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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos 
Administração de Recursos Materiais A Opção Certa Para a Sua Realização 1 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE 
RECURSOS MATERIAIS: 
 
Funções e objetivos da administração de materiais; classificação e 
especificação de materiais; compras; registros; cadastro de forne-
cedores; acompanhamento de pedidos. 
 
Administração de Material 
 
INTRODUÇÃO 
 
Não há como uma empresa funcionar sem a existência de recursos, 
sejam eles financeiros, humanos ou materiais. Esta disciplina irá focar a 
sua atenção sobre estes últimos, sejam eles no que diz respeito aos insu-
mos ou aos bens patrimoniais indispensáveis no processo de fabricação. 
 
Com a crescente concorrência existente por um participação no mer-
cado consumidor as empresas buscam identificar formas de melhorar seus 
desempenhos, encontrando maneiras diferentes de obterem vantagens 
competitivas. Uma das formas de obter uma vantagem, se não competitiva, 
mas pelo menos comparativa é através de uma boa gestão dos recursos 
materiais e patrimoniais. 
 
Com os custos crescente é importante gerir bem seus estoques e seu 
patrimônio produtivo de forma a utilizá-los com a máxima eficiência e eficá-
cia. É sobre isso que estaremos falando a partir de agora. 
 
 O CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS: 
 
Administração de Recursos Materiais engloba a sequência de opera-
ções que tem início na identificação do fornecedor, na compra do bem ou 
serviço, em seu recebimento, transporte interno e acondicionamento (arma-
zenagem), em seu transporte durante o processo produtivo, em sua arma-
zenagem como produto acabado e, finalmente, em sua distribuição ao 
consumidor final. 
 
 A IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS E SUA AM-
PLITUDE 
 
Sendo o ambiente competitivo como é faz-se necessário a busca de al-
ternativas de vencer os concorrentes. A administração de materiais é 
bastante ampla e pode contribuir a partir do momento que envolve as 
seguintes atividades: 
Gerenciamento dos recursos materiais: 
Gerenciamento dos estoques de : 
Materiais auxiliares 
Matéria-prima 
Produtos/materiais em processo 
Produtos acabados 
Gerenciamento dos Recursos Patrimoniais: 
Equipamentos 
Instalações, prédios, veículos, etc. 
Compras: 
O que deve ser comprado 
Como deve ser comprado 
Quando deve ser comprado 
Onde deve ser comprado 
De quem deve ser comprado 
Por que preço deve ser comprado 
Em que quantidade deve ser comprado 
Logística interna e 
Logística Externa 
 
Do desempenho satisfatório dessas atividades dependem os Departa-
mentos de Vendas, Produção, Manutenção, os Setores Administrativos, 
etc. 
Tem-se de considerar: 
que o número de itens e a diversidade dos mesmos é grande, 
que as informações tem de ser precisas e rápidas 
que a manutenção de estoques representa parcela significativa do ativo 
da empresa, etc. 
 
O ADMINISTRADOR DE MATERIAIS 
 
É o profissional a quem cabe o gerenciamento, o controle e a direção 
da empresa na área de materiais, buscando os melhores resultados em 
termos de lucratividade e produtividade. 
 
COMO AVALIAR O DESEMPENHO DA ÁREA DE MATERIAIS 
 
Dentro de cada uma das sub - áreas da administração de materiais po-
derão ser estabelecidos indicadores de desempenho próprios que devem 
fornecer informações sobre a realidade da área de materiais, possibilitando 
assim a tomada de ações corretivas de forma a eliminar os desvios, e para 
isso é preciso que: 
Os dados coletados sejam completos e confiáveis; 
Que expressem informação de valor para a empresa 
Devem ser simples de forma a que os próprios operadores possam co-
letá-los sem confusão 
Devem ser de fácil entendimento por todos 
 
Como exemplos podemos citar: 
% de erros nas ordens de compra 
% de itens comprados recebidos na data correta 
% de falta de matérias-primas 
Rotatividade dos estoques 
% do ativo imobilizado em estoques 
% de produtos acabados entregues aos clientes nas datas combina-
das, etc. 
 
EVOLUÇÃO E MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS NA ADMINSITRAÇÃO 
DE MATERIAIS 
 
Se considerarmos a posição do homem de produção e de vendas seu 
desejo é de que exista a maior quantidade de matérias-primas e produtos 
acabados, respectivamente, estocados de forma a poder atender as suas 
necessidades. Porém sendo a manutenção de estoques algo extremamen-
te caro para a empresa é preciso que o Administrador de Materiais equilibre 
os mesmos de forma a satisfazer ambos, os administradores de produção e 
vendas e também ao administrador financeiro. 
 
Sendo assim várias tem sido as etapas que vem ocorrendo dentro da 
administração de materiais cabendo ressaltar algumas delas tais como: 
A logística – operação integrada, que trata das atividades de movimen-
tação e armazenagem, que facilitam o fluxo de materiais e produtos desde 
a aquisição até o ponto de consumo final, bem como dos fluxos de informa-
ções; 
Técnicas japonesas de administração tais como o JIT/Kanban; 
Desenvolvimento de Parcerias – fornecedores preferenciais 
Programação de fornecedores – manter uma programação integrada 
entre o PCP da fábrica e o fornecedor via EDI (Eletronic Data Interchange) 
ou Internet 
O ECR (Efficient Consumer Response) ou resposta eficiente ao con-
sumidor – fornecedores e distribuidores trabalhando juntos para agregar 
valor para o consumidor e reduzir custos. 
Uso de simulações 
Uso de CEP para identificar rapidamente as variações nos processos, 
etc. 
 
DESAFIOS E TENDÊNCIAS 
 
Com certeza o maior desafio continuará sendo a busca do equilíbrio 
entre o nível dos estoques os recursos financeiros disponíveis. Quanto 
manter em estoque com o menor risco de falta de materiais. Como atender 
a esta equação. 
 
A tendência aponta para uma necessidade crescente no desenvolvi-
mento de técnicas de previsão que possibilitem minimizar as possibilidades 
de erro na administração dos recursos materiais. Será necessário que a 
área de materiais e seu administrador sejam o mais dinâmicos possível de 
forma a responder de forma rápida as movimentações do mercado. Para 
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isso um excelente suporte de informática é fundamental, fornecendo as 
informações em tempo real. 
 
A integração entre as empresas, fornecedores e compradores, deve 
ser cada vez mais intensa buscando ganhos para a cadeia como um todo. 
 
A Administração de Materiais é, sem dúvida, um ramo da Ciência da 
Administração - cujos princípios não podem escapar ao conhecimento de 
toda Secretaria - mesmo porque trata das normas que regem a administra-
ção de recursos essenciais à produção de bens e serviços. 
 
Em estudando o assunto, SÉRGIO BOLSONARO MESSIAS tece as 
seguintes considerações: 
 
"Sob a designação genérica de materiais entende-se, portanto, todas 
as coisas contabilizáveis que entram, na qualidade de elementos constituti-
vos e constituintes, na linha de produção de uma empresa. Além disso, 
abarca também designação outros itens contabilizáveis que, embora não 
contribuindo diretamente para a fabricação ou manufatura de produtos 
específicos, fazem parte da rotina diária da empresa. É o caso, por exem-
plo, de materiais de escritório para os serviços burocráticos, de materiais de 
limpeza para os serviços de conservação, de materiais de reposição para 
os serviços de manutenção, de materiais de segurança para os serviços de 
prevenção contra acidentes de trabalho, e assim por diante. 
 
A administração tem por finalidade assegurar o contínuo abastecimento 
de artigos próprios, necessários e capazes de atender aos serviçosexecutados por uma empresa. O abastecimento de materiais, porém, 
deverá processar-se com três requisitos básicos: 
a) qualidade produtiva; 
b) data de entrega; 
c) menor custo de aquisição 
 
Tais requisitos objetivam diminuir os custos operacionais da empresa 
para que ela e seus produtos possam ser competitivos no mercado. Para 
sermos mais específicos: os materiais precisam de qualidade produtiva 
para assegurar a aceitação do produto final. Precisam estar na empresa na 
data desejada para o seu pronto consumo e o preço de aquisição deles 
deve ser o menor, para que o bem acabado possa situar-se em boas con-
dições de concorrência nas áreas consumidoras e dar à empresa margem 
satisfatória de rentabilidade do capital investido em sua compra. 
 
A administração tem plena razão de ser quando determinado material, 
ou mesmo serviço, deve ser adquirido ou contratado fora da empresa. 
Vemos aí o começo do seu campo de atuação. A partir deste momento 
constatamos a essencialidade do serviço da administração de materiais, 
que se aplica a todas as empresas. sejam pequenas, médias ou grandes, 
uma vez que nenhuma delas - sobretudo as gigantescas e modernas 
organizações empresariais - é autosuficiente; necessitam de materiais que 
elas não produzem, em razão da diversificação do sistema de produção. 
Surge este serviço em toda sua expressão e razão de ser quando é 
formulado um pedido de qualquer material por quaisquer departamentos, 
divisões ou seções da empresa, visto que o princípio da administração de 
materiais é centralizar as aquisições, com o fim precípuo de conseguir 
melhor preço e melhor qualidade dos materiais a serem comprados. 
 
O serviço de administração de materiais continua ainda em seu campo 
próprio de atuação quando entrega o material pedido ou requisitado ao 
órgão consumidor dentro da empresa. Tem sob sua direta responsabilidade 
as tarefas administrativas de compra, transporte, armazenagem, conserva-
ção, manipulação e controle de estoques. Gerindo as tarefas administrati-
vas de compra, de transporte do material do fornecedor até o depósito ou 
armazém, de guarda e conservação, bem como de manipulação e de 
controle, o serviço de administração de materiais cuida desde a compra até 
a entrega ao utilizador dos materiais pedidos ou requisitados, obedecendo 
às especificação técnicas exigidas para cada material em particular. 
 
