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O Prefeito

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O PREFEITO
Estudo com base nas Lições de Hely Lopes Meirelles
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“Como órgão público, a Prefeitura não é pessoa jurídica; é simples­mente a unidade central da estrutura administrativa do Município. Nem representa juridicamente o Município, pois nenhum órgão representa a pessoa jurídica a que pertence, a qual só é representada pelo agente (pes­soa física) legalmente investido dessa função - que, no caso, é o prefei­to. “
I - A Prefeitura
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“a Prefeitura tem orçamento próprio e quadro de pessoal distinto e incomunicável com o da Câmara de Vereadores. Nas relações externas e em juízo, entretanto, quem responde civilmente não é a Prefeitura, mas sim o Município - ou seja, a Fazenda Pública Municipal, única com capacidade jurídica e legitimidade processual para demandar e ser demandada, auferindo as vantagens de vencedora ou suportando os ônus de vencida no pleito.”
Fazenda Pública Municipal
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Não se pode confundir, portanto, a Prefeitura (órgão executivo) com o Município (pessoa jurídica); nem a Prefeitura com o prefeito (chefe do órgão e agente político), ou com qualquer de seus secretários municipais (agentes políticos auxiliares do prefeito), ou com seus servidores (agentes administrativos). 
Prefeitura, Prefeito e Município
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Prefeitura significa a sede do Execu­tivo Municipal, o edifício em que se localiza o gabinete do prefeito, e por uma figura de metonímia é empregado ainda para indicar o período de mandato do chefe do Executivo local.
A Prefeitura
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O prefeito é o chefe do Executivo Municipal, agente político, dirigen­te supremo da Prefeitura.
 Como chefe do Executivo e agente político, tem atribuições governamentais e administrativas.
II – O Prefeito
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Prefeito: Vem do latim praefectus, "posto acima dos outros". Ao longo da história romana, o termo serviu para designar os mais variados cargos administrativos: alguns eletivos, outros nomeados pelo imperador ou pelo Senado. Havia, entre outros, o prefeito dos aquedutos, o prefeito do acampamento militar, o prefeito das festas religiosas. O mais importante era o praefectus urbi ("prefeito da cidade": i. é, de Roma). In: http://www.dicionarioetimologico.com.br/prefeito
Etimologia da Palavra
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O cargo de prefeito foi instituído no Brasil, pela primeira vez, na Pro­víncia de São Paulo, pela Lei 18, de 11.4.1835, com o caráter de delegado do Executivo, e de nomeação do presidente da Província. A inovação pro­vou ser tão boa que a Regência a recomendou às demais Províncias, pelo Decreto 9, de 5 de dezembro do mesmo ano. Até então as Municipalida­des eram governadas pelas Câmaras ou Conselhos, constituídos uniforme­mente de um secretário, um procurador, incumbido da parte administrativa e judiciária, e de nove vereadores para as cidades e de sete para as vilas, sendo o mais velho investido na presidência (Lei de 1.10.1828).
No Brasil...
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Não, o prefeito não é funcionário público; é agente político.
“Agentes políticos são os componentes do governo, investidos em mandatos, car­gos, funções ou comissões, por eleição, nomeação, designação ou delegação, para o exercício de atribuições constitucionais.” 
É funcionário público?
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A) agentes políticos
B) agentes administrativos 
C) agentes honoríficos
D) agentes delegados
E) agentes credenciados.
Agentes Públicos (Gênero)
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são todos aqueles que se vinculam ao Estado ou às suas entidades autárquicas e fundacionais por relações profissionais, sujeitos à hierarquia funcional e ao regime jurídico estatutário, celetista ou administrativo especial, deter­minado pela entidade estatal a que servem. São investidos em cargos ou empregos, com retribuição pecuniária, em regra por nomeação, após concurso, e excepcional­mente por contrato de trabalho. São os servidores públicos em geral.
Agentes administrativos
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são cidadãos convocados, designados ou nomeados para prestar transitoriamente determinados serviços ao Estado, em razão de sua condição cívica, de sua honorabilidade ou de sua notória capacidade profissional, mas sem qual­quer vínculo empregatício ou estatutário, e normalmente sem remuneração. Tais servi­ços constituem o chamado múnus público, ou serviços públicos relevantes.
