, aos poucos, instala-se no sistema jurídico-penal brasileiro, buscando a mudança do enfoque supramencionado. Começa-se a relativizar os interesses, transformando-os de coletivos em individuais típicos, logo, disponíveis. A partir disso, ouve-se mais a vítima. Transforma-se o embate entre agressor e agredido num processo de conciliação, possivelmente, até, de perdão recíproco. Não se tem a punição do infrator como único objetivo do Estado. A ação penal passa a ser, igualmente, flexibilizada, vale dizer, nem sempre obrigatoriamente proposta. Restaura-se o estado de paz entre pessoas que convivem, embora tenha havido agressão de uma contra outra, sem necessidade do instrumento penal coercitivo e unilateralmente adotado pelo Poder Público. Princípios fundamentais do processo penal Devido processo penal Do contraditório # Conhecimento # Possibilidade de Reação Da ampla defesa Assegura-se todos as possibilidades e instrumentos para se a fazer a defesa. Do juiz natural Para cada caso se designa um juiz para o caso, vedado o juízo de exceção. Da imparcialidade do magistrado Não pode o juiz se confundir com as partes Da inércia O processo se inicia por iniciativa da parte Presunção de não culpabilidade Ninguém pode ser considerado culpado antes de transitado e julgado Aplicação da lei processual penal CPP Base principal para aplicação Leis especiais (extravagante, ordinárias) No espaço Território brasileiro ## Principio da especialidade Ressalvas (ao CPP) - Tratados internacionais Caso haja lei regulamentando determinada matéria. - Crimes praticados por presidente e pelos ministros em conexão Crime comum será julgado pelo STF (pelo regimento interno e não pelo CPC) - Processos da justiça militar Será julgado pelo CPPM (código processo penal militar) - Tribunal especial (especifico) a CF veda o tribunal de exceção – não existe tribunal especial. - Crimes de imprensa A lei de imprensa foi revogada pelo STF – os crimes cometidos por jornalista serão comuns. No tempo # não se aplica a lei mais benéfica como no CP Vigência Imediata Atos anteriores Não pode haver prejuízo dos atos já praticados Aplicação analógica É permitido, contrario ao direito penal que só permite in bona parten Interpretação Extensiva 2 DO INQUÉRITO POLICIAL Art 4º CPP - Conceito O inquérito policial é um procedimento preparatório da ação penal, de caráter administrativo, conduzido pela polícia judiciária e voltado à colheita preliminar de provas para apurar a prática de uma infração penal e sua autoria. Seu objetivo precípuo é a formação da convicção do representante do Ministério Público, mas também a colheita de provas urgentes, que podem desaparecer, após o cometimento do crime. - Termo circunstanciado - Lei 9099/95 – Juizados Especiais Criminais (JEC) - Infrações de menor potencial ofensivo (pena máxima não superior a 2 anos) - BO – Boletim de ocorrência modificado para: BU – Boletim unificado Destina-se a relatar um fato, não necessariamente um crime (boletim de perda de documento), para que o fato criminoso relatado se torne inquérito, é necessário que as informações sejam precisas a ensejar uma investigação. - Policia judiciária Vinculado ao poder executivo (PC e PF). “Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares” (art. 144, § 4.°, CF). Portanto, cabe aos órgãos constituídos das polícias federal e civil conduzir as investigações necessárias, colhendo provas pré-constituídas e formar o inquérito, que servirá de base de sustentação a uma futura ação penal. O nome polícia judiciária tem sentido na medida em que não se cuida de uma atividade policial ostensiva (típica da Polícia Militar para a garantia da segurança nas ruas), mas investigatória, cuja função se volta a colher provas para o órgão acusatório e, na essência, para que o Judiciário avalie no futuro. Art. 13 CPC - atribuições Obs: A PM não é judiciária, tem prerrogativa de policiamento ostensivo - Circunscrição Área de atuação de determinada delegacia. Não necessariamente só geográfica, pode ser de área de atuação especifica (delegacia da mulher, do