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Conteúdo 1. Processo histórico dos programas de alimentação e nutrição no Brasil
 
Vamos fazer uma revisão do processo histórico da construção das políticas de alimentação e nutrição no Brasil
Leia o texto seguinte e responda as questões deste conteúdo.
 
Profissionalização do nutricionista no Brasil
1939 – primeiro curso de Nutrição no Brasil: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.
Neste mesmo ano em maio, o decreto-lei nº.1238 obrigou as empresas com mais de 500 empregados a instalar refeitórios para trabalhadores.
 
Cenário do Brasil na década de 30
Dificuldades com a produção de alimentos
Escassez de alimentos e elevação dos preços
Condições precárias de vida da classe trabalhadora
Reivindicações dos trabalhadores:
Redução efetiva e segura dos gêneros de primeira necessidade
Estabelecimento do salário mínimo baseado no custo atual das necessidades básicas
 
SAPS – 1940 – primeiro órgão público de Política de Alimentação
Criado a partir de estudos de alimentação e nutrição da época - FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS
ENSINAR O POVO A SE ALIMENTAR
INCORPORAR BONS HÁBITOS
MELHORAR O PERFIL DE SAÚDE DA CLASSE TRABALHADORA
 
SAPS - Interesse do Estado:
CONTROLE FORÇA DE TRABALHO
ACÚMULO DE CAPITAL
EDUCAÇÃO ALIMENTAR
 
SAPS - 1940 a 1967
Objetivos do SAPS: melhorar os hábitos e as condições alimentares das camadas populares brasileiras.
O problema da fome no Brasil
No período pós 30 (1937-1945), o problema da fome no Brasil ganha vigor científico, através dos estudos do médico Josué de Castro.
O SAPS e o salário mínimo nascem no contexto desses estudos de Josué.
Autarquia - desenvolveu uma política de combate a fome e à desnutrição
Criação de restaurantes populares (agregava um projeto cultural composto de bibliotecas e discotecas populares).
- cursos de nutrólogos e visitadoras de alimentação (educação nutricional das camadas menos favorecidas).
 
AUXILIARES OU VISITADORAS DE ALIMENTAÇÃO
Função - formar entre os trabalhadores e suas famílias uma “consciência alimentar”
Evidenciar os prejuízos do “atual” sistema de alimentação
Orientar: a coletividade - um processo de alimentação racional e econômica
 
CURSO PARA AUXILIARES OU VISITADORAS DE ALIMENTAÇÃO
EXIGÊNCIA: Curso Ginasial e sexo feminino
DURAÇÃO: Inicialmente 2 anos e posteriormente 3 anos
FORMAÇÃO: NUTRICIONISTAS (Curso de 3 anos)
AUMENTA A EXIGÊNCIA: Curso clássico ou equivalente concluído
 
ENFOQUE DO NUTRICIONISTA
Educação alimentar e administração de restaurantes mantidos pelo SAPS
 
ENFOQUE DO NUTRÓLOGO
Orientação, supervisão, pesquisa e planejamento em alimentação e nutrição.
 
SAPS
EXTINTO EM 1967; (Costa e Silva)
AUTORITARISMO DO GOVERNO PÓS-REVOLUÇÃO
ÓRGÃO DE GRANDE MOBILIZAÇÃO POLÍTICA
 
PERDA DE MERCADO PARA O NUTRICIONISTA...
Falta de campo para a prática na área do trabalho.
 Mobilização da categoria.
 
1945 - Comissão Nacional de Alimentação – CNA
Segundo órgão público de Política de Alimentação
Destinada ao estudo de todos os assuntos relacionados à alimentação da população.
Somente em 1951foi regulamentada.
Em 1953 foi lançado o 1º Plano Nacional de Alimentação
Josué de Castro permaneceu à frente da CNA.
Carente de recursos financeiros e humanos, a CNA só conseguiu implantar, efetivamente, o Programa Nacional de Merenda Escolar (ajuda do UNICEF).
 
O fechamento do SAPS (1967)
Deixou lacunas nas políticas públicas destinadas às camadas populares.
Durante alguns anos, as políticas de combate a fome foram praticamente esquecidas e só voltaram com força ao cenário nacional, a partir da Campanha de Combate a Fome iniciada pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho (1993).
 
Mapa da fome - 1993
Mapa da Fome (1993) – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA:
32 milhões de indigentes no País
Sociedade civil, coordenada pelo sociólogo Herbert de Souza, se mobilizasse;
5 mil comitês de cidadania espalhados pelo Brasil.
Movimento: “Ação de Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida”;
Lema: “A Fome não pode esperar”;
Apoio do Governo, empresas e sociedade civil.
 1972 – CNA - INAN
Em 1972 a Comissão Nacional de Alimentação - CNA foi extinta, tendo sido criado pelo Ministro da Saúde, o Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição - INAN, no qual os programas desta área foram centralizados.
1972 (extinto em 1997) – Criação do INAN (Médici) - Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição Planos e Programas em Alimentação e Nutrição.
I Plano Nacional de Desenvolvimento – I PND de 1972 a 1974 – norteador da constituição do INAN
II Plano Nacional de Desenvolvimento – II PND de 1975 a 1979 norteador das propostas do II Programa Nacional de Alimentação e Nutrição – PRONAN.
Estes programas tinham como objetivo a redução da condição de “pobreza absoluta” das famílias cuja renda se situava abaixo das possibilidades de subsistência.
1976 – dentro do PRONAN II surge o Programa de Alimentação do Trabalhador PAT
1997 - Extinção do Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (INAN) – Ministério da Saúde. (FHC)
1998 - Criação do Programa de Incentivo de Combate às Carências Nutricionais (ICCN) – Desnutrição, Bócio endêmico, Deficiência de vitamina A e anemia ferropriva.
1999 - Criação da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) - subordinada à Secretaria de Políticas de Saúde/Ministério da Saúde – programas relacionados à área de alimentação e nutrição.
Conteúdo 2. Política Nacional de Alimentação e Nutrição
 
Vamos ver e rever a PNAN, política nacional de alimentação e nutrição do Brasil.
 
POLÍTICA NUTRICIONAL
Cada nação utiliza programas de intervenção nutricional de acordo com:
necessidades
preocupações
prioridades
 
POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO – PNAN
Política Nacional da Alimentação e Nutrição
Aprovada no ano de 1999;
Atualizada em 2011;
Integra os esforços do Estado Brasileiro para:
Respeitar, proteger, promover e prover os direitos humanos à saúde e alimentação
 
PORTARIA Nº 2.715, DE 17 DENOVEMBRO DE 2011
Atualiza a Política Nacional de Alimentação e Nutrição.
 
PROPÓSITO
Melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição.
 
Diretrizes da PNAN
As diretrizes que integram a PNAN indicam as linhas de ações para o alcance do seu propósito.
1. Organização da Atenção Nutricional;
2. Promoção da Alimentação Adequada e Saudável;
3. Vigilância Alimentar e Nutricional;
4. Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição;
5. Participação e Controle Social;
6. Qualificação da Força de Trabalho;
7. Controle e Regulação dos Alimentos;
8. Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição;
9. Cooperação e articulação para a SAN.
 
