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PALMA FORRAGEIRA NA ALIMENTAÇÃO DE VACAS EM LACTAÇÃO

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PALMA FORRAGEIRA NA ALIMENTAÇÃO DE VACAS EM 
LACTAÇÃO 
 
Airon Aparecido Silva de Melo 
Prof. Adjunto UFRPE/UAG, E-mail: airon@uag.ufrpe.br 
 
 
RESUMO: A palma forrageira das espécies (Opuntia-fícus indica Mill e Nopalea 
cochenillifera Salm Dyck) foi introduzida no Brasil com o objetivo de hospedar o inseto 
cochonilha (Dactylopius cocus) para produção de um corante vermelho conhecido pelo 
nome de Carmim. Não alcançando êxito, passou a ser cultivada como planta 
ornamental, quando um dia por acaso verificou-se que era forrageira, despertando o 
interesse dos criadores que passaram a cultivá-la com intensidade. De composição 
química variável segundo a espécie, idade, época do ano e tratos culturais. É um 
alimento rico nos nutrientes água, carboidratos, principalmente carboidratos não-
fibrosos, e matéria mineral, no entanto, apresenta baixos teores de fibra em detergente 
neutro comparada com alimentos volumosos, além de apresentar alta digestibilidade da 
matéria seca. Aspectos estes que deverão ser levados em consideração quando da sua 
utilização na alimentação dos animais. Pois estes nutrientes poderão interferir no trato 
digestível, através da taxa de passagem, digestibilidade, fermentação, produtos finais, 
absorção e consequentemente no desempenho e saúde animal. Quando utilizada como 
volumoso exclusivo provoca distúrbios metabólicos, tais como, diarréia não patológica, 
baixa ruminação além de variação negativa do peso vivo dos animais. Quando associada 
a uma fonte de fibra efetiva, considerando a relação carboidratos fibrosos/carboidratos 
não-fibrosos, tem-se obtido bons resultados. Portanto, devendo a palma forrageira ser 
utilizada como um ingrediente da ração animal, a qual deverá ser balanceada junto com 
outros ingredientes pára atender a necessidade dos animais, sabendo que a mesma não 
possui fibra efetiva suficiente para manter o ambiente ruminal em estado ótimo. 
 
PALAVRAS CHAVES: Palma Forrageira, Vacas em Lactação, Carboidratos 
 
ABSTRAT: The species of cactus pear (Opuntia ficus-indica Mill and Nopalea 
cochenillifera Salm Dyck) was introduced in Brazil in order to host the cochineal insect 
(Dactylopius Cocus) to produce a red dye known as Carmine. Not successful, he began 
to be cultivated as an ornamental plant, by chance one day when it was found that was 
fodder, raising the interest of farmers who began to cultivate it with intensity. Chemical 
composition varies according to species, age, season and cultural practices. It is a 
nutrient rich food in the water, carbohydrates, especially carbohydrates, no fiber, and 
mineral matter, however, has low levels of neutral detergent fiber compared with bulky 
foods, and have high dry matter digestibility. These issues should be taken into account 
when its use in animal feed. For these nutrients may interfere tract digestible by the rate 
of passage, digestibility, fermentation end products, absorption and consequently the 
performance and animal health. When used as sole causes massive metabolic disorders 
such as diarrhea, not pathological, low rumination as well as negative changes of body 
weight of animals. When coupled with an effective fiber source, considering the 
relationship fibrous carbohydrate / carbohydrate, no fiber, we have obtained good 
results. Therefore, the cactus should be used as an ingredient in animal feed, which must 
be balanced with other ingredients to meet the needs of animals, knowing that it does 
not have enough effective fiber to maintain rumen in perfect conditions. 
 
 
KEYWORDS: Cactus, Lactating Cows, Carbohydrates 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 A palma forrageira das espécies (Opuntia-fícus indica Mill e Nopalea 
cochenillifera Salm Dyck) foi introduzida no Brasil com o objetivo de hospedar o inseto 
cochonilha (Dactylopius cocus) para produção de um corante vermelho conhecido pelo 
nome de Carmim (PESSOA, 1967). 
Segundo Santos et al. (1997), o objetivo inicial não alcançou êxito, passando a 
palma ser cultivada como planta ornamental, quando um dia por acaso verificou-se que 
era forrageira, despertando o interesse dos criadores que passaram a cultivá-la com 
intensidade. 
A partir desta descoberta e seu cultivo intenso iniciou-se as pesquisas com 
relação à parte agronômica da planta, pois se trata de uma cactácea que se adapta as 
condições adversas do semi-árido, suportando grande período de estiagem devido às 
propriedades fisiológicas, caracterizado por um processo fotossintético que resulta em 
grande economia de água. 
O semi-árido nordestino tem como traço principal as freqüentes secas, que tanto 
podem ser caracterizadas pela ausência, escassez, pouca freqüência e limitada 
quantidade, quanto pela simples má distribuição das chuvas, durante o período do 
inverno (FERREIRA, 2005). 
Segundo Viana (1969), o bom desempenho dessa cultura está relacionado com 
áreas de clima entre 400 e 800 mm anuais de chuva, umidade relativa do ar acima de 
40% e temperatura entre 18 e 38º C. 
Neste contexto, a palma forrageira é uma cultura adaptada às condições edafo-
climatica da região e apresenta altas produções de matéria seca por unidade de área 
(SANTOS et al., 1997), sendo freqüentemente utilizada na alimentação de bovinos 
leiteiros, notadamente nos período de estiagem prolongadas. 
De composição química variável segundo a espécie, idade, época do ano e tratos 
culturais. Caracteriza-se por ser alimento rico em água, carboidratos não-fibrosos, 
principal fonte de energia ou energia prontamente disponível para fermentação e 
crescimento microbiana e, matéria mineral, no entanto, apresenta baixos teores de fibra 
em detergente neutro (FDN) comparada com alimentos volumosos, além de apresentar 
alta digestibilidade da matéria seca. Segundo FERREIRA 2005, Estes aspectos deverão 
ser levados em consideração quando da sua utilização na alimentação dos animais, pois 
estes nutrientes poderão interferir no trato digestível, através da taxa de passagem, 
digestibilidade, fermentação, produtos finais, absorção e consequentemente no 
desempenho animal. 
Estes nutrientes poderão ser utilizados com bastante eficiência na alimentação de 
vacas em lactação, principalmente na época de escassez de água e ou nas fases de maior 
produção e exigência de energia destes animais. 
 
