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Matemática atuarial Aula 1-Revisão de Probabilidade Danilo Machado Pires Revisão de probabilidade Por melhor que seja um modelo, ele sempre estará envolto por um certo grau de incerteza. Modelos determinísticos Condições bastante controladas, Variações desprezadas Modelos probabilísticos Controle total e inviabilizado Variações não podem ser ignoradas. Revisão de probabilidade Fenômeno aleatório é todo aquele que quando observado repetidamente sob as mesmas condições produz resultados diferentes. Quando a repetição do fenômeno é controlada pelo experimentador, é dito ser um experimento probabilístico. Espaço amostral 𝛀 é o conjunto de todos os possíveis resultados de um fenômeno aleatório. Evento é qualquer subconjunto do espaço dos resultados. EXEMPLO 1: Defina os seguintes espaços amostrais. 1) Jogar um dado; Ω = 2) Altura dos alunos da Unifal Ω = 3) Tempo de vida restante de uma pessoa (você) Ω = Revisão de probabilidade 1) Jogar um dado; Ω = 0,1,2,3,4,5,6 2) Altura dos alunos da Unifal; Ω = 𝑥 ∈ ℝ: 1,5 ≤ 𝑥 ≤ 2 3) Tempo de vida restante de uma pessoa (você); Ω = 𝑡 ∈ ℝ: 0 ≤ 𝑡 Revisão de probabilidade Conceito de Probabilidade Teoria clássica Dado o espaço de resultados Ω, constituído por um número finito de 𝑛 elementos igualmente prováveis, todos eles igualmente possíveis, define-se a probabilidade de acontecimento de 𝐴, e representa-se por 𝑃 𝐴 , como sendo a ração de resultados favoráveis 𝐴 e o número de resultados possíveis. 𝑃 𝐴 = 𝑛°𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑛° 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠 Teoria Frequentista Na observação de um certo fenômeno através de um experimento, a probabilidade de um certo evento 𝐴 é definida como a sua frequência observada, à medida que o número de ensaios tende para o infinito. 𝑃 𝐴 = lim 𝑛→∞ 𝑛𝐴 𝑛 Em que 𝑛𝐴 é o número de ensaios em que o evento 𝐴 foi observado, e 𝑛 o número total de ensaios. À medida que o número de repetições da experiência aleatória aumenta, a frequência relativa com quer se realiza A tende a estabilizar para um valor entre 0 e 1. Probabilidade subjetiva e lógica Define-se como uma medida do grau de confiança de uma pessoa em relação a uma proposição. Ela é função da quantidade de informação disponível pela pessoa, e possui a restrição de que deve obedecer a critérios de consistência, obedecendo aos axiomas de probabilidade. Revisão de probabilidade Definição formal de probabilidade Seja o espaço amostral Ω um conjunto não vazio. Uma probabilidade em Ω é uma função de conjunto 𝑃 que associa a subconjuntos 𝐴 de Ω um numero real 𝑃(𝐴) que satisfaz os axiomas de Kolmogorov: I) Para todo 𝐴 ⊆ Ω , 0 ≤ 𝑃 𝐴 ≤ 1; II) P Ω = 1 III) Se𝐴 ⊆ Ω , B ⊆ Ω e 𝐴 ∩ 𝐵 = ∅ então 𝑃 𝐴 ∪ 𝐵 = 𝑃 𝐴 + 𝑃 𝐵 I) Se 𝐴1, 𝐴2, … , 𝐴𝑛 Forem, dois a dois, eventualmente excludentes (disjuntos), então: 𝑃 ∪𝑖=1 ∞ 𝐴𝑖 = 𝑃 𝐴𝑖 ∞ 𝑖=1 Revisão de probabilidade Variável aleatória: é uma função que associa a cada elemento de Ω um número real. EXEMPLO 2: Sabe-se que uma fabrica 25% dos itens produzidos apresentam algum problema de fabricação: Itens defeituosos 𝐷 → 𝑃 𝐷 = 1 4 Itens perfeitos 𝑃𝑒 → 𝑃 𝑃𝑒 = 3 4 Revisão de probabilidade Para uma amostra 𝑛 = 2 peças retiradas é possível construir uma tabela onde 𝑋 é o número de peças defeituosas que pode ocorrer e 𝑃(𝑋) será a probabilidade do resultado. 