1. Promoção da Alimentação Adequada e Saudável
A atenção nutricional compreende os cuidados relativos à alimentação e nutrição voltados à promoção e proteção da saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento de agravos, devendo estar associados às demais ações de atenção à saúde do SUS;
Deve fazer parte do cuidado integral na Rede de Atenção à Saúde (RAS);
O processo de organização e gestão dos cuidados deverá ser iniciado pelo diagnóstico da situação alimentar e nutricional da população adscrita aos serviços de Atenção Básica.
A vigilância alimentar e nutricional possibilitará a constante avaliação e organização da atenção nutricional no SUS - SISVAN;
As ações de prevenção das carências nutricionais específicas, por meio da suplementação de micronutrientes (ferro, vitamina A, dentre outros), são de responsabilidade dos serviços de Atenção Básica e a suplementação de vitamina A em puérperas cabe às Unidades Hospitalares.
Para a prática da atençãonutricional no âmbito da Atenção Básica, as equipes de referência deverão ser apoiadas por equipes multiprofissionais (NASF), a partir de um processo de matriciamento e clínica ampliada, com a participação de profissionais da área de alimentação e nutrição que deverão instrumentalizar os demais profissionais para o desenvolvimento de ações integrais nessa área, respeitando seu núcleo de competências.
Educação alimentar e nutricional;
Incentivo à criação de ambientes institucionais promotores de alimentação adequada e saudável (escolas e ambientes de trabalho);
Oferta de alimentos saudáveis também entre pequenos comércios de alimentos e refeições - “comida de rua”.
Ação junto ás escolas para educação alimentar e nutricional (hortas escolares, incentivo ao consumo de FLV, restrição de alimentos não saudáveis, água potável e avaliação nutricional);
Plano de ação para incentivo ao consumo de FLV incluindo as ações voltadas a informação, orientação nutricional, estímulo a implantação de sistemas de abastecimento locais;
Regulamentação de alimentos não saudáveis;
Elaboração do Programa de Promoção da Alimentação Saudável em comunidades indígenas;
Cartilha de alimentação para filhos de mães soro-positivas;
 
2. Vigilância alimentar e nutricional
Conhecer e acompanhar a situação nutricional da população brasileira.
Descrever continuamente as tendências de saúde e nutrição e seus determinantes nos segmentos sociais e grupos biológicos de maior risco nutricional.
SISVAN
Chamadas nutricionais – pesquisas transversais
Inquéritos populacionais – POF, PNDS
 
3. Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição 
Representa uma estratégia que articula dois sistemas:
Sistema Único de Saúde;
 Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), espaço de articulação e coordenação intersetorial.
 
4. Participação e Controle Social
Conselhos e Conferências de Saúde nas três esferas de governo.
Comissão Intersetorial de Alimentação e Nutrição é uma das comissões do Conselho Nacional de Saúde (CNS) prevista na Lei n° 8.080/90 e tem por objetivo: acompanhar, propor e avaliar a operacionalização das diretrizes e prioridades da PNAN;
Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA e das Conferências Nacionais de Segurança Alimentar e Nutricional;
 
5. Qualificação da Força de Trabalho Controle e Regulação dos Alimentos
Envolvendo rotulagem e informação, publicidade e melhoria do perfil nutricional dos alimentos;
Fórum internacional de regulação de alimentos - Codex alimentarius;
Mercado Comum do Sul – Mercosul - políticas de regulamentação
PNAN e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária – SNVS se convergem na finalidade de promover e proteger a saúde da população na perspectiva do direito humano à alimentação, por meio da normatização e do controle sanitário da produção, comercialização e distribuição de alimentos.
 
6. Controle e Regulação dos Alimentos
Na cadeia de produção de alimentos, deve-se implementar e utilizar:
Boas Práticas Agrícolas;
Boas Práticas de Fabricação;
Boas Práticas Nutricionais
Sistema Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle – APPCC,
 
7. Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição
Apoio técnico, científico e financeiro às linhas de investigação aliadas às demandas dos serviços de saúde, que desenvolvam metodologias e instrumentos aplicados à gestão, execução, monitoramento e avaliação das ações relacionadas à PNAN.
Centros Colaboradores em Alimentação e Nutrição (CECAN) constituem-se em uma rede colaborativa interinstitucional de cooperação técnico-científica.
 
8. Cooperação e articulação para SAN
Melhoria da saúde e nutrição das famílias beneficiárias de programas de transferência de renda;
Interlocução com os setores responsáveis pela produção agrícola, distribuição, abastecimento e comércio local de alimentos visando o aumento do acesso a alimentos saudáveis;
 
9. Cooperação e articulação para SAN
Promoção da alimentação adequada e saudável em ambientes institucionais como escolas, creches, presídios, albergues, locais de trabalho, hospitais, restaurantes comunitários, entre outros;
Articulação com as redes de educação e sócio assistencial para a promoção da educação alimentar e nutricional;
Articulação com a vigilância sanitária para a regulação da qualidade dos alimentos processados e o apoio à produção de alimentos da agricultura familiar, dos assentamentos e de comunidades tradicionais.
 
 
Por tratar-se de uma dimensão essencial da vida, a nutrição perpassa todas as áreas de atuação pública, sendo estratégica para a consolidação de um projeto de desenvolvimento nacional.
Em 2000, a ONU, ao analisar os maiores problemas mundiais, estabeleceu 8 Objetivos do Milênio – ODM, que no Brasil são chamados de 8 Jeitos de Mudar o Mundo – que deveriam ser atingidos por todos os países até 2015.
 
ODM - Responsabilidades da Saúde
Reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população com renda inferior a um dólar por dia e a proporção da população que sofre de fome.
 
Agenda pós 2015
Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)
   Você deve ler mais sobre o assunto nas referências abaixo:
PNAN 2011 - 189.28.128.100/nutricao/docs/geral/pnan2011.pdf
 RECINE,  E &  VASCONCELLOS,  AB. Políticas nacionais e o campo da Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva: cenário atual. Ciênc. saúde coletiva [online].  2011,  vol.16, n.1, pp. 73-79.  ISSN 1413-8123.
www.scielo.br/pdf/csc/v16n1/v16n1a11.pdf
 
Conteúdo 3. Panorama, conceitos e indicadores de fome, desnutrição e pobreza
Desnutrição
Pobreza
Fome
 
 
Pobreza extrema (IPEA)
Renda per capita inferior ao mínimo necessário para aquisição de uma cesta de alimentos regionalmente definida. (2014=77 reais por pessoa)
 
Pobreza (IPEA)
Renda per capita superior ao limite da pobreza extrema, mas ainda insuficiente para suprir outras necessidades básicas como abrigo, vestuário, educação, cuidados de saúde, etc. (2014=154 reais por pessoa). 
POBREZA, FOME E DESNUTRIÇÃO.
 
O QUE É FOME?
Fome – manifestação cenestésica, orgânica e psíquica da vida em perigo por falta de alimentos.                                           [Nerio Rojas]
Cenestésica – relativo ao sentimento difuso resultante dum conjunto de sensações internas ou orgânicas e caracterizado essencialmente por bem-estar ou mal-estar.
 
Fome (FAO/OMS)
Tem fome aqueles cuja alimentação diária não aporta a energia requerida para a manutenção e funcionamento do organismo e para as atividades ordinárias do ser humano.
 