Após o fornecedor ter recebido o pagamento, segundo as condições 
previamente contratadas, o serviço de administração de materiais comple-
menta e completa a sua função, cessando aí toda a sua responsabilidade 
pelo material entregue ao utilizador ou consumidor dentro da empresa. 
 
Assim, o serviço de administração de materiais é o único setor dentro 
da empresa informado e autorizado para entrar em contato com os forne-
cedores e realizar compromissos entre aqueles e a empresa. 
 
O serviço de administração de materiais, por ser um dos setores vitais 
da empresa, merece lugar de destaque em sua organização. Hodiernamen-
te, vimos assistindo à sua crescente valorização e reconhecimento como 
setor principal - em nível de administração - ao lado de .setores outros, cuja 
importância já era assinalada. É plenamente justificável, portanto, que ele 
seja situado, no organograma da empresa, nos escalões superiores da 
administração" (in " Manual de Administração de Materiais", Atlas, 8ª edi-
ção, pgs. 14 e segs.). 
 
Funções e Objetivos 
 
"Na moderna estrutura empresarial, as funções precípuas do serviço de 
administração de materiais, como já assinalamos, são as de compra, trans-
porte, armazenagem, conservação, manipulação e controle de estoques, 
 
Deve ter um setor de compras, um de controle e outro de armazém. 
 
Incumbe ao setor de compras: 
1°) comprar ou alugar materiais ou serviços que a empresa necessita; 
2°) manter contato - quando necessário - com os serviços 
administrativos, em particular, ou em geral, da empresai e, 
3°) controlar o transporte dos materiais adquiridos. 
 
As compras de materiais ou aluguéis de serviços necessários à empre-
sa deverão ser feitos sempre junto aos fornecedores que apresentem boa 
qualidade e preço bom em suas mercadorias ou serviços, com relação aos 
seus demais concorrentes em determinada aquisição de materiais ou em 
certa contratação de serviços a ser efetuada. E também possam entregá-
los ou prestá-los dentro dos limites de tempo estatuídos pelo comprador, 
 
Apesar de as empresas possuírem um cadastro de fornecedores, pre-
cisarão ficar alertas, a fim de poder detectar o aparecimento de novos 
fornecedores e de novas organizações prestadoras de serviços, Ocorre, à 
vezes, que um novo fornecedor pode, por entrar recentemente no mercado, 
fabricar bens com novos métodos de produção mais eficientes, A conse-
qüência disto é obvia: melhor qualidade produtiva e melhores preços ou 
seus corolários ante os concorrentes - custo menor de produção e, portan-
to, pronta colocação nos mercados consumidores. 
 
Quanto à compras propriamente ditas, elas podem ser de dois tipos; as 
efetuadas no mercado local, ou compras locais, e as realizadas no mercado 
estrangeiro, mediante importação, ou compras importadas. Por outro lado, 
o aluguel de serviços poderá ser feito por meio de contrato por um período 
"x" com a organização prestadora de serviços, ou pela admissão de pesso-
al especializado na empresa, com tempo predeterminado ou estabelecido 
para a execução dos serviços pretendidos. 
 
O contrato que o setor de compras mantém com os serviços adminis-
trativos da empresa evidencia-se na estreita e intensa relação " poderíamos 
até designá-la por contínua - com a contabilidade geral, subordinada à 
administração financeira e orçamentária, 
 
O controle do transporte dos materiais adquiridos pela seção de com-
pras visa acompanhar, mediante as notas de conhecimento, o percurso dos 
bens, desde a saída dos fornecedores até a recepção na empresa, levando 
em consideração as condições de segurança e, principalmente, o rigoroso 
cumprimento das datas de entrega. Por outro lado, a empresa deverá ter 
uma frota de veículos " cuja quantidade dependerá, como é natural, do 
tamanho dela - para transportar alguns bens provenientes de fornecedores 
que não dispõem de meios de transporte próprios e, sobretudo, os importa-
dos, que, na maioria dos casos, chegam por via marítima. Para ilustrar esse 
aspecto, tomemos o exemplo do Estado de São Paulo, que possui em seu 
território apenas o porto de Santos para carga e descarga de materiais em 
larga escala. Estes, uma vez liberados pela alfândega - e quando aí são 
inspecionados os aspectos legais, securitários etc. nota-se sempre a pre-
sença de um elemento ou mais do setor de compras ou de armazém da 
empresa - tem de chegar até as organizações consumidoras por transporte 
rodoviário, próprio ou alugado. 
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Neste último caso, temos um exemplo de aluguel de serviços 
necessários à empresa, ligado à administração de materiais por intermédio 
da seção de compras, como já vimos. 
 
O setor de controle divide-se em dois tipos bem característicos: o con-
trole físico dos materiais adquiridos e o controle financeiro dos mesmos. 
Este setor também está estritamente relacionado com a contabilidade geral, 
porquanto deverá estar ciente das normas legais de escrituração para 
poder processar adequadamente suas atribuições específicas, mormente 
nas áreas de controle financeiro, O controle físico de materiais variará de 
acordo com o tamanho das empresas, uma vez que suas funções particula-
res abrangem a verificação e fiscalização do volume, da qualidade e da 
rotação dos estoques, 
 
Este setorde armazém ou depósito tem a competência da guarda, 
conservação e manipulação dos materiais, em obediência a um critério 
determinado, que mais adiante discutiremos, Esse setor divide-se em 
diversos subalmoxarifados, conforme a natureza dos materiais neles esto-
cados. Ademais, mantém contato e relações funcionais com a inspeção 
técnica, órgão subordinado à administração da produção. 
 
O funcionamento harmônico e integrado destes três tipos setores do 
serviço de administração de materiais garante o pleno exercício de suas 
funções e propicia a essa administração a coesão operacional indispensá-
vel que a situa como unidade em mútua articulação e dependência com as 
demais em nível hierárquico, em nível de planejamento e também em nível 
de decisão." (Sérgio Bolsonaro Messias, "Manual de Administração de 
Materiais", Atlas, 8ª, pgs, 18 a 20) 
 
Classificação dos Materiais 
 
Sobre Classificação de Materiais, Bolsonaro (Manual de Administração 
de Materiais, Atlas, 
8ª, pgs. 27 e 28) assim escreve: 
 
"Classificar materiais significa ordená-los segundo critérios preestabe-
lecidos, agrupando-os conforme as características semelhantes ou não, 
sem, contudo, ocasionar confusão ou dispersão no espaço e alteração na 
qualidade, em virtude de contatos com outros materiais de fácil decomposi-
ção, combustão, deterioração, etc. 
 
Essa classificação deve seguir o esquema decimal de Melville Dewey, 
que proporciona inúmeras variações de agrupamentos, permitindo a rápida 
identificação e localização dos materiais. 
 
Especificação dos Materiais 
 
Os departamentos de compras ou suprimentos, por seus auxiliares 
especializados, que são os agentes compradores, têm a felicidade de 
contarem, hoje em dia, com um grande auxiliar, que são as normas 
técnicas, as referências técnicas e as especificações; estas, sem dúvida, 
são de um auxílio e ajuda incomensuráveis. 
 
É evidente que através de uma descrição exata daquilo que se deseja, 
cria-se um clima de compreensão entre quem compra e quem vende 
alguma coisa. 
 
Em linhas gerais, a especificação nada mais é do que o comprador dar 
todos os detalhes, do que deseja adquirir, ao vendedor. 
 
Atualmente, aqueles que adquirem contam com os inestimáveis auxilia-
res, que são os institutos especializados e mundialmente conhecidos como 
A.S.T.M., A.S.A. e C.F.E.,, existindo ainda um sem número de especifica-
ções e normas técnicas, como por exemplo: As Alemãs, lnglesas, France-
sas, ltalianas, etc. 
 
Aqui no Brasil, contamos com a A,B,N, T, - Associação Brasileira de 
Normas Técnicas -, instituição genuinamente nacional, que não fica nada a 
dever às congêneres. 
 
Os serviços prestados pela A.B.N.T. ao País, com a colaboração das 
"Normas Brasileiras ,adotadas oficialmente em todo o Brasil, são de um 
valor inestimável. 
 
Os compradores modernos, utilizando e fornecendo aos vendedores 
especificações corretas e sucintas daquilo que desejam adquirir, estão 
automaticamente indicando, de maneira racional, aquilo que desejam 
comprar. E podemos concluir, que quanto mais precisas, minuciosas e com 
todos os detalhes descritos, ter-se-á certeza de que as cotações que irão 
receber estarão fundamentadas corretamente. 
 
Outro fato que revela o grande valor das especificações é o fato de a 
sua função dar, a todas as pessoas com quem desejamos transacionar, a 
indicação exata dos requisitos específicos e das nossas exigências. 
 
Com o uso das especificações, evitaremos uma série de mal 
entendido, que são muito comuns quando não se esclarece exatamente o 
que se deseja comprar ou adquirir. 
 
É, ainda, considerada como uma linguagem internacional, através da 
qual, independentemente da procedência ou nacionalidade, falar-se-á o 
mesmo idioma. 
 
Deve-se considerar, também, que uma especificação correta e precisa 
nos mínimos detalhes supera, na maioria das vezes, a uma amostra con-
creta, não oferecendo margens para dúvidas ou possibilidades de ofereci-
mentos similares, " (Sequeira de Araújo, " Administração de Materiais", 
Atlas, 5ª, pgs. 70 e 71). 
 