𝑋 0 1 2 (𝑃𝑒, 𝑃𝑒) (𝐷, 𝑃𝑒)(𝑃𝑒, 𝐷) (𝐷, 𝐷) 𝑃(𝑋) 3 4 ∗ 3 4 = 9 16 1 4 ∗ 3 4 + 3 4 ∗ 1 4 = 6 16 1 4 ∗ 1 4 = 1 16 Revisão de probabilidade Variáveis Aleatórias Discretas Assume somente um número enumerável de valores (finito ou infinito). • 𝑃 𝑋 = 𝑥 Função de probabilidade (fp) • 𝑃 𝑋 = 𝑥𝑖 ≥ 0 para todo i. • 𝑃 𝑋 = 𝑥𝑖 = 1 ∞ 𝑖=1 Revisão de probabilidade Variáveis aleatórias contínuas Corresponderem aos dados de medida, pertencentes aos ℝ, assim como para variáveis continuas em geral.... • 𝑓 𝑥 Função de densidade (f.d.p) • 𝑓(𝑥) ≥ 0 para qualquer valor de 𝑥 • ∫ 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 = 1 ∞ −∞ • 𝑃 𝑎 ≤ 𝑋 ≤ 𝑏 = ∫ 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 𝑏 𝑎 Função de distribuição de probabilidade, simplesmente função de distribuição. Em geral ela é representada por 𝐹 𝑥 , ou Φ(𝑥). 𝐹 𝑥𝑘 = 𝑃 𝑋 ≤ 𝑥𝑘 = 𝑓𝑋 𝑧 𝑑𝑧 𝑥𝑘 −∞ 𝑃 𝑋 = 𝑥𝑖 𝑘 𝑖=0 Revisão de probabilidade EXEMPLO 3: a) b) 𝑃 𝑋 = 𝑥 = 0,6 𝑠𝑒 𝑥 = 0 0,4 𝑠𝑒 𝑥 = 1 0, 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟á𝑟𝑖𝑜 c) 𝑃 𝑋 = 𝑥 = 0,7 𝑠𝑒 𝑥 = 0 0,5 𝑠𝑒 𝑥 = 1 0, 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟á𝑟𝑖𝑜 Revisão de probabilidade 𝑿 1 2 3 4 𝑃(𝑋) 0,1 0,2 0,3 0,4 d) 𝑓 𝑥 = 6 5 (𝑥2 + 𝑥) 0 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑥 ≤ 1 𝑐. 𝑐. e) 𝑓 𝑥 = 2𝑒−2𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0 f) 𝑓 𝑥 = 1 10 𝑥 + 1 10 , 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑥 ≤ 2 − 3 40 𝑥 + 9 20 , 𝑠𝑒 2 < 𝑥 ≤ 6 0, 𝑐. 𝑐. ...a motivação histórica: uma forma de avaliar ganhos em jogos com apostas a dinheiro Representa o ponto de equilíbrio da distribuição de seus valores. ...serve como parâmetro para vários modelos como Poisson e Normal. Esperança de variáveis aleatórias Revisão de probabilidade A esperança de uma variável aleatória 𝑋 é dada por: Variáveis aleatórias discretas 𝐸 𝑋 = 𝑥𝑖𝑃 𝑋 = 𝑥𝑖 ∞ 𝑖=1 = 𝜇 Variáveis aleatórias Continuas 𝐸 𝑋 = 𝑥𝑓 𝑥 𝑑𝑥 ∞ −∞ = 𝜇 Esperança de variáveis aleatórias Revisão de probabilidade Seja 𝑋 uma variável aleatória e 𝑔 . uma função, ambos com domínio e contradomínio real. O valor esperado do valor da função 𝑔 𝑋 . Denotado por 𝐸 𝑔 𝑋 é definido por: 𝐸 𝑔 𝑋 = 𝑔 𝑥𝑗 𝑃 𝑋 = 𝑥𝑗 , 𝑗 𝑋 𝑑𝑖𝑠𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 𝑔 𝑥 𝑓𝑋 𝑥 𝑑𝑥 ∞ −∞ , 𝑋 𝑐𝑜𝑛𝑡í𝑛𝑢𝑜 Esperança de uma função de variáveis aleatórias a) b) 𝑃 𝑋 = 𝑥 = 0,6 𝑠𝑒 𝑥 = 0 0,4 𝑠𝑒 𝑥 = 1 0, 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟á𝑟𝑖𝑜 c) 𝑃 𝑋 = 𝑥 = 0,7 𝑠𝑒 𝑥 = 0 0,5 𝑠𝑒 𝑥 = 1 0, 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟á𝑟𝑖𝑜 𝑿 1 2 3 4 𝑃(𝑋) 0,1 0,2 0,3 0,4 d) 𝑓 𝑥 = 6 5 (𝑥2 + 𝑥) 0 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑥 ≤ 1 𝑐. 𝑐. e) 𝑓 𝑥 = 2𝑒−2𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0 f) 𝑓 𝑥 = 1 10 𝑥 + 1 10 , 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑥 ≤ 2 − 3 40 𝑥 + 9 20 , 𝑠𝑒 2 < 𝑥 ≤ 6 0, 𝑐. 𝑐. Calcule a esperança probabilística para os modelos a baixo (caso o modelo seja probabilístico) Matemática atuarial Aula 2-Juros e Inflação Danilo Machado Pires a) b) 𝑃 𝑋 = 𝑥 = 0,6 𝑠𝑒 𝑥 = 0 0,4 𝑠𝑒 𝑥 = 1 0, 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟á𝑟𝑖𝑜 c) 𝑃 𝑋 = 𝑥 = 0,7 𝑠𝑒 𝑥 = 0 0,5 𝑠𝑒 𝑥 = 1 0, 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟á𝑟𝑖𝑜 𝑿 1 2 3 4 𝑃(𝑋) 0,1 0,2 0,3 0,4 d) 𝑓 𝑥 = 6 5 (𝑥2 + 𝑥) 0 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑥 ≤ 1 𝑐. 𝑐.e) 𝑓 𝑥 = 2𝑒−2𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0 f) 𝑓 𝑥 = 1 10 𝑥 + 1 10 , 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑥 ≤ 2 − 3 40 𝑥 + 9 20 , 𝑠𝑒 2 < 𝑥 ≤ 6 0, 𝑐. 𝑐. Calcule a esperança probabilística para os modelos a baixo (caso o modelo seja probabilístico) d) 𝑓 𝑥 = 6 5 (𝑥2 + 𝑥) 0 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑥 ≤ 1 𝑐. 𝑐. 6 5 𝑥2 + 𝑥 𝑑𝑥 1 0 = 6 5 1 3 + 1 2 − 0,3 0 3 + 0 2 = 6 5 5 6 = 1 e) 𝑓 𝑥 = 2𝑒−2𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0 2𝑒−2𝑥𝑑𝑥 ∞ 0 = lim 𝑥→∞ − 1 𝑒2𝑥 − − 1 𝑒2 0 = 1 f) 𝑓 𝑥 = 1 10 𝑥 + 1 10 , 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑥 ≤ 2 − 3 40 𝑥 + 9 20 , 𝑠𝑒 2 < 𝑥 ≤ 6 0, 𝑐. 