Agentes honoríficos
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São particulares que recebem a incumbência estatal da exe­cução de determinadas atividades, obras ou serviços públicos, e os realizam em nome próprio, por sua conta e risco, mas segundo as normas do Estado e sob a permanente fiscalização do delegante.
Agentes delegados
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são os que recebem a incumbência da Administração para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante re­muneração do Poder Público credenciante.
Obs.: Classificação em desuso, pois a doutrina moderna considera o Credenciamento uma espécie de delegação.
Agentes credenciados
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Todos esses agentes, quando cometem crimes funcionais, são considerados ser­vidores públicos, mas tão-somente para fins penais (CP, art. 327). 
Os agentes políticos, entretanto, além dos crimes funcionais comuns, podem incidir em crimes de responsa­bilidade e em infrações político-administrativas definidos em leis especiais.
E a Responsabilidade Civil? 
É Objetiva, nos termos do art. 37, § 6º, “as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”. 
Observação:
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Guardadas as proporções, o prefeito tem no Município os encargos e as prerrogativas de um governador, dada sua posição de chefia do Executivo e de comando da Administração local, exercendo uma missão de liderança natural entre os munícipes. Por esses motivos, tem precedência legal sobre as demais autoridades municipais. 
O art . 10 do Decreto 70.274/1972 dispões sobre cerimonial público e ordem de precedência das autoridades, estabelece que “Nos Municípios, o Prefeito presidirá as solenidades municipais”. 
Posição do Prefeito:
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Governamentais: são todas aquelas de condução dos negócios públicos, de opções políticas de conveniência e oportunidade na sua rea­lização - e, por isso mesmo, insuscetíveis de controle por qualquer outro agente, órgão ou Poder;
Administrativas são as que visam à concretização das atividades executivas do Município, por meio de atos jurídicos sempre controláveis pelo Poder Judiciário e, em certos casos, pelo Legislativo local.
Funções
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O Prefeito não realiza pessoalmente todas as funções do cargo, executando aquelas que lhe são privativas e indelegáveis e trespas­sando as demais aos seus auxiliares e técnicos da Prefeitura (secretários municipais, diretores de departamentos, chefes de serviços e outros subor­dinados). 
Mas todas as atividades do Executivo são de sua responsabilida­de direta ou indireta, quer pela sua execução pessoal, quer pela sua direção ou supervisão hierárquica.
Delegação das Funções
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A remuneração do cargo de prefeito, a partir da EC 19, de 1998, compõe-se unicamente de subsídio fixado por lei específica, de iniciativa da Câmara Municipal, em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória (CF, art. 29, V, c/c arts. 37, X-XI, 39 § 4a, 150, II, e 153, III, e § 2º). 
A Constituição Federal assegura revisão anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices relativamente aos utili­zados para a remuneração dos servidores públicos em geral (art. 37, X).
Remuneração
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Além disso, o subsídio do prefeito está subordinado ao teto fixado no art. 37, XI, da CF, com a redação dada pela EC 41/2003 - ou seja, não poderá exceder o subsídio mensal, em espécie, dos ministros do STF.
Teto Constitucional
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O subsídio do prefeito é inacumulável com a remuneração ou subsídio de qualquer outro cargo ou função pública, estatal, autárquica, fundacional ou de empresas públicas e sociedades de economia mista, por incidir na vedação genérica do art. 37, XVII, da
CF. 
Mas pode o prefeito, se apo­sentado, perceber conjuntamente os proventos da inatividade e o subsídio do cargo eletivo, desde que a soma dessas remunerações não exceda o subsídio mensal, em espécie, dos ministros do STF. É o que se depreende do inciso XI do art. 37 da CF.
Acumulação de Subsídios
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O prefeito poderá solicitar licença à Câmara para tratamento de saúde ou para cuidar de interesses particulares, mas ficará sempre a critério do plenário conceder, negar ou reduzir o afastamento solicitado. 