ESTIMATIVA DA ÁREA DE PALMA FORRAGEIRA NO ESTADO DE 
PERNAMBUCO 
 
 Estima-se que a área plantada com palma forrageira no Brasil seja da ordem de 
500 mil hectares, esta área esta distribuído em quase todos os estados do Nordeste, com 
destaque para os estados de Pernambuco com a variedade gigante (Opuntia fícus Indica 
Mill) e o estado de Alagoas que tem como aptidão o plantio e cultiva da variedade 
miúda (Nopalea cochenillifera), seguidos pelos estados da Paraíba e Sergipe. 
Em levantamento feito no estado de Pernambuco por meio do diagnóstico da 
cadeia produtiva do leite (dados não publicados), constatou-se que a área de palma 
forrageira por propriedade ou estabelecimento de produção de leite é da ordem de 3,39 
ha. O que a principio parece pouca ou irrisória, porém considerando que o estado de 
Pernambuco tem 53.939 estabelecimentos que trabalha com vacas de leite (IBGE, 
2006), o que dará uma área de palma forrageira da ordem de 182.853 ha. Segundo esta 
estimativa o estado de Pernambuco detém em torno de 36% da área de palma plantada 
no Brasil. 
 
UTILIZAÇÃO DE PALMA FORRAGEIRA NO ESTADO DE PERNAMBUCO 
 
 No mesmo diagnóstico realizado no ano de 2008 verificou-se que 70% dos 
produtores de leite do estado de Pernambuco utilizam a palma forrageira como 
volumoso no período seco do ano e que esta é fornecida junto comconcentrado, uma 
vez que 95% destes produtores adotam o fornecimento de concentrado aos animais, 
sendo 61% deles durante o ano todo e 34% utilizam apenas no período da seca. Além do 
fornecimento de um volumoso junto com a palma, em que 56% dos produtores utilizam 
a silagem de milho ou sorgo, capim in natura das capineiras e cana de açúcar, como 
fonte de fibra. Destaque para a capineira que correspondia a 42% do total (Dados não 
publicados). 
 
 
Composição Química Bromatológica da palma forrageira 
 
 A composição química bromatológica da palma forrageira é variável de acordo 
com a espécie, idade dos artículos e época do ano (SANTOS, 1989). 
Tabela 1 – Composição química bromatológica da palma forrageira, em porcentagem da 
matéria seca 
Gênero MS PB FDN FDA CNF MM Autores 
Opuntia (redonda) 10,4 4,2 - - - - Santana et al (1972) 
Opuntia (redonda) 10,9 4,2 - - - - Santos (1989) 
Opuntia (gigante) 9,4 5,6 - - - - Santos (1989) 
Nopalea (Miúda) 16,5 2,5 - - - - Santos (1989) 
Opuntia (gigante) 7,6 4,5 27,6 17,9 55,6 10,2 Araújo et al (2002) 
Nopalea (Miúda) 13,0 3,3 16,6 13,6 71,1 7,0 Araújo et al (2002) 
Opuntia (gigante) 10,7 5,0 25,3 21,7 53,2 14,2 Melo (2002) 
 
A palma forrageira apresenta baixa porcentagem de matéria seca (11,24%), 
consequentemente alto teores de água. Quando da utilização de rações com grande 
proporção de palma, estas dietas normalmente, possuem alta umidade, o que pode ser 
favorável em regiões onde a água é um nutriente escasso em determinadas estações do 
ano, podendo esta água torna-se quase que suficiente para atender a necessidade dos 
animais dependendo do nível de produção. 
 LIMA (2002) verificou que vacas mestiças produzindo em torno de 15 kg de 
leite/dia e alimentadas com dietas contendo aproximadamente 50% de palma gigante, 
tiveram as exigências de água, praticamente atendidas pela dieta consumida. 
Um fato importância com relação ao teor de matéria seca é a quantidade 
apresentada pelas diferentes espécies colhidas na mesma época do ano, pois a palma 
miúda (Nopalea cochenillifera) apresenta mais de 50% de matéria seca (14,75%) em 
relação à palma gigante (Opuntia fícus-indica) (9,23%), observação de importância 
fundamental, quando se fornece alimentos para os animais com base na matéria natural. 
Podemos citar como exemplo uma medida utilizada com grande freqüente pelos 
produtores da região Nordeste, o balaio, pois em média um balaio pesa 
aproximadamente 30 kg de matéria natural, se for de palma gigante estará fornecendo 
(30* 0,0923) 2,93 kg de matéria seca e se for miúda (30*0,1475) 4,43 kg de matéria 
seca. Esta diferença muitas vezes leva a conclusão errônea com relação à comparação 
entre as espécies, uma vez que se considerarmos a quantidade de matéria natural a 
palma miúda apresenta superioridade em relação a gigante. 
O teor médio de proteína bruta da palma forrageira (4,22%) pode ser 
considerado baixo, necessitando ser complementada com outras fontes desse nutriente. 
Segundo Ferreira (2005) Um erro muito comum cometido por produtores e técnicos, 
quando da utilização da palma na dieta de vacas de leite, é o fornecimento da mesma 
com concentrado na base de 1 kg para cada 3 kg de leite produzidos. No inicio desta 
recomendação os concentrados eram formulados com teor de proteína bruta (PB) de 
24%. 
Se fizermos uma analise desta recomendação vamos encontrar a seguinte 
situação, tomando como exemplo uma vaca de 450 kg de peso vivo, produzindo 15 kg 
de leite/dia com teor de gordura de 4% e a mesma estando na décima semana de 
lactação. 
Vamos encontrar uma estimativa de consumo de matéria seca de 14 kg por dia, 
sendo este total subdividido entre a quantidade de concentrado e volumoso. O 
concentrado com base na produção de leite, 1 kg de concentrado para cada 3 kg de leite 
(15 / 3) = 5 kg de matéria natural de concentrado por dia, considerando a matéria seca 
do concentrado de 88% temos: (5 * 0,88) = 4,4 kg matéria seca do concentrado. 
Se a exigência é de 14 kg de MS menos a quantidade de MS do concentrado 
(14,0 - 4,4 ) = 9,6 kg de MS volumoso. O volumoso considerado para o calculo final 
deverá ter um teor de proteína bruta de aproximadamente 8%, o que corresponde a uma 
silagem de milho de boa qualidade, que fornecerá (9,6 * 0,08) = 0,77 kg de proteína. 
Sendo a exigência de 1,85 kg de proteína por dia o déficit entre a exigência e o 
fornecido pelo volumoso será: (1,85 - 0,77) = 1,08 kg de proteína. 
Portanto, a porcentagem de proteína bruta do concentrado será: a quantidade de 
matéria seca fornecida pelo concentrado que neste caso corresponde a 100% e o déficit 
de proteína. 
4,4 kg MS ------------100% 
1,08 kg PB ----------- X% 
X = 24,55% de PB 
 