Recebimento dos Materiais 
 
O Setor de Recebimento de Materiais desempenha as funções de de-
sembalagem dos bens recebidos e verificação das quantidades e condi-
ções. Aqui surge a questão se se deve ou não suplementar o Setor de 
Recebimento com uma via do pedido de compra. 
 
Aqueles que se opõem a esse fornecimento argumentam que os verifi-
cadores tendem a tomar mais cuidado nas conferências quando eles não 
possuem meios de confrontação. Todavia, a emissão do relatório de rece-
bimento às cegas, exige que os conferentes possuam certos conhecimen-
tos adicionais aos normalmente necessários. Para solucionar essa dificul-
dade, surgiu um meio termo para o qual a cópia do pedido de compra 
enviada ao setor de recebimento não clontém as quantidades solicitadas. 
 
O relatório de recebimento é, pois, uma descrição dos materiais rece-
bidos: suas quantidades fornecedor, o número do pedido de compra, grau e 
condições dos materiais e outras informações julgadas oportunas. O relató-
rio de inspeção e teste de materiais pode, em alguns casos, ser feito no 
mesmo impresso do relatório de recebimento. 
 
lnspeção de recebimento. Em algumas empresas industriais há neces-
sidade de verificação completa e precisa dos materiais usados no processo 
produtivo, organizando-se, para tanto, os serviços de lnspeção de Recebi-
mento (subordinado ao setor de Controle de Qualidade) cuja principal 
atribuição é verificar se os bens recebidos estão de acordo com as especi-
ficações, desenhos e outras informações dadas ao fornecedor. Muitas 
vezes, essa conferência exige testes de laboratório feitos em amostras do 
material recebido. 
 
Como dito anteriormente, o resultado da inspeção e teste será indicado 
no relatório de inspeção e teste de materiais que pode estar incluído no 
próprio relatório de recebimento. 
 
Quando a encomenda for, em todo ou em parte, rejeitada, uma comu-
nicação imediata é feita ao setor de Compras; poderá ser realizada pelo 
relatório de recebimento e inspeção de materiais, quando for usado um 
único relatório para essas funções. Em seguida, o setor de Compras infor-
mará o fornecedor do ocorrido e providenciará a devolução dos bens rejei-
tados. " (Marco Aurélio P. Dias, "Gerência de Materiais", Atlas, 1988, p. 33 
e 34) 
 
Estocagem de Materiais 
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O Estoque é o conjunto de bens guardados para utilização na ocasião 
que a necessidade determinar. 
 
JORGE SEQUEIRA DE ARAÚJO repassa os seguintes ensinamentos 
sobre a estocagem de 
materiais: 
 
"Genericamente, a palavra estoques de origem inglesa - STOKS - sig-
nifica aquilo que é reservado para ser utilizado em tempo oportuno; poderá, 
outrossim, significar poupança ou previsão. 
 
Laconicamente os nossos dicionários, em sua maioria, esclarecem - 
mutatís mutandis - que são mercadorias geralmente destinadas a venda ou 
a exportação nas suas quantidades disponíveis. 
 
A concepção do verdadeiro significado ficará condicionada ao uso ou 
utilidade que venham a ter para cada um ; cada industrial, cada comercian-
te tem uma concepção própria sobre as vantagens e desvantagens da 
manutenção de seus estoques, uma cousa porém é comum: os estoques 
custaram dinheiro, valem dinheiro e terão que ser zelados como se dinheiro 
fosse. 
 
Este termo - zelado - poderá possuir diversos significados, como por 
exemplo: Os limites em que tais estoques deverão ser mantidos, pois tais 
limites implicam na soma de capitais a serem investidos, a fim de que os 
estoques não sejam sacrificados em seus "máximos e mínimos"; o que 
poderia redundar em prejuízo, pois se eles forem mal calculados, haverá 
possibilidades dos mesmos serem sobrepujados pela maior procura ou 
utilização, ou então pela menor procura ou aplicação. 
 
Estes cálculos de "máximos e mínimos " em estoque são naturalmente 
muito complexos; os mestres internacionais e os nossos mestres nacionais 
já gastaram muita tinta e fosfato; para explicar como efetuar tais previsões 
bastará dar uma vista de olhos na vasta literatura existente sobre a matéria, 
inclusive naquelas conhecidas por traduções para verificarmos como é 
complexa esta matéria. 
 
Geralmente, quando nos referimos a estoques, procuramos abordar as 
quantidades existentes, e raramente, muito raramente, a conservação 
destas quantidades; este é um ponto que merece ser trazido a debates, e 
sempre procuramos abordar nestes cursos rápidos e intensivos. 
É normal que cada empresa, de acordo com suas especializações, 
utilize processos próprios para a fixação de seus estoques e conservação 
de suas matérias-primas, máquinas, acessórios, materiais destinados a 
produção, a manutenção, a reposição, etc.; estes sistemas, métodos, 
processos são sempre peculiares ao ramo a que se dedicam; os 
profissionais almoxarifes, pela prática constante com tais materiais, que 
lhes permite utilizar meios próprios, conseguem prolongar a vida útil dos 
materiais sob sua custódia; estes processos ou sistemas preconizados pela 
"prática" muitas vezes se transformam em verdadeiros "segredos de ofício " 
que eles não gostam de transmitir a quem quer que seja. 
 
A custódia ou estocagem de materiais, matérias-primas, gêneros ali-
mentícios em geral exigem conhecimentos especializados dos responsá-
veis, fato este que valoriza o trabalho deste profissional no mercado de 
trabalho. 
 
Não somente o ângulo biológico deverá ser estudado, mas também os 
danos físicos que poderão inutilizar partidas consideráveis, como a "ferru-
gem" e outros eventos, insetos, roedores, etc. 
 
Normalmente os produtos químicos vêm acompanhados de instruções 
dos fabricantes, para sua melhor conservação em estocagem, não obstante 
existam milhares de itens, que geralmente são mantidos em custódia nos 
almoxarifados, por tempo muitas vezes prolongado, os quais não possuem 
nenhuma indicação; para estes, os almoxarifes terão de encontrar melhor 
solução. . 
 
Os mais adiantados pensadores do vasto mundo dos negócios estão 
de acordo que no momento atual estamos sentindo todo o peso de uma 
inflação mundial, difícil de controlar; as mercadorias, os materiais, as maté-
rias-primas, os equipamentos, os acessórios etc. em estoque numa organi-
zação, quer seja industrial, comercial ou em outro ramo qualquer da ativi-
dade humana, vale tanto ou mais do que o dinheiro depositado em estabe-
lecimento de crédito, considerando que no regime inflacionário que atra-
vessamos, a moeda tende sempre a desvalorizar-se, enquanto os esto-
ques, inversamente, valorizar-se-ão constantemente. 
 
Sem desejar particularizar a importância dos estoques para cada uma 
das atividades humanas, é necessário que se ressalte a importância da 
palavra que, também, poderá significar 
- previsão e provisão. 
 
Para melhor avaliarmos a importância dos estoques nas empresas, se-
ja de que tipo for, podemos compará-los ao trabalho do coração, de cujo 
perfeito funcionamento dependem a boa saúde e a própria vida de um ser. 
Da mesma forma a saúde e a vida de uma empresa, ou seja, a sua estabi-
lidade financeira e os lucros necessários ao seu desenvolvimento estão 
intimamente relacionados e dependentes de um bom trabalho do controle 
dos seus estoques. 
 
O estoque de uma empresa, configuradamente, é a válvula reguladora 
entre os abastecedores e os departamentos, seções, setores, etc., que 
consomem, utilizam, e transformam tudo aquilo que é adquirido sendo uma 
das principais funções dos estoques controlar, mantendo o necessário 
equilíbrio entre as aquisições e as necessidades certas do consumo. 
 
Não se deverá esquecer que a finalidade primordial dos estoques é a 
de alimentar os setores consumidores, em quantidades estritamente ne-
cessárias, em se tratando de produção industrial, e que, comercialmente 
falando, os estoques, também, deverão ser calculados com a maior apro-
ximação possível sobre a base de consumo ou de procura normais tendo 
em vista o fato de fazer-se grandes pedidos que venham a exceder o 
consumo médio, correndo o risco de imobilizar capitais consideráveis; ao 
contrário, se os pedidos forem muito restringidos, poderão ser sobrepujados 
pela procura, e neste caso, por não ter o que fornecer, o prejuízo será 
evidente, comercialmente falando. 
 
Com referência aos estoques industriais, devemos considerar que os 
estoques, em sua grande maioria, destinam-se à produção, cumprindo 
estudar os diversos tipos de estoques..." ("Administração de Materiais", 
Atlas, 5a Edição, pgs. 106 e segs.). 
 
Tipos de Estoques 
 
Há cinco tipos de estoques a serem considerados: 
 
estoque de Matérias-primas 
estoque de Produtos em fabricação 
estoque de Produtos acabados 
estoque de Produtos semi-acabados 
estoque Materiais indiretos. 
 
Matérias-primas: São os materiais básicos componentes dos bens 
produzidos. Sua utilização é diretamente proporcional à quantidade de bens 
fabricados. 
 
Produtos em fabricação: São bens ainda não acabados, faltando, 
ainda, algumas fases 
para serem completados. São também chamados semi-usinados. 
 
Produtos acabados: Estes já estão prontos para serem utilizados. 
Ficam estocados até 
sua entrega a quem vai utilizá-los. 
 