idoso, homicídios, de drogas e outros). # Circunscrição não é jurisdição (ato de dizer o direito). É possível um delegado de vila velha investigarcrimes de Guarapari? É possível e não enseja nulidade processual (não podem se dar simultaneamente). Características IP (inquérito policial) - Procedimento administrativo É o rito em que processo caminha – ordinário, sumario, especial? # Ação é a aplicação do processo ao caso concreto # Processo é o todo # Autos são a representação física do processo - investigativo Se destina a investigar algo - Prévio Antecede a ação penal - Inquisitivo É todo movido pelo delegado, e concluído pelo delegado – não cabe a defesa (contraditório). - Não contraditório (não é assegurado – não é proibido) Não prevê a possibilidade de contradizer opor-se ao ato. Não é processo (somente o juiz deve assegurar o contraditório) Conhecimento Possibilidade da Reação - Sigiloso Art. 20 CPP – - Escrito Art 9º - Ato formal que requer ser escrito – possibilita o resguardo das informações apuradas. - Não obrigatório (para a ação penal) Dispensável, pode se mover a ação sem haver IP. Ex. sonegação de imposto feito pela receita federal, o conjunto probatório é suficiente para ensejar a ação penal. Art. 39, §5º CPP - Autoridade policial O delegado é responsável por conduzir a investigação Suspeição São questões de natureza subjetiva – vinculo de amizade estreita que possam comprometer a lisura da investigação. Art. 107 CPC. É possível questionar a suspeição via HC. COGNIÇÃO DO CRIME Importa a parte que cabe ao delegado que instalou o inquérito - Imediata (direta) Não há obstáculo a obtenção da informação, é rápida – de difícil configuração - Mediata (indireta) A obtenção da informação é obtida por outros meios ou pessoas. - Coercitiva Auto de prisão em flagrante (APF) Comunicação do Crime - “Notitia criminis” (noticia crime) É a comunicação de um fato criminoso à autoridade - Art. 5º, §3º CPP - “Delatio Criminis” É uma noticia crime onde se identifica autor do o crime Se difere de: - Denuncia – é petição inicial dirigida pelo MP - Queixa (queixa-crime) – é a petição inicial dirigida pelo autor da ação Formas de instauração de Inquérito Policial São os atos procedimentais que dão inicio ao inquérito - Portaria É um procedimento tomado pelo delegado para abertura de um IP – não será necessário se quando os quesitos abaixo. Art. 5º I, CPP de oficio (sem que tenha sido provocado). - Requisição Solicitação com caráter imperativo – o MP determina a abertura IP Art. 5º II – autoridade superior. Obs: é inadequado a iniciativa do Juiz pois fere o principio da imparcialidade. - Requerimento Solicitação com caráter de pedido – o ofendido requer a abertura do IP. O ofendido pode pedir a instalação do IP. Cônjuge – Ascendente – Descendente – Irmão (CADI) - APF (Auto de Prisão em Flagrante) Obriga o delegado a abrir o IP quando de sua competência (delegacia de homicídios, da mulher, de tóxicos etc). Instauração do IP Artigo 5º CPP Requerimento do ofendido (Repres. Legal - art. 31 CADI) - Art. 5º §1º - Notitia criminis - § 3º - § 2º - cabe recurso Representação - É uma manifestação de vontade – no sentido de quem comete o crime seja processado – somente o ofendido pode fazer – ação penal privada condicionada a representação do ofendido. Art. 5º § 4º (obrigatório para a instalação do inquérito nos casos previstos em lei). Possibilita a ação penal nos crimes que dela dependem. Obs. Todo crime que tiver vitima (não seja vago – contra a coletividade) depende de representação. Ex. Vide art 147, 138, 139, 140, 145 CP indica se o crime é sujeito a representação. O crime de estupro com violência real (emprego de arma) a ação e incondicionada. IP nos crimes de ação penal privada Art. 5º § 5º - PROCEDIMENTO DO IP Produzir os atos necessários a constituir a materialidade e a possível autoria (art. 4º). - Art. 6º - não é um rol taxativo - - Apuração dos fatos Reconstituição do crime - Art. 7º CPP – reprodução simulada dos fatos - Visa estabelecer o modo como foi praticado o crime - Prazo de conclusão do