 
 
 
Tabela 2 – Exigência e proporção de nutrientes 
Itens MS (kg) PB (kg) PB (%) 
Exigência 14,00 1,85 13,21 
Concentrado 4,4 1,08 24,59 
Volumoso 9,60 0,77 8,00 
 
Portanto, a recomendação de 1 kg de concentrado, com 24% de proteína bruta, 
para cada três litros de leite produzido, tem sua origem em uma dieta formulada com um 
volumoso de boa qualidade que tenha 8% de proteína bruta, possivelmente um milho 
em seu estado vegetativo do grão no ponto de pamonha, que é a recomendação para o 
processo de ensilagem. 
À medida que se foi introduzindo a palma forrageira na dieta animal, como um 
ingrediente da ração e não mais como alimento de sobrevivência em período de longas 
estiagens, surgiu à necessidade de novas formulações para o concentrado, devido a 
respostas negativas dos animais com a utilização do fornecimento de 1 kg para 3 kg 
como era recomendado, ou teriam que aumentar a quantidade de concentrado para 
atender a exigência de proteína dos animais. 
Em observações feitas em diversas propriedades localizadas na área que 
corresponde a “bacia leiteira” do estado de Pernambuco, verifica-se que os produtores 
de modo geral fornece pouca palma por animal, correspondendo a aproximadamente 40 
kg de matéria natural por vaca/dia. 
Neste caso teríamos: 40 kg de palma com 9,23% de MS (40 *0,0923) = 3,69 kg 
de MS com 4,22% de PB (3,69 * 0,0422) = 0,16 kg PB. Sendo a diferença do volumoso 
com 8% de PB (5,91 * 0,08) = 0,45 kg de PB. 
Sendo a exigência de 1,85 kg de proteína por dia o déficit entre a exigência e o 
fornecido pelo volumoso será: (1,85 – (0,16 + 0,45) = 1,24 kg de proteína. 
Portanto, a porcentagem de proteína bruta do concentrado será: a quantidade de 
matéria seca fornecida pelo concentrado que neste caso corresponde a 100% e o déficit 
de proteína. 
4,4 kg MS ------------100% 
1,24 kg PB ----------- X% 
X = 28,19% de PB. 
Este percentual de proteína bruta atualmente é encontrado na maioria dos 
concentrados comercializados no estado de Pernambuco. 
Outra situação que deverá ser considerada no momento da formulação do 
concentrado, é a de quando se tem a forragem com um percentual de proteína próximo a 
5% ou até mesmo inferior, palma com resto de cultura ou mesmo gramíneas em estagio 
de vegetação avançado, neste caso o concentrado para ser fornecido nesta proporção de 
1:3 deverá ter um percentual de proteína entre 32 a 35%. 
 
 Os carboidratos nos vegetais são os componentes de maior porcentagem da 
matéria orgânica, portanto os principais fornecedores de energia para os ruminantes, 
podendo ser classificados em fibrosos e não fibrosos, sendo os fibrosos representados 
pela fibra em detergente neutro (FDN) e a fibra em detergente ácido (FDA) e os demais 
em carboidratos não-fibrosos (CNF). A palma forrageira conforme observado na Tabela 
1, apresenta alta teor de CNF e baixa de FDN e FDA quando comparada a alimentos 
volumosos, podendo ser fatores determinantesna utilização da mesma na dieta animal, 
pois os primeiros são prontamente disponível para fermentação microbiana e os demais 
têm importante papel na manutenção das condições normais do rúmen. 
 Além dessas variáveis citadas a palma forrageira apresenta ainda como 
característica marcante a alta digestibilidade da matéria seca, que segundo Santos et al. 
(1997) apresenta coeficiente de digestibilidade in vitro da ordem de 74,4; 75,0; e 
77,40% para as cultivares redonda, gigante e miúda, respectivamente. O que leva a um 
alto teor de Nutrientes Digestíveis Totais (NDT), pois esta forma de expressão do valor 
energético dos alimentos tem como base a digestibilidade aparente dos nutrientes. 
Na Tabela 3, são apresentados os teores de NDT da palma forrageira estimada 
através da equação proposta pelo NRC (2001) e experimento de ensaio de 
digestibilidade. 
 
Tabela 3 – Teor de nutrientes digestíveis totais de alguns alimentos 
Alimento NDT
1
(%MS) NDT (NRC) Autores 
Palma (Opuntia) - 63,73 Melo (2002) 
Palma (Opuntia) 64,33 65,91 Mendes neto (2003 
Palma (Opuntia) - 61,13 Magalhães (2002) 
Feno Tifton 59,94 53,11 Mendes neto (2003) 
Silagem sorgo - 52,07 Melo (2002) 
Silagem milho 59,56 - Rocha Jr. et al (2003 
1
 = Estimado a partir do ensaio de digestibilidade 
 
Como podemos observar, a palma forrageira apresenta em média 64,66% de 
NDT, quantidade esta bastante superior à maioria dos alimentos volumosos utilizados 
na ração animal na região semi-árida. Superior até mesma a silagem de milho, 
volumoso considerado de alta qualidade utilizado na alimentação de vacas em lactação. 
Portanto, evidenciando a palma forrageira como alimento energético a ser incorporado 
na dieta animal. 
 