𝑐. 1 10 𝑥 + 1 10 𝒅𝒙 ∞ 𝟎 + − 3 40 𝑥 + 9 20 𝒅𝒙 ∞ 𝟎 𝑥2 20 + 𝑥 10 0 2 + − 3𝑥2 80 + 9𝑥 20 2 6 2 5 + 3 5 = 1 a) b) 𝑃 𝑋 = 𝑥 = 0,6 𝑠𝑒 𝑥 = 0 0,4 𝑠𝑒 𝑥 = 1 0, 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟á𝑟𝑖𝑜 Variáveis aleatórias 𝑋 1 2 3 4 𝑃(𝑋) 0,1 0,2 0,3 0,4 d) 𝑓 𝑥 = 6 5 (𝑥2 + 𝑥) 0 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑥 ≤ 1 𝑐. 𝑐. e) 𝑓 𝑥 = 2𝑒−2𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0 f) 𝑓 𝑥 = 1 10 𝑥 + 1 10 , 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑥 ≤ 2 − 3 40 𝑥 + 9 20 , 𝑠𝑒 2 < 𝑥 ≤ 6 0, 𝑐. 𝑐. a) 𝐸 𝑋 = 1 ∗ 0,1 + 2 ∗ 0,2 + 3 ∗ 0,3 + 4 ∗ 0,4 = 3 b) 𝑃 𝑋 = 𝑥 = 0,6 𝑠𝑒 𝑥 = 0 0,4 𝑠𝑒 𝑥 = 1 0, 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟á𝑟𝑖𝑜 𝐸 𝑋 = 0 ∗ 0,6 + 1 ∗ 0,4 = 0,4 𝑿 1 2 3 4 𝑃(𝑋) 0,1 0,2 0,3 0,4 d) 𝑓 𝑥 = 6 5 (𝑥2 + 𝑥) 0 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑥 ≤ 1 𝑐. 𝑐. 𝐸 𝑋 = 𝑥 6 5 𝑥2 + 𝑥 𝑑𝑥 1 0 = 6 20 𝑥4 + 6𝑥3 15 0 1 = 7 10 e) 𝑓 𝑥 = 2𝑒−2𝑥 , 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0 𝐸 𝑋 = 2𝑥𝑒−2𝑥𝑑𝑥 ∞ 0 = 𝑢𝑣 − ∫ 𝑣𝑑𝑢 𝑢 = 2𝑥 → 𝑑𝑢 𝑑𝑥 = 2 𝑑𝑣 = 𝑒−2𝑥𝑑𝑥 → 𝑣 = − 𝑒−2𝑥 2 𝐸 𝑋 = 2𝑥 − 𝑒−2𝑥 2 0 ∞ − − 𝑒−2𝑥 2 2𝑑𝑥 ∞ 0 = −𝑥𝑒−2𝑥 0 ∞ − 𝑒−2𝑥 2 0 ∞ 𝐸 𝑋 = − lim 𝑥→∞ 𝑥 𝑒2𝑥 + 0 1 − lim 𝑥→∞ 1 2𝑒2𝑥 − 1 2 = 1 2 f 𝑓 𝑥 = 1 10 𝑥 + 1 10 , 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑥 ≤ 2 − 3 40 𝑥 + 9 20 , 𝑠𝑒 2 < 𝑥 ≤ 6 0, 𝑐. 𝑐. 𝐸(𝑋) = 𝑥 1 10 𝑥 + 1 10 𝑑𝑥 2 0 + 𝑥 − 3 40 𝑥 + 9 20 𝑑𝑥 6 2 𝐸(𝑋) = 𝑥3 30 + 𝑥2 20 0 2 + − 3𝑥3 120 + 9𝑥2 40 2 6 𝐸(𝑋) = 8 30 + 4 20 + − 648 120 + 324 40 − − 24 120 + 36 40 𝐸(𝑋) = 7 15 + 27 10 − 7 10 = 37 15 Ao longo do processo de desenvolvimento das sociedades constatou-se que: Bens e os serviços poderiam ser consumidos e guardados para o consumo futuro. Consumo Falta Acúmulo Estoque ( ..Gerar novos bens através do processo produtivo ) Estoques Bens Valores monetários Podem aumentar gradativamente conforme a utilidade temporal. Juros As principais variáveis envolvidas no processo de quantificação financeira: Capital 𝑷 : Todo acúmulo de valores monetários em um determinado período de tempo, a riqueza, também chamado de principal. Unidade de tempo (𝒏): é a unidade temporal geralmente expressa anos, trimestres, meses ... Taxa de juros 𝒊 : é a taxa de incremento que o capital sobre por unidade de tempo. Juros 𝑱 : é a remuneração de um capital 𝑷 aplicada a uma certa taxa 𝒊 durante um determinado período 𝒏, ou seja, preço do crédito. Juros A existência de Juros decorre de vários fatores, entre os quais destacam-se: Inflação: A diminuição do poder aquisitivo da moeda num determinado período de tempo...; Riscos: Eventos que podem causar desequilíbrio ao patrimônio. Outros: Aquisição ou oferta de empréstimo a terceiros. Juros Quando o juro incide no decorrer do tempo sempre sobre o capital inicial, dizemos que temos um sistema de capitalização simples. Juros simples 𝐽 = 𝑃. 𝑖. 𝑛 Juros produzidos depois de 𝑛 períodos, do capital 𝑃 Aplicado a uma taxa de juros 𝑖. Montante 𝑴 𝑀 = 𝑃 1 + 𝑖. 𝑛 Capital inicial adicionado aos juros produzidos no período. Juros Simples EXEMPLO 5: Faz-se um deposito de $1000 em uma conta que paga 0,5% de juros simples, mensalmente. Determine uma sequência que represente os saldos mensais. Juros Simples 𝒏 Juros Simples por período 𝐽 Montante 𝑀 1 1000 0,005 = 5 1000 1 + 0,005.1 = 1005 2 1000 0,005 = 5 1000 1 + 0,005.2 = 1010 3 1000 0,005 = 5 1000 1 + 0,005.3 = 1015 4 1000 0,005 = 5 1000 1 + 0,005.4 = 1020 EXEMPLO 6: Calcule o montante ao final de dez anos de um capital 𝑅$10000,00 aplicada à taxa de juros simples de 18% ao semestre 18% 𝑎. 𝑠 . Resp.: Juros Simples EXEMPLO 6: Calcule o montante ao final de dez anos de um capital 𝑅$10000,00 aplicada à taxa de juros simples de 18% ao semestre 18% 𝑎. 