IP Próprios – tempo limite para se praticar o ato. Impróprios – mesmo fora do prazo pode se praticar os atos. o prazo de conclusão de inquérito é impróprio Obs. Prazo de autoridade publica é sempre impróprio - CPP – 10 dias se tiver preso e 30 dias se tiver solto (art. 10) - - IP na PF - Lei 5.010/66 – 15 dias prorrogáveis – não depende se o réu tiver preso ou solto - Leis especiais (ex. trafico de drogas – 11.343/06) - é regido pelo prazo de lei especifica – 30 dias se preso e 90 dias se solto # O sigilo do IP é irrestrito? # Levando em conta que o IP não assegura o contraditório, é obrigatório a presença do advogado nos atos? Para trazer para a aula 11/03/2016 Conclusão do IP - Peça final (relatório final) - Autoridade policial (delegado) - Ao Juiz Art. 10 §1º Este deve ser encaminhado ao Juiz Competente – via de regra raramente o juiz toma ciência em primeira mão do IP (por intermédio de normas internas – portaria ou resolução) este já será encaminhado direto ao MP. O MP poderá: - Requerer ao juiz retorno dos autos à delegacia – se não estiver em conformidade ou necessitando de novas diligencias para propiciar o convencimento. (art. 16 CPP) - Propor ação penal (oferecer denuncia) - Requerer o seu arquivamento (art. 28) # Nome que se da conclusão do IP, quem produz, a quem deve ser dirigido, o que este pode fazer? Organizar o fluxograma para sexta feira IP ou peças de informação Ação penal Autos: são a representação física do processo Ação: é o meio como se da o processo, a seqüência de atos, é como se inicia a ação. Processo: É o meio que se busca a tutela jurisdicional Pra ensejar a ação penal é necessário se embasar em algo no caso Publica Autor: A iniciativa da ação é publica - MP Inicial: Denuncia MP atua com “dominus legis” – domínio da lide Incondicionada - Condicionada A representação do ofendido A requisição do Ministro da justiça – considera-se o critério político. O tipo de ação penal esta vinculado ao tipo de crime Privada Autor: A iniciativa é do ofendido ou repres. CADI Inicial: Queixa (queixa crime) MP atua como “custus legis” – fiscal da lei Exclusiva (propriamente dita) – pode ser oferecida pelo o ofendido ou seu representante Personalíssima – somente o ofendido pode ter a iniciativa. Ex: crime de induzimento a erro essencial no casamento (art. 236 CP) Subsidiária da pública – é uma ação fruto da inércia + perda de prazo do MP em que a vitima oferece a queixa crime. Art. 29 CPP Denuncia Tem que descrever a materialidade e autoria do fato - Art. 41 - rejeição art 395 - prazo art. 46 5d – Se o indiciado estiver preso 15d – Se o indiciado estiver solto # queixa crime subsidiária pode ser feita pelo ofendido após o MP ficar inerte Queixa Tem que descrever a materialidade e autoria do fato - prazo – art. 38 – 6 meses – prazo decadencial - contagem – deve se observar o que a lei determina - Procuração – art. 44 – seu conteúdo deve ser especifico # queixa subsidiária pode ser feita após 6 meses em que o MP ficou inerte, passado este prazo o ofendido não poderá mais oferecer. O prazo se conta a partir do que se toma conhecimento de quem praticou o crime. Representação - prazo 38 – 6 meses - contagem - irretratabilidade - É possível a retratação antes do oferecimento da denuncia - lei 11.340/2006 – Maria da Penha – A retratação só pode ser retirada em juízo. É possível a retratação da retratação? (questão divergente) tendência a não ser possível. Formas extintivas da punibilidade Art. 107 CP - decadência - art. 38 – decorrido 6 meses – é antes da queixa - devendo ser arguida depois - renuncia - é antes da queixa por ato voluntário – devendo ser arguida depois - pode ser expressa ou tácita. - perdão do ofendido - Depois da queixa - Expresso ou tácito - Processual ou extraprocessual # é bilateral – o quereladopode recusar – art. 48 a 60 CPP - Perempção - Art. 60 – caracterizada pelo abandono da ação penal Princípios que regem a ação penal Pública - obrigatoriedade - indisponibilidade – art. 42 Privada - oportunidade / conveniência - disponibilidade - # indivisibilidade – art. 