Buscar

Ponto 1- Das Penas - art.32 ao art.68-3.ppt

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
*
1ª Prova Parcial – 15/03 (Estudo de caso)
1ª Prova Oficial - 05/04
2ª Prova Parcial - 17/05 (fichamento)
2ª Prova Oficial - 07/06
2ª Chamada – 21/06
Exame - 28/06
Estudo de caso e Fichamento : Individual
Provas 2016 – I
Dir - 23
*
1ª Prova Parcial – 16/03
1ª Prova Oficial - 06/04
2ª Prova Parcial - 18/05 (fichamento)
2ª Prova Oficial - 08/06
2ª Chamada – 22/06
Exame - 29/06
Provas 2016 – I
Dir - 63
*
1.O Caso dos Irmãos Naves – 1937;
2.O Caso “Chico Picadinho” – 1966;
3.Caso Adriano da Silva – O serial killer de Passo Fundo – 2002;
4. Caso Ônibus 174 – Rio de janeiro – 2000;
5. Caso da Viúva Negra - Heloísa Borba Gonçalves – RJ - 2011;
6. Maníaco do Parque – 1998;
7. Caso Chico Mendes – Xapuri-PA – 1988;
8. Caso Goleiro Bruno; 2009;
9. Caso Lindomar Castilho – 1981;
10. Caso Champinha – 2003.
Estudo de Caso
*
Obra – A Politica
Autor: Aristóteles
Obra – A República 
Autor: Platão
Obra – Utopia
Autor: Thomas Moore
Obra – A Cidade Antiga
Autor: Fustel de Coulanges
Obras Fichamento
*
Todas as aulas serão chamados 02 alunos de forma aleatória para apresentarem parte de julgados, cujo tema deverá se relacionar com a matéria em estudo.
Os alunos receberão um “bonus” de até 0,5 (zero virgula cinco) pontos na nota das 1ª e 2ª provas parciais.
Atividades Práticas
*
Código de Hamurabi - Khammu-rabi, rei da Babilônia no 18º século a.C., atual Iraque.
Lei de talião - Código de Hamurabi por volta de 1700 a.C. no reino da Babilônia. Talião, vem do latim talionis que significa como tal, idêntico. A expressão “Olho por olho, dente por dente”.
Lei das Doze Tábuas  (do latim, Lex Duodecim Tabularum) – Direito Romano – acerca de 450 a.C.
Leis na antiguidade
*
Brasil Colônia
Ordenações Afonsinas – 1500-1514;
Ordenações Manuelinas – 1514-1603;
Ordenações Filipinas – 1603-1916.
Código Penal Imperial de 1830;
Código Penal de 1890 – 1º Republicano e 
Código Penal de 1940 – Vigente. 
Leis na antiguidade
*
 Sanção penal de caráter aflitivo, imposta pelo Estado, com execução de uma sentença, ao culpado pela prática de uma infração penal, consistente na restrição ou privação de um bem jurídico, cuja finalidade é aplicar a retribuição punitiva ao delinquente, promover a sua readaptação social e prevenir novas transgressões pela intimidação dirigida à coletividade. Fernando Capez. V.1. p.384.
Pena – Conceito
*
Art. 32 - As penas são:
        I - privativas de liberdade;
        II - restritivas de direitos;
        III - de multa.
 Dec. 3688/41 - Art. 6º - A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor penitenciário, em estabelecimento especial ou seção especial de prisão comum, em regime semi-aberto ou aberto.
DAS PENAS
*
 Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. 
 Individualização da Pena -Art. CF/88 - XLVIII–“a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado”; 
Art. 110 - Lei nº 7210/84 – “O Juiz, na sentença, estabelecerá o regime no qual o condenado iniciará o cumprimento da pena privativa de liberdade, observado o disposto no artigo 33 e seus parágrafos do Código Penal”.
     
DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
Reclusão e detenção
*
 § 1º - Considera-se: 
 a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média;
  b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar;
 c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.
       
Regimes de execução da pena
*
§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: 
       
Regimes de execução da pena
*
 a) o condenado a pena superior a 8 anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado;
 b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 anos e não exceda a 8 , poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto;
       
Regimes de execução da pena
*
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
Crimes hediondos – Lei 8072/90 
 art. 2º,1º - Inicialmente fechado [...].
       