Produtos semi-acabados: São bens que ainda dependem de pequenos 
acertos, regulagens, pintura, lustramento, etc. 
 
Materiais indiretos: São materiais que não entram diretamente na 
produção de bens. 
Seu consumo não tem proporcionalidade com o volume da produção. 
 
Expedição: Distribuição de Materiais 
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Em "Administração de Materiais - Uma abordagem Logística", MARCO 
AURÉLIO P. DIAS 
(Atlas, 2ª, p. 34g e 35) escreve sobre o sistema de distribuição: 
 
O sistema de distribuição de produtos de uma empresa sempre foi im-
portante e complexo, pois o transporte é um considerável elemento de 
custo em toda a atividade industrial e comercial. Desde a crise do petróleo, 
num país onde quase 80% das mercadorias são transportadas via rodoviá-
ria, a racionalização desta operação passou a ser vital à estrutura econômi-
co-financeira das empresas. A decisão entre a frota própria, leasing ou 
transporte de terceiros é bem mais complexa do que parece. 
 
Cada situação tem características específicas e não existem regras ge-
rais que garantam o acerto da escolha. O que para determinada empresa é 
altamente rentável pode ser um fator de aumento de custos para outra. Em 
função disto, o responsável pela distribuição de produtos precisa ser um 
especialista, muito bem entrosado e conhecedor das demais áreas da 
empresa. 
 
Quando se toma conhecimento de que uma empresa, para mandar 20 t 
de carga num veículo cuja capacidade é de 25 t, está aumentando em 25% 
seu custo de frete, este custo adicional nem sempre é notado à primeira 
vista, mas ao final será a carga que pagará o frete falso ou a capacidade 
ociosa. 
 
O sistema rodoviário responde hoje pelo transporte de 70% a 80% das 
cargas movimentadas no Brasil, e, sem entrar no mérito de erros e acertos 
da política brasileira de transportes, essa realidade não se modificará 
sensivelmente em termos globais nas próximas décadas, por maiores que 
sejam os esforços do governo na modernização dos transportes marítimos 
e ferroviários. 
 
O sistemarodoviário opera em linha gerais, apoiado na infra-estrutura 
das 6.000 empresas existentes em todo Brasil, com seus terminais de 
carga, frotas de apoio, equipamentos para carga e descarga e estrutura de 
comunicação e administrativa. O transporte, propriamente dito, ou seja, o 
deslocamento da carga é feito pela utilização de duas grandes frotas: os 
57.OOO veículos carreteiros, ou seja, veículos com motoristas autônomos, 
proprietários de seus caminhões. Executando condições especiais, os 
carreteiros trabalham como subcontratados das empresas. 
 
Ao utilizar o sistema de transporte rodoviário, é necessário examinar 
algumas particularidades do material a ser transportado e, sempre que 
possível, adequá-lo com os equipamentos normalmente usados pelas 
empresas que operam o sistema. Tal precaução é indispensável para 
atingir-se o aproveitamento ótimo dos veículos em sua capacidade (peso 
ou metro cúbico) e, conseqüentemente, reduzir o custo operacional e o 
custo do frete. Sempre que um lote de carga permita o aproveitamento 
racional dos veículos, os transportadores têm a possibilidade de evitar a 
aplicação do sobrepreço ao frete final. Isso significa que, se o material 
oferecer condições para aproveitamento ótimo, o custo fica menor no 
cômputo final. 
 
De maneira geral, as empresas transportadoras remuneram seus ser-
viços mediante cobrança do frete e seus adicionais. Cada uma dentro de 
seu critério necessita obter remuneração compatível com seus custos 
operacionais, que não são diferentes das outras atividades econômicas. 
Assim, ao estipular o frete por tonelada ou por metro cúbico ou por viagem, 
a empresa tem de considerar todos os seus custos diretos e indiretos. 
 
Outro fator importante, para a análise de transportes, são as compras 
realizadas pela empresa. Vários fatores influem na decisão de operar as 
compras pelo sistema CIF ou FOB, e a tendência normal dos setores de 
compra é optar pelo primeiro, isto é, receber a carga em seus depósitos, 
deixando aos fornecedores a incumbência de escolher os meios de trans-
porte para o cumprimento dos prazos de entrega. Mas a elevação dos 
custos de transporte nos últimos tempos vem pressionando a política de 
vendas com o objetivo de transferir esses custos ao comprador, ou seja, os 
fornecedores procuram negociar FOB, retirando esta parcela de custo do 
produto a ser vendido. 
 
Embora as duas condições de custo continuem a ser praticadas, todos 
os negócios FOB trarão novo encargo para os responsáveis pela adminis-
tração de materiais: a escolha do transportador. Nas compras FOB, caberá 
ao comprador estabelecer uma política de transporte que lhe permita man-
ter custos adequados, ao mesmo tempo que terá de responder pela efici-
ência da operação para que seus insumos cheguem ao almoxarifado nos 
prazos necessários à manutenção dos estoques. Com isso torna-se indis-
pensável estabelecer critérios básicos de transporte que lhe permitam a 
escolha das opções mais condizentes com suas necessidades. 
 
É fácil constatarmos então a importância de um Departamento centrali-
zador de serviços de transportes utilizados pela empresa. Basta verificar-
mos que, quanto mais bem estruturados estivermos, maiores serão as 
possibilidades de colocação de produtos em diferentes mercados. Entretan-
to, a utilização de sistemas de distribuição não representa somente um 
custo adicional para a empresa, mas também fator relevante na formação 
do preço final do produto. 
 
No Brasil tal participação chega a níveis de 5% a 7%, dependendo, é 
claro, da mercadoria a ser distribuída. Estes índices, no entanto, são bem 
maiores para os países que possuem infra-estrutura de maior sofisticação 
para tais serviços; por exemplo, nos EUA, o nível de participação poderá 
estar compreendido entre um mínimo de 12% e máximo de 30%. 
 
Análise de Valor, Qualidade e Normas Técnicas de Materiais 
 
"A avaliação adequada dos materiais recebidos e localizados no esto-
que é um importante problema de contabilidade de custos. A questão é 
quais elementos deveriam ser incluídos na avaliação de materiais? O preço 
de fatura dos materiais no ponto de embarque do fornecedor, menos os 
descontos comerciais oferecidos (não confundir com descontos de caixa), 
mais os custos de transporte até o setor de recebimento do comprador, 
podem ser chamados de elementos visíveis do custo, os quais são facil-
mente reconhecidos nos registros contábeis. 
 
Mas que disposição deveria ser dada para outros itens do custo dos 
materiais de natureza menos tangível, tais como: recebimento, desembala-
gem, inspeção, teste, seguros, estocagem, controle e registros de estoque 
e custos de compra? lnegavelmente, esses custos ocorrem com a finalida-
de de colocar os materiais em condições de uso, tanto quanto os custos de 
transporte e o correspondente ao preço pago ao fornecedor. 
 
Dessa maneira, todos os custos incorridos para colocar os materiais 
em condições desejáveis de uso deveriam compor o custo real dos materi-
ais. Todavia, por propósitos práticos, para evitar dificuldades na determina-
ção do custo dos serviços de recebimento, manuseio, compra e estocagem 
aplicáveis a cada encomenda recebida de materiais, a maioria das empre-
sas se limita a computar os custos visíveis, ou seja, preço de fatura dos 
materiais, menos os descontos comerciais e mais despesas de transporte. 
 
Avaliação de estoque. As quatro principais bases de avaliação do 
estoque são as seguintes: 
 
Custo real. 
Custo ou mercado (o que for mais baixo). 
Custo de substituição. 
Valor de venda. 
 
Se a contabilidade segue uma técnica consistente de trabalho, o méto-
do mais lógico de avaliação de estoques é o do custo real. As informações 
para a Administração baseiam-se no custo real de departamentos, opera-
ções, territórios, produtos, encomendas etc., não incluindo qualquer resul-
tado (originado da adoção de qualquer outro método de avaliação), até a 
venda do produto ou liquidação da empresa. São os seguintes os argumen-
tos dados em favor da avaliação dos inventários pelo custo real: 
 
custo é uma base uniforme que pode ser aplicada para todos os 
elementos de estoque e usada consistentemente período após período. 
 
fato de haver flutuações nos preços de materiais ou mercadorias não 
significa necessariamente que os produtos vendidos estejam sujeitos às 
mesmas reações. 
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Administração de Recursos Materiais A Opção Certa Para a Sua Realização 6 
 
Os materiais ou mercadorias são apenas um elemento do custo do 
produto vendido; em muitas empresas, os custos da mão-de-obra direta 
dos gastos gerais de fabricação são muito mais significantes. 
 
É difícil determinar preços de mercado para materiais e panes 
acabadas não comuns (não padronizadas). 
 
Quando o método de custeamento usado for o FIFO ou o LIFO, em ge-
ral, os últimos custos no primeiro caso (FIFO) e os primeiros custos no 
segundo caso (LIFO) aproximam-se muito do valor de mercado ou custo de 
substituição. 
 
Quando o custo for usado como base não se admite a apuração de 
perdas ou lucros antecipados (afetando as operações correntes antes que 
a venda tenha sido realizada) 
 
Os preços de mercado podem ser comparados com custos estatísticos 
em relatórios e demonstrativos financeiros, sem haver necessidade de 
alteração dos registros contábeis. 
 