𝑠 . Resp.: Em 10 anos existem 20 semestres, logo: 𝑀 = 10000 1 + 0,18.20 = 𝑅$46000,00 O juro produzi nesse período foi de: 𝐽 = 10000 0,18.20 = 𝑅$36000,00 Juros Simples Quando a taxa de juros incide sobre o capital atualizado com os juros do período (montante), dizemos que temos um sistema de capitalização composta. Considera que os juros formados em cada período são acrescidos ao capital formando um montante, capital mais juros, do período. Cada montante formado é constituído do capital inicial, juros acumulados e dos juros sobre juros formados em período anteriores. Juros Compostos EXEMPLO 7: Faz-se um deposito de $1000 em uma conta que paga 0,5% de juros, composto mensalmente. Determine uma sequencia que represente os saldos mensais. 1° mês 𝑀1 = 1000 + 1000. 0,005 = 𝟏𝟎𝟎𝟎. (𝟏, 𝟎𝟎𝟓) 2° mês M2 = M1 + M1 . 0,005 = 𝑀1 1,005 = 𝟏𝟎𝟎𝟎. (𝟏, 𝟎𝟎𝟓) 1,005 = 1000 1,005 2 3° mês M3 = 𝑀2 + M2. 0,005 = 𝑀2 1,005 = 1000 1,005 2 . 1,005 = 1000 1,005 3 4° mês M4 = 𝑀3 + M3. 0,005 = 𝑀3 1,005 = 1000 1,005 3 . 1,005 = 1000 1,005 4 … 𝐌𝒏 = 𝟏𝟎𝟎𝟎 𝟏, 𝟎𝟎𝟓 𝒏 Juros Composto EXEMPLO 7: Faz-se um deposito de $1000 em uma conta que paga 0,5% de juros , mensalmente. Determine uma sequencia que represente os saldos mensais (juros por período e montante) pelo capitalização simples e composta Na prática, as empresas, órgãos governamentais e investidores utilizam os juros compostos. Juros Compostos 𝒏 Juros Simples 𝐽 Montante 𝑀 Juros compostos (J) Montante (𝑀) 1 1000.0,005 = 5 1000 1 + 0,005.1 = 1005 1000 . (0,005) = 5 1000 1 + 0,005 1 = 1005 2 1000.0,005 = 5 1000 1 + 0,005.2 = 1010 1005 . (0,005) = 5,0251000 1 + 0,005 2 = 1010,025 3 1000.0,005 = 5 1000 1 + 0,005.3 = 1015 1010,025 . (0,005) = 5,0501 1000 1 + 0,005 3 = 1015,075 4 1000.0,005 = 5 1000 1 + 0,005.4 = 1020 1015,075 . (0,005) = 5,0753 1000 1 + 0,005 4 = 1020.151 𝐽 = 𝑃. 𝑖 𝑀𝑛 = 𝑃 1 + 𝑖. 𝑛 𝐽𝑛 = M𝑛−1. 𝑖 M𝑛 = 𝑃 1 + 𝑖 𝑛 EXEMPLO 8: João teve seu carro roubado. Ao comunicar o sinistro para a seguradora, recebeu a seguinte proposta como indenização: 𝑅$20000,00 agora ou 𝑅$21211,92 daqui a 60 dias. Qual a taxa de juros mensal utilizada pela seguradora? 𝑀 = 𝑃 1 + 𝑖 𝑛 𝑀 = 21211,91 𝑃 = 20000 𝑛 = 60𝑑𝑖𝑎𝑠 → 2𝑚ê𝑠 Juros Compostos EXEMPLO 8: João teve seu carro roubado. Ao comunicar o sinistro para a seguradora, recebeu a seguinte proposta como indenização: 𝑅$20000,00 agora ou 𝑅$21211,92 daqui a 60 dias. Qual a taxa de juros mensal utilizada pela seguradora? 𝑀 = 𝑃 1 + 𝑖 𝑛 𝑀 = 21211,91 𝑃 = 20000 𝑛 = 60𝑑𝑖𝑎𝑠 → 2𝑚ê𝑠 21211,92 = 20000 1 + 𝑖 2 1,0606 = 1 + 𝑖 2 1,0606 1 2 = 1 + 𝑖 1,03 = 1 + 𝑖 𝑖 = 0,03 → 3% 𝑎𝑜 𝑚ê𝑠 Juros Compostos Taxas proporcionais São taxas que se relacionam linearmente (juros simples). Exemplo9: Fulano empresta 𝑅$2000,00 a sua irmã, cobrando 4% ao mês. Quanto receberá daqui 12 meses? 𝑀 = 2000 1 + 0,04. (12 ) = 𝑅$2960,00 Essa taxa é proporcional a 0,04 ∗ 2 ao bimestre, assim 12 meses são 6 bimestres. 𝑀 = 2000 1 + 0,08 6 = 𝑅$2960,00 Taxas equivalente As taxas não se relacionam de forma linear (juros compostos). Exemplo10: Fulano empresta 𝑅$2000,00 a sua irmã, cobrando 4% ao mês. Quanto receberá daqui 12 meses? 𝑀 = 2000 1 + 0,04 12 = 𝑅$3202,06 Diferente de: 𝑀 = 2000 1 + 0,08 6 = 𝑅$3173,74 Juros Compostos Taxas equivalente As taxas equivalente são chamadas assim pois apesar de serem diferentes, se aplicadas a um mesmo capital, produzem e uma mesma data o mesmo montante. Exemplo11: Fulano empresta 𝑅$2000,00 a sua irmã, cobrando 4% ao mês. Quanto receberá daqui 12 meses? 𝑀 = 2000 1 + 0,04 12 = 𝑅$3202,06 E em relação ao bimestre? Juros Compostos Taxas equivalente As taxas equivalente são chamadas assim pois apesar de serem diferentes, se aplicadas a um mesmo capital, produzem e uma mesma data o mesmo montante. Exemplo11: Fulano empresta 𝑅$2000,00 a sua irmã, cobrando 4% ao mês. Quanto receberá daqui 12 meses? 1 + 0,04 12 = 1 + 𝑖 6 𝑖 = 0,0816 Essa taxa é equivale a 0,0816 ao bimestre, assim 12 meses são 6 bimestres. 