 
Utilização da Palma Forrageira na alimentação de Vacas leiteiras 
 
 Após a grande descoberta da palma como alimento forrageiro, passou-se a 
utilizar a mesma com bastante freqüência, no entanto sem nenhum conhecimento 
técnico. 
A Empresa Pernambucana de Pesquisa em Agropecuária (IPA) vem 
desenvolvendo pesquisas com palma forrageira desde a década de 50. Segundo Santos 
et al. (1997), durante este período tem sido estudado o comportamento das espécies em 
diferentes espaçamentos, níveis de adubação, manejo de colheita, valor nutritivo e 
melhoramento genético. 
 Só a partir do final da década de 60 e inicio da década de 70 inicio-se os 
trabalhos de pesquisa com palma na alimentação animal. Nesta época, já tinha 
desenvolvido na cultura popular alguns paradigmas com relação à utilização da palma 
forrageira, paradigmas estes que persistem até hoje, para as pessoas menos esclarecidas: 
Animais que consomem palma apresentam fezes liquefeitas; diminui o consumo de 
alimentos; apresentam queda no teor de gordura do leite; diminui o período de 
ruminação, apresentam acentuada variação negativa do peso vivo, além de ter de 
fornecer 1,0 kg de concentrado para cada 3 kg de leite/produzido, sendo este 
concentrado formulado com 22 a 24% de PB. 
 Com o intuito de verificar estes efeitos descritos pelos criadores foi elaborado 
um trabalho de pesquisa em que a palma era fornecida para um grupo de animais, como 
volumoso, junto com um alimento concentrado muito utilizado na época, a torta gorda 
de algodão, conforme a recomendação de 1 kg de torta para cada 3 kg de leite 
produzido, um outro grupo de animais recebeu o mesmo tratamento trocando a palma 
por silagem de milho e um terceiro grupo recebeu 10 kg de silagem de milho, palma e 
torta de algodão. Os resultados obtidos são apresentados na Tabela 4. 
 
Tabela 4 – Desempenho de vacas da raça Holandesa alimentadas com palma forrageira 
e ou silagem de milho 
Itens Tratamentos 
 Palma Silagem Palma+silagem 
Consumo de MS (%PV) 3,12 3,35 3,22 
Produção de leite (kg/dia) 10,37 10,63 10,11 
Gordura leite (%) 3,20 3,30 3,10 
Variação do PV (kg/dia) -0,46 0,44 -0,24 
Adaptado de Santana et al. (1972) 
 
Conforme observado na Tabela 4, os animais apresentaram produções de leite, 
consumo de matéria seca, e teor de gordura do leite semelhante. Porém os animais que 
consumiram palma forrageira como volumoso apresentaram variação negativa do peso 
vivo bastante acentuado, sendo observados valores inversos para o grupo de animais 
que receberam silagem de milho. Os autores relataram constantes diarréias não 
patológicas e ausência de ruminação nos animais que consumiam palma forrageira 
como volumoso exclusivo. Portanto, confirmando as observações feitas pelos 
produtores. 
 Santos et al. (1997) revisando trabalhos desenvolvidos com palma forrageira, 
recomendaram que a mesma devera ser complementada com outros alimentos protéicos 
e fibrosos. 
 Segundo Hall (1999), desordens são observadas na fermentação ruminal, tais 
como redução do pH ruminal, redução da ruminação, variação no consumo de alimentos 
durante o dia, fezes no mesmo grupo de animais variando de normal a diarréica, além 
do aumento do tamanho das partículas de fibra e muitas vezes grão não digerido, são 
observados nas fezes de animais alimentados com ração contendo alta concentração de 
carboidratos digestível e conseqüentemente baixa quantidade de fibra efetiva. 
Estes efeitos relatados anteriormente parece serem os mesmos observados 
quando animais em lactação são alimentados com palma forrageira como volumoso 
exclusivo, uma vez que, a quantidade de CNF dessa dieta encontra-se bem acima dos 
valores máximos recomendados para estes animais, devido à grande quantidade que a 
palma apresenta em sua composição. 
Nível adequado de fibra se faz necessário na ração de ruminantes, 
principalmente na ração de vacas lactação, exigentes em tal componente para o normal 
funcionamento do rúmen e de atividades pertinentes e ele, como ruminação, 
movimentação ruminal, homogeneização do conteúdo ruminal, secreção salivar e 
manutenção do teor de gordura do leite (MERTENS, 1997). 
O NRC (2001) recomenda que rações de vacas em lactação devam conter um 
mínimo de carboidratos fibrosos e que dentro deste mínimo uma porcentagem vem de 
uma fonte de fibra efetiva, tudo isto relacionado com teores máximos de CNF, 
conforme mostrado na tabela 5. 
 
Tabela 5 – Teores mínimos de FDN da fonte de fibra efetiva, FDN e FDA total da 
ração, e teores de CNF máximo em porcentagem da matéria seca 
FDN volumoso 
(mínimo) 
FDN ração 
(mínimo) 
CNF ração 
(máximo) 
FDA ração 
(mínimo) 
19 25 44 17 
18 27 42 18 
17 29 40 19 
16 31 38 20 
15 33 36 21 
Adaptado do NRC (2001) 
 
 Portanto, deve-se considerar a recomendação feita por Santos et al. (1997) de 
que a palma deverá ser fornecida com uma fonte de fibra, uma vez que, estimando a 
porcentagem de carboidratos, principalmente CNF das rações compostas por palma 
forrageira como volumoso, no trabalho desenvolvido por Santana et al. (1972), estaria 
bem acima da recomendação do NRC (2001) conforme apresentada na Tabela acima. 
 
 
Associação da palma Forrageira com volumosos 
 
 Como mostrado anteriormente à palma forrageira apresenta alta digestibilidade 
dos seus compostos orgânicos e baixa concentração de fibra quando comparada com 
alimentos volumosos, fibra necessária para manutenção das condições normais do 
rúmen, e quando associadas com alimentos concentrados não atende as necessidades 
mínimas de FDN para vacas de leite. Portanto existe a necessidade da associação da 
mesma com fontes de fibra, a fim de prevenir desordens metabólicas (FERREIRA, 
2005). 
 A associação da palma forrageira (cultivar gigante) com diferentes volumosos 
(sacharina, silagem de sorgo, bagaço de cana hidrolisado e in natura) em rações para 
vacas mestiças (Gironlanda) foi estudada por Mattos et al. (2000) conformemostrado na 
Tabela 6. 
 
Tabela 6 – Associação da palma forrageira com diferentes volumosos. Composição e 
desempenho animal 
Itens Fontes de fibra 
 Sacharina Silagem de 
sorgo 
Bagaço 
hidrolisado 
Bagaço in 
natura 
 Composição 
Palma 40,40 38,00 45,70 55,40 
Concentrado 24,60 23,20 28,10 25,30 
Volumoso 35,00 37,80 24,60 17,60 
 Desempenho 
CMS (%pv) 2,81 3,09 2,71 2,80 
PL (kg/dia) 13,26 13,96 12,40 13,59 
Gordura (%) 3,89 4,01 3,87 3,90 
Variação peso (kg/dia) -0,10 -0,04 -0,06 -0,06 
Adaptado de Mattos et al. (2000); 
Sacharina: produto obtido da cana de açúcar enriquecida com minerais e nitrogênio não-protéico 
fermentada por um período de 48 horas e seca ao sol. 
 