Tal delibe­ração é de caráter político, diretamente relacionado com o exercício do mandato, e representa uma liberalidade do Legislativo, razão pela qual é insuscetível de revisão judicial, porque não há, por parte do prefeito, qualquer direito subjetivo ao licenciamento, ainda que para tratamento de saúde.
O afastamento será sempre sem remuneração.
Licença
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Alguns aspectos:
O prazo para afastamento do prefeito sem necessidade de autorização legis­lativa, semelhante ao disposto no art. 83 da CF para o chefe do Executivo Federal;
Ou ainda, dispor sobre as hipóteses de licença remunerada e férias.
Lei Orgânica do Município poderá disciplinar o afastamento do Prefeito
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Quanto às férias, também a Lei Orgânica do Município pode instituí-las para o prefeito, o que é recomendável, à semelhança do que ocorre com os vereadores, que as desfrutam durante o recesso da Câmara. 
Fixados o período e a duração das férias, o prefeito terá o direito de gozá-las inde­pendentemente de autorização da Câmara, bastando que faça a comunica­ção prévia de seu afastamento, para convocação do substituto legal nesse período, se necessário. 
No gozo de férias o prefeito terá direito à remune­ração integral do cargo, por se manter no seu desempenho, apenas com o exercício legalmente interrompido.
Férias
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Art. 66 – O Prefeito e Vice-Prefeito, quando no exercício do cargo, não poderão, sem licença da Câmara Municipal, ausentar-se do Município por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo ou mandato.
Parágrafo Único – O Prefeito regularmente licenciado terá direito a perceber a remuneração quando:
I – impossibilitando de exercer o cargo, por motivo de doença devidamente comprovada;
II – em gozo de férias;
III – a serviço ou em missão de representação do Município.
a) o Prefeito gozará férias anuais de trinta dias, sem prejuízo da remuneração, ficando a seu critério a época para usufruir do descanso;
b) a remuneração do Prefeito será estipulada na forma do inciso V, do artigo 39 desta lei;
c) estando o Prefeito em gozo de férias ocupará o seu lugar o Vice-Prefeito e na ausência deste o Presidente da Câmara;
d) o Prefeito perderá o direito às férias se deixar de gozá-las no período compreendido entre o mês de janeiro e dezembro, vedada a acumulação do período.
Lei Orgânica de São Gotardo
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A apreciação da conduta funcional do Prefeito e a solução das questões relativas à cassação do mandato, impedimentos ou incompatibilidades, li­cença, substituição, remuneração e julgamento de suas contas - cabe ao plenário da Câmara, no desempenho legítimo e normal do seu poder de fiscalização, investigação e punição dos atos de governo, inerente a toda corporação legislativa.
O controle político-administrativo do exercício do cargo de prefeito
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Atribuições do Prefeito
Atribuições Políticas
Consubstanciam-se em atos de governo, ine­rentes às funções de comando do Executivo, e se expressam na condu­ção dos negócios públicos locais; no planejamento das atividades, obras e serviços municipais; na apresentação de proposições e projetos de lei à Câmara de Vereadores; na sanção, promulgação e veto de projetos de lei; na elaboração da proposta orçamentária; na expedição de decretos regulamentares e demais atuações de caráter governamental. 
Atribuições Administrativas
Concretizam-se na execução das leis em geral e na realização de atividades materiais locais, traduzidas em atos administrativos (despachos em geral) e em fatos administrativos (obras e serviços). Tais atribuições expressam-se em instrumentos formais, unila­terais ou bilaterais (atos e contratos), e em execução de projetos, devida­mente aprovados pelos órgãos técnicos competentes. 
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DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO
Art. 68 – Ao Prefeito, como Chefe da Administração, compete dar cumprimento às deliberações da Câmara, dirigir, fiscalizar e defender os interesses do Município, bem como adotar, de acordo com a lei, todas as medidas administrativas de utilidade pública, sem exceder as verbas orçamentárias.