𝑀 = 2000 1 + 0,0816 6 = 𝑅$3202,06 Juros Compostos Matemática atuarial Aula 3-Juros e Inflação Danilo Machado Pires 𝑀 = 𝑃 1 + 𝑖 𝑛 O capital 𝑃 também é chamado de valor presente, F0, (𝑉. 𝑃. ) e o montante 𝑀 de valor futuro, 𝐹 (𝑉. 𝑃. ), assim: 𝐹 = 𝐹0 𝑖 + 1 𝑛 Logo: 𝐹0 = 1 1 + 𝑖 𝑛 𝐹 𝐹𝐶𝐶 𝑖, 𝑛 = 1 + 𝑖 𝑛 : fator de capitalização ( O incremento no valor presente até se tornar valor futuro). FAC i, n = 𝑣 = 1 1+𝑖 é chamado de fator de atualização do capital, ou fator de desconto ( O decremento no valor futuro até voltar ao valor presente). Juros Compostos - Valor presente e Valor futuro EXEMPLO 12: Quando deve ser investido agora para acumular 𝑅$200,00 ao final de 3 anos à taxa de 5% a.a? Juros Compostos - Valor presente e Valor futuro EXEMPLO 12: Quando deve ser investido agora para acumular 𝑅$200,00 ao final de 3 anos à taxa de 5% a.a? 𝐹0 = 1 1 + 𝑖 𝑛 𝐹 𝐹0 = 1 1 + 0,05 3 200 = 𝑅$172,77 O valor de 𝑅$172,77 é o valor presente necessário para que se tenha R$200,00 depois de 3 anos de rendimento a uma taxa de 5% ao ano. Juros Compostos - Valor presente e Valor futuro EXEMPLO 13: Qual o valor de resgate de uma aplicação de 𝑅$12000,00 em um título pelo prazo de 8 meses à taxa de juros composta de 3,5% a. m.? Juros Compostos - Valor presente e Valor futuro EXEMPLO 13: Qual o valor de resgate de uma aplicação de 𝑅$12000,00 em um título pelo prazo de 8 meses à taxa de juros composta de 3,5% a. m.? 𝐹 = 𝐹0 𝑖 + 1 𝑛 𝐹 = 12000 1 + 0,035 8 = 𝑅$15801,71 Juros Compostos - Valor presente e Valor futuro EXEMPLO 14: Se uma pessoa deseja obter 𝑅$27500,00 dentro de um ano, quanto deverá ela depositar hoje numa poupança que rende 1,7% de juros compostos ao mês? Juros Compostos - Valor presente e Valor futuro EXEMPLO 14: Se uma pessoa deseja obter 𝑅$27500,00 dentro de um ano, quanto deverá ela depositar hoje numa poupança que rende 1,7% de juros compostos ao mês? 𝐹0 = 1 1 + 𝑖 𝑛 𝐹 𝐹0 = 𝑣 𝑛𝐹 𝐹0 = 1 1 + 0,017 12 17500 = 𝑅$22463,70 Juros Compostos - Valor presente e Valor futuro Série é generalização do conceito de soma para uma sequencia de infinitos termos. 𝑆𝑛 = 𝑎𝑛 = 𝑎1 + 𝑎2 + 𝑎3 + ⋯ ∞ 𝑛=1 Denota-se por sequencia de somas parciais de um séria os seguintes termos: 𝑆1 = 𝑎1 𝑆2 = 𝑎1 + 𝑎2 𝑆3 = 𝑎1 + 𝑎2 + 𝑎3 … Juros Compostos Depósitos em série Se 𝑎 é um número real diferente de zero, então a série infinita: 𝑆𝑛 = 𝑎𝑟 𝑛 = 𝑎 + 𝑎𝑟 + 𝑎𝑟2+. . +𝑎𝑟𝑛 ∞ 𝑛=0 É chamada, série geométrica de razão r Neste caso a sequencia de somas parciais da série é: 𝑆0 = 𝑎 𝑆1 = 𝑎 + 𝑎𝑟 𝑆2 = 𝑎 + 𝑎𝑟 + 𝑎𝑟 2 … . Juros Compostos Depósitos em série A n-ésima soma parcial de uma séria geométrica𝑆𝑛 = 𝑎𝑟 𝑛∞ 𝑛=0 é 𝑺𝒏 = 𝒂 𝟏 − 𝒓𝒏+𝟏 𝟏 − 𝒓 para 𝑟 ≠ 1 Demonstração: 𝑆𝑛 = 𝑎 + 𝑎𝑟+. . +𝑎𝑟 𝑛 1 Multiplicando-se pela razão 𝑟: 𝑟𝑆𝑛 = 𝑎𝑟 + 𝑎𝑟 2 + ⋯+ 𝑎𝑟𝑛+1 2 Subtraindo-se a (2) de 1 , cancelando-se os termos repetidos: 𝑆𝑛 − 𝑟𝑆𝑛 = 𝑎 + 𝑎𝑟+. . +𝑎𝑟 𝑛 − 𝑎𝑟 + 𝑎𝑟2 + ⋯ + 𝑎𝑟𝑛+1 𝑆𝑛 − 𝑟𝑆𝑛 = 𝑎 − 𝑎𝑟 𝑛+1 𝑆𝑛 1 − 𝑟 = 𝑎 1 − 𝑟 𝑛+1 𝑺𝒏 = 𝒂 𝟏 − 𝒓𝒏+𝟏 𝟏 − 𝒓 Juros Composto Depósitos em série Série de pagamentos é um conjunto de pagamentos de valores 𝑅1, 𝑅2, 𝑅3, . . , 𝑅𝑛 distribuidos ao longo do tempo (𝑛 períodos). Pagamentos ( ou recebimentos) constantes. Pagamentos ( ou recebimentos) distintos. Juros Compostos Depósitos em série O conjunto de pagamentos ao longo dos 𝒏 períodos, constitui-se num fluxo de caixa. Fluxo Antecipado: Pagamentos ( ou recebimentos) no início dos períodos, ou seja, os depósitos ou pagamentos ocorrem na data zero. No caso de depósitos o montante é resgatado UM PERÍODO APÓS o último depósito. Fluxo Postecipado: Pagamentos ( ou recebimentos) no final dos períodos, ou seja, os depósitos ocorrem um período após a data zero. No caso de depósitos o montante é resgatado com O ÚLTIMO DEPÓSITO. Juros Compostos Depósitos em