 Observa-se a proporção de palma forrageira variou dependendo da fonte de fibra 
utilizada, pois dependendo da fonte se obtém maior quantidade de fibra efetiva e 
consequentemente menor teor de energia. Pode-se verificar que não houve influencia da 
fonte de fibra, principalmente, no consumo de MS, na produção e composição do leite, 
porém, observa-se pequena variação negativa do peso vivo, variação bastante inferior 
quando ncomparada com os resultados obtidos no trabalho desenvolvido por Santana et 
al. (1972), provavelmente este menor efeito ocorreu devido ao balanço dos carboidratos 
(FDN:CNF), uma vez que, em ambos os experimentos os animais consumiram 
nutrientes suficientes para atender as necessidades de mantença e produção observada. 
 Neste mesmo sentido Wanderley et al. (2002) e Andrade et al. (2002) 
desenvolveram experimento com o intuito de determinar o melhor nível de associação 
da palma forrageira com a fonte de fibra (silagem de sorgo) na ração de vacas de média 
produção. Tabela 7. 
 
Tabela 7 – Efeito da substituição da silagem de sorgo por palma forrageira em rações 
para vacas em lactação 
Itens Proporção de palma na ração (% MS) 
 0,00 12,00 24,00 36,00 
 Composição 
FDN (%) 41,24 36,57 31,90 27,22 
CNF(%) 33,06 37,76 43,42 48,49 
 Desempenho 
CMS (%PV) 3,59 3,35 3,54 3,18 
PLCG (kg/dia 26,59 26,61 28,39 26,30 
Gordura (%) 3,81 3,99 4,11 3,91 
 Digestibilidade 
DMS 73,15 77,61 79,98 73,01 
DFDN 64,56 61,93 62,89 43,85 
DCNF 9,06 92,10 93,24 90,51 
Adaptado de Wanderley et al. (2002) e Andrade et al (2002) 
 
 Com a adição da palma forrageira em substituição a silagem de sorgo houve 
diminuição nos teores de FDN da ração e aumento dos CNF, porém isto não influenciou 
o consumo de MS e a produção de leite, no entanto, a porcentagem de gordura 
apresentou efeito quadrático, provavelmente devido ao mesmo efeito apresentado na 
digestibilidade aparente dos nutrientes, com isto mostrando o efeito positivo dos 
carboidratos da palma forrageira até determinado limite, a partir do qual, ou seja, acima 
do nível Maximo recomendado pelo NRC (2001) que é de 44%, observa-se o efeito 
quadrático das variáveis, evidenciando a necessidade da associação da palma forrageira 
com uma fonte de fibra efetiva e o balanceamento da relação FDNvolumoso:CNFração. 
 Observação constante deverá ser feita quando se utiliza palma forrageira na dieta 
de vacas em lactação, uma vez que deverá ser formulada para atender o mínimo de fibra 
e atento para não ultrapassar o máximo de CNF sugerido pelo NRC 2001. 
 A partir deste e de outros trabalhos de pesquisa e as recomendações do Conselho 
Norte-americano de nutrição, observa-se a quebra de alguns dos paradigmas, uma vez 
que animais alimentados com dietas contendo altas concentrações de palma forrageira 
não apresentaram diarréia, consumo de alimento acima da estimativa para o nível de 
produção observada, teor de gordura do leite equivalente para as diversas formulações, 
porém quando a quantidade de CNF excede o máximo recomendado, observa-se 
diminuição do teor de gordura e digestibilidade aparente dos nutrientes, mostrando que 
os paradigmas relacionados à palma forrageira, estão ligados ao desbalanço entre os 
nutrientes. 
 Ponto importante a ser observado é com relação à quantidade de água 
apresentada pela palma forrageira no momento de confecção das rações, além da 
diferença entre as espécies, Opuntia e Nopalea, bem como a quantidade de concentrado 
fornecido aos animais, uma vez que, são pontos de discussão entre os produtores, pois 
entre os paradigmas quanto à utilização da palma, encontra-se como limitante a 
quantidade de água, a espécie e a proporção de concentrado e porcentagem de PB do 
mesmo. 
 Com base nestas observações foi desenvolvido trabalho de pesquisa, visando 
avaliar o desempenho de vacas mestiças em lactação, alimentadas com rações contendo 
duas cultivares de palma forrageira (gigante e miúda) com ou sem adição de milho as 
mesmas. 
Tabela 8 – Proporção dos ingredientes e composição química das rações com duas 
cultivares de palma com ou sem adição de milho 
 Ingredientes 
 PGCM PGSM PMCM PMSM 
Palma (%) 36,00 50,00 36,00 50,00 
Capim Elefante (%) 37,00 37,00 37,00 37,00 
Concentrado 1 (%) 27,00 - 27,00 - 
Concentrado 2 (%) - 13,00 - 13,00 
 Porcentagem dos ingredientes do concentrado 
Soja (%) 31,00 69,50 31,00 69,50 
Milho (%) 56,00 - 56,00 - 
Minerais (%) 6,00 17,50 6,00 17,50 
Uréia (%) 7,00 13,00 7,00 13,00 
 Composição do concentrado 
PB (%) 32,50 68,50 32,50 68,50 
NDT(%) 73,00 56,30 73,00 56,30 
PGCM = palma gigante com milho; PGSM = palma gigante sem milho; PMCM = palma miúda com 
milho; e PMSM = palma miúda sem milho. 
Adaptado de Araújo et al (2004). 
 
Tabela 9 – Desempenho de vacas mestiças alimentadas com duas cultivares de palma 
forrageira com e sem milho 
Itens Palma Milho 
 Gigante Miúda Com milho Sem milho 
CMS (%PV) 3,00 3,09 3,19 2,90 
C. água (l/dia) 6,64 25,50 18,00 14,14 
P. leite (kg/dia) 14,84 14,38 15,24 13,99 
PLCG (kg/dia) 15,49 15,23 15,89 14,83 
Gordura (%) 4,31 4,39 4,29 4,41 
Adaptado de Araújo et al (2004) e Lima (2002) 
 