Classificação da FOME
» Natural – secas, enchentes, geleiras, terremotos, tufões, pragas de insetos etc.;
» Artificial – guerras, fatores socioeconômicos, poluição ambiental etc.
[Waldorf ]
» Aguda - a falta de alimentos é brusca e completa e o quadro clínico é rápido e grave;
» Crônica - a falta de alimentos é lenta, progressiva e geralmente incompleta.
[Nerio Rojas ]
 
Classificação da FOME
Fome coletiva
A fome atingindo endêmica ou epidemicamente as grandes massas humanas.
Considerada como um dos piores sofrimentos impostos à humanidade, entre os diversos dramas de sua complexa vida social.
 
Fome total
 A falta de alimentos é completa;
 Limitada, em geral, às áreas de extrema miséria;
 
Fome parcial/oculta
 Fenômeno mais frequente e mais grave, em suas consequências numéricas.
 Pela falta permanente de determinados elementos nutritivos, grupos inteiros se deixam morrer lentamente de fome, apesar de comerem todos os dias.
 
Consequências da fome
»Imediata: perda de peso nos adultos e aparecimento de problemas no desenvolvimento das crianças.
»Prolongada: desnutrição, perda da capacidade de combater as infecções e aumento da mortalidade.
 
FOME
É evidente que não bastaria dispor de alimentos em quantidade suficiente e suficientemente diversificados para cobrir as necessidadesalimentares da população mundial.
O problema da fome não é apenas um problema de produção insuficiente de alimentos.
É preciso que a massa desta população tenha acesso aos alimentos.
 
A fome mutila, deixa lesões irreparáveis e distingue mental e fisicamente os homens. Nada os diferencia tanto quanto não ter o que comer: mais que a aparência, a raça, a cor.”                                                           [Josué de Castro]
 
Josué de Castro
Nascido em Recife, em 1908.
Formado em Medicina em 1929.
Escreveu “Geografia da fome” em 1946.
Exilado na França, faleceu em Paris em 24 de setembro de 1973.
“A fome age não apenas sobre os corpos das vítimas da seca, consumindo sua carne, corroendo seus órgãos e abrindo feridas em sua pele, mas também age sobre seu espírito, sobre sua estrutura mental, sobre sua conduta moral. Nenhuma calamidade pode desagregar a personalidade humana tão profundamente e num sentido tão nocivo quanto a fome, quando atinge os limites da verdadeira inanição. Excitados pela imperiosa necessidade de se alimentar, os instintos primários são despertados e o homem, como qualquer outro animal faminto, demonstra uma conduta mental que pode parecer das mais desconcertantes. ”                                                    [Josué de Castro]
 
Herbert José de Souza, o Betinho
Nasceu em 3/11/1935, em Minas Gerais.
Morreu aos 61 anos, em 1997.
Criou e coordenou a “Ação da Cidadania contra a Miséria e Pela Vida”.
Campanha contra a fome que ganhou as ruas em 93 e teve 96% de aprovação da sociedade (Ibope);
Em 94, lançou a Campanha "Natal sem Fome", que arrecadou, no primeiro ano, 600 toneladas de alimentos.
 
“Se toda Ação não foi, ainda, capaz de acabar com a fome, reconhecemos a alteração profunda que provocou na cultura da indiferença. Para mudar, ainda precisamos de muita Ação. De muita indignação. Mais, é preciso que nossa indignação seja produtiva, que nos motive na Ação, que leve à criação de alternativas e à construção de novas relações econômicas e sociais.”
[Hebert de Souza]
 
 
 
Pobreza Fome
 
Desnutrição
 
DESNUTRIÇÃO
A OMS define desnutrição proteico energética como uma gama de condições patológicas que aparece por deficiência de aporte, transporte ou utilização de nutrientes (principalmente de energia e proteínas) pelas células do organismo, associadas quase sempre às infecções, ocorrendo com maior frequência em lactentes e pré-escolares (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - MS, 1991).
 
Desnutrição (OMS/OPAS/UNICEF)
 Sofrem de desnutrição aqueles que manifestam sinais e sintomas provenientes da insuficiência quantitativa ou qualitativa da dieta ou de doenças que determinem o mau aproveitamento biológico dos alimentos ingeridos.
 
Classificação da DESNUTRIÇÃO
Primária - ingestão alimentar insuficiente ou inadequada;
Secundária – decorrente de problemas digestivos ou de absorção ou, ainda, demanda aumentada (infecções).
(Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - MS, 1991).
 
Classificação da DESNUTRIÇÃO
Ainda pode ser classificado no nível clínico, segundo a intensidade e duração das alterações:
Leve
Moderada
Grave
Diagnóstico por meio de exame clínico e antropométrico, podendo utilizar anamnese alimentar e exames complementares.
 
Classificação da DESNUTRIÇÃO
 
Indicadores Antropométricos:
Estatura/Idade/Sexo (E/I)
Mede o crescimento linear
Déficit – alterações acumulativas de longo prazo
Diagnóstico = Desnutrição crônica
Peso/Estatura/Sexo (P/E)
Mede a massa corporal em relação ao comprimento do corpo
Déficit – alterações nutricionais atuais; consequência de episódios recentes de doença/escassez extrema de alimentos.
Diagnóstico = Desnutrição aguda
IMC/Idade/Sexo
Mede a massa corporal em relação ao comprimento do corpo
Déficit – alterações nutricionais atuais; consequência de episódios recentes de doença/escassez extrema de alimentos.
Diagnóstico = Desnutrição aguda
Peso/Idade/Sexo (P/I)
Massa corporal atingida e a idade, também considera a altura de forma indireta (incluída no peso)
Déficit – desnutrição global (desnutrição crônica e aguda)
Diagnóstico – Necessidade de avaliação contínua (longitudinal) do estado nutricional e do crescimento
 
 
Vigilância Alimentar e Nutricional
Indicadores mínimos por ciclo de vida
 
PARA ADOLESCENTES (10-19 anos):
      - IMC (P/A*A)
      - E/I
 
PARA ADULTOS (20-59 anos):
      - IMC (P/A*A)
 
PARA IDOSOS (+ 60 anos)
 - IMC específico (P/A*A)
 
DESNUTRIÇÃO, FOME E POBREZA
FOME
POBREZA
DESNUTRIÇÃO
 
Epidemiologia da desnutrição no Brasil
Crianças (< 5 anos)
 
 
 
Crianças (5 a 9 anos)
Evolução de indicadores antropométricos na população de 5 a 9 anos de idade por sexo – Brasil
Períodos 1974-1975, 1989 e 2008-2009.
          
 
 
 
adolescente (10 a 19 anos)
Evolução de indicadores antropométricos na população de 10 a 19 anos de idade por sexo – Brasil
Períodos 1974-1975, 1989 e 2008-2009.
Adultos (20 anos ou mais)
Prevalência de déficit de peso, excesso de peso e obesidade na população com 20 ou mais anos de idade, por sexo – Brasil
Períodos 1974-1975, 1989 e 2008-2009.
 
 
RESUMO - POF 2008/09
CRIANÇA - o déficit de altura, indicador de desnutrição, caiu de 29,3% (1974-75) para 7,2% (2008-09) entre meninos e de 26,7% para 6,3% nas meninas, ocorrendo principalmente em famílias com menor renda e, do ponto de vista geográfico, na região Norte.
 
ADOLESCENTE - o déficit de peso apresenta declínio nesses 34 anos, indo de 10,1% para 3,7% entre os homens e de 5,1% para 3,0% entre as mulheres.
 
ADULTO - o déficit de peso segue em declínio, regredindo de 8% em 1974-75 para 1,8% entre os homens e de 11,8% para 3,6% entre as mulheres, em todos os estratos de renda.
 