série EXEMPLO 15: (Pagamentos constantes.) Faz-se um depósito mensal de 𝑅$ 50 durante 2 anos em uma conta de poupança que paga juros 0,5%, composto mensalmente. Qual é o montante na conta ao fim de dois anos? Considere o fluxo antecipado. Juros Compostos Depósitos em série Depois de 24 meses o dinheiro depositado no primeiro mês montara á:𝑀24 = 50 1 + 0,005 24 = 50 1,005 24 Após 23 meses, o dinheiro depositado no segundo mês montará á: 𝑀23 = 50 1 + 0,005 23 = 50 1,005 23 O último deposito renderá por um único período, 𝑀1 = 50(1 + 0,005) Montante para o depositado no mês 1 Montante para o depositado no mês 2 Montante para o depositado no mês 3 Mês 0 $50 depositado Mês 1 𝑀1 $50 depositado Mês 2 𝑀2 𝑀1 $50 depositado Mês 3 𝑀3 𝑀2 𝑀1 … … .. .. … Mês 24 𝑀24 𝑀23 𝑀22 … Prosseguindo desta maneira, vemos que o montante resultante dos 24 depois será: 𝐹24 = 𝑀24 + 𝑀23 + 𝑀22+. . +𝑀1 = 𝑀𝑛 24 𝑛=1 𝐹24 = 𝑅 1 + 𝑖 24 + 𝑅 1 + 𝑖 23 + 𝑅 1 + 𝑖 22 + ⋯ + 𝑅 1 + 𝑖 = 𝑅 1 + 𝑖 𝑛 24 𝑛=1 𝑭𝟐𝟒 = 𝟓𝟎 𝟏, 𝟎𝟎𝟓 𝒏 𝟐𝟒 𝒏=𝟏 = −50 + 50 1,005 𝑛 24 𝑛=0 Repare que trata-se de um série geometria de razão: r = 1,005 = 1 + 𝑖, e constantes iguais a: a = 50 = 𝑅 Como 𝑆 = 𝑆24 + 𝑆23 + 𝑆22+. . +𝑆0 = 𝒂 𝟏 − 𝒓𝟐𝟒+𝟏 𝟏 − 𝒓 temos 𝑅 + 𝐹24 = 𝑅 1 − 1 + 𝑖 24+1 1 − (1 + 𝑖) = −𝑅 1 − 1 + 𝑖 24+1 𝑖 = 𝑅 1 + 𝑖 24+1 − 1 𝑖 𝐹24 = 𝑅 1 + 𝑖 24+1 − 1 𝑖 − 𝑅 = 𝑅 1 + 𝑖 24 1 + 𝑖 − 𝑅 − 𝑅𝑖 𝑖 𝐹24 = 𝑅 1 + 𝑖 24 1 + 𝑖 − 1 + 𝑖 𝑖 = 𝑅 1 + 𝑖 1 + 𝑖 24 − 1 𝑖 Logo: 𝐹24 = 50(1,005) 1,00524 − 1 0,005 ≅ $1277,956 No caso de pagamentos variáveis tem-se que ( fluxo antecipado *). Fluxo antecipado porém o modelo considera deposito no mês de resgate, dai é um fluxo genérico na verdade. Após o primeiro mês o primeiro deposito 𝐹0 montara á: 𝐹1 = 𝐹0 1 + 𝑖 + 𝑅1 Após o segundo mês o primeiro deposito (𝐹0) acrescido de 𝑅1 montara á: 𝐹2 = 𝐹1 1 + 𝑖 + 𝑅2 Sucessivamente temos que: 𝐹3 = 𝐹2 1 + 𝑖 + 𝑅3 𝐹4 = 𝐹3 1 + 𝑖 + 𝑅4 … 𝑭𝒏 = 𝑭𝒏−𝟏 𝒊 + 𝟏 + 𝑹𝒏 Juros Compostos Depósitos em série Note também que: 𝐹1 = 𝐹0 1 + 𝑖 + R1 𝐹2 = 𝐹1 1 + 𝑖 + R2 = 𝐹0 1 + 𝑖 + R1 1 + 𝑖 + 𝑅2 𝐹2 = 𝐹0 1 + 𝑖 2 + 1 + 𝑖 𝑅1 + 𝑅2 𝐹3 = 𝐹2 1 + 𝑖 + 𝑅3 = 𝐹0 1 + 𝑖 2 + 1 + 𝑖 𝑅1 + 𝑅2 1 + 𝑖 + 𝑅3 𝐹3 = 𝐹0 1 + 𝑖 3 + 1 + 𝑖 2𝑅1 + 1 + 𝑖 𝑅2 + 𝑅3 𝐹4 = 𝐹3 1 + 𝑖 + R4 = 𝐹0 1 + 𝑖 3 + 1 + 𝑖 2𝑅1 + 1 + 𝑖 𝑅2 + 𝑅3 1 + 𝑖 + 𝑅4 𝐹4 = 𝐹0 1 + 𝑖 4 + 1 + 𝑖 3𝑅1 + 1 + 𝑖 2𝑅2 +(1 + 𝑖)𝑅3 +𝑅4 … 𝐹𝑛 = 𝐹0 𝑖 + 1 n + 1 + 𝑖 𝑛−𝑗𝑅𝑗 𝑛 𝑗=1 Acumulação do capital inicial. Soma dos valores acumulados nos depósitos intermediários. Juros Compostos Depósitos em série Modelo genérico 𝐹𝑛 = 𝐹0 𝑖 + 1 n + 1 + 𝑖 𝑛−𝑗𝑅𝑗 𝑛 𝑗=1 Fluxo antecipado 𝐹𝑛 = 𝐹0 𝑖 + 1 𝑛 + 1 + 𝑖 𝑛−𝑗R𝑗 𝒏−𝟏 𝑗=1 Fluxo postecipado 𝐹𝑛 = 1 + 𝑖 𝑛−𝑗𝑅𝑗 𝑛 𝑗=1 Juros Compostos Depósitos em série EXEMPLO 16: Faz-se um depósito mensal de 𝑅$ 100,00 em uma conta de poupança que paga juros de 0,6% a.m. Qual é o montante na conta ao fim de três meses? Considere o fluxo antecipado e postecipado. Fluxo Antecipado Fluxo postecipado Pagamento Constante 𝐹𝑛 = 𝑅(1 + 𝑖) 1 + 𝑖 𝑛 − 1 𝑖 𝐹𝑛 = 𝑅 1 + 𝑖 𝑛 − 1 𝑖 Pagamento Variável 𝐹𝑛 = 𝐹0 𝑖 + 1 n + 1 + 𝑖 𝑛−𝑗𝑅𝑗 𝑛−1 𝑗=1 𝐹𝑛 = 1 + 𝑖 𝑛−𝑗𝑅𝑗 𝑛 𝑗=1 Fluxo antecipado: 𝐹3 = 100(1 + 0,006) 1 + 0,006 3 − 1 0,006 = 𝑅$303,6144 Fluxo postecipado: 𝐹3 = 100 1 + 0,006 3 − 1 0,006 = 𝑅$301,8036 Fluxo antecipado: 𝐹3 = 100(1 + 0,006) 1 + 0,006 3 − 1 0,006 = 𝑅$303,6144 ou 𝐹3 = 100 1 + 0,006 3 + 1 + 0,006 3−𝑗100 2 𝑗=1 = 100 1,006 3 + 1,006 2100 + 1,006 100 = 𝑅$303,6144 Fluxo postecipado: 𝐹3 = 100 1 + 0,006 3 − 1 0,006 = 𝑅$301,8036 ou 𝐹3 = 1 + 0,006 3−𝑗100 = 1,006 2100 + 1,006 100 + 1 3 𝑗=1 00 = R$301,8036 Lista 2: a) Aplicando-se 𝑅$1000,00 por um prazo de dois anos a uma taxa de 5% ao semestre, qual será o montante no fim do período? b) Um capital de 𝑅$2000000,00 é aplicado durante um ano e três meses à taxa de 2% 𝑎. 