Lei Orgânica de São Gotardo
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I – a iniciativa das leis, na forma e nos casos previstos nesta lei;
II – representar o município em juízo e fora dele;
III – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Câmara e expedir os regulamentos para sua fiel execução;
IV – vetar, no todo ou em parte, os projetos de lei aprovados pela Câmara;
V – decretar, nos termos da lei, a desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social;
VI – expedir decretos, portarias e outros atos administrativos;
VII – permitir ou autorizar o uso de bens municipais por terceiros, observada a legislação pertinente; (E a Concessão?)
VIII – prover os cargos públicos e expedir os demais atos referentes à situação funcional dos servidores, exceto daqueles pertencentes ao quadro da Câmara Municipal, cuja competência é do Presidente da Câmara;
IX – permitir ou autorizar execução de serviços públicos por terceiros;
X – enviar à Câmara os projetos de lei relativos ao orçamento anual e ao plano plurianual do Município e das suas autarquias, na forma da lei:
Art. 69 – Compete ao Prefeito, entre outras atribuições:
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XI – encaminhar à Câmara, até quinze de abril, a prestação de contas, bem como os balanços do exercício findo;
XII – encaminhar aos órgãos competentes os planos de aplicação e as prestações de contas exigidas em lei;
XIII – fazer publicar os atos oficiais;
XIV – prestar à Câmara, dentro de quinze dias, as informações pela mesma solicitada, salvo prorrogação, a seu pedido, por prazo determinado em face da complexidade da matéria ou da dificuldade de obtenção nas respectivas fontes, dos dados solicitados;
XV – prover os serviços e obras da Administração Pública Municipal;
XVI – superintender a arrecadação dos tributos, bem como a guarda a aplicação da receita, autorizando as despesas e pagamentos dentro das disponibilidades orçamentárias ou dos créditos votados pela Câmara;
XVII – as receitas orçamentárias pertencentes à Câmara Municipal de São Gotardo, serão creditados automaticamente pelas agências bancárias nas contas correntes da Câmara, conforme Lei específica; (FORA DE CONTEXTO)
XVIII – aplicar multas previstas em lei e contratos, bem como revê-las quando impostas irregularmente;
XIX – resolver sobre os requerimentos, reclamações ou representações que lhe forem dirigidas;
XX – oficializar, obedecidas as normas urbanísticas aplicáveis as vias e logradouros públicos, mediante denominação aprovada pela Câmara;
Art. 69 – Compete ao Prefeito, entre outras atribuições:
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XXI – convocar extraordinariamente a Câmara quando o interesse da Administração exigir;
XXII – aprovar projetos de edificação e planos de loteamento, arruamento e zoneamento urbano ou para fins urbanos;
XXIII – apresentar, anualmente, à Câmara, relatório circunstanciado sobre o estado das obras e dos serviços municipais, bem assim o programa da Administração para o ano seguinte;
XXIV – organizar os serviços internos das repartições criadas por lei, sem exceder as verbas para tal destinadas;
XXV – contrair empréstimos e realizar operações de créditos, mediante prévia autorização da Câmara;
XXVI – providenciar sobre a administração dos bens do Município e sua alienação, na forma da lei;
XXVII – organizar e dirigir, nos termos da lei, os serviços relativos às terras do Município;
XXVIII – desenvolver o sistema viário do Município;
XXIX – conceder auxílios, prêmios e subvenções, nos limites das respectivas verbas orçamentárias
e do plano de distribuição, prévia e anualmente aprovados pela Câmara;
XXX – providenciar sobre o incremento do ensino;
Art. 69 – Compete ao Prefeito, entre outras atribuições:
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XXXI – estabelecer a divisão administrativa do Município, de acordo com a lei;
XXXII – solicitar o auxílio das autoridades policiais do Estado, para garantia do cumprimento dos seus atos;
XXXIII – solicitar, obrigatoriamente, autorização à Câmara para ausentar-se do Município por tempo superior a quinze dias;
XXXIV – adotar providências para a conservação e salvaguarda do patrimônio municipal;
XXXV – publicar mensalmente relatório resumido da Execução Orçamentária, encaminhando imediatamente à Câmara Municipal, a documentação respectiva, necessária à comprovação dos fatos contábeis, para exame e verificação, pela comissão de vereadores;
XXXVI – colocar as contas do Município, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame a apreciação que poderá questionar-lhes à legitimidade, nos termos da lei, dando a conhecer, através de publicação, o primeiro e o último dia determinados para tal;
XXXVII – suplementar as dotações orçamentárias da Câmara Municipal para supri-la dos recursos financeiros necessários ao seu regular funcionamento dentro de no máximo quinze dias, após receber a resolução votada pela Câmara Municipal.
Art. 69 – Compete ao Prefeito, entre outras atribuições:
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Art. 70 – O Prefeito poderá delegar, por decreto, a seus auxiliares, as funções administrativas previstas nos incisos XV e XXIV do artigo 69 desta lei.
São estas:
XV – prover os serviços e obras da Administração Pública Municipal;
XXIV – organizar os serviços internos das repartições criadas por lei, sem exceder as verbas para tal destinadas;
Possibilidade de Delegação das Atribuições
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LEI Nº 1.579, DE 18 DE MARÇO DE 1952 – Dispõe sobre as Comissões Parlamentares de Inquérito
COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO
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Art. 1º. As Comissões Parlamentares de Inquérito, criadas na forma do art. 53 da Constituição Federal (atual artigo 58), terão ampla ação nas pesquisas destinadas a apurar os fatos determinados que deram origem à sua formação.
Parágrafo único. A criação de Comissão Parlamentar de Inquérito dependerá de deliberação plenária, se não for determinada pelo terço da totalidade dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado.
Função e Criação
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Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
§ 1º Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.
CPIs na CF/88
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§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa;
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições;
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.
CPIs na CF/88
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§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
CPIs na CF/88
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Art. 2º. No exercício de suas atribuições, poderão as Comissões Parlamentares de Inquérito determinar as diligências que reportarem necessárias e requerer a convocação de Ministros de Estado, tomar o depoimento de quaisquer autoridades federais, estaduais ou municipais, ouvir os indiciados, inquirir testemunhas sob compromisso, requisitar de repartições públicas e autárquicas informações e documentos, e transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença.
Poderes de Investigação
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Art. 3º. Indiciados e testemunhas serão intimados de acordo com as prescrições estabelecidas na legislação penal.
§ 1o Em caso de não-comparecimento da testemunha sem motivo justificado, a sua intimação será solicitada ao juiz criminal da localidade em que resida ou se encontre, na forma do art. 218 do Código de Processo Penal.        (Renumerado do Parágrafo único pela Lei nº 10.679, de 23.5.2003)
§ 2o O depoente poderá fazer-se acompanhar de advogado, ainda que em reunião secreta.     (Incluído pela Lei nº 10.679, de 23.5.2003)
Intimação de Testemunhas
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Art. 4º. Constitui crime:
I - Impedir, ou tentar impedir, mediante violência, ameaça ou assuadas, o regular funcionamento de Comissão Parlamentar de Inquérito, ou o livre exercício das atribuições de qualquer dos seus membros.
Pena - A do art. 329 do Código Penal.
II - fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, tradutor ou intérprete, perante a Comissão Parlamentar de Inquérito:
Pena - A do art. 342 do Código Penal.
Crimes na CPIs
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Art. 5º. As Comissões Parlamentares de Inquérito apresentarão relatório de seus trabalhos à respectiva Câmara, concluindo por projeto de resolução.
§ 1º. Se forem diversos os fatos objeto de inquérito, a comissão dirá, em separado, sobre cada um, podendo fazê-lo antes mesmo de finda a investigação dos demais.
§ 2º - A incumbência da Comissão Parlamentar de Inquérito termina com a sessão legislativa em que tiver sido outorgada, salvo deliberação da respectiva Câmara, prorrogando-a dentro da Legislatura em curso. 
Relatórios Finais
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Art. 6º. O processo e a instrução dos inquéritos obedecerão ao que prescreve esta Lei, no que lhes for aplicável, às normas do processo penal.
CPI e Código de Processo Penal
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