Uma objeção ao custo como base para cômputo de estoque relaciona-
se com a avaliação do balanço, Se o preço de mercado tem crescido em 
comparação com os custos reais, torna-se debatível se o estoque estimado 
na base do custo apresenta o valor correto, Todavia, essa não é uma 
objeção muito séria, porque se houver uma importante variação no valor de 
mercado, o inventáriopode ser avaliado pelo custo e, no rodapé do balan-
ço, ser indicado o valor do mercado, ou ainda, constituir-se uma reserva 
apropriada de reavaliação, 
 
O método de avaliação por custo ou mercado que for mais baixo, é ba-
seado na teoria que, se os preços de mercado são mais baixos do que o 
custo dos bens ou mercadorias, haverá uma variação correspondente no 
preço dos produtos vendáveis. As perdas antecipadas são concretizadas 
por um ajustamento dos inventários contra o débito na conta de Lucros e 
Perdas. Esse método tem aplicação muito difícil nas empresas industriais, 
porque são imensas as dificuldades na determinação do estoque de produ-
tos em processo de fabricação e centenas ou milhares os itens de materiais 
diretos. E, como pode ser facilmente percebido, freqüentemente não há 
qualquer correlação entre as flutuações dos preços de materiais e do 
produto acabado. 
 
O princípio do custo de substituição reconhece como base mais apro-
priada para a avaliação o preço de mercado, de estoques e bens disponí-
veis, ou seja, o preço que seria pago por eles na data do inventário. Neste 
caso, também se tem a antecipação do prejuízo ou lucro, conforme as 
condições do mercado (alta ou baixa). Este método, como o anterior, não é 
aceito para fins de imposto de renda, como, também, pelos contadores. 
 
O uso do preço de venda como método de avaliação de estoques é 
aceito apenas em certos casos. Os produtos defeituosos, materiais estra-
gados e co-produtos para fins de uma melhor determinação de custo, 
podem ser facilmente avaliados pelo preço de mercado. 
 
Métodos de Avaliação de Custo 
 
Um método de determinação de custos reais é a identificação específi-
ca de materiais em estoque com os preços efetivamente pagos por eles, 
constante da fatura do fornecedor ou qualquer registro de custo é aplicável, 
na prática, apenas quando existem poucos itens ou lotes de itens. A deter-
minação do custo correto de materiais é um problema complexo, a menos 
que todos tenham sido adquiridos sob contratos de longa duração a preço 
fixo. Os preços de mercado estão sujeitos a flutuações constantes, e, em 
vista disso, cada fatura recebida pode ter um preço mais alto ou mais baixo 
por unidade de material que a precedente. 
 
Outros métodos mais conhecidos de determinação de custos reais são: 
 
FIFO - First-in, first-out (primeiro a entrar, primeiro a sair)i 
LIFO - Last-in, last-out (último a entrar, último a sair); 
médio; 
custo standart 
 
Método FIFO: 
 
Este método é usado com sucesso para itens razoavelmente volumo-
sos e de custo unitário elevado desde que sejam facilmente identificáveis 
com o lote específico de compra a que pertençam. 
 
Quando este método é usado, pressupõe-se que as saídas de materi-
ais sejam feitas conforme a ordem cronológica de entrada, ou seja, os mais 
velhos primeiro; naturalmente, essas saídas são avaliadas pelo custo 
unitário do lote a que pertenciam e, por esse motivo, o estoque remanes-
cente é avaliado pelos custos unitários mais recentes. Se a quantidade 
desejada for maior que as unidades remanescentes do primeiro lote, usa-se 
o preço de custo do segundo lote para a diferença entre a quantidade 
requisitada e a remanescente do primeiro lote. Todavia, o manuseio físico 
do material, em geral, não obedece à ordem de custeamento, mesmo 
sendo recomendável para itens que estão sujeitos à deterioração e obso-
lescência. 
 
Método LIFO: 
 
Também é conhecido como método do "custo de substituição" e ba-
seia-se na argumentação que os lotes são consumidos na ordem inversa 
ao recebimento, ou seja, o último é consumido primeiro, em seguida o 
penúltimo, posteriormente o antepenúltimo, e assim por diante. 
 
Na realidade, esta prática não é inteiramente observada, isto é, não há 
a distinção física dos lotes de conformidade com a sua idade (tempo em 
estoque), mas uma distinção nos registros contábeis para fins de avaliação 
(apreçamento). 
 
O uso deste método tende a nivelar ou equilibrar os lucros e perdas du-
rante períodos seguidos de alta ou baixa de preços, ou seja, em períodos 
de alta os lucros decrescerão e, nos de baixa, crescerão. A demonstração 
de lucros e perdas é mais atual, comparada com os demais métodos de 
avaliação, embora, em conseqüência, o estoque aparecerá no balanço 
avaliado pelos preços mais antigos e, portanto, desatualizado. 
 
Método do preço médio: 
 
O método da média ponderada pode ser usado com grandes vanta-
gens quando o preço está sujeito a constantes variações (para baixo ou 
para cima), quando o estoque consiste em itens fungíveis encontrados na 
indústria do petróleo, mineração, alimentos enlatados etc., ou quando haja 
necessidade de mistura de um material com outro. 
 
Método do preço standart: 
 
Em muitas empresas este método é utilizado vantajosamente para 
certo período de tempo. 
Seu uso, exige que se realize, antecipadamente, um estudo dos contra-
tos de fornecimento efetuados, listas de preços e condições do mercado 
para o período contábil. Para maior facilidade burocrática, os custos dos 
bens adquiridos são ajustados para o standard por ocasião do seu recebi-
mento, evitando a necessidade de reajustamento dos custos unitários de 
cada item de material após cada entrada (método do custo médio pondera-
do) ou a identificação dos lotes remanescentes no Almoxarifado após cada 
saída (métodos FIFO e LIFOI." (MARCO AURÉLIO P. DIAS, em "Gerência 
de Materiais", Atlas, 1988, pgs. 37 a 40). 
 
Em discorrendo sobre A qualidade do Artigo, SEQUEIRA DE ARAÚJO 
ensina que "Em administração de materiais sabe-se, perfeitamente, que a 
qualidade do artigo é de importância fundamental em todas as compras e 
que na maioria das vezes um produto vende pela "tradição de qualidade". 
Tanto isto é verdade, que é objeto de zelo, por parte da maioria dos 
produtores, a manutenção da boa qualidade, fator que, sem dúvida alguma, 
dá origem à aceitação de suas mercadorias por parte dos consumidores. 
 
Os diretores, os gerentes, os administradores de materiais, dentro da 
moderna administração das empresas têm sob sua responsabilidade e, 
portanto, dependem de sua orientação, todos os setores que tenham rela-
ção com o controle dos materiais (quando nos referimos a materiais, gene-
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ricamente estamos nos referindo a tudo aquilo que diga respeito à inversão 
de capitais nas suas aquisições, quer sejam materiais destinados à produ-
ção, como ao consumo geral e manutenção). 
 
O Administrador de Materiais, dentro da moderna análise do cargo, de-
verá ser praticamente um técnico que conhece perfeitamente a origem e a 
qualidade do produto a ser adquirido, ou então, tendo dúvidas deverá 
recorrer às especificações, às normas técnicas, às referências ou a docu-
mentos referentes a fornecimentos anteriores, quando houver necessidade 
de especificar claramente um determinado artigo. 
 
A qualidade do artigo é considerada de grande importância no século 
em que vivemos, no qual estão sendo superadas tradicionais e importantes 
teorias. Por incrível que pareça, todos estes aspectos da evolução, a que 
assistimos, estão diretamente ligados ao fator qualidade, requisito tão 
necessário no terreno tecnológico. 
 
De um modo geral a qualidade que deverá possuir um material é regida 
por uma especificação adequada. A especificação de um material nada 
mais significa, de acordo com os mestres, do que a descrição do aspecto 
físico do mesmo; portanto tais descrições devem redigidas com clareza nos 
seus pormenores. 
 
Especificar corretamente um material é uma verdadeira obra de arte; 
especificar é determinar nos materiais de consumo,nas ferramentas-, nos 
equipamentos, nos acessórios, etc., as qualidades necessárias para a sua 
aplicação segura e econômica nos setores a que se destinam. 
 
As especificações, quando elaboradas com critério e conscienciosa-
mente, são auxiliares imprescindíveis de uma boa administração de materi-
ais. Tendo necessidade de adquirir algo, e tendo desse algo uma perfeita 
especificação, ter-se-á uma boa oportunidade de comprar corretamente o 
material que necessitamos. 
 
Atualmente não se ignora que uma especificação bem redigida 
equivale a uma amostra real e concreta, não permitindo dúvidas, nem 
deixando margem para a oferta de similares. 
 
Os trabalhos de especificação dos materiais de uma empresa serão 
sempre realizados por uma equipe e raramente por uma única pessoa, pois 
tarefa de tanta responsabilidade não poderá ser realizada a contento, por 
um único indivíduo. 
 
Como colaboração ao administrador de materiais, ou ao pessoal de 
sua equipe, ao qual será cometida a tarefa da especificação dos materiais 
utilizados pela empresa, iremos relacionar os fatores que deverão ser 
sempre tomados em consideração ao elaborar uma especificação de um 
determinado material: 
forma física; 
o enquadramento no tipo mais econômico; 
o comportamento em serviço. 
 
A forma física. Para se obter a forma física de qualquer material ou tipo 
de material, é necessário que a especificação se atenha à sua usinagem 
sob os seguintes preceitos: 
 
1°) a matéria-prima a ser empregada; 
2°) o volume, o peso, a consistência e a composição das matérias-
primas; 
3°) a resistência mecânica; 
4°) a forma que corresponda a uma apresentação que incida na 
psicologia do trabalho a ser executado. 
 