𝑚. Quais os juros gerados no período? c) Determinado capital aplicado a juros compostos durante 12 meses, gera um juros igual ao valor aplicado. Qual a taxa mensal dessa aplicação? e) Calcule o montante de 𝑅$1000,00 aplicados a 10% a.a. durante 50 dias. Juros Compostos - Valor presente e Valor futuro Matemática atuarial Aula 4-Juros e Inflação Danilo Machado Pires Determinar o principal 𝑃 que deve ser aplicada a uma taxa 𝑖 para que se possa retirar o valor 𝑅 em cada um dos 𝑛 períodos. Qual valor 𝑃 que financiado à taxa 𝑖 por período, pode ser amortizado em 𝑛 pagamentos iguais a 𝑅. Lembrando que: 𝐹 = 𝐹0 1 + 𝑖 𝑛 e F0 = 𝐹 1 1+𝑖 𝑛 = 𝐹𝑣 Fluxo Antecipado Fluxo postecipado Pagamento Constante 𝑃 = 𝑅 1 + 𝑖 𝑛 − 1 𝑖 1 + 𝑖 𝑛−1 𝑃 = 𝑅 1 + 𝑖 𝑛 − 1 𝑖 1 + 𝑖 𝑛 Pagamento Variável 𝑃 = 𝐹0 + 1 1 + 𝑖 𝑗 𝑅𝑗 𝑛−1 𝑗=1 𝑃 = 1 1 + 𝑖 𝑗 𝑅𝑗 𝑛 𝑗=1 EXEMPLO17: Uma empresa conseguiu um financiamento de 𝑅$15000,00 a ser liberado em 4 prestações, sendo a primeira paga no ato da liberação dos recursos, a uma taxa de 2% ao mês. Qual o valor da prestação? Resp.: 𝑃 = 150000 𝑖 = 0,02 𝑛 = 4 𝑃 = 𝑅 1 + 𝑖 𝑛 − 1 𝑖 1 + 𝑖 𝑛−1 EXEMPLO17: Uma empresa conseguiu um financiamento de 𝑅$15000,00 a ser liberado em 4 prestações, sendo a primeira paga no ato da liberação dos recursos, a uma taxa de 2% ao mês. Qual o valor da prestação? Resp.: 𝑃 = 𝑅 1 + 𝑖 𝑛 − 1 𝑖 1 + 𝑖 𝑛−1 𝑅 = 𝑃 𝑖 1 + 𝑖 𝑛−1 1 + 𝑖 𝑛 − 1 = 15000 0,02(1,023) 1,024 − 1 = 𝑅$3862,11 EXEMPLO 18: Uma empresa conseguiu um financiamento de 𝑅$15000,00 a ser liberado em 4 prestações, sendo a primeira paga 30 dias após a liberação dos recursos, a uma taxa de 2% ao mês. Qual o valor da prestação? Resp.: 𝑃 = 𝑅 1 + 𝑖 𝑛 − 1 𝑖 1 + 𝑖 𝑛 EXEMPLO 18: Uma empresa conseguiu um financiamento de 𝑅$15000,00 a ser liberado em 4 prestações, sendo a primeira paga 30 dias após a liberação dos recursos, a uma taxa de 2% ao mês. Qual o valor da prestação? Resp.: 𝑃 = 𝑅 1 + 𝑖 𝑛 − 1 𝑖 1 + 𝑖 𝑛 𝑅 = 𝑃 𝑖 1 + 𝑖 𝑛 1 + 𝑖 𝑛 − 1 = 15000 0,02(1,024) 1,024 − 1 = 𝑅$3939,356 Pagamento no ato da liberação dos recursos P = 𝐹0 + 1 1 + 𝑖 𝑗 𝑅𝑗 𝑛−1 𝑗=1 = 𝑅 + 1 1 + 𝑖 𝑅 + 1 1 + 𝑖 2 𝑅 + 1 1 + 𝑖 3 𝑅 𝑅 = 𝑃 1 + 1 1 + 𝑖 + 1 1 + 𝑖 2 + 1 1 + 𝑖 3 = 15000 1 + 1 1,02 + 1 1,0404 + 1 1,0612 = 𝑅$3862,11 Pagamento 30 dias após a liberação dos recursos 𝑃 = 1 1 + 𝑖 𝑗 𝑅𝑗 𝑛 𝑗=1 = 1 1 + 𝑖 𝑅 + 1 1 + 𝑖 2 𝑅 + 1 1 + 𝑖 3 𝑅 1 1 + 𝑖 4 𝑅 𝑅 = 𝑃 1 1 + 𝑖 + 1 1 + 𝑖 2 + 1 1 + 𝑖 3 1 1 + 𝑖 4 = 15000 1 1,02 + 1 1,02 2 + 1 1,02 3 + 1 1,02 4 𝑅 = 𝑅$3939,35 Taxanominal É quando o período de formação e incorporação dos juros ao capital não coincide com aquele a que a taxa está referida. -340% ao semestre com capitalização mensal. -1150% ao ano com capitalização mensal. - 300% ao ano com capitalização trimestral Taxa Efetiva É quando o período de formação e incorporação dos juros ao capital coincide com aquela a que a taxa está referida. - 140% ao mês com capitalização mensal. - 250% ao semestre com capitalização semestral. - 1250% ao ano com capitalização anual. Taxas de Juros EXEMPLO 19: Uma empresa contraia um empréstimo de R$100000,00 em um banco, cuja condição seja taxa de juros de 36% ao ano, capitalizados mensalmente. Quanto será a dívida depois de um ano? Resp. A taxa nominal corresponde a 36% 𝑎. 𝑎. A taxa efetiva será de 42,25% 𝑎. 𝑎. Pois: 𝑖 = 36 12 = 3% ao mês Assim: 1 + 0,03 12 = 1 + 𝑖 𝑖 = 42,58%𝑎. 𝑎. Logo 𝐹 = 100000 1 + 0,4258 = 𝑅$142580,00 Taxas de Juros Dada a taxa nominal, se quiser saber a taxa efetiva basta descapitalizar a juros simples (divisão) e capitalizar a juros compostos. 𝑖 𝑛 = 𝑛 1 + 𝑖 1 𝑛 − 1 Em que 𝑖 𝑛 é a taxa nominal, com 𝑛 períodos de conversão e 𝑖 é a taxa efetiva anual. 