 Segundo os autores do trabalho não houve diferença entre as cultivares de palma 
em nenhum dos itens estudados, com exceção o consumo de água. Os mesmos 
relataram que não foram observadas diarréias, fezes liquefeitas, e que os animais 
apresentaram variação positiva do peso vivo da ordem de 0,21 e 0,46 kg/dia para as 
cultivares gigante e miúda, respectivamente. Esta variação positiva poderia mostrar 
certa vantagem da cultivar miúda em relação a gigante, no entanto, experimentos em 
que o delineamento experimental é o quadrado latino de curtos períodos de tempo, esta 
variação não é uma variável confiável. 
 Quanto ao consumo de água verifica-se que os animais beberam mais quando 
consumiram palma miúda e praticamente tiveram suas exigências atendidas quando 
receberam palma gigante, sem que esta ingestão de água via alimento interferissem no 
consumo de matéria seca, pois o mesmo foi superior as estimativas para categoria e 
produção animal observada. 
 Portanto, a observação de que a quantidade de água presente na palma seria um 
ponto negativo com relação ao consumo de alimento, parece não ser verdadeira, bem 
como, a diferença entre as espécies, gigante e miúda, em relação ao consumo, produção 
e teor de gordura do leite. 
Outro paradigma que o atual trabalho mostra é com relação à quantidade de 
concentrado e teor de proteína destes a serem oferecidas a animais em lactação quando 
alimentadas com palma forrageira. Quando se considera os ingredientes normais 
utilizados na formulação (fonte de fibra, palma e concentrado composto de milho soja, 
minerais e uréia, observa-se fornecimento de concentrado na ordem de 1 kg para cada 
3,00 kg de leite produzido (palma com milho) e composição do concentrado de 32,50% 
de PB (Tabela 8), diferente da composição dos concentradoscomerciais que apresentam 
composição entre 24 a 29% de PB. Para as rações formuladas com palma forrageira 
como fonte de energia (palma sem milho) observa-se fornecimento de concentrado na 
ordem de 1 kg para cada 6,0 kg de leite produzido, neste caso exigindo um concentrado 
com 68,50% de PB. 
Esta quantidade de proteína alta se deve ao fato da retirada do milho ou fubá de 
milho da composição do concentrado. Se tomarmos como exemplo um concentrado 
com 28% de proteína bruta. Composto de fubá de milho, farelo de soja e minerais terá a 
seguinte porcentagem de cada ingrediente: 
Normalmente a quantidade de minerais em um concentrado é de 3% do total de 
matéria seca, então: 100% MS - 3% MM = 97% MS de milho e soja 
97% MS ------------- 28% PB 
100% MS-------------- X% PB 
X = 28,87% PB. 
Balanceando o concentrado pelo método do quadrado de Pearson. 
 
Farelo de soja 50% PB (18,87 *100)/40 = 47,18% 
 
Fubá de milho 10% PB (21,13 * 100)/40 = 52,82%; 
 
Então teremos: 
3% sal mineral 
(97 * 47,18%)/ 100 = 45,76% de farelo de soja 
(97 * 52,82%)/ 100 = 51,24% de fubá de milho. 
 
Considerando o exemplo anterior de uma vaca com produção de 15 kg de leite 
por dia e consumo de matéria seca de 14 kg, a quantidade de MS de concentrado será 
(14 * 27% de concentrado (Araújo et al., 2004)/100 = 3,78 kg. A quantidade de milho 
neste caso será (3,78 * 51,24%) = 1,94 kg MS. Substituindo esta quantidade de matéria 
seca do fubá de milho pelo equivalente de energia da palma, obtém o seguinte resultado: 
Energia da palma expressa em Nutrientes Digestíveis Totais (NDT) que é de 
64,66% (tabela 3) e a energia do fubá de milho 85,54% (VALADARES FILHO, 2006) 
o equivalente energético do milho em relação a palma gigante 
Será: (85,54 /64,66) = 1,32. Ou seja, para cada kg de matéria seca do milho terá de ser 
substituído por 1,32 kg de MS da palma para que a dieta apresente a mesma quantidade 
de energia. 
 No exemplo a quantidade de palma fornecida na dieta foi de (14 kg MS 
exigência * 36% de palma (ARAÚJO et al,. 2004) = 5,04 kg MS que dividido pela MS 
da palma (9,23% / 100) = 54,60 kg de matéria natural de palma gigante. Acrescentada a 
 
28,87 
quantidade de palma que irá substituir a quantidade de milho da dieta (1,94 kg MS do 
fubá de milho * 1,32 do equivalente milho:palma) = 2,56 kg de MS de palma ou (2,56 / 
(9,23/100) MS da palma) = 27,74 kg matéria natural da palma gigante. 
Neste caso, o fornecimento total de palma forrageira por animal será de (54,34 + 
27,74) = 82,34 kg MN/dia e o concentrado passará de 4,30 kg de matéria natural para 
(4,20 – (1,94/0,88) = 2,10 kg por dia, composto de: farelo de soja, sal mineral e uréia 
com percentual de proteína bruta de 64,03%. 
Concentrado: 
86,59% farelo de soja 
6% sal mineral 
7,40% uréia, 
 No entanto cada animal irá consumir a mesma quantidade de proteína bruta (4,3 
kg MS * 0,325) = 1,23 kg de PB via concentrado e ( 2,1 * 0,6403) = 1,24 kg de proteína 
bruta. 
 
Formas de fornecimento da palma forrageira 
 
 Muitas vezes os resultados de pesquisas não são reproduzidos em campo, e em 
alguns casos são questionados por técnicos e produtores. Este é um fato que deverá ser 
analisado com bastante interesse, pois existem vários fatores que poderão levar a esta 
conclusão. 
 Um dos fatores que poderá levar a esta diferença de resultados é a forma de 
fornecimento do alimento aos animais. Para que os animais produzam a quantidade 
estimada de leite é preciso que os alimentos sejam consumidos em quantidade e 
proporção conforme a formulação indicada. 
Segundo Ferreira (2005), na prática, a forma mais comum de fornecimento de 
palma forrageira para bovinos leiteiros é picada no cocho sem mistura de qualquer outro 
alimento, enquanto o concentrado é fornecido separadamente na hora das ordenhas. 
Com o fornecimento dos alimentos em separado, nem sempre é possível a obtenção de 
estimativa da ingestão real dos mesmos, principalmente quando mais de um alimento 
volumoso é consumido. Isso decorre pela preferência por determinados alimentos, 
tornando difícil o calculo do consumo médio individual e a caracterização da dieta 
consumida pelo animal. 
O uso de ração completa ou TMR (ração em mistura total) tem se tornado 
corrente como meio de regular a composição da dieta consumida (VAN SOEST, 1994). 
Neste sentido, Pessoa (2003) conduziu um experimento para investigar o efeito de 
diferentes estratégias alimentares sobre o desempenho de vacas da raça Holandesa em 
lactação. A composição da ração foi de 39% de palma forrageira, 31% de silagem de 
sorgo, e 30% de concentrado. Os tratamentos experimentais foram dispostos de acordo 
com a estratégia de fornecimento dos alimentos: Mistura completa (MC); ingredientes 
separados (IS); Silagem de sorgo + concentrado juntos (S+C/P); palma+concentrado 
juntos (P+C/S); palma+silagem juntos (P+S/C), conforme resultados de desempenho 
mostrado na Tabela 10. 
 