RESUMO - PNS 2013/14
Déficit de peso em adultos com 18 ou mais anos foi de 2,5 %:
2,1% para homens
2,8% para mulheres
Abaixo do limite de 5,0% esperado
Prevalência de déficit de peso só ultrapassa 5,0% para mulheres com idade entres 18 e 24 anos (6,8%)
Homens desta faixa etária a prevalência de déficit de peso (4,6 %), a maior para o gênero.
Prevalência de déficit de peso só ultrapassa 5,0% para mulheres com idade entres 18 e 24 anos (6,8%)
Homens desta faixa etária a prevalência de déficit de peso (4,6 %), a maior para o gênero.
 
Redução da prevalência de desnutrição no Brasil:
PRINCIPAIS DETERMINANTES
Prevalência de Déficit de estatura:
​ Renda familiar;
¯ Desigualdade social
​ Serviços de saneamento e sistema de água
¯ Taxas de fecundidade
​ Acesso aos serviços de saúde (criação do SUS)
​ Imunização
​ Educação materna
​ Aleitamento materno
 
PROPOSTA PNAN
Atenção Nutricional
Compreende os cuidados relativos à alimentação e nutrição voltados à promoção e proteção da saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento de agravos, que devem estar associados às demais ações de atenção à saúde do SUS, para indivíduos, famílias e comunidade, contribuindo para a conformação de uma rede integrada, resolutiva e humanizada de cuidados.
Desse modo propõe- se estruturar uma agenda da atenção nutricional à desnutrição infantil nos municípios com maiores prevalências (>10%)*
Agenda convergente com o Brasil Carinhoso.
*Fonte: Sistema Bolsa Família na Saúde – SISVAN/MS
 
OBJETIVOS DA AGENDA
Fomentar a atenção nutricional, com todas as UBS do município e a regionalização da rede de atenção à saúde e nutrição infantil, para a população nutricionalmente vulnerável diminuindo as consequências futuras da desnutrição infantil;
Estabelecer projeto de saúde do território para atenção à desnutrição infantil, buscando articulação com outros serviços e políticas sociais, de modo intersetorial, que possam atuar na determinação da desnutrição infantil;
Realizar a investigação clínica da criança diagnosticada comdesnutrição com o estabelecimento de projeto Terapêutico Singular;
Estimular a organização do cuidado compartilhado entre a atenção básica e a atenção especializada, principalmente às crianças com desnutrição grave, articulando a rede de atenção nas regiões de saúde e/ou Estados.
 
METAS
1. Aumentar o acompanhamento do estado nutricional das crianças menores de 5 anos no sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN);
Linha de base: SISVAN, ano 2012.
2. Investigar os casos de desnutrição
Linha de base: SISVAN-PBF/2012
3. Aumentar o acompanhamento das condicionalidades de saúde das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família
Sistema de gestão PBF- 2ª vigência de 2012
4. Implantar a Estratégia Amamenta Alimenta Brasil em todas as unidades básicas de saúde do município;
5. Garantir a suplementação de ferro e de vitamina A para todas as crianças diagnosticadas com desnutrição.
 
Municípios alvos da agenda
Poderão aderir à Agenda os municípios com
Prevalência de desnutrição infantil, déficit ponderal para a idade, superior ou igual a 10% e:
 
Grupo I: cobertura populacional de crianças, menores de cinco anos no Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional superior ou igual a 10%
Grupo II: cobertura populacional de crianças menores de cinco anos no Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional inferior a 10%.
Vamos distinguir os conceitos de fome, desnutrição e pobreza e  identificar indicadores para o acompanhamento da realidade nacional. 
 
Você deve ler mais sobre o assunto nas referências abaixo:
 
MAGALHÃES, R. Fome: uma (re)leitura de Josué de Castro. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 1997.
 
HOFFMANN,  Rodolfo. Pobreza, insegurança alimentar e desnutrição no Brasil. Estud. av. [online].  1995,  vol.9, n.24, pp. 159-172. 
www.scielo.br/pdf/ea/v9n24/v9n24a07.pdf
 
MONTEIRO,  Carlos Augusto. A dimensão da pobreza, da desnutrição e da fome no Brasil. Estud. av. [online].  2003,  vol.17, n.48, pp. 7-20.
www.scielo.br/pdf/ea/v17n48/v17n48a02.pdf
 
Leitura adicional:
SAWAYA, A L. Desnutrição urbana no Brasil : em um período de transição. São PAULO: Cortez, 1997.
 
OLIVEIRA, JED; CUNHA SFC & MARCHINI JS. A desnutrição dos pobres e dos ricos. São Paulo, Sarvier, 1996.
Conteúdo 4. Segurança Alimentar e Nutricional
 
Vamos entender o que é segurança alimentar e nutricional e discutir os vários componentes envolvidos nesse processo.
Leia o texto apresentado, complemente com as bibliografias indicadas e responda as questões deste conteúdo.
 
POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
 
SEGURANÇA ALIMENTAR
Segurança Alimentar e Nutricional é a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente de alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis.
Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional, 2006 (LOSAN, 2006).
 
Nível de Insegurança Alimentar segundo composição familiar, Campinas, 2003.
	Gradiente de IA
	Famílias c/ crianças %
	Famílias sem crianças %
	S. A
	39,5
	50,9
	I. A. Leve
	40,1
	31,5
	I. A. Moderada
	13,8
	11,4
	I. A. Severa
	6,6
	5,9
 
IA Grave segundo renda familiar, Campinas, 2003.
A Insegurança Alimentar é um indicador para medida da iniquidade social.
 
Acesso a saneamento básico e presença de verminose em crianças dos domicílios
 
Consumo de frutas por nível de insegurança alimentar
FS = segurança alimentar
L FI = Insegurança alimentar leve
M FI = Insegurança alimentar moderada
S FI = Insegurança alimentar grave
 
Amazonas
 
Brasília/Goias
São Paulo
Paraíba
 
 
Consumo de carne por nível de IA
 
 
 
 
Amazonas
 
 
Brasília/Goiás
 
São Paulo
 
 Paraíba
Prevalência de situação de segurança alimentar e de tipo de insegurança alimentar nos domicílios particulares, segundo as Grandes Regiões – 2004.
 
CONSELHO NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Criado em janeiro de 2003
Tem caráter consultivo e assessora o presidente da República;
Delineamento de diretrizes para que o país garanta o Direito Humano a Alimentação Adequada (DHAA).
É composto por 1/3 de representantes governamentais e 2/3 de representantes da sociedade civil.
 
CONFERÊNCIAS DE SAN
Periodicidade não superior a 4 anos
I Conferência Nacional de Segurança Alimentar (1994)
II Conferência Nacional de Segurança Alimentar (2004)
III Conferência Nacional de Segurança Alimentar (2007)
IV Conferência Nacional de Segurança Alimentar (2011)
V Conferência Nacional de Segurança Alimentar (Nov/2015)
 
O que é o SISAN?
O Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional é um sistema público instituído pela Lei nº 11.346/2006, conhecida como Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN).
 O SISAN é intersetorial, reunindo diversos setores de governo e da sociedade civil com o propósito de promover programas e ações que garantam o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) em todo o Território Nacional.
 