48 e 49 O perdão ou a queixa estendido a 1 alcança os outros envolvidos, exceto se houver a recusa do perdão. O mesmo vale para renuncia. Trabalho individual com debates Temas para pesquisa Artigo / debate dia 01/04 01- legitimidade do MP p/ investigar – Gleide / Bráulio / Felipe / 02- Indiciamento no IP e a necessidade de fundamentação 03- Sigilo no IP e participação do defensor 04- Contraditório no IP 05- Condução coercitiva no IP 06- Representação e decadência na ação penal 07- Denuncia e a invidualização de condutas 08- queixa crime e indivisibilidade gleiderezende@hotmail.com / brauliobernardino@hotmail.com 2º BIMESTRE – 25/04/16 AÇÃO CIVIL “EX DELICTO” Ação civil decorrente de um delito Efeitos civis da sentença penal Relação Penal x Civil Mesmo fato – o mesmo fato pode ensejar relação jurídica entre dois ou mais ramos do direito PENAL CIVIL Sentença penal condenatória - 91, I CP - Obrigação de reparar o dano A sentença reconhece o direito - Sentença – titulo executivo - Execução cível Art. 63 e 64 CPP - 387, IV CPP - Liquidação de sentença Sentença penal absolutória Art. 65 CPP – excludentes de ilicitude – não se justifica condenação a reparar o dano se via de regra não houve o crime. O processo penal gera influencia no direito civil. Art 66 CPP - Inexistência do fato – o fato que poderia gerar o dever de indenizar reconhecidamente não existiu. Outras sentenças Art. 67 – arquivamento de IP Jurisdição Conceito Juris dicere – dizer o direito Função Compor a lide Poder É delegado ao Estado (juiz – poder judiciário) o poder de dizer Atividade Atividade fim do estado – não pode ser terceirizado. # A jurisdição é “una”, é integra e inflacionável. Competência Art. 69 CPC Medida/ delimitação da jurisdição O poder jurisdicional é limitado por uma série de fatores, seja de matéria ou territoriedade, Ex. um juiz estadual não pode julgar uma lide federal. # só se pode utilizar o termo competência para juízes. Para promotor e delegado é atribuição. Formas de definição da competência - “Ratione loci” – em razão de local Lugar do crime - “Ratione matériae” – em razão da matéria O juiz competente por matéria, se civil, de família ou criminal. - Ratione personae” – em razão da pessoa. Dependendo da função que exerce modifica o juízo competente – ex. deputado federal ser julgado pelo STF. Distribuição Quando ocorre mais de uma vara competente – a definição se dará por sorteio. Art. 75 Prevenção 1º juiz a praticar um ato decisório – se o juiz decretar a prisão preventiva quando da oferta da denuncia ele se torna prevento. Se da entre aqueles em que paira duvida. Lugar do crime É a regra geral. Lugar da consumação A competência do lugar do crime não segue a regra do CP art. 6º, leva em conta o local da consumação art. 70 CPC Lugar da tentativa Também prevista no art. 70 CPC. Não depende do tipo da tentativa se perfeita ou imperfeita. Prevê o lugar onde se executou o ultimo ato para o crime. Crime consumado no estrangeiro Ide áudio - Art. 70, § 1º e 2º Crime na divisa entre comarcas Havendo duvida de competência para julgar o caso, requer a utilização da prevenção como requisito. Art. 70 § 3º Crime continuado / permanente Art. 71 – Continuado é aquele crime em o individuo pratica sistematicamente. Ex desvio de dinheiro do caixa da empresa. Permanente é aquele que com o ato ele se configura e permananece. Ex crime de seqüestro. Homicídio com morte em local distinto dos fatos Domicilio do réu Ratione loci Lugar do crime desconhecido Aplica-se quando o local do crime e indefinido. Ex. corpo achado em local em local de desova. Art. 72. Ação penal privada Art. 73 – O querelante pode optar por mover a ação no domicilio do réu. Natureza da infração Tipo de crime - Varas privativas/específicas Júri Os crime que vão a júri. Homicídio vai a júri. Prerrogativa de função Se relaciona a função que o individuo exerce. Regra geral Ninguém pode ser julgado pelo seu igual. Aplica-se a regra da hierarquia Casuística Conexão / continência Regras Exceções Desmembramento Separação de processos TRABALHO DE PENAL Quais