Regimes de execução da pena
*
§ 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios previstos no art. 59 deste Código.
 Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime:
Regimes de execução da pena
*
§ 4o O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais.
Art. 312 e seguintes – C.P. 
Regimes de execução da pena
*
 Art. 34 - O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame criminológico de classificação para individualização da execução. 
Art. 8º e 112 – LEP. O exame criminológico não é obrigatório.
Lei nº 10.792, de 2003 - Extinguiu a obrigatoriedade do exame.
Súmula 439 – STJ - Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada.
Equipe multidisciplinar : Psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais do Sistema Prisional.
Súmula vinculante – 26 do STF.       
Regras do regime fechado
*
Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico.
Súmula Vinculante
nº 26
*
 § 1º - O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o repouso noturno. 
  § 2º - O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, na conformidade das aptidões ou ocupações anteriores do condenado, desde que compatíveis com a execução da pena.
 art.5º,XLVII,”c” – CF/88 – Não haverá penas: “de trabalhos forçados”. Art. 193 – CF/88 – Ordem social – primado do trabalho.
Regras do regime fechado
*
 § 3º - O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras públicas. 
               
Regras do regime fechado
*
   Art. 35 - Aplica-se a norma do art. 34 deste Código, caput (exame criminológico), ao condenado que inicie o cumprimento da pena em regime semi-aberto. 
   § 1º - O condenado fica sujeito a trabalho em comum durante o período diurno, em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. 
       
Regras do regime semi-aberto
*
§ 2º - O trabalho externo é admissível, bem como a frequência a cursos supletivos profissionalizantes, de instrução de segundo grau ou superior. 
       
Regras do regime semi-aberto
*
 Lei nº 7210/84 - Art. 122. Os condenados que cumprem pena em regime semi-aberto poderão obter autorização para saída temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos seguintes casos:[...]
 Parágrafo único.  A ausência de vigilância direta não impede a utilização de equipamento de monitoração eletrônica pelo condenado, quando assim determinar o juiz da execução. Lei 12.258/10.
Art. 124 – LEP – Saída até 7 dias – podendo sair 5 vezes ao ano.
Monitoramento eletrônico
Lei nº 12.258/10
*
Art. 146-B.  O juiz poderá definir a fiscalização por meio da monitoração eletrônica quando: 
II - autorizar a saída temporária no regime semi-aberto;
IV - determinar a prisão domiciliar;
 As tornozeleiras são a prova d’água e emitem um sinal a qualquer deslize do preso monitorado.
 
Monitoramento eletrônico
*
*
 Art. 36 - O regime aberto baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado. 
 § 1º - O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer outra atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga. 
       
Regras do regime aberto
*
§ 2º - O condenado será transferido do regime aberto, se praticar fato definido como crime doloso, se frustrar os fins da execução ou se, podendo, não pagar a multa cumulativamente aplicada. 
       
Regras do regime aberto
*
Art. 37 - As mulheres cumprem pena em estabelecimento próprio, observando-se os deveres e direitos inerentes à sua condição pessoal, bem como, no que couber, o disposto neste Capítulo. 
  Criam-se alas femininas.     
Regime especial
*
Art. 38 - O preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda da liberdade, impondo-se a todas as autoridades o respeito à sua integridade física e moral. 
Art.5º - XLIX – CF/88 - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
Art. 3º; 40 a 43 Lei 7210/84 - Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela lei. Art, 15,III CF/88- cassação direito políticos - III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
Direitos do preso
*
Art. 40 - Impõe-se a todas as autoridades o respeito à integridade física e moral dos condenados e dos presos provisórios.
Art. 41 - Constituem direitos do preso: I - alimentação suficiente e vestuário; II - atribuição de trabalho e sua remuneração; III - Previdência Social; IV - constituição de pecúlio; V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação; VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena; VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa; VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo; IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado; X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados; XI - chamamento nominal; XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena; XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento; XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito; XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes. XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da autoridade judiciária competente. Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento. 
*
Art. 39 - O trabalho do preso será sempre remunerado, sendo-lhe garantidos os benefícios da Previdência Social.
 Art. 29 da L.E.P.
       