O SISAN é composto por:
Conferências de Segurança Alimentar e Nutricional, em âmbitos nacional, estadual e municipal;
Conselhos de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA - em níveis federal, estadual e municipal;
Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional – CAISAN (âmbito nacional) e Câmaras Intersetoriais de Segurança Alimentar e Nutricional (nos estados e municípios);
Órgãos e entidades de Segurança Alimentar e Nutricional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
Instituições privadas, com ou sem fins lucrativos, que manifestem interesse na adesão e que respeitem os critérios, princípios e diretrizes do SISAN.
 
O que é preciso para aderir ao SISAN?
A adesão é voluntária, e foi regulamentada pelo Decreto 7.272/2010;
Requisitos mínimos para os estados e municípios:
I. Instituição do CONSEA estadual ou municipal;
II. Instituição da câmara ou instância governamental de gestão intersetorial de segurança alimentar e nutricional;
As Câmaras intersetoriais (CAISAN) são compostas por representantes governamentais das secretarias e órgãos com programas e ações relacionados à segurança alimentar nos Estados e Municípios.
No âmbito federal, a Câmara reúne 20 ministérios.
É a CAISAN que elabora o Plano de Segurança Alimentar e Nutricional (PLANSAN).
 
Você deve ler mais sobre o assunto nas referências abaixo:
PANIGASSI,  Giseli et al. Insegurança alimentar intrafamiliar e perfil de consumo de alimentos. Rev. Nutr. [online].  2008,  vol.21, suppl., pp. 135s-144s. www.scielo.br/pdf/rn/v21s0/12.pdf
PANIGASSI, Giseli et al. Insegurança alimentar como indicador de iniqüidade: análise de inquérito populacional. Cad. Saúde Pública [online]. 2008, vol.24, n.10, pp. 2376-2384. ISSN 1678-4464. www.scielo.br/pdf/csp/v24n10/18.pdf
 
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� �COMIDA DE VERDADE NO CAMPO E NA CIDADE:
Conteúdo 5. Estratégias de combate de combate a insegurança alimentar e nutricional
 
Vamos conhecer as estratégias brasileiras usadas no combate da insegurança alimentar.
Leia o texto e responda as questões deste conteúdo.
 
Políticas e programas de segurança alimentar e nutricional
 
 
A fome é a MANIFESTAÇÃO aguda de pobreza e exclusão social
 
Fome Zero
Bolsa Família
Brasil sem miséria
 
CONCEITO
O FOME ZERO é uma estratégia impulsionada pelo governo federal para assegurar o direito humano à alimentação adequada (DHAA) às pessoas com dificuldades de acesso aos alimentos.
Tal estratégia se insere na promoção da segurança alimentar e nutricional buscando a inclusão social e a conquista da cidadania da população mais vulnerável àfome.
 
POLÍTICAS PÚBLICAS
POLÍTICAS ESTRUTURANTES
POLÍTICAS EMERGENCIAIS
 
POLÍTICAS EMERGENCIAIS
TRANSFERÊNCIA DE RENDA;
DISTRIBUIÇÃO DE CESTA BÁSICA;
DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (BANCO DE ALIMENTOS);
RESTAURANTE POPULAR.
 
POLÍTICAS ESTRUTURANTES
GERAÇÃO DE EMPREGOS;
REFORMA AGRÁRIA;
ACESSO À SAÚDE;
ACESSO À EDUCAÇÃO.
 
Quem participa? INTERSETORIALIDADE
Ministério do Desenvolvimento Social;
Ministério do Desenvolvimento Agrário;
Ministério da Saúde;
Ministério da Educação;
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
Ministério do Trabalho e Emprego;
Ministério da Ciência e Tecnologia;
Ministério da Integração Nacional;
Ministério do Meio Ambiente;
Ministério da Justiça - Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial;
Ministério da Fazenda.
O governo federal articula políticas sociais com estados e municípios e, com a participação da sociedade.
 
FOME ZERO
Formado por quatro eixos de ação:
EIXO 1 – ACESSO AOS ALIMENTOS
EIXO 2 – FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR
EIXO 3 – GERAÇÃO DE RENDA
EIXO 4 – ARTICULAÇÃO, MOBILIZAÇÃO E CONTROLE SOCIAL
 
A partir do Fome Zero, foram retomados e fortalecidos  
Conferências de SAN e os CONSEAs
Inclusão da alimentação como direito na Constituição Federal;
Criação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, em 2004;
Aprovação da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional – LOSAN;
Criação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN;
Criação e implementação do Bolsa Família e do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA;
Aprovação da nova Lei da Alimentação Escolar.
 
Secretaria Extraordinária para Superação da  Extrema Pobreza.
O Programa pauta-se na articulação de três dimensões essenciais à superação da fome e da pobreza:
Promoção do alívio imediato da pobreza, por meio da transferência direta de renda à família;
 Reforço ao exercício de direitos sociais básicos nas áreas de Saúde e Educação, por meio do cumprimentos das condicionalidades, o que contribui para que as famílias consigam romper o ciclo da pobreza entre gerações;
Coordenação de programas complementares, que têm por objetivo o desenvolvimento das famílias. Ex: programas de geração de trabalho e renda, de alfabetização de adultos, de fornecimento de registro civil e demais documentos.
 
O que é o BOLSA FAMÍLIA?
É um programa de transferência direta de renda com condicionalidades, que beneficia famílias em situação de pobreza.
O Bolsa Família prevê a unificação dos Programas Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Auxílio Gás, Cartão Alimentação e PETI (programa de erradicação do trabalho infantil). São os chamados “programas remanescentes”.
 
Critérios de Inclusão
Podem fazer parte do Programa Bolsa Família:
 famílias com renda até R$ 77,00 por pessoa (extrema pobreza);
 famílias com renda de R$ 77,01 a R$ 154,00 por pessoa, com crianças de 0 a 17 anos (pobreza).
 
A renda da família é calculada a partir da soma do dinheiro mensal que todas as pessoas da casa ganham (como salários e aposentadorias). Esse valor é dividido pelo número de pessoas que vivem na casa, obtendo assim a renda per capita da família.
 
Cadastro Único
O responsável pela operacionalização do Programa é o município.
Se a família se encaixa numa das faixas de renda definidas pelo Programa, deve procurar o setor responsável pelo Programa Bolsa Família no município, munido de documentos pessoais (título de eleitor ou CPF), para se cadastrar no Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal - CadÚnico.
 
Critérios de Seleção
O cadastramento não implica a entrada imediata dessas famílias no Programa e, conseqüentemente, o recebimento do benefício.
A partir das informações inseridas no CadÚnico, por meio de sistema (software) desenvolvido para esse fim, o MDS seleciona, de forma automatizada, as famílias que serão incluídas no Programa a cada mês.
O critério central é a renda per capita da família e são incluídas primeiro as famílias com a menor renda.
 
Valores dos Benefícios
Os valores pagos pelo Programa Bolsa Família variam de acordo com a renda mensal/pessoa e o número de crianças e adolescentes, gestantes e nutrizes:
de R$77 a R$336 (famílias em situação de extrema pobreza)
de R$35 a R$259 (famílias em situação de pobreza)
Os benefícios estão classificados de acordo com a composição familiar:
Básico: R$77 concedido às famílias com renda mensal de até R$77/pessoa, independentemente da composição da família;
Benefício variável - para famílias com até 154 reais de renda/pessoa e criança até 15 anos, gestantes ou nutrizes: R$35 para cada beneficiário, no limite de até 5 benefícios/família (máx. de R$175).
Benefício variável jovem - para famílias com até 140 reais de renda/pessoa e adolescente entre 16 e 17 anos: R$ 42 para cada adolescente frequentando a escola, no limite de 2 filhos/família (máx. de R$84).
 