são as forma de definição de competência? - “Ratione loci” – em razão de local Lugar do crime - “Ratione matériae” – em razão da matéria O juiz competente por matéria, se civil, de família ou criminal. - Ratione personae” – em razão da pessoa. O art. 69 do Código de Processo Penal estabelece sete critérios para a fixação da competência: I. lugar da infração; - 69, I II. domicílio ou residência do réu; - ; 69, I III. natureza da infração; - ; 69, II IV. distribuição; - art 75 V. conexão ou continência; VI. prevenção; (1º juiz a praticar um ato decisório) - VII. prerrogativa de função. – 69, VII Cada um dos critérios previstos no Código tem finalidade e utilidade diversas. As competências pelo lugar da infração e pelo domicílio (ou residência) do acusado têm a finalidade de estabelecer o foro (a comarca) onde se dará o julgamento. Uma vez fixada a comarca, é o critério da natureza da infração que apontará a Justiça competente (Eleitoral, Militar ou Comum). Dentro da mesma Justiça, a natureza da infração pode ainda levar o julgamento a varas especializadas, como, por exemplo, ao Júri, ao Juizado Especial Criminal para as infrações de menor potencial ofensivo, ou ao Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Por fim, fixados o foro e a Justiça, será possível que coexistam vários juízes igualmente competentes. Assim, caso algum deles tenha se adiantado aos demais na prática de algum ato relevante, ainda que antes do início da ação, estará ele prevento e será o competente. Se, entretanto, não houver nenhum juiz prevento, deverá ser feita a distribuição, uma espécie de sorteio, para que os autos sejam direcionados a um juiz determinado (aquele a quem foi feita a distribuição). Dessa forma, suponha-se um crime de furto cometido contra caixa eletrônico dentro de uma agência da Caixa Econômica Federal na cidade de São Paulo. Por ter o crime se consumado em São Paulo, esta será a comarca onde se dará o julgamento. O critério do domicílio do réu não será utilizado pois tem aplicação subsidiária, só sendo levado em conta quando totalmente desconhecido o local onde ocorreu o delito. Considerando, por sua vez, que o crime foi praticado em prejuízo de empresa pública controlada pela União (Caixa Econômica Federal), a competência é da Justiça Federal da cidade de São Paulo (art. 109, IV, da CF). Por fim, como existem inúmeras varas federais criminais em São Paulo, cada qual com juiz competente para conhecer e julgar o crime em tela, deverá ser analisado se há algum deles prevento. Se houver, será o competente, caso contrário será feita a distribuição. Em um homicídio em que a morte se da em local distinto dos fatos, como se define a competência? O art. 70 do CPP é uma regra destinada a resolver crimes envolvendo o território de duas ou mais comarcas (ou duas ou mais seções judiciárias). Trata-se de uma regra de competência interna (não há discussão envolvendo a jurisdição de outros países). Assim, a regra do CPP foi prevista pelo legislador para definir qual comarca (se for da Justiça Estadual) ou seção/subseção judiciária (se for da Justiça Federal) será competente em crimes cuja execução iniciou-se em uma cidade e a consumação ocorreu em outra, ambas dentro do Brasil. Resolve conflitos de competência territorial. Diz-se que o art. 70 do CPP resolve conflitos de competência territorial na hipótese de crimes plurilocais, que são aqueles que envolvem duas ou mais comarcas/seçõesjudiciárias dentro do país. ART. 6º DO CP ART. 70, CAPUT, DO CPP Adotou a teoria da ubiquidade (mista). Adotou a teoria do resultado. Lugar do crime é local em que... • ocorreu a ação ou omissão (no todo ou em parte) • bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Lugar do crime é o local em que se consumou a infração, ou, no caso de tentativa, o lugar em que for praticado o último ato de execução. Regra destinada a resolver a competência no caso de crimes envolvendo o território de dois ou mais países (conflito internacional de jurisdição). Regra destinada a resolver crimes envolvendo o território de duas ou mais comarcas (ou seções judiciárias) apenas dentro do Brasil (conflito interno de competência territorial). Define o se o Brasil será competente para julgar o fato no caso de crimes à distância. Define qual o juízo competente no caso de crimes plurilocais. (...) Nos termos do art. 70 do CPP, a competência para o processamento e julgamento da causa, será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumou a infração. 