Tipo econômico. O tipo econômico do material é o que em linhas gerais 
obedece aos seguintes preceitos: 
1°) o volume do material, eliminando o supérfluo; 
2°) o custo da usinagem, considerada a quantidade a ser empregada; 
3°) a aplicação racional; 
4°) o tempo de vida útil. 
 
O comportamento em serviço. O Comportamento do material em 
serviço é a prova efetiva de sua boa formação física, e que se pode 
verificar por: 
1°) reação da matéria-prima na temperatura ambiente; 
2°) verificação da boa ou má aceitação quando utilizado; 
3°) defeitos verificados; 
4°) exame do desgaste quando empregado. 
 
De posse destes elementos, as pessoas que especificarem terão pos-
sibilidade de uma descrição completa de determinado material ou matéria-
prima, que ficará perfeitamente identificado, evitando assim confusões com 
similares. A aquisição de materiais de acordo com as especificações equi-
vale a uma garantia de qualidade. 
 
Um outro ângulo na administração de materiais, que se beneficia de 
forma acentuada, é o setor de conferência e recebimento dos materiais 
adquiridos para a empresa. 
 
O departamento de Compra ou o Agente Comprador, ao efetuar aquisi-
ções, por um dos sistemas adotados pela empresa, apresenta aos fornece-
dores todos os dados relativos ao material que necessita. 
 
Esses dados é que constituem as especificações, propriamente, assim 
denominadas. O comerciante consultado irá guiar-se para fornecer a sua 
cotação, pelas especificações descritivas que caracterizam o material, cuja 
cotação é solicitada. 
 
Após os necessários trâmites será emitida, pelo setor competente, uma 
ordem de compra em favor do fornecedor; este documento é feito em 
diversas vias, uma destas vias se destina ao almoxarifado que irá receber e 
conferir o material. 
 
No pedido ao fornecedor consta a especificação do material cuja cota-
ção foi aceita; portanto, na via destinada ao almoxarifado a mesma automa-
ticamente figura e por esta via é que ele poderá receber mercadorias, tendo 
por base, para a conferência, a especificação constante da mesma. 
 
A nota fiscal emitida pelo comerciante, de acordo com a lei, deverá ser 
o espelho da nota de compra recebida; da comparação dos dizeres cons-
tantes da via da nota de compra e da via da nota fiscal, o conferente ou 
recepcionista do almoxarifado poderá, então, iniciar a conferência direta 
dos materiais que está recebendo" ("Administração de Materiais", Atlas, 5ª, 
p. 40 a 43). 
 
Gestão de Estoque 
 
"É absolutamente imprescindível o bom controle dos estoques, para se 
atingir a meta das boas aquisições para um empresa. A finalidade precípua 
de tal controle é ter-se os itens à mão, quando necessário, e proporcionar a 
proteção adicional das reservas dos estoques (estoques mínimos), os quais 
são teoricamente intocáveis, porém servindo, na prática, para preencher as 
necessidades, quando demandas extraordinárias surgem, ou quando as 
compras de rotina não são bem sucedidas, como por exemplo, quando as 
entregas são retardadas ou rejeitadas. 
 
A finalidade, precípua dos estoques mínimos é a de permitir ao Depar-
tamento de Compras ou ao comprador da empresa, conforme o caso, 
efetuar as necessárias consultas aos fornecedores inscritos no cadastro de 
fornecedores, com o tempo folgado para que algumas ofertas sejam rece-
bidas e mesmo permitir outras vantagens, tais como: ajustar as quantida-
des de encomenda para que sejam de acordo com a embalagem comercial, 
padrão, lotes de fabricação econômicos e lotações completas de veículos 
de transportes, estudo dos tipos de pallets ou de containers (cofres de 
carga) a serem economicamente utilizados, com a finalidade de se obter 
um custo mínimo de transportes. 
 
Atualmente, cada dia que passa mais se difundem estes modernos 
meios de transportar cargas, tanto que, na aviação, já operam aviões 
cargueiros adaptados à utilização de pallets, denominados aviões paletiza-
dos, sendo de notar que, mais recentemente, os containers (cofres de 
carga) estão sobrepujando a utilização dos pallets, pois oferecem mais 
segurança e maneabilidade no transporte de mercadorias. 
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos 
Administração de Recursos Materiais A Opção Certa Para a Sua Realização 8 
 
Como ocorre na aviação, assim também acontece no transporte marí-
timo sendo que barcos especialmente construídos podem aumentar em 
muito a sua capacidade de carga a ser transportada de porto a porto, 
aumentando consideravelmente sua capacidade de transporte; entre outras 
vantagens operacionais, diminui o tempo de estadia nos portos, sendo 
digno de registro que, buscando abreviar tais estadias, algumas companhi-
as estão operando com um sistema de barcaças carregadas com contai-
ners que, embora o navio permaneça ao largo, elas se desprendem do 
barco, levando diretamente ao caís as mercadorias que transportam. 
 
A quantidade matemática das quantidades de encomendas economi-
camente interessantes, qualquer que seja a fórmula ou método, sempre 
representa o custo da manutenção de estoques, e as taxas variáveis para 
este fator, que são encontradas em algumas tabelas de quantidades a 
serem encomendadas, mostram que isto não é apenas uma questão de 
juros decorrentes dos investimentos nos estoques. Há evidentemente a 
consideração básica da administração e operação eficiente dos almoxarifa-
dos, o que depende, em parte, das diretrizes adotadas para os estoques. 
 
Os custos da manipulação e da manutenção de registros variam, como 
o fazem, também, os custos de compras, segundo a freqüência e o volume 
das encomendas e das entregas, e há quantidades ótimas do ponto de 
vista da administração dos estoques, que por sua vez não coincidem ne-
cessariamente com as quantidades ótimas de compras." 
 
A limitação das reais instalações de armazenagem são citadas como 
sendo um fator limitante na política das compras. Toda a área de custo de 
se proporcionar e manter instalações para a manipulação e o armazena-
mento é um problema da administração dosestoques. 
 
Enquanto o agente comprador talvez se preocupe com o dado geral re-
lativo ao emprego de materiais, anual ou mensalmente, o encarregado e 
responsável pelo controle dos estoques analisa o registro muito mais deta-
lhado do número de demandas por mês, por dia, como sendo este dado um 
item necessário para determinar os pontos de encomenda e as quantidades 
mínimas de estoque. Deste modo, são evitadas as faltas de estoque, em-
pregando-se os pedidos dos departamentos, relativos às suas necessida-
des operacionais. 
 
Devemos considerar, ainda, que o investimento em materiais é um fa-
tor da política financeira, que pode superar as considerações estritamente 
relativas aos custos e às quantidades de compras. Poderão existir excelen-
tes razões circunstanciais ou de diretrizes que sugiram uma política de 
investimentos em materiais, na qual as poupanças das compras sejam 
sacrificadas em benefício da fluidez das fontes de capital, ou sugiram, 
ainda, a sua aplicação em outras áreas dos negócios. As decisões adminis-
trativas desta espécie são, freqüentemente, completadas por meio de 
diretrizes estabelecidas para o estoque e seu controle. 
 
Deste modo, é verdade que as diretrizes de ação relativas às compras 
e aos estoques andam de mãos dadas. Têm ambas o objetivo comum de 
buscar o custo final mais barato e viável para os materiais comprados. 
 
Não obstante, há ocasiões em que a política de uma empresa para o 
estoque determina ou modifica a política estabelecida para as compras, em 
vez de acontecer o contrário. Esta é uma das razões para que se estabele-
ça o controle dos estoques como uma responsabilidade conjunta, onde 
quer que tal plano organizacional esteja sendo praticado. 
 
Não raro, o Depto. de Compras tem a responsabilidade do controle dos 
materiais, além das aquisições propriamente ditas; deve ter este ponto de 
vista amplo da função total do controle de materiais e ser capaz de adaptar, 
tanto a política de compras como a diretriz dos estoques para atingir, as-
sim, o objetivo final da Administração de Materiais. 
 
Estoques de Segurança. Uma das atribuições específicas do setor 
"CONTROLE DOS ESTOQUES" é evitar que a produção venha a ser 
paralisada por falta de um item do estoque. Este risco é mínimo pelo esta-
belecimento do estoque de segurança ou reserva. 
 
A falta de um pequeno item, como um rótulo ou um fino revestimento 
da tampa de uma garrafa, pode parar a produção, tão efetivamente como a 
falta de um ingrediente de grande importância para o produto ser embala-
do. 
 
Deste modo, torna-se ainda mais importante tomar providências para 
um estoque de segurança dos itens pequenos que serão controlados, 
atribuindo-lhes a mesma importância dos itens de maior importância. 
 
O estoque mínimo, ou como querem alguns, o estoque de segurança, 
ou então, estoque de reserva, é um problema básico do controle dos esto-
ques. Estoques de segurança demasiadamente grandes representam um 
desperdício, em se tratando de despesas, e podem adquirir um caráter 
muito sério. 
 
Um fato relativo aos estoques, que nem sempre é reconhecido é que, 
embora os estoques de segurança possam representar uma porcentagem 
relativamente pequena do valor total dos estoques movimentados durante o 
ano, eles podem chegar a 60% ou mais do estoque total a qualquer tempo, 
o que é a base do custo de manutenção de estoque. Por outro lado esto-
ques mínimos demasiadamente pequenos não cumprem a sua finalidade. 
 