O que são condicionalidades?
As condicionalidades são os compromissos nas áreas da Educação, da Saúde e Assistência Social assumidos pelas famílias e que precisam ser cumpridos para que elas continuem a receber o benefício do Bolsa Família.
O objetivo das condicionalidades não é punir as famílias, mas responsabilizar de forma conjunta os beneficiários e o poder público, que deve identificar os motivos do não cumprido das condicionalidades e implementar políticas públicas de acompanhamento para essas famílias.
 
Condicionalidades
Condicionalidades do PBF
Educação: frequência escolar mínima de 85% para crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos e mínima de 75% para adolescentes entre 16 e 17 anos.
Saúde: acompanhamento do calendário vacinal e do crescimento e desenvolvimento para crianças menores de 7 anos; e pré natal das gestantes e acompanhamento das nutrizes na faixa etária de 14  a 44 anos.
Assistência Social: frequência mínima de 85% da carga horária relativa aos serviços socioeducativos para crianças e adolescentes de até 15 anos em risco ou retiradas do trabalho infantil.
  
Você deve ler mais sobre o assunto nas referências abaixo:
ESTRATÉGIA FOME ZERO:
� �
 
PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA:
� �
 
Análise do Programa Bolsa Família
� �
 
PLANO BRASIL SEM MISÉRIA:
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Conteúdo 6. Programa Nacional de Alimentação do Escolar – PNAE
 
Vamos estudar o PNAE, Programa Nacional de Alimentação do Escolar?
Olhe a aula seguinte e responda as questões deste conteúdo.
 
HISTÓRICO
O programa foi criado em 1955
Em 1988 se tornou obrigatório
Até 1993 era centralizado
 
OBJETIVOS DO PNAE
Atender às necessidades nutricionais dos alunos durante sua permanência em sala de aula;
Contribuir para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem e o rendimento escolar dos estudantes;
Promover a formação de hábitos alimentares saudáveis.
 
Enfoque prioritário
Resgate de hábitos e práticas alimentares regionais inerentes ao consumo de alimentos locais de baixo custo e elevado valor nutritivo, bem como de padrões alimentares mais variados, desde os primeiros anos de vida até a idade adulta e a velhice.
 
Público Alvo
alunos de toda a educação básica
educação infantil, ensino fundamental, ensino médio (a partir de 2009) e educação de jovens e adultos
matriculados em escolas públicas, filantrópicas e em entidades comunitárias (conveniadas com o poder público).
 
CARDÁPIO [artigo 14 da Resolução nº 26/2013]
Deve ser elaborado por nutricionista, respeitando os hábitos alimentares locais e culturais, atendendo as necessidades nutricionais específicas, conforme percentuais mínimos.
Deve ter um papel educativo
Deve ter apresentação agradável;
A refeição deve ser realizada em ambiente favorável;
 
Considerações no planejamento de cardápios
Hábito alimentar;
Custo;
Horário de permanência na escola;
Consistência das refeições;
Aspectos nutricionais;Aceitação (sempre que houver a inclusão de um novo produto no cardápio, é indispensável a aplicação de testes de aceitabilidade.).
 
Cardápio
Não deve ser oferecido – refrigerantes, sucos industrializados, doces em geral, balas, chocolate, sorvetes, biscoitos recheados, salgadinhos enlatados, embutidos (salsicha, linguiça, mortadela e presento), frituras, café, chá mate, chá preto ou mel. Estes alimentos possuem excesso de gordura, açúcar, conservantes ou corantes e podem comprometer o crescimento e desenvolvimento, promover a carências de vitaminas e minerais, além de aumentarem o risco de doenças como alergias e obesidade.
 
VALOR do repasse
O valor per capita por dia letivo repassado pela União (reajuste 2012):
R$ 0,30 por aluno de ensino fundamental, médio e educação de jovens e adultos (EJA).
R$ 0,50 por aluno de pré-escola.
R$ 0,60 por aluno de escolas indígenas e localizadas em comunidades quilombolas;
R$ 0,90 por aluno do programa Mais Educação;
R$ 1,00 por aluno de creches.
 
Recursos e acompanhamento
O repasse é feito diretamente aos estados e municípios, com base no censo escolar realizado no ano anterior ao do atendimento.
O programa é acompanhado e fiscalizado:
Conselhos de Alimentação Escolar (CAEs);
FNDE;
Tribunal de Contas da União (TCU);
Controladoria Geral da União (CGU);
Ministério Público.
Qualquer pessoa física ou jurídica pode denunciar irregularidades a um desses órgãos, ficando assegurado o sigilo de seus dados.
 
Compra Direta da Agricultura Familiar - Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009
Do valor per capita repassado pela União, 30% deve ser investido na compra direta de produtos da agricultura familiar;
dispensa o procedimento licitatório
estimula o desenvolvimento econômico das comunidades locais – melhora segurança alimentar dessas famílias.
aquisição de gêneros alimentícios diversificados, sazonais e da cultura local – alimentação saudável para escolares
 
ESCOLAS ESTADUAIS
(artigo 7º da Lei nº 11.947/2009 e artigo 6º da Resolução do FNDE nº 26/2013).
os estados poderão transferir a seus municípios a responsabilidade pelo atendimento aos alunos matriculados nos estabelecimentos estaduais de ensino;
repasse de recursos do FNDE referentes a esses estudantes diretamente ao município
os municípios não são obrigados a fornecer alimentação para os alunos da rede estadual;
somente com um acordo entre as 2 partes pode ser realizada a delegação do atendimento aos municípios.
 
Conselho de Alimentação Escolar (CAE)
Colegiado deliberativo e autônomo composto por representantes do Executivo, do Legislativo e da sociedade (professores e pais de alunos);
Mandato de dois anos;
Principal objetivo: fiscalizar a aplicação dos recursos transferidos e zelar pela qualidade dos produtos, desde a compra até a distribuição nas escolas, prestando sempre atenção às boas práticas sanitárias e de higiene.
 
O nutricionista em alimentação escolar
É o responsável técnico (RT) - artigo 12 da Lei 11.947/2009;
O profissional deve prescrever as normas para o serviço de alimentação, aplicá-las e supervisionar o trabalho;
Os cardápios da alimentação escolar deverão ser elaborados pelo nutricionista.
 
Parâmetros numéricos mínimos de referência
Educação Básica
Na modalidade Educação Infantil (creche e pré-escola), a CH técnica mínima recomendada é de um nutricionista para cada 500 alunos em jornada de 30h semanais.
 
Você deve ler mais sobre o assunto nas referências abaixo:
 
� �Manual de Orientação para a Alimentação Escolar na Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e na Educação de Jovens e Adultos - 2ª Edição
 
 Marco legal do Programa Nacional de Alimentação Escolar
 
O PAPEL DO NUTRICIONISTANO PROGRAMA NACIONAL DEALIMENTAÇÃO ESCOLAR (PNAE). Manual de instruções operacionais para nutricionistas do PNAE - 2ª Edição. www.fnde.gov.br/programas/alimentacao-escolar/alimentacao-escolar-material-de-divulgacao/alimentacao-manuais/item/5244-manual-de-instruções-operacionais-para-nutricionistas-do-pnae
Manual de Orientação sobre a alimentação escolar para pessoas com Diabetes, Hipertensão, Doença Celíaca, Fenilcetonúria e Intolerância à Lactose - 2ª Edição. www.fnde.gov.br/programas/alimentacao-escolar/alimentacao-escolar-material-de-divulgacao/alimentacao-manuais/item/5245-manual-de-orientação-sobre-alimentação-escolar-para-alunos-com-necessidades-especiais
 
 
 
CONTEÚDO 7. PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA - PSE
 
Agora vamos conhecer o Programa Saúde na Escola!
 
 PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA
 
O Programa Saúde na Escola (PSE) foi instituído em 2007.
Integração e articulação permanente da educação e da saúde, proporcionando melhoria da qualidade de vida dos educandos.
As políticas de saúde e educação voltadas às crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública UNIDAS para promover saúde e educação integral.
 
Programa Saúde na Escola (Decreto Presidencial nº 6286, de 2007)
Contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção da saúde, de prevenção de doenças e agravos à saúde e de atenção à saúde, com vistas ao enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino.
Reconhece e acolhe as ações de integração entre esses setores que já existiam e que impactavam positivamente na qualidade de vida dos educandos.
Ações intersetoriais – educação e saúde
Com a adesão do Município ao PSE cada Escola passa a ter uma Equipe de Saúde de referência para compartilhar o cuidado e as ações de desenvolvimento de saúde e educação integral.
O PSE se dá pela ação intersetorial entre as Equipes de Saúde da Atenção Básica com as Equipes de Educação, no planejamento, execução, monitoramento e avaliação das ações.
 
A SAÚDE E A EDUCAÇÃO JUNTAS NO MESMO RITMO
PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA
 
Avaliação das condições de saúde e de nutrição;
Promoção da saúde e prevenção de doenças (alimentação saudável) – inclusão no PPP e educação alimentar e nutricional;
Monitoramento e avaliação da saúde dos estudantes;
Monitoramento e avaliação do PSE;
Educação permanente em saúde e capacitação dos profissionais de saúde e da escola.
 
Programa Saúde na Escola
Como funciona?
Adesão do município;
Financiamento: 13ª parcela da ESF e disponibilidade de equipamentos clínicos e antropométricos e materiais impressos para ESF e escolas;
 
As ações desenvolvidas no PSE são organizadas em cinco componentes:
Componente I – Avaliação das Condições de Saúde
Componente II – Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças e Agravos
Componente III – Formação
Componente IV – Monitoramento das condições de saúde dos educandos
Componente V – Avaliação e Monitoramento do Programa
 
Componente I: Avaliação das Condições de Saúde
            Avaliação antropométrica
Verificação da situação vacinal
Saúde bucal
Saúde ocular
Saúde auditiva
Desenvolvimento de linguagem
Identificação de possíveis sinais relacionados às doenças negligenciadas e em eliminação
 
Componente II: Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças e Agravos
Promoção da cultura de paz e Diretos Humanos
Saúde mental
Saúde e prevenção nas escolas (SPE): educação para a saúde sexual, saúde reprodutiva e prevenção das DST/AIDS
Saúde e prevenção nas Escolas (SPE): prevenção ao uso de álcool, tabaco, crack e outras drogas.
Prevenção de acidentes
Saúde Ambiental
Práticas Corporais e Atividade Física
 
Componente III: Formação - Educação Continuada e Capacitação dos Profissionais da Educação e da Saúde e de Jovens
Vigilância Alimentar e Nutricional
Promoção da alimentação saudável
Fortificação com micronutrientes na creche
Gestão intersetorial do PSE
Prevenção ao uso de Álcool e Tabaco, Crack e outras Drogas
Prevenção e atenção das situações de violências
Desenvolvimento Infantil
Saúdesexual, saúde reprodutiva e prevenção das DST/aids
Promoção da Saúde nas Escolas
 
Nutrisus
Estratégia de prevenção das deficiências nutricionais vinculada às creches do Programa Saúde na Escola;
Consiste na adição de uma mistura de vitaminas e minerais em pó em uma das refeições oferecidas para as crianças diariamente;
Os micronutrientes em pó são embalados em sachês (1g) e acrescentados e misturados às preparações alimentares (no momento em que a criança for comer);
A intenção é potencializar o pleno desenvolvimento infantil e a prevenção e o controle das deficiências nutricionais na infância, em especial, a anemia por deficiência de ferro;
 
   
A composição do sachê NutriSUS distribuído pelo Ministério da Saúde apresenta 15 micronutrientes.
 
FLUXO DE DISTRIBUIÇÃO DOS SACHÊS MICRONUTRIENTES:
 
 
 
 
CRITÉRIOS DE ADESÃO – 2013/2014
Todos os municípios passam a ser aptos à adesão ao PSE – não há mais critérios de cobertura de SF e IDEB;
- Inclusão do ensino infantil (creches e pré-escolas).
Definição de estabelecimentos de ensino seguindo níveis de prioridade:
Escolas com mais de 50% de matriculados no PBF;
Escolas do Mais Educação;
Creches e Pré-Escolas;
Escolas com adolescentes em medidas sócio educativas;
Escolas que participaram do PSE em 2012
 
ADESãO MUNICIPAL AO PSE
2008
608 municípios
1.941.763 educandos
5.130 Unidades Básicas de Saúde
 
2013
4.861 municípios aderidos
18.713.940 educandos
80.435 escolas do País
30.045 Unidades Básicas de Saúde
 
SEMANA SAÚDE NA ESCOLA 2013 (Portaria 357/12)
Adesão: 3.747 municípios
Equipes: 20.737 (594 reais por equipe)
Escolas: 43.560   
 
 
 
Promoção da Saúde – SUS
Da saúde dos estudantes se cuida todos os dias.
 
SEMANA SAÚDE NA ESCOLA 2015
6 temas
34 fichas de atividades
 
TEMAS:
Alimentação saudável;
Práticas corporais, atividade física e lazer;
Direitos humanos e promoção de cultura de paz
Participação juvenil/infantil;
Identificando necessidades e conhecendo os parceiros;
Saúde indígena.
 
Você deve ler mais sobre o assunto nas referências abaixo:
Referência:
Portal da Saúde - http://�� HYPERLINK "http://dab.saude.gov.br/portaldab/pse.php" \t "_blank" dab.saude.gov.br/portaldab/pse.php
Guia de sugestões de atividades – semana da saúde na escola 2015 -http://�� HYPERLINK "http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/guia_atividades_pse_versao_preliminar.pdf" \t "_blank" 189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/guia_atividades_pse_versao_preliminar.pdf
Caderno temático SAN e PAAS 2015 - http://�� HYPERLINK "http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/caderno_san_paas.pdf" \t "_blank" 189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/caderno_san_paas.pdf
   
Orientações Gerais sobre diversas ações dos componentes I e II
189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/concurso_pse_avaliacao_nutricional_antropometrica.pdf
189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/concurso_pse_paas.pdf
 
Caderno do gestor do PSE dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php
nteúdo 8. O Nutricionista na estratégia Saúde da Família
 
Você conhece a Estratégia Saúde da Família?
Agora vamos entender o papel do nutricionista na equipe Saúde da Família!!
 
Olhe a aula apresentada e responda as questões deste conteúdo.
 