𝑖 = 1 + 𝑖 𝑛 𝑛 𝑛 − 1 Relações equivalentes 1 + 𝑖𝑑 360 = 1 + 𝑖𝑚 12 = 1 + 𝑖𝑏 6 = 1 + 𝑖𝑡 4 = 1 + 𝑖𝑞 3 = 1 + 𝑖𝑠 2 = (1 + 𝑖𝑎) Taxas de Juros EXEMPLO 20 Sendo as taxas com capitalizações mensais, 340% ao semestre e 300% ao ano, qual será as taxas de juros efetivas ao final de um ano? Taxas mensais 𝑖 = 340 6 = 56,67% 𝑖 = 300 12 = 25% Taxas efetivas 1 + 0,5667 6 = 1 + 𝑖 𝑖 = 1378% a.s 1 + 0,25 12 = 1 + 𝑖 𝑖 = 1355% a.a Taxas de Juros EXEMPLO 21 Sendo a taxas de juros de 6% anual com capitalizações trimestral, qual será as taxas de juros efetiva ao final de uma ano? Taxa trimestral: 𝑖 = 6 4 = 1,5% Taxas efetivas: 1 + 0,015 4 = 1 + 𝑖 𝑖 = 6,136% a.a Taxas de Juros EXEMPLO 22 (exercício) Admitindo-se uma taxa de 72% ao ano, mostre como se comporta a taxa efetiva supondo os períodos de capitação: diário, mensal, bimestral, trimestral, quadrimestral, semestral e anual. Taxas de Juros Taxa instantânea de juros A taxa nominal corresponde a soma das taxas cobradas em todas os períodos. Ou seja, 12% ao mês corresponde nominalmente em 144% ao ano. Se o número de períodos dos quais se compõem a taxa nominal crescem muito, dizemos que essa taxa é uma soma contínua, também chamada de taxa de juros instantânea. De acordo com Hull1, “ taxas de juros capitalizados continuamente são bastante utilizadas quando as opções e outros derivativos complexos estão sendo precificados. E para fins práticos a capitalização contínua pode ser considerada equivalente à diária” Taxas de Juros 1 Hulll, John. Introdução aos mercados futuros e de opões. 2. ed. São Paulo: Bolsa Mercantil e de Futuros, Cultura editores Associados, p. 52-54,1996 Taxa instantânea de juros e taxa de juros efetiva 1 + 𝑖 𝑛 𝑛 𝑛 𝐹0 = 1 + 𝑖 𝐹0 𝑖 = 1 + 𝑖 𝑛 𝑛 𝑛 − 1 A partir desse ponto usamos o símbolo 𝛿 para mostra que a taxa nominal trata-se de uma taxa instantânea. lim 𝑛→∞ 𝑖 = lim 𝑛→∞ 1 + 𝛿 𝑛 𝑛 − lim 𝑛→∞ 1 𝑖 = 𝑒𝛿 − 1 𝑒𝛿 = 1 + 𝑖 Taxas de Juros 𝑘𝑒𝑟 = lim 𝑛→∞ 𝑘 1 + 𝑟 𝑛 𝑛 Taxa instantânea de juros e taxa de juros efetiva 𝑒𝛿 = 1 + 𝑖 𝛿 = ln 1 + 𝑖 Em que 𝜹, é a taxa de juros instantânea e 𝒊 é a taxa de juros efetiva. Assim o cálculo do valor futuro em um regime de capitalização contínua é dado por: 𝐹 = 𝐹0 1 + 𝑖 𝑛 = 𝑭𝟎𝒆 𝜹.𝒏 Ou 𝐹0 = 𝐹 1 1 + 𝑖 𝑛 = 𝐹𝑒−𝛿.𝑛 = 𝑭𝒗𝒏 Importante lembrar que por se tratar de período contínuo é comum representar 𝑛 como sendo 𝑡. Taxas de Juros EXEMPLO 23 Um certo banco paga juros de 15% ao mês, em um regime de capitalização contínua. Quanto um cidadão deve investir para que daqui a dois anos possa retirar 𝑅$1000000,00? 𝐹0 = 𝐹𝑒 −𝛿.𝑛 𝐹0 = 1000000𝑒 −0,15(24) = R$27323,72 Taxas de Juros Inflação Aumento médio de preços, ocorrido no período considerado, usualmente medido por um índice expresso como taxa percentual. FIPE FGV DIEESE É a elevação generalizada dos preços de uma economia. Excesso de gastos Aumento de salários mais rápido do que da produtividade Aumento dos lucros Aumento nos preços das matérias primas Inércia Juros e inflação Taxa real de juros 𝑡𝑟 Essa taxa elimina o efeito da inflação Podem ser inclusive negativas A relação entre a taxa de juros efetiva 𝑖 a taxa de inflação no período 𝑗 e a taxa real 𝑡𝑟 é dada por: 1 + 𝑖 = 1 + 𝑡𝑟 1 + 𝑗 O calculo também pode ser feito em relação a taxa de juros nominal Juros e inflação EXEMPLO 24 Suponha que para o período de 1 ano, a inflação tenha sido de 15%. E a taxa nominal de juros que um banco cobra sobre um empréstimo (capitalizado mensalmente) seja de 36% ao ano. Qual é a taxa real de ganho do banco? Juros e inflação EXEMPLO 24 Suponha que para o período de 1 ano, a inflação tenha sido de 15%. E a taxa nominal de juros que um banco cobra sobre um empréstimo (capitalizado mensalmente) seja de 36%. Qual é a taxa real de ganho do banco? Resp.: 𝑖 𝑛 = 36 12 = 3% ao mês 1 + 0,03 12 = 1 + 𝑖 𝑖 = 42,58%𝑎. 𝑎. 1 + 0,4258 = 1 + 𝑡𝑟 1 + 0,15 𝑡𝑟 = 23,98%𝑎. 𝑎. O ganho real do banco terá sido de 23,98%𝑎. 𝑎. Juros e inflação
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