Trabalho do preso
*
Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 (três quartos) do salário mínimo.
§ 1° O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender:
a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente e não reparados por outros meios;
b) à assistência à família; c) a pequenas despesas pessoais;
d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em proporção a ser fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores.
§ 2º Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada a parte restante para constituição do pecúlio, em Caderneta de Poupança, que será entregue ao condenado quando posto em liberdade.
Art. 30. As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade não serão remuneradas.
*
O juiz auxiliar da presidência do Conselho Nacional de Justiça, Erivaldo Ribeiro dos Santos, explica que “o preso pode pagar INSS na condição de contribuinte individual, quando, durante o cumprimento da pena, exerça atividade remunerada para uma empresa, com base nos artigos 4º e 2º, da Lei 10.666/03”. Ele acrescenta que o preso também pode pagar INSS na condição de contribuinte facultativo, com base na Lei 8.212/91.
*
 Art. 2º O exercício de atividade remunerada do segurado recluso em cumprimento de pena em regime fechado ou semi-aberto que contribuir na condição de contribuinte individual ou facultativo não acarreta a perda do direito ao recebimento do auxílio-reclusão para seus dependentes.
 § 1º O segurado recluso não terá direito aos benefícios de auxílio-doença e de aposentadoria durante a percepção, pelos dependentes, do auxílio-reclusão, ainda que, nessa condição, contribua como contribuinte individual ou facultativo, permitida a opção, desde que manifestada, também, pelos dependentes, ao benefício mais vantajoso.
Lei 10.666/03
*
Art. 40 - A legislação especial regulará a matéria prevista nos arts. 38 e 39 deste Código, bem como especificará os deveres e direitos do preso, os critérios para revogação e transferência dos regimes e estabelecerá as infrações disciplinares e correspondentes sanções. 
Lei 7.210/84 – L.E.P.
       
Legislação especial
*
Art. 41 - O condenado a quem sobrevém doença mental deve ser recolhido a hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, a outro estabelecimento adequado. 
       
Superveniência de doença mental
*
Art. 42 - Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior.
A CF de 1988, em seu art. 5º, LXI, extinguiu a possibilidade de a autoridade administrativa decretar a prisão das pessoas.
Hoje, somente a autoridade judiciária competente pode decretar a prisão. 
Detração
*
 Art. 5º, LXI - “ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei”. 
*
 (419) 1 - A execução da pena no regime fechado ocorre em estabelecimento de segurança máxima ou média; no regime semiaberto, em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar e, no regime aberto, em casa de albergado ou estabelecimento adequado. 
Responda CERTO ou ERRADO e FUNDAMENTE
(425) 2- A progressão de regime, no caso dos condenados pela prática de crimes hediondos ou equiparados, ocorre após o cumprimento de dois quintos da pena, se o apenado for primário, e de dois terços, se for reincidente.
Exercício
*
478. 3- É cabível a substituição da pena privativa de liberdade por penas restritivas de direito quando aplicada pena privativa de liberdade de até quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa.
Responda CERTO ou ERRADO e FUNDAMENTE
430. 4 - Os crimes apenados com reclusão se submetem aos regimes fechado e semi-aberto, em quanto os apenados com detenção se submetem aos regimes aberto e prisão simples.
Exercício
*
419. Correto. Nos termos do § 1º,do art. 33, do Código Penal, considera-se regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média; regime semi-aberto, a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar; regime aberto, a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.
425. Errado. Conforme o § 2°, do art. 2º,
da lei nº 8.072/90, a progressão de regime, no caso dos condenados por crimes hediondos, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos) , se reincidente.
Resposta Exercício
*
478. Correto. O inciso I, do art. 44, do Código Penal, define que as penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando aplicada pena privativa de liberdade não for superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa.
430. Errado. Conforme o art. 33, do Código Penal, a pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.
Resposta Exercício
*
        Art. 43. As penas restritivas de direitos são: 
 I – prestação pecuniária; 
        II – perda de bens e valores; 
        III – (VETADO);
        IV – prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; 
 V – interdição temporária de direitos;
 VI – limitação de fim de semana. 
Penas restritivas de direitos
*
O réu foi condenado à pena privativa de liberdade de 1 ano e 8 meses de reclusão por infração ao art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006, a qual foi substituída por duas penas restritivas de direitos: a) prestação de serviços à comunidade; b) prestação pecuniária. Verifico, por sua vez, que o apenado esteve preso preventivamente pelo período de 1 mês e 2 dias, tempo que, nos termos do art. 42 do Código Penal, deve ser levando em consideração para o cumprimento da pena. Faltam, portanto, ao reeducando resgatar 1 (um) ano, 6 (seis) meses e 28 (vinte e oito) dias de sua reprimenda, substituida nas seguintes condições: - Prestação pecuniária no valor de 1 salário mínimo vigente na época da sentença, devidamente corrigido até o efetivo pagamento;- 
*
Prestação de serviços à comunidade em entidades públicas (art. 46 do Código Penal), pelo mesmo período da condenação (art. 55 do Diploma Regressivo), devendo esta ser cumprida a razão de 01 (uma) horas por dia de condenação, descontado o tempo em que ficou preso preventivamente. 
Deve ser comunicado ao reeducando que lhe é facultado cumprir a pena substitutiva em menor tempo, nunca inferior a metade da pena privativa de liberdade fixada, nos termos do art. 46, § 4º, do Código Penal. Por fim o apenado deve ser advertido de que o descumprimento das condições acima estabelecidas poderá ensejar na conversão de pena. 
*
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: 
 I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; 
 II – o réu não for reincidente em crime doloso;        
Penas restritivas de direitos
*
 III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. (critério Subjetivo).
 Culpabilidade – Juízo de censura e reprovação; Antecedentes - condenações, inclusive absolvição por falta de provas (STF e doutrina); conduta social – relativa ao trabalho, comportamento familiar e social; Personalidade – índole, perfil psicológico e moral, frieza na execução do crime.
       