Nutricionista em Saúde Pública
Apoio Matricial e Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF
 
O trabalho em saúde
PROBLEMAS
Especialização e fragmentação do objeto e do trabalho
Modelo biomédico – determinantes biológicos no processo saúde-doença
Alienação – menor capacidade de lidar com a complexidade e integralidade
Diluição de responsabilidade sanitária.
 
SOLUÇÕES
Abordagem ampliada da saúde (o sujeito em seu contexto – sociabilidade, afetividade, rede social, relações com território e meio ambiente)
Trabalho em saúde – interdisciplinar
Atenção integral (rede) – troca de saberes e práticas
Clínica ampliada – abordar a complexidade
Uma clínica que tem como objeto o sujeito doente e não a doença.
 
Estratégia Saúde da Família
 
PRINCIPAL PROPÓSITO - Reorganizar a prática da atenção à saúde em novas bases e substituir o modelo tradicional;
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS
A ESF incorpora e reafirma os princípios básicos do Sistema Único de Saúde (SUS):
Universalização
Descentralização
Integralidade
Participação social
 
Caráter substitutivo
A ESF não significa a criação de novas unidades de saúde, exceto em áreas totalmente desprovidas das mesmas.
 
Territorialização e cadastramento da clientela
Trabalha com território de abrangência e é responsável pelo cadastramento e o acompanhamento da população desta área.
 
COMO FUNCIONA?
Cada equipe é capacitada para:
1. Conhecer a realidade das famílias pelas quais é responsável:
cadastramento;
Diagnóstico de suas características sociais, demográficas e epidemiológicas;
2. Identificar os principais problemas de saúde e situações de risco;
3. Elaborar, com a participação da comunidade, um plano local para enfrentar os determinantes do processo saúde/doença.
 
Equipe de referência
MÍNIMA:
MÉDICO
ENFERMEIRO
AUXILIAR DE ENFERMAGEM
ACS
AMPLIADA:
+ dentista, aux. consultório dentário e técnico em higiene dental.
 
2400 – 4000 pessoas por equipe - média de 3000
400 - 750 pessoas por ACS
12 ACSs por equipe
 
Equipe de Referência e Apoio Matricial
Equipe de Referência – equipe interdisciplinar
Apoio Matricial – reorganizar a forma de contato entre as Equipes de Referência e as áreas especializadas.
 Oferta de apoio técnico especializado aos profissionais das Equipes de Referência – ampliação da clínica – “CLÍNICA AMPLIADA”.
Equipe multidisciplinar - reúne diversos profissionais com formações distintas atendendo a um mesmo paciente, entretanto o entrosamento contínuo dos membros não necessariamente ocorre.
Equipe interdisciplinar - os diferentes profissionais reúnem-se frequentemente para discutir cada caso e em conjunto definem as ações coletivas a serem tomadas, neste meio, informações importantes para um profissional às vezes são contadas a outro membro da equipe que a repassa.
 
O trabalho em saúde
Ampliação da clínica:
 Incorporação das fragilidades subjetivas e dos ambientes sociais, para além dos riscos biológicos.
 Autonomia, autocuidado, capacidade de intervenção na realidade, desenvolvimento da sociabilidade e cidadania.
 Campo e Núcleo de saberes, práticas e responsabilidades:
Núcleo – identidade profissional, práticas e tarefas peculiares a cada profissão. O que é específico do profissional médico, do enfermeiro, do nutricionista.
Campo – saberes, práticas e responsabilidades comuns a todos os profissionais de saúde – espaço de interseção entre as áreas - permite o entrelaçamento das ações.
 
Apoio Matricial – o que é?
Especialidades passam a compor a rede matricial de apoio;
Superar a lógica da especialização e da fragmentação;
Personalizar o sistema de referência e contra referência – contato direto entre ESF e especialista ;
Encontros periódicos – discussão de casos selecionados pela ESF e elaboração de projetos terapêuticos singulares;
Casos imprevistos/ urgentes – ESF aciona Apoio Matricial;
Paciente não rompe vínculo com Equipe de Referência
Co-resposabilização (E. Referência e E. Apoio)
NASF
NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA
* Criação do NASF (portaria 154 MS, 2008) – lógica do apoio matricial:
 Aumentar sua capacidade de intervenção e resolutividade;
* Regulamentados pela portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011
 Configuram-se como equipes multiprofissionais que atuam de forma integrada com as equipes de Saúde da Família (eSF);
 
NASF – lógica matricial
NASF - constituído por equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento
Atua em parceria com os profissionais dasESF, compartilhando as práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade das ESF.
NASF – Profissionais
Médico acupunturista; assistente social; educador físico; farmacêutico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; gineco-obstetra; homeopata; nutricionista; pediatra; psicólogo; psiquiatra; terapeuta ocupacional; geriatra; clínico, médico do trabalho, veterinário, profissional com formação em arte e educação e sanitarista.
 
NASF – lógica matricial
Os NASF não se constituem em porta de entrada do sistema, e devem atuar de forma integrada à rede de serviços de saúde...
A responsabilização compartilhada entre as ESF e a equipe do NASF na comunidade prevê a revisão da prática do encaminhamento com base nos processos de referência e contrareferência, (acompanhamento longitudinal de responsabilidade da ESF)...
Os NASFs devem buscar instituir a plena integralidade do cuidado físico e mental aos usuários do SUS por intermédio da qualificação e complementaridade do trabalho das ESF.
 
NASF – lógica matricial
Tendo em vista a magnitude epidemiológica dos transtornos mentais, recomenda-se que cada NASF conte com pelo menos 1 profissional de saúde mental”
(+ ampliação da clínica para as dimensões subjetiva e social):
NASF 1 - realize suas atividades vinculado a no mínimo 5 e a no máximo 9 ESFs - total min 200h semanais (min 20h e max. 80h/profissional);
NASF 2 - realize suas atividades vinculado a no mínimo 3 ou 4 ESFs - total min 120h semanais (min 20h e max. 40h/profissional);
NASF 3 - realize suas atividades vinculado a no mínimo 1 ou 2 ESFs – total min 80h semanais (min 20h e max. 40h/profissional)
 
Indicadores de acompanhamento da ESF
SIAB:
Sistema de Informação da Atenção Básica
Relatórios mensais ou por períodos mais longos
 
COMO DEVE SE INICIAR A IMPLANTAÇÃO DA ESF NO MUNICÍPIO?
Inicialmente em áreas de maior risco ou deficientes de atenção básica à saúde;
Não manter unidades tradicionais na mesma área para que não haja duplicidade/concorrência de serviços.
 
A DEMANDA AUMENTA NO INÍCIO DA IMPLANTAÇÃO?
Uma expansão de 10% na cobertura corresponde a uma diminuição de 4,5% da Mortalidade Infantil;
Deve resolver 85% dos problemas de saúde em sua comunidade.
 
Você deve ler mais sobre o assunto nas referências abaixo:
 
Referências
Portal da Saúde
Núcleo de Apoio à Saúde da Família - Cadernos de Atenção Básica - http://dab.saude.gov.br/portaldab/smp_como_funciona.php?conteudo=esf
Portal da Saúde - Como funciona a ESF - http://�� HYPERLINK "http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_nasf.php" \t "_blank" dab.saude.gov.br/portaldab/ape_nasf.php
Portal da Saúde - Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) - http://�� HYPERLINK "http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab39" \t "_blank" dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab39