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Resumo do livro Psicologia MYERS, D. Cap 5 Sensação

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Disciplina: Processos Psicológicos Básicos - Gabriella Freitas de Almeida, N105DB4
Livro MYERS, D. Psicologia. 9ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006
CAP 5 - Sensação: A sensação é um processo fisiológico de ligação do organismo com o meio, através dos órgãos sensoriais, e consiste na transmissão de um influxo nervoso (corrente eléctrica que percorre os nossos nervos) desde o órgão sensorial até aos centros de descodificação. Realiza-se pela acção de um estímulo específico sobre um receptor que é apropriado para o receber. Assim, por exemplo, os olhos recebem estímulos luminosos, os ouvidos estímulos sonoros, também é reacção física do corpo ao mundo físico, sendo regida pelas leis da física, química, biologia, etc. Os nossos sensores são, os órgãos dos sentidos que recebem e transmitem mensagens bioquímicas sob a forma de influxo nervoso que após serem descodificadas e interpretadas nos centros nervosos de conexão (medula espinal e encéfalo), desencadeiam uma resposta motora ou glandular. Com o efeito, a sensação consiste numa espécie de apresentação isolada das qualidades dos objectivos constituído a base da percepção, se bem que não se possa isolar dela. Embora por vezes se considere a sensação como o ponto de partida para a construção da experiência e do saber, ela não é, no entanto, um dado imediato da consciência: a sensação só se apresenta ao nosso espírito sob uma forma mais complexa, a forma de percepção. Apenas podemos falar de sensações nas percepções se as considerarmos em si mesmas, sem considerar o que significam.
 Para representar o mundo em nossas cabeças, devemos detectar a energia física do ambiente e codificá-la como sinais neurais, um processo denominado tradicionalmente sensação. E temos de selecionar, organizar e interpretar nossas sensações - um processo denominado percepção. 
 Percepção incompleta: pode sentir as informações visuais - é capaz inclusive de relatar com precisão as características de uma face – embora seja incapaz de reconhecê-las. Diante de uma face desconhecida, ela não tem reação. Responde com um aumento da transpiração. 
LIMIARES
Nosso grau de alerta a esses estímulos tênues ilustra nossos limiares absolutos - o mínimo estímulo necessário para detectarmos um estímulo em particular (luz, som, pressão, gosto e odor). Psicólogos geralmente medem os limiares absolutos pelo registro da estimulação necessária para apontarmos seu aparecimento em 50% das vezes. Para testarmos nosso limiar absoluto para sons, um especialista em audição expõe cada um dos ouvidos a vários níveis de som.
PSICOFÍSICA - Existimos num mar de energia, mas somos cegos e surdos para certos tipos de estímulos (raio x, ondas de rádio, lux ultravioleta, infravermelha, ondas sonoras de frequência alta ou baixa). A psicofísica é o estudo da maneira como a energia fisica se relaciona com nossa experiência psicológica. 
MEDIÇÃO - Os psicólogos em geral medem o limiar absoluto pelo registro da estimulação necessária para a detecção de 50% das ocasiões.
LIMIAR ABSOLUTO - A estimulação mínima necessária para detectar um estímulo específico (luz, som, pressão, gosto, odor) É o ponto em que detectamos um estímulo na metade das ocasiões.
LIMIAR RELATIVO - É a diferença mínima que uma pessoa pode detectar entre dois estímulos, em 50% das ocasiões. O limiar relativo aumenta com a magnitude do estímulo.
LEI DE WEBER - Dois estímulos, independentemente de sua magnitude devem diferir por uma proporção constante, para que sua diferença seja perceptível. O limiar relativo não é uma quantidade constante, mas uma certa proporção relativamente constante do estímulo.
ADAPTAÇÃO SENSORIAL - Nossa sensibilidade decrescente a um estímulo inalterável, depois de uma exposição constante a um estímulo, nossas células nervosas disparam com menos frequência.
DETECÇÃO DE SINAIS - Os teóricos da detecção de sinais procuram compreender porque as pessoas reagem de maneiras diferentes aos mesmos estímulos e por que as reações da mesma pessoa variam com as mudanças das circunstâncias. 
 ESTIMULAÇÃO SUBLIMINAR - Inconscientemente podemos sentir o estímulo subliminar (literalmente "abaixo do limiar"), e que, sem nossa ciência, esses estímulos têm um extraordinário poder de sugestão. Será que podemos mesmo sentir tais estímulos? Será que eles têm de fato tais poderes?
 Um breve e imperceptível estímulo evidentemente dispara uma resposta fraca que evoca um sentimento, embora não ocorra a ciência do estímulo. Aquilo que o pensamento consciente não pode reconhecer o coração pode saber. Esse fenômeno de priming subliminar agrega muitas outras evidências que apontam para o poder, assim como para os riscos, da intuição (Myers, 2002).
 LIMIARES DIFERENCIAIS - O limiar diferencial (também denominado diferença apenas perceptível ou DAP) é a menor diferença que uma pessoa é capaz de diferenciar entre dois estímulos metade das vezes.
 O princípio de Weber assim se define: nossos limiares para detecção de diferenças têm uma proporção aproximadamente constante do tamanho do estímulo original.
 ADAPTAÇÃO SENSORIAL adaptação sensorial - a redução de nossa sensibilidade para estímulos que não se modificam.
 Embora a adaptação sensorial reduza nossa sensibilidade, e oferece um importante benefício: ela permite que foquemos e alterações informativas de nosso ambiente, sem nos distrair com estímulos constantes não informativos de roupas, cheiros ou barulhos da rua. 
VISÃO
A transdução sensorial é o processo pelo qual nossos sistemas sensoriais convertem a energia do estímulo em mensagens neurais. Nossos olhos, por exemplo, recebem energia luminosa e coordenam uma surpreendente proeza: eles operam a transdução da energia em mensagens neurais que o cérebro, então, processa naquilo que nós conscientemente vemos. 
 O INPUT DO ESTÍMULO: A ENERGIA LUMINOSA Em termos científicos, o que atinge nossos olhos não são as cores e sim pulsos de energia eletromagnética que nosso sistema visual percebe como cor. O que nós vemos como luz visível é apenas uma estreita faixa do espectro da radiação eletromagnética.
 PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO VISUAL A informação visual atravessa níveis progressivamente mais abstratos. No nível de entrada, a retina - que nada mais é que uma parte do cérebro que migrou para o olho durante o desenvolvimento fetal - processa a informação antes de enviá-la para o córtex.
 DETECÇÃO DE CARACTERÍSTICAS O córtex visual passa a informação para os lobos temporal e parietal. Uma área do lobo temporal situada imediatamente atrás da orelha direita permite que percebamos rostos. Se essa área estiver danificada, você poderá ter dificuldades em reconhecer semblantes familiares, mas será capaz de reconhecer outros objetos.
 Dessa forma, ao enxergar, o cérebro pode realmente estar processando códigos matemáticos que representam uma determinada imagem (Kosslyn & Koening, 1992; Marr, 1982).
 PROCESSAMENTO PARALELO O que significa: que nós podemos executar várias coisas ao mesmo tempo.
 Nós construímos nossas percepções por meio do trabalho integrado de diferentes equipes visuais, trabalhando em paralelo.
 Destrua ou danifique a estação de controle neural de uma subtarefa visual e algo de peculiar resulta.
 O cérebro divide a cena visual em subdimensões, como cor, profundidade, movimento e forma, e trabalha em cada aspecto simultaneamente (Livingstone & Hubel, 1988)
 VISÃO COLORIDA Nós falamos como se os objetos possuíssem cor. Nós dizemos, "Um tomate é vermelho". Talvez você já tenha ponderado sobre esta antiga questão: "se uma árvore cair em uma floresta e ninguém ouvir, será que ela emite algum ruído?" Nós podemos perguntar o mesmo no tocante às cores: se ninguém vir o tomate, será que ele é vermelho?
 A resposta é não. Primeiramente, o tomate é qualquer coisa, menos vermelho, pois ele rejeita (reflete) os comprimentos de onda do vermelho. Em segundo lugar, a cor do tomate é uma construção mental. Como Isaac Newton (1704) percebeu, "os raios (de luz) não são coloridos". A cor, como todos os outros aspectos da visão, não residenos objetos, e sim no grande teatro de nossos cérebros. Mesmo enquanto sonhamos, nós percebemos as coisas em cores.
 A maior parte das pessoas com deficiência para enxergar não é na verdade "daltônica". Elas simplesmente perdem a função de seus cones vermelhos ou verdes. Sua visão é dicromática (duas cores) em vez de tricromática, tornando difícil a distinção entre verde e vermelho. 
 VISÃO DEFICIENTE PARA CORES
 A TEORIA DO PROCESSO OPONENTE Hering encontrou uma pista na ocorrência de um fenômeno conhecido como "pós-imagem ou imagem persistente". Quando você olha para um quadrado verde por algum tempo, e depois olha para uma folha de papel em branco, você vê vermelho, a cor oponente do verde. Olhe para um quadrado amarelo e verá depois sua cor oponente, o azul, na folha em branco. Hering relatou que existiam dois processos de adição de cores, um responsável pelo vermelho versus o verde e um pelo amarelo versus o azul.
 Processos oponentes explicam as pós-imagens, como na demonstração da bandeira, na qual nós cansamos nossa resposta ao verde olhando continuamente para este. Quando, depois, fixarmos o olhar no branco (que contém todas as cores, incluindo o vermelho), apenas a parte vermelha do par vermelho/verde vai disparar normalmente.
 A solução presente para o mistério da visão de cor é basicamente a seguinte: o processamento das cores ocorre em dois estágios. Os cones vermelho, verde e azul da retina respondem em graus variados a diferentes estímulos de cor, como a teoria tricromática de Young-Helmholtz sugerira. Seus sinais são então processados pelas células do processo oponente que estão no trajeto para o córtex visual.
 CONSTÂNCIA DA COR Esse algo a mais é o contexto que nos cerca. Se você olhar apenas uma parte de um tomate, sua cor parece mudar com a modificação da luz. Mas se você olhar o tomate inteiro como parte de uma tigela de vegetais frescos, sua cor permanecerá constante mesmo com as mudanças de luminosidade e comprimento de onda - um fenômeno chamado de constância da cor.
Embora possamos considerar natural a constância de cor um privilégio, é um fenômeno realmente admirável. Ele demonstra que nossa experiência da cor advém não apenas do objeto – a cor não está apenas na folha isolada - mas de tudo, também, de tudo o que está em torno. Você e eu vemos as cores graças à computação que nosso cérebro realiza da luz refletida por qualquer objeto — sendo esse objeto relativo a outros objetos circundantes.
VISÃO Cada órgão do sentido recebe o estímulo, transforma-o em sinais neurais e envia estas mensagens neurais para o cérebro. Nós analisamos brevemente como esse processo ocorre na visão.
 O Input do Estímulo: A Energia Luminosa A energia que experenciamos como luz visível é uma parte pequena do amplo espectro de radiação eletromagnética. Os tons e brilhos que percebemos na luz dependem de seu comprimento de onda e de sua intensidade. 
 O Olho Após entrarem no olho e serem focadas pela lente do cristalino, as ondas de luz atingem a retina. Os cones, estruturas da retina que são sensíveis à luz, e os bastonetes, que são sensíveis à cor, convertem a energia luminosa em impulsos neurais, que são codificados pela retina antes de viajarem ao longo do nervo óptico até o cérebro.
 Processamento da Informação Visual No córtex, neurônios individuais, denominados detectores de características, respondem a características específicas de um estímulo visual. Sua informação é acumulada para ser interpretada por células cerebrais de níveis mais complexos. Subdimensões da visão (cor, movimento, profundidade e forma) são processadas separada e simultaneamente.
 Visão Colorida
 Pesquisas sobre como vemos as cores confirmam duas teorias século XIX. Primeiramente, conforme a teoria tricromática de Young-Helmholtz sugere, a retina contém três tipos cones, sendo cada um deles mais sensível ao comprimento de ondas de cada uma das três cores primárias da luz (verde, vermelho, azul). Em segundo lugar, como afirma a teoria do processo oponente
AUDIÇÃO
 O INPUT DO ESTÍMULO: ONDAS SONORAS: 
 As ondas resultantes da compressão e expansão do ar se parecem com as ondulações produzidas quando jogamos uma pedra em um lago. Como nós nos movemos em um oceano de moléculas que estão em movimento, nossos ouvidos detectam essas breves modificações da pressão do ar. Eles, então, as transformam em impulsos neurais, que nosso cérebro codifica como som.
 Como transformamos as ondas sonoras em impulsos neurais que são interpretados pelo nosso cérebro. A orelha externa afunila as ondas sonoras para o tímpano. Os ossos da orelha média amplificam e transmitem as vibrações do tímpano através da janela oval para a cóclea (repleta de líquido). A orelha média e da orelha interna, as mudanças de pressão que ocorrem no líquido coclear produzem a ondulação da membrana basilar, balançando as células ciliadas na sua superfície. O movimento das células ciliadas dispara impulsos para a base das células nervosas, cujas fibras convergem para formar o nervo auditivo. (Com a finalidade de obter maior clareza, a cóclea é mostrada aqui parcialmente desenrolada.)
OS OUTROS SENTIDOS tato, gustação, olfato e senso de posição e movimentação corporal.
 TATO: "sentido do tato" é na realidade uma mistura de pelo menos quatro sensações distintas - pressão, calor, frio e dor.
 DOR: A dor é uma forma de o nosso corpo nos informar que algo está errado. Dirigindo sua atenção para uma queimadura, pancada ou ruptura, ela o avisa para que mude sua atitude imediatamente. As poucas pessoas nascidas sem a capacidade de sentir dor podem experimentar graves ferimentos sem estar conscientes dos sinais de perigo da dor. A dor é uma propriedade, não apenas dos sentidos - na região onde sentimos - , mas também do cérebro.
DOR FANTASMA “Sensações de membros fantasmas" indicam que a dor, assim como imagens e sons, pode ser erroneamente interpretada pelo cérebro em decorrência de atividade espontânea do sistema nervoso central, que não recebe os estímulos sensoriais. Um fenômeno semelhante ocorre com os outros sentidos. Pessoas com perda auditiva experimentam o som do silêncio: sons fantasmas - uma sensação de ter uma campainha nas orelhas, um zumbido. Pessoas que perdem a visão por glaucoma, catarata, diabetes ou degeneração macular às vezes experimentam visões fantasmas - alucinações que não são assustadoras (Ramachandran & Bfekeslee, 1998). (Quando ficou completamente cega, minha sogra lúcida podia ver visitantes silenciosos no seu quarto, fazendo coisas estranhas como andar na parte de trás de sua cama.) Danos neurais no sistema de gustação podem produzir de forma similar sabores fantasmas, como água gelada parecendo extremamente doce (Goode, 1999). Outros podem experimentar odores fantasmas, como o de comida estragada. Moral: para ver, ouvir, saborear, cheirar e sentir, nós necessitamos não apenas de um corpo, mas também de um cérebro. Sem cérebro, sem dor. 
PALADAR Como o tato, a gustação envolve primordialmente quatro sensações básicas: de doce, salgado, amargo e azedo (McBurney & Gent, 1979).
 paladar. O olfato não apenas adiciona aspectos ao nosso paladar, ele também o altera: uma bebida com cheiro de morango aumenta nossa percepção de sua doçura. Trata-se da interação sensorial trabalhando - o princípio de que um sentido pode influenciar outro. Odor mais textura mais gustação é igual a sabor.
 O CÉREBRO OLFATIVO Informações das papilas gustativas (seta cinza) trafegam para uma região do lobo temporal próxima daquela onde a informação olfativa é recebida. O circuito do cérebro para o olfato (seta preta) também se conecta com áreas envolvidas no armazenamento da memória, que ajuda a explicar por que um odor pode disparar uma explosão de memória.

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