Um estudo feito em uma grande indústria mostrou que a sua fábrica 
poderia operar com sucesso, sem qualquer efeito sério sobre a produção 
se 1,5% (um e meio por cento) dos itens de almoxarifado estivessem sem-
pre em falta nos estoques; e se 3% dos itens estivessem naquelas mesmas 
condições, as perdas de produção seriam sérias; chegando a 5% os pro-
gramas estariam completamente inutilizados e o Depto. de Compras teria 
um seríssimo problema em providenciar os itens necessários." (Sequeira de 
Araújo, "Administração de Materiais", Atlas, 5ª, p. 110 e segs.) 
As Empresas e Seus Recursos 
Toda produção depende da existência conjunta de três fatores de 
produção: natureza, capital e trabalho, integrados por um quarto fator 
denominado empresa. Para os economistas, todo processo produtivo se 
fundamenta na conjunção desses quatro fatores de produção. 
Os quatro fatores de produção. 
Cada um dos quatro fatores de produção tem uma função específica, a 
saber: 
a) Natureza: é o fator que fornece os insumos necessários à produção, 
como as matérias primas, os materiais, a energia etc. É o fator de produção 
que proporciona as entradas de insumos para que a produção possa se 
realizar. Dentre os insumos, figuram os materiais e matérias-primas; 
b) Capital: é o fator que fornece o dinheiro necessário para adquirir os 
insumos e pagar o pessoal. O capital representa o fator de produção que 
permite meios para comprar, adquirir e utilizar os demais fatores de produ-
ção; 
c) Trabalho: é o fator constituído pela mão-de-obra, que processa e 
transforma os insumos, através de operações manuais ou de máquinas e 
ferramentas, em produtos acabados ou serviços prestados. O trabalho 
representa o fator de produção que atua sobre os demais, isto é, que 
aciona e agiliza os outros fatores de produção. É comumente denominado 
mão-de-obra, porque se refere principalmente ao operário manual ou braçal 
que realiza operações físicas sobre as matérias-primas, com ou sem o 
auxílio de máquinas e equipamentos; 
d) Empresa: é o fator integrador capaz de aglutinar a natureza, o capi-
tal e o trabalho em um conjunto harmonioso que permite que o resultado 
alcançado seja muito maior do que a soma dos fatores aplicados no negó-
cio. A empresa constitui o sistema que aglutina e coordena todos os fatores 
de produção envolvidos, fazendo com que o resultado do conjunto supere o 
resultado que teria cada fator isoladamente. Isto significa que a empresa 
tem um efeito multiplicador, capaz de proporcionar um ganho adicional, que 
é o lucro. Mas adiante, ao falarmos de sistemas, teremos a oportunidade de 
conceituar esse efeito multiplicador, também denominado efeito sinergístico 
ou sinergia. Modernamente, esses fatores de produção costumam ser 
denominados recursos empresariais. Os principais recursos empresari-
ais são: Recursos Materiais, Recursos Financeiros, Recursos Humanos, 
Recursos Mercadológicos e Recursos Administrativos. 
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos 
Administração de Recursos Materiais A Opção Certa Para a Sua Realização 9 
Introdução Histórica a Administração de Materiais 
A atividade de material existe desde a mais remota época, através das 
trocas de caças e de utensílios até chegarmos aos dias de hoje, passando 
pela Revolução Industrial. Produzir, estocar, trocar objetos e mercadorias é 
algo tão antigo quanto a existência do ser humano. 
A Revolução Industrial, meados dos séc. XVIII e XIX, acirrou a concor-
rência de mercado e sofisticou as operações de comercialização dos produ-
tos, fazendo com que “compras” e “estoques” ganhassem maior importân-
cia. Este período foi marcado por modificações profundas nos métodos do 
sistema de fabricação e estocagem em maior escala. O trabalho, até então, 
totalmente artesanal foi em parte substituído pelas máquinas, fazendo com 
a produção evoluísse para um estágio tecnologicamente mais avançado e 
os estoques passassem a ser vistos sob um outro prisma pelas administra-
ções. A constante evolução fabril, o consumo, as exigências dos consumi-
dores, o mercado concorrente e novas tecnologias deram novo impulso à 
Administração de Materiais, fazendo com que a mesma fosse vista como 
uma arte e uma ciência das mais importantes para o alcance dos objetivos 
de uma organização, sejaela qualquer que fosse. 
Um dos fatos mais marcantes e que comprovaram a necessidade de 
que materiais devem ser administrados cientificamente foi, sem dúvida, as 
duas grandes guerras mundiais, isso sem contar com outros desejos de 
conquistas como, principalmente, o empreendimento de Napoleão Bona-
parte. Em todos os embates ficou comprovado que o fator abastecimento 
ou suprimento se constituiu em elemento de vital importância e que deter-
minou o sucesso ou o insucesso dos empreendimentos. Soldados e estra-
tégias por mais eficazes que fossem, eram insuficientes para o alcance dos 
resultados esperados. Munições, equipamentos, víveres, vestuários ade-
quados, combustíveis foram, são e serão necessários sempre, no momento 
oportuno e no local certo, isto quer dizer que administrar materiais é como 
administrar informações: “quem os têm quando necessita, no local e na 
quantidade necessária, possui ampla possibilidade de ser bem sucedido”. 
Para refletir: “Nos dias de hoje - Qual será a importância da Adminis-
tração de Materiais no projeto de um ônibus espacial?”. 
Objetivo e função da administração de materiais 
Pesquisas feitas em algumas empresas revelaram os seguintes dados: 
30% a 60% do estoque de ferramentas ficam espalhados pelo chão das 
fábricas, perdidos, deteriorando-se ou não disponíveis (dentro de caixas de 
ferramentas pessoais); o que resulta em média de 20% do tempo dos 
operadores desperdiçado procurando por ferramentas. Se somarmos meia 
hora por turno, chegaremos em mais de três semanas de trabalho perdidas 
por ano. 
Imagine quanto estas empresas deixaram de ganhar por não estarem 
gerenciando de maneira eficaz estes recursos do processo produtivo. 
A administração de materiais é muito mais do que o simples controle 
de estoques, envolve um vasto campo de relações que são interdependen-
tes e que precisam ser bem geridos para evitar desperdícios. 
A meta principal de uma empresa é maximizar o lucro sobre o capital 
investido e para atingir mais lucro ela deve usar o capital para que este não 
permaneça inativo. Espera-se então, que o dinheiro que está investido em 
estoque seja necessário para a produção e o bom atendimento das vendas. 
Contudo, a manutenção de estoques requer investimentos e gastos eleva-
dos; evitar a formação ou, quando muito, tê-los em número reduzidos de 
itens e em quantidade mínimas, sem que, em contrapartida, aumente o 
risco de não ser satisfeita a demanda dos usuários é o conflito que a admi-
nistração de materiais visa solucionar. 
O objetivo, portanto, é otimizar o investimento em estoques, aumen-
tando o uso eficiente dos meios internos da empresa, minimizando as 
necessidades de capital investido. 
A grande questão é poder determinar qual a quantidade ideal de mate-
rial em estoque, onde tanto os custos, como os riscos de não poder satisfa-
zer a demanda serão os menores possíveis. 
A Administração de Materiais tem por finalidade principal assegurar o 
contínuo abastecimento de artigos necessários para comercialização direta 
ou capaz de atender aos serviços executados pela empresa. As empresas 
objetivam diminuir os custos operacionais para que elas e seus produtos 
possam ser competitivos no mercado. Mais especificamente, os materiais 
precisam ser de qualidade produtiva para assegurar a aceitação do produto 
final. Precisam estar na empresa prontos para o consumo na data desejada 
e com um preço de aquisição acessível, a fim de que o produto possa ser 
competitivo e assim, dar à empresa um retorno satisfatório do capital inves-
tido. 
Seguem os principais objetivos da área de Administração de Recursos 
Materiais e Patrimoniais: 
a) Preço Baixo - este é o objetivo mais óbvio e, certamente um dos 
mais importantes. Reduzir o preço de compra implica em aumentar os 
lucros, se mantida a mesma qualidade; 
b) Alto Giro de Estoques - implica em melhor utilização do capital, 
aumentando o retorno sobre os investimentos e reduzindo o valor do capital 
de giro; 
c) Baixo Custo de Aquisição e Posse - dependem fundamentalmente 
da eficácia das áreas de Controle de Estoques, Armazenamento e Com-
pras; 
d) Continuidade de Fornecimento - é resultado de uma análise crite-
riosa quando da escolha dos fornecedores. Os custos de produção, expedi-
ção e transportes são afetados diretamente por este item; 
e) Consistência de Qualidade - a área de materiais é responsável 
apenas pela qualidade de materiais e serviços provenientes de fornecedo-
res externos. Em algumas empresas a qualidade dos produtos e/ou servi-
ços constituem-se no único objetivo da Gerência de Materiais; 
f) Despesas com Pessoal - obtenção de melhores resultados com a 
mesma despesa ou, mesmo resultado com menor despesa - em ambos os 
casos o objetivo é obter maior lucro final. “ As vezes compensa investir 
mais em pessoal porque pode-se alcançar com isto outros objetivos, propi-
ciando maior benefício com relação aos custos “; 
g) Relações Favoráveis com Fornecedores - a posição de uma em-
presa no mundo dos negócios é, em alto grau determinada pela maneira 
como negocia com seus fornecedores; 
h) Aperfeiçoamento de Pessoal - toda unidade deve estar interessa-
da em aumentar a aptidão de seu pessoal; 
i) Bons Registros - são considerados como o objetivo primário, pois 
contribuem para o papel da Administração de Material, na sobrevivência e 
nos lucros da empresa, de forma indireta. 
Responsabilidades e Atribuições da Administração de Materiais 
a) suprir, através de Compras, a empresa, de todos os materiais ne-
cessários ao seu funcionamento; 
b) avaliar outras empresas como possíveis fornecedores; 
c) supervisionar os almoxarifados da empresa; 