Tabela 10 – Desempenho de vacas em lactação sob diferentes estratégias de 
fornecimento dos alimentos 
 Tratamentos 
Itens RC IS S+C/P P+C/S P+S/C 
CMS (%PV) 3,40a 3,30a 3,40a 3,30a 3,40a 
P. leite (kg/d) 22,51a 21,88a 21,31a 21,81a 22,51a 
PLCG (kg/d) 23,30a 20,94b 20,88b 21,44ab 22,29 ab 
Gordura (%) 3,72a 3,22b 3,42ab 3,41ab 3,46 ab 
Adaptado de Pessoa (2003) 
 
 Apesar das diferentes estratégias de fornecimento de alimentos, o consumo de 
matéria seca e a produção de leite não foram alterados. No entanto, o teor de gordura do 
leite e a produção de leite corrigido para 3,5% de gordura foram alterados em função 
das estratégias de fornecimento das rações. Pode-se observar menor percentual de 
gordura no leite nos tratamentos em que a silagem foi oferecida separada. 
 Esta ausência de significância no consumo de alimento e produção de leite 
ocorreu, provavelmente, pelo fato dos ingredientes terem sido fornecidos ao mesmo 
tempo, bem como, a boa palatabilidade da silagem de sorgo. Diferentemente de outras 
situações onde a fonte de fibra é de baixa palatabilidade (resto de culturas, palhadas e 
bagaço de cana) permitindo aos animais que façam seleção dos alimentos. 
 
 
 
 
Palma forrageira como concentrado ou volumoso 
 
 Muitas vezes somos indagados de como classificar a palma forrageira, se como 
concentrado ou volumoso. Observando a classificação tradicional dos alimentos, 
tomando como base a quantidade de fibra bruta (FB) e a concentração de energia 
(NDT), observamos que a palma é um alimento concentrado, pois apresenta menos de 
17% de FB (SANTOS et al., 1997) e mais de 60% de NDT (MELO et al., 2003), 
valores estes utilizados como padrão para classificação dos alimentos em concentrados 
e volumosos. Por outro lado, por ser a palma utilizada na alimentação animal in natura 
e ocupar grande volume da ração total ofertada aos animais, apresenta a forma de 
volumoso. 
 Independente se volumoso ou concentrado, a palma deverá ser fornecida aos 
animais como um ingrediente da ração, na qual fornece nutriente e que estes nutrientes 
deverão ser balanceados para atender as exigências dos animais, sem esquecer a 
necessidade dos microrganismos por nutrientes e principalmente ambiente adequado 
para sua multiplicação. 
 A quebra dos grandes paradigmas quando da utilização da palma forrageira, nos 
permite utilizar a mesma como ingrediente base na formulação de ração para vacas de 
leite, obtendo-se excelentes resultados, como mostrado na Tabela 11. 
Tabela 11 – Desempenho de vacas da raça Holandesa alimentadas com caroço de 
algodão como fonte de fibra e proteínaem substituição a silagem e 
farelo de soja em dietas a base de palma forrageira 
Itens Níveis de caroço de algodão 
 0,00 6,25 12,50 18,75 25,00 
 Composição 
Palma (%) 29,00 29,00 29,00 29,00 29,00 
Silagem (%) 27,30 23,70 19,50 15,90 12,10 
Caroço (%) 0,00 6,25 12,50 18,75 25,00 
Farelo soja (%) 23,90 20,90 18,70 16,00 13,00 
 Desempenho 
CMS (%PV) 3,30 3,28 3,37 3,66 3,59 
PL (kg/dia) 29,50 30,24 31,25 32,67 32,27 
PLCG(kg/dia) 26,70 28,12 30,22 30,74 31,68 
Adaptado de Melo (2004) 
 
 
Pode-se verificar que a palma forrageira quando utilizada como ingrediente da 
dieta, associada com fontes de fibra efetiva (forragem ou não-forragem) e atendida 
todas as exigências nutricionais e recomendações quanto ao balanceamento dos 
carboidratos é possível obter de média a alta produção, sem comprometer a saúde 
animal. Pois, segundo o autor do trabalho os animais apresentaram fezes consistentes, 
tempo de mastigação e ruminação compatível com a literatura, e variação positiva do 
peso vivo de 0,45 kg/dia, média da variação de todo o período experimental. 
Neste trabalho, o grande objetivo foi aferir a palma como ingrediente básico da 
ração de vacas em lactação, ao mesmo tempo em que se substituiu 55% da fonte de 
fibra (silagem de sorgo) e 45% do concentrado (farelo de soja) pelo caroço de algodão. 
Esta inclusão do caroço de algodão na dieta tem como base a alimentação praticada 
pelos produtores da região semi-árida na época em que se produzia bastante algodão 
Nordeste. 
Todos sabem que o uso de alimentos conservados nesta região é insignificante 
por todas as condições edafo-climática, como solos rasos e poucos mecanizáveis, com 
possibilidade de encharcamento nos períodos de grande precipitação e ou longos 
períodos de estiagem ou de veranicos observado na maioria dos anos, e que para se 
produzir leite com eficiência durante todo o ano é preciso uma constancia na produção e 
fornecimento de alimento para os animais. Com o fato de que o caroço de algodão com 
linter, pelugem que recobre o mesmo, bem como a casca do caroço, funciona como 
fonte de fibra que permite maior ruminação e menor taxa de passagem do alimento pelo 
trago digestorio, funcionando como fonte de fibra não forrageira, além de conter boa 
quantidade de óleo e proteína, permitiu esta substituição, proporcionado bons resultados 
como os observados na tabela. 
Como exemplo com estas observações podem concluir que uma vaca que 
consome 25 kg de matéria natural de uma fonte de fibra e 2 kg de farelo de soja no 
concentrado com o uso do caroço de algodão possibilita a substituição de 13 a 14 kg da 
silagem e 0,9 kg do farelo de soja e mesmo assim os animais continuam produzindo a 
mesma quantidade de leite. Estas observações nos trazem bastante segurança, uma vez 
que se tendo a matéria prima, caroço de algodão, possibilita a redução da produção e 
conservação de forragem em ate 50%. 
 