Penas restritivas de direitos
*
§ 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. 
       
Penas restritivas de direitos
*
§ 3o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime. Para Capez, nem o reincidente em crime doloso nem o reincidente específico tem direito a substituição.   Reincidente pode – se preencher requisitos e socialmente recomendável.
Para L.F.Gomes entende que pode ser concedida a substituição, pois a regra do §3º, serve para abrandar a proibição do inc.II.
Penas restritivas de direitos
Reincidência específica e genérica
*
Decisão do STF (1ª Turma): "A Turma deferiu habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de condenado por portar cédulas falsas (CP , art. 289 , § 1º), cujo pleito de conversão da pena corporal por restritiva de direitos fora denegado em virtude da existência de condenação anterior pelo crime de tráfico de drogas (Lei 6.368 /76, art. 12). Na ocasião, o magistrado de 1º grau entendera que a condição de reincidente do réu obstaria a concessão desse benefício legal, nos termos do art. 44 , II , do CP .[...].
*
Asseverou-se que, na espécie, tratar-se-ia de reincidência genérica, na qual cabível, em tese, a substituição pretendida, tendo em conta o que disposto no § 3º do mencionado art. 44 do CP . Ordem concedida para que o juízo monocrático profira nova decisão, desta feita, fundamentada, no que tange à reincidência genérica do paciente e, consequentemente, à eventual possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos. 
HC 94.990-MG , rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. O2.12.20008".
*
§ 4o A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. 
No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão.      
Penas restritivas de direitos
*
§ 5o Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior. 
Ex: Prestação pecuniária – Pgto em parcelas – Pode continuar a cumprir mesmo preso por outro crime.
Penas restritivas de direitos
*
 Art. 45. Na aplicação da substituição prevista no artigo anterior, proceder-se-á na forma deste e dos arts. 46, 47 e 48. 
Conversão das penas restritivas de direitos
*
§ 1o A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 salário mínimo nem superior a 360 salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários. 
Conversão das penas restritivas de direitos
*
§ 2o No caso do parágrafo anterior, se houver aceitação do beneficiário, a prestação pecuniária pode consistir em prestação de outra natureza. 
Ex: Entrega de cestas básicas aos carentes, em entidades públicas ou privada.      
Conversão das penas restritivas de direitos
*
§ 3o A perda de bens e valores pertencentes aos condenados dar-se-á, ressalvada a legislação especial, em favor do Fundo Penitenciário Nacional, e seu valor terá como teto – o que for maior – o montante do prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em consequência da prática do crime. 
 Ex: Títulos de crédito, ações, não pode alcançar bens de terceiros;  NÃO TEM FINALIDADE REPARATÓRIA.
Não confundir com o confisco previsto no art. 91,II, a e b. Art. 5º, XLV – Nenhuma pena passará da pessoa do condenado.  
Conversão das penas restritivas de direitos
*
 Damásio de Jesus entende que "não devemos confundir a perda de bens e valores como pena (CP art.43, II) e o confisco (CP, art. 91).  
Este constitui efeito da condenação e atinge os instrumentos e o produto do crime. Na pena alternativa, os bens e valores são de natureza e
origem lícitas."
Conversão das penas restritivas de direitos
*
Para Cezar Roberto Bittencourt, a perda de bens e valores trata-se na verdade "da odiosa pena de confisco, que, de há muito, foi prescrita pelo direito penal moderno".
Destarte, Bittencourt crê que tal pena não passa de uma ficção político-jurídica para impor uma sanção repudiada na maioria dos países democráticos de direito, desestimulando, por isso, sua aplicação na prática.
Conversão das penas restritivas de direitos
*
 Art. 46. A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável às condenações superiores a seis meses de privação da liberdade.   
Exemplo: Junto a entidades assistenciais, hospitais, orfanatos e outras entidades públicas ou privadas.     
Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas
*
§ 1o A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado.  
§ 2o A prestação de serviço à comunidade dar-se-á em entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais. 
Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas
*
§ 3o As tarefas a que se refere o § 1o serão atribuídas conforme as aptidões do condenado, devendo ser cumpridas à razão de uma hora de tarefa por dia de condenação, fixadas de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho. 
Uma hora de tarefa – a doutrina entende como tempo mínimo, podendo executar mais conforme disponibilidade - §4º art.46)
Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas
*
 § 4o Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada. 
Contage, inicia da data do 1º comparecimento – art. 149,§2º - LEP – entidade encaminha ao juiz relatório, bem como se houver falta disciplinar – art. 150 – LEP.
Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas
*
Art. 47 - As penas de interdição temporária de direitos são: 
I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo; 
Mandato eletivo – CF/88 –art.15, III “É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
Tem caráter temporário. Não se confunde com o art.92,I, CP.
Interdição temporária de direitos
*
Art. 154. Caberá ao Juiz da execução comunicar à autoridade competente a pena aplicada, determinada a intimação do condenado.
§ 1º Na hipótese de pena de interdição do artigo 47, inciso I, do Código Penal, a autoridade deverá, em 24 horas, contadas do recebimento do ofício, baixar ato, a partir do qual a execução terá seu início.
Interdição temporária de direitos
Lei nº 7210/84 - LEP
*
 II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do poder público; 
EX; Médico que no exercício da profissão causa a morte do paciente culposamente; 
(LEP - art.154,§ 2º Nas hipóteses do artigo 47, incisos II e III, do Código Penal, o Juízo da execução determinará a apreensão dos documentos, que autorizam o exercício do direito interditado.)
Interdição temporária de direitos
*
III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo. 
Só é cabível quando aplicada a substituição e a Natureza for culposa e relacionada com a condução de veículo. 
Em caso de dolo se aplica o art. 92,III, CP como efeito da condenação.
Art. 92, III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso. 
 Não confundir.
Interdição temporária de direitos
*
IV–proibição de frequentar determinados lugares.
 Livramento condicional; (art.132,§2º - LEP)
 Regime aberto; (art.115 – LEP)
 Suspensão Condicional do processo. (art. 89,§1º,II – Lei 9.099/95.
 Crítica doutrinária – Dificuldade de fiscalização. 
*
 Art. 48 - A limitação de fim de semana consiste na obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por 5 horas diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado. 
 Parágrafo único - Durante a permanência poderão ser ministrados ao condenado cursos e palestras ou atribuídas atividades educativas.
LEP - Art. 153. O estabelecimento designado encaminhará, mensalmente, ao Juiz da execução, relatório, bem assim comunicará, a qualquer tempo, a ausência ou falta disciplinar do condenado
Limitação de fim de semana
*
 Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 e, no máximo, de 360 dias-multa. 
DA PENA DE MULTA
*
 § 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 vezes esse salário. 
 § 2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de correção monetária. 
DA PENA DE MULTA
*
Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10 dias depois de transitada em julgado a sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir que o pagamento se realize em parcelas mensais.       
Pagamento da multa
*
 § 1º - A cobrança da multa pode efetuar-se mediante desconto no vencimento ou salário do condenado quando:
  a) aplicada isoladamente;
  b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de direitos;
  c) concedida a suspensão condicional da pena.
  § 2º - O desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao sustento do condenado e de sua família.
Pagamento da multa
*
Art. 169. Até o término do prazo a que se refere o artigo 164 desta Lei, poderá o condenado requerer ao Juiz o pagamento da multa em prestações mensais, iguais e sucessivas.
§ 1° O Juiz, antes de decidir, poderá determinar diligências para verificar a real situação econômica do condenado e, ouvido o Ministério Público, fixará o número de prestações.
Lei 7.210/84 - LEP
*
Art. 51 - Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida de valor, aplicando-se-lhes as normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição. 
 Lei nº 6830/80 - Execução fiscal.     
Modo de conversão.
*
Art. 52 - É suspensa a execução da pena de multa, se sobrevém ao condenado doença mental. 
Suspensão da execução da multa
*
Penas privativas de liberdade
Art. 53 - As penas privativas de liberdade têm seus limites estabelecidos na sanção correspondente a cada tipo legal de crime. 
DA COMINAÇÃO DAS PENAS
*
Art. 54 - As penas restritivas de direitos são aplicáveis, independentemente de cominação na parte especial, em substituição à pena privativa de liberdade, fixada em quantidade inferior a 1 ano, ou nos crimes culposos. 
Penas restritivas de direitos
*
Art. 55. As penas restritivas de direitos referidas nos incisos III(vet.), IV(prest.sv), V (interd.temp.dir.) e VI (lim.fin.sem.) do art. 43 terão a mesma duração da pena privativa de liberdade substituída, ressalvado o disposto no § 4o do art. 46. 
       