d) controlar os estoques; 
e) aplicar um sistema de reprovisionamento adequado, fixando Esto-
ques Mínimos, Lotes Econômicos e outros índices necessários ao gerenci-
amento dos estoques, segundo critérios aprovados pela direção da empre-
sa; 
f) manter contato com as Gerências de Produção, Controle de Qualida-
de, Engenharia de Produto, Financeira etc. 
g) estabelecer sistema de estocagem adequado; 
h) coordenar os inventários rotativos. 
Planejamentos de Materiais 
Segundo Faria (1985) o conceito de planejamento de estoques seria: O 
estabelecimento da distribuição racional no tempo e no espaço dos recur-
sos disponíveis, como o objetivo de atender um menor desperdício possível 
a hierarquia de prioridades necessárias para a realização, com êxito, de um 
propósito previamente definido”. 
O dilema do gerenciamento de estoques está fundamentado em dois 
fatores: 
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos 
Administração de Recursos Materiais A Opção Certa Para a Sua Realização 10 
- O primeiro consiste em manter estoques a níveis aceitáveis de acordo 
com o mercado, evitando a sua falta e o risco de obsolescência; 
- O segundo trata dos custos que esses proporcionam em relação aos 
níveis e ao dimensionamento do espaço físico. 
Assim nenhuma organização pode planejar detalhadamente todos os 
aspectos de suas ações atuais ou futuras, mas todas podem e devem ter 
noção para onde estão dirigindo-se e determinar como podem chegar lá, ou 
seja, precisam de uma visão estratégica de todo o complexo produtivo. 
Neste posicionamento todas as empresas devem constituir políticas pa-
ra a administração de materiais, que atribui grande ênfase às compras, 
criando a cada dia parcerias com fornecedores qualificados, mantendo a 
qualidade de seus produtos e o bom atendimento a seus clientes, ou seja, 
buscando criar uma economia de escala que é aquela que organiza o 
processo produtivo de maneira que se alcance a máxima utilização dos 
fatores produtivos envolvidos no processo, buscando como resultado 
baixos custos de produção e o incremento de bens e serviços. Ela ocorre 
quandoa expansão da capacidade de produção de uma empresa ou indús-
tria provoca um aumento na quantidade total produzida sem um aumento 
proporcional no custo de produção. Como resultado, o custo médio do 
produto tende a ser menor com o aumento da produção. 
Conflitos 
A administração de materiais envolve vários departamentos, desde a 
aquisição até a venda para o consumidor, durante esse processo, é normal 
surgirem conflitos sobre a quantidade a ser adquirida, o prazo de entrega, 
os custos envolvidos, veremos agora em sentido estrito, o ponto de vista de 
alguns departamentos sobre a quantidade de matéria prima a ser adquirida. 
Departamento de compras: é a favor de grande quantidade , pois ob-
tém grandes descontos, reduzindo assim, os custos e consequentemente 
aumentando os lucros. 
Departamento de produção: o maior medo deste departamento é que 
falte MP, pois sem ela a produção fica parada, ocasionando atrasos poden-
do até mesmo perder o cliente, portanto. Ele é a favor de grande quantida-
de para produzir grandes lotes de fabricação e diminuir o risco de não ter 
satisfeita a demanda de consumidores. 
Departamentos de vendas e marketing: é a favor de grande quanti-
dade de matéria-prima, pois significa grandes lotes de fabricação e conse-
quentemente, grande quantidade de material no estoque para que as 
entregas possam ser realizadas rapidamente, o que resultará em uma boa 
imagem da empresa, aumentará as vendas e consequentemente os lucros. 
Departamentos financeiro: è a favor de pequena quantidade de mate-
rial no estoque, pois a medida que aumenta a quantidade significa: 
• alto investimento de capital - caso não venda, este capital fica inativo; 
• alto risco - as perdas podem ser maiores, obsolescência, 
• altos custos de armazenagem. 
A administração de matérias visado harmonizar os conflitos existentes 
entres os departamentos e para poder determinar a quantidade ideal que 
deve ter no estoque adota a seguinte política de estoques: 
• Estabelece metas para entregas dos produtos aos clientes; 
• Quantidade / capacidade dos almoxarifados 
• Previsão de estoques 
• Lote econômico 
• Rotatividade, prazo médio em dias 
• Até que nível deverão oscilar os estoques para atender uma alteração 
de consumo 
• Até que ponto será permitida a especulação com estoques, fazendo 
compra antecipada com preços mais baixos ou comprando uma quantidade 
maior para obter desconto. 
Em função desses critérios apresentados acima, a administração de 
materiais irá determinar a quantidade ideal a se ter no estoque. Portanto, a 
quantidade ideal a permanecer no estoque é o mínimo, porém, o mí-
nimo necessário para satisfazer a demanda. 
Definições da Administração de Materiais 
A Administração de Materiais é definida como sendo um conjunto de 
atividades desenvolvidas dentro de uma empresa, de forma centralizada ou 
não, destinadas a suprir as diversas unidades, com os materiais necessá-
rios ao desempenho normal das respectivas atribuições. Tais atividades 
abrangem desde o circuito de reprovisionamento, inclusive compras, o 
recebimento, a armazenagem dos materiais, o fornecimento dos mesmos 
aos órgãos requisitantes, até as operações gerais de controle de estoques 
etc. 
Em outras palavras: “A Administração de Materiais visa à garantia de 
existência contínua de um estoque, organizado de modo a nunca faltar 
nenhum dos itens que o compõem, sem tornar excessivo o investimento 
total”. 
A Administração de Materiais moderna é conceituada e estudada como 
um Sistema Integrado em que diversos subsistemas próprios interagem 
para constituir um todo organizado. Destina-se a dotar a administração dos 
meios necessários ao suprimento de materiais imprescindíveis ao funcio-
namento da organização, no tempo oportuno, na quantidade necessária, 
na qualidade requerida e pelo menor custo. 
A oportunidade, no momento certo para o suprimento de materiais, in-
flui no tamanho dos estoques. Assim, suprir antes do momento oportuno 
acarretará, em regra, estoques altos, acima das necessidades imediatas da 
organização. Por outro lado, a providência do suprimento após esse mo-
mento poderá levar a falta do material necessário ao atendimento de de-
terminada necessidade da administração. Do mesmo modo, o tamanho do 
Lote de Compra acarreta as mesmas conseqüências: quantidades além do 
necessário representam inversões em estoques ociosos, assim como, 
quantidades aquém do necessário podem levar à insuficiência de estoque, 
o que é prejudicial à eficiência operacional da organização. 
Estes dois eventos, tempo oportuno e quantidade necessária, acar-
retam, se mal planejados, além de custos financeiros indesejáveis, lucros 
cessantes, fatores esses decorrentes de quaisquer das situações assinala-
das. Da mesma forma, a obtenção de material sem os atributos da qualida-
de requerida para o uso a que se destina acarreta custos financeiros maio-
res, retenções ociosas de capital e oportunidades de lucro não realizadas. 
Isto porque materiais, nestas condições podem implicar em paradas de 
máquinas, defeitos na fabricação ou no serviço, inutilização de material, 
compras adicionais, etc. 
Os subsistemas da Administração de Materiais, integrados de forma 
sistêmica, fornecem, portanto, os meios necessários à consecução das 
quatro condições básicas alinhadas acima, para uma boa Administração de 
material. 
Decompondo esta atividade através da separação e identificação dos 
seus elementos componentes, encontramos as seguintes subfunções 
típicas da Administração de Materiais, além de outras mais específicas de 
organizações mais complexas: 
Subsistemas Típicos: 
* Controle de Estoque - subsistema responsável pela gestão econô-
mica dos estoques, através do planejamento e da programação de material, 
compreendendo a análise, a previsão, o controle e o ressuprimento de 
material. O estoque é necessário para que o processo de produção-venda 
da empresa opere com um número mínimo de preocupações e desníveis. 
Os estoques podem ser de: matéria-prima, produtos em fabricação e produ-
tos acabados. O setor de controle de estoque acompanha e controla o nível 
de estoque e o investimento financeiro envolvido. 
* Classificação de Material - subsistema responsável pela identifica-
ção (especificação), classificação, codificação, cadastramento e cataloga-
ção de material. 
* Aquisição / Compra de Material - subsistema responsável pela ges-
tão, negociação e contratação de compras de material através do processo 
de licitação. O setor de Compras preocupa-se sobremaneira com o estoque 
de matéria-prima. É da responsabilidade de Compras assegurar que as 
matérias-primas exigida pela Produção estejam à disposição nas quantida-
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos 
Administração de Recursos Materiais A Opção Certa Para a Sua Realização 11 
des certas, nos períodos desejados. Compras não é somente responsável 
pela quantidade e pelo prazo, mas precisa também realizar a compra em 
preço mais favorável possível, já que o custo da matéria-prima é um com-
ponente fundamental no custo do produto. 
* Armazenagem / Almoxarifado - subsistema responsável pela gestão 
física dos estoques, compreendendo as atividades de guarda, preservação, 
embalagem, recepção e expedição de material, segundo determinadas 
normas e métodos de armazenamento. O Almoxarifado é o responsável 
pela guarda física dos materiais em estoque, com exceção dos produtos 
em processo. É o local onde ficam armazenados os produtos, para atender 
a produção e os materiais entregues pelos fornecedores 
* Movimentação de Material - subsistema encarregado do controle e 
normalização das transações de recebimento, fornecimento, devoluções, 
transferências de materiais e quaisquer outros tipos de movimentações de 
entrada

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