2. Todavia, a jurisprudência tem admitido exceções a essa regra, nas hipóteses em que o resultado morte ocorrer em lugar diverso daquele onde se iniciaram os atos executórios, determinando-se que a competência poderá ser do local onde os atos foram inicialmente praticados. 3. Tendo em vista a necessidade de se facilitar a apuração dos fatos e a produção de provas, bem como garantir que o processo possa atingir à sua finalidade primordial, qual seja, a busca da verdade real, a competência pode ser fixada no local de início dos atos executórios. (...) (HC 95.853/RJ, Rel. Min. Og Fernandes, Sexta Turma, julgado em 11/09/2012) COMPETENCIA A conexão e a continência Conexão – fatos – art. 76 CPC Continência – ações / processos – art. 77 cpc São institutos que determinam a alteração ou prorrogação da competência em situações específicas. Ex.: João, armado, subtrai um carro em São Paulo e vende a Lucas em Campinas. Os crimes são conexos e por isso deve haver um só processo para a apuração de ambos. O Código de Processo Penal, então, estabelece regras para que ambos sejam julgados em uma mesma comarca, embora tenham ocorrido em locais diversos. No exemplo acima o roubo e a receptação devem ser julgados em São Paulo pelo fato de o primeiro ser o crime mais grave (art. 78, II, a, do CPP). A competência por prerrogativa de função verifica-se quando o legislador, levando em consideração a relevância do cargo ou função ocupados pelo autor da infração, estabelece órgãos específicos do Poder Judiciário que julgarão o detentor daquele cargo caso cometa infração penal. Assim, cabe, por exemplo, ao Supremo Tribunal Federal julgar Deputados Federais e Senadores que cometam ilícito penal, ou ao Superior Tribunal de Justiça julgar Governadores dos Estados. Atualmente, as hipóteses de foro por prerrogativa de função estão previstos na Constituição Federal e, residualmente, nas Constituições Estaduais. Regras – art. 78 CPC O tribunal do júri julga os crimes dolosos contra a vida e os conexos. Exceções Art. 79 CPC Desmembramento e separação de processos Art. 80 CPC QUESTÕS PREJUDICIAIS Art. 92 CPC São questões externas que podem gerar prejuízo a ação penal – só se pode analisar uma ação depois de exaurida na esfera civil. Estado civil - Suspensão obrigatória Questão diversa - Suspensão facultativa – questão diversa PROCESSOS INCIDENTES Exceções – art. 95 - Dilatórias I- Suspeição – envolvimento subjetivo com qualquer da partes. Neste caso os autos são encaminhados a outro juiz. Vide art. 107 II- Juiz quando incompetência. - Peremptórias III – litispendência V- coisa julgada # o inciso IV - ilegitimidade da parte - pode tanto ser dilatória ou peremptória IMCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTO Dia 13/05/16 Art. 112 – 252 e 253 São de natureza objetiva Conflito de competência - Positivo - Negativo Competência para julgar o conflito? Restituição de coisas apreendidas - licitude - Desnecessidade para a prova Medidas assecuratórias - visam garantir a reparação do dano - arresto - Seqüestro - hipoteca legal – especialização da hipoteca Incidente de falsidade documental ART. 145 – trata da falsidade de um documento (que não seja objeto do processo), documento juntado a posteriori. Incidente de insanidade mental do acusado 26 CP Visa averiguar a sanidade do acusado – da inimputabilidade do autor – no momento do crime. TEORIA GERAL DA PROVA Prova - meio / instrumento - objeto / o que se pretende demonstrar Finalidade - Limitações à prova - Prova indiciária - indícios Contraditório judicial - ressalvas Ônus da prova - ônus probandi
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