 
 
Palma forrageira com casca de mandioca 
 
 Prática corriqueira dos produtores de leite do estado de Pernambuco é o 
fornecimento de palma forrageira associada a casca de mandioca, resíduo da mandioca 
no processamento nas casas de farinha, em alguns casos ou na maioria das vezes a 
compra a casca tornasse bastante onerosa e muitas vezes transportada por longas 
distancias, desde modo inviabilizando o uso n ração animal. 
Com base na composição química-bromatológica da casca de mandioca 
verificasse que a mesma apresenta composição muito próxima a composição da palma 
forrageira, como exemplo o conteúdo de proteína, fibra e carboidratos não fibrosos. 
Deste modo, pode-se verificar que a grande diferença entre a palma e a casca de 
mandioca seria a composição de matéria seca, uma vez que a palma em média apresenta 
em torno de 10% e a casca tem em média 35% de matéria seca. 
Com base nestas informações foi idealizado e executado um trabalho em que a 
palma forrageira, cultivar gigante, foi substituída pela casca de mandioca. Foram 
utilizados animais mestiços com média de produção no inicio do trabalho de 15 kg de 
leite por dia, em que as mesmas ficavam em pastejo direto de capim brachiaria, e 
recebiam no cocho silagem de milho e concentrado a base de farelo de milho, farelo de 
soja, farelo de trigo e sal mineral numa proporção de 1 kg de concentro para cada 3 
litros de leite produzido. Que na época correspondia a aproximadamente 5,5 kg de 
concentrado por vaca/dia. 
 
Tabela 12 – Desempenho de vacas mestiças alimentadas com casca de mandioca em 
substituição a palma forrageira 
Itens Níveis de casca de mandioca 
 0,00 25 50 75 100 
 Composição da ração 
Palma (%) 50,00 37,5 25,00 12,5 0,00 
Silagem (%) 33,00 33,00 33,00 33,00 33,00 
Casca (%) 0,00 12,5 25,00 37,5 50,00 
Concentrado (%) 17,00 17,00 17,00 17,00 17,00 
 Desempenho 
CMS (%PV) 3,30 3,28 3,37 3,66 3,59 
PL (kg/dia) 17,67 17,17 18,3 18,57 17,7 
PLCG(kg/dia) 17,39 16,87 18,95 18,44 19,21 
 
Observa-se que não houve diferença na produção de leite para os animais 
alimentados com dietas contendo palma forrageira ou casca de mandioca, assim como 
para as combinações de ambos os alimentos. Neste caso ficando a critério da 
disponibilidade e custo de produção da palma ou da casca de mandioca para utilização 
na alimentação animal. Tirando a obrigatoriedade da combinação de ambas, e 
permitindo ao produtor que tem como produzir palma eficientemente no Agreste de 
solos rasos e de menor precipitação pluviométrica utilizar apenas a palma na dieta a 
animal, e para o outro lado do Agreste que apresenta solos arenosos e maior 
precipitação utilizar a casca de mandioca que é produzida e disponibilizada nesta região. 
Quanto a produção de leite corrigido para gordura observa-se efeito linear 
crescente com maior produção nos animais que consumiram a dieta com casca de 
mandioca, sendo este efeito devido ao maior consumo de matéria seca e conseqüente 
maior consumo de fibra e produção de gordura do leite acima dos 4%. No entanto os 
animais que consumiram a dieta com palma produziram leite com teor de gordura de 
3,95%. 
Na idealização deste trabalho foi utilizado todo o conhecimento desenvolvido ao 
longo dos anos na pesquisa e aplicação destas no campo. Uma vez que foi utilizado o 
mínimo de concentrado sendo o mesmo composto apenas de fonte de proteína 
verdadeira, farelo de soja, nitrogênio não-protéico, uréia e sal mineral e a substituição 
da fonte de energia do concentrado, milho, por palma ou casca de mandioca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 A Empresa Pernambucana de Pesquisa em Agropecuária (IPA) e a Universidade 
Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) vêm realizando pesquisando com palma 
forrageira desde o final da década de 50. Durante este período o IPA pesquisou 
inicialmente a parte agronômica, tendo inicio as pesquisas na alimentação animal no 
final da década de 60, sendo intensificada nos últimos dez anos, através do acordo 
IPA/UFRPE. 
1 – A palma forrageira apresenta composição química bromatológica variável de 
acordo com a espécie, idade dos artículos e época do ano, principalmente, a 
quantidade de matéria seca. Apresenta baixa concentração de carboidratos 
fibrosos e alto teor de carboidratos não-fibrosos e matéria mineral; 
2 – É fonte de energia, pois apresenta em sua composição 64,66% de nutrientes 
digestíveis totais; 
3 – Devido à alta porcentagem que a palma forrageira compõe as rações e o baixo 
teor de proteína bruta que a mesma apresenta, torna-se inviável a utilização de 
concentrados comerciais de baixo teor de proteína; 
4 – A palma quando utilizada como volumoso associada a concentrado, provoca: 
diarréianão patológica, ausência de ruminação e variação negativa do peso 
vivo; 
5 – Devendo a mesma ser associada a uma fonte de fibra que apresente efetividade, 
e a qualidade desta fonte ira depender do nível de produção e exigência animal; 
6 – A porcentagem de palma na ração ira depender da fonte de fibra utilizada, pois, 
dietas composta com bagaço de cana, devido à alta concentração de fibra e 
baixa de energia, a quantidade de palma será maior do que rações compostas 
com silagens ou gramíneas de boa qualidade; 
7 – A porcentagem da fonte de fibra efetiva esta diretamente relacionada com a 
quantidade de carboidratos fibrosos e não-fibrosos da ração; 
8 – A quantidade de concentrado fornecido por litro de leite produzido ira 
depender do nível de produção do animal, menores produções maior amplitude 
concentrado/litro de leite; 
9 – Rações compostas com palma forrageira, sempre que possível deverão ser 
fornecidas na forma de mistura completa; 
10 – A palma devera ser utilizada na ração animal como um ingrediente que fornece 
nutrientes de acordo com sua composição e que não apresenta fibra efetiva 
suficiente para atender as necessidades dos bovinos leiteiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ARAUJO, P. R. B. Substituição do milho por palma forrageira (Opuntia fícus 
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Zootecnia) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2002. 
FERREIRA, M. A. Palma forrageira na alimentação de bovinos leiteiros. Recife: 
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