*
Art. 56 - As penas de interdição, previstas nos incisos I e II do art. 47 deste Código, aplicam-se para todo o crime cometido no exercício de profissão, atividade, ofício, cargo ou função, sempre que houver violação dos deveres que lhes são inerentes.  
*
Art. 57 - A pena de interdição, prevista no inciso III do art. 47 deste Código, aplica-se aos crimes culposos de trânsito.
*
Art. 58 - A multa, prevista em cada tipo legal de crime, tem os limites fixados no art. 49 e seus parágrafos deste Código.
Parágrafo único - A multa prevista no parágrafo único do art. 44 e no § 2º
do art. 60 deste Código aplica-se independentemente de cominação na parte especial.
Pena de multa
*
 Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime:
Art. 68 – Critérios para fixação da pena base. 
DA APLICAÇÃO DA PENA
Fixação da pena – Circunstâncias Judiciais
*
Entre o mínimo e o máximo da pena privativa de liberdade ou de multa, deve ser fixada a quantidade da pena, sendo indiscutível que todas as circunstâncias judiciais concorrem igualmente para essa determinação. Não existe qualquer sinalização de que haja preponderância das circunstâncias judiciais umas sobre as outras (STF-RT 550/406), tal como ocorre no concurso de circunstâncias legais (art. 67,CP). Portanto, todas as oito circunstâncias devem ser valoradas e motivadas pelo julgador, sob pena de nulidade (art. 93,IX, da CF).
*
Assim considerando, pode-se afirmar que cada circunstância judicial pode elevar a pena mínima em até 1/8 da variação prevista no tipo penal. Exemplificando: no crime de lesão corporal seguida de morte (art. 129,§ 3º,CP) a pena mínima é de 04 anos e a máxima é de 12 anos, de reclusão. A diferença entre os extremos é de 8 anos. Cada circunstância judicial tem peso de até 01 ano ( 8 anos:8 circunstâncias =1ano) na fixação da pena-base.
Mário Helton Jorge - Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Mestre em Direito (PUC/PR). Professor da Escola de Magistratura do Paraná.
*
Culpabilidade – Juízo de reprovação que recai sobre a conduta típica e ilícita praticada pelo agente; 
Elementos da culpabilidade – 
Imputabilidade; 
Potencial consciência da ilicitude; 
Exigibilidade de conduta diversa.
Circunstâncias Judiciais
*
Imputabilidade - É a capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Inimputabilidade – menor de 18 anos, doentes mentais)
Potencial Consciência da Ilicitude - É a exigência de o agente poder conhecer, que o fato por ele praticado foi contrário ao Direito. Erro de proibição inevitável.
Exigibilidade de conduta diversa - Exige-se que nas circunstâncias do fato, tivesse possibilidade de realizar outra conduta, de acordo com o ordenamento jurídico. Art 22 CP – Coação irresistível.
Elementos da Culpabilidade
*
Antecedentes – Dizem respeito ao histórico criminal do agente que não se preste para efeitos de reincidência. Somente condenações anteriores com trânsito em julgado e que não mais incida a reincidência, se prestam a trazer prejuízos ao sentenciado.
 Súmula 444 do STJ – É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena base.
Circunstâncias Judiciais
*
Conduta social – Comportamento do agente perante a sociedade, com amigos, familiares; se tem temperamento agressivo; se tem vícios (jogos, bebidas), que poderá ou não ter influenciado no cometimento da infração penal.
Não se confunde conduta social com antecedentes. Súmula nº 444 do STJ.
Circunstâncias Judiciais
*
Personalidade do agente - Conforme Ney Moura Teles, “a personalidade não é um conceito jurídico”, mas sim de outras ciências (psicologia, psiquiatria, antropologia, etc). 
Acredita Greco, que o julgador não possui capacidade técnica para avaliar a personalidade do agente, não devendo considerá-la para a fixação da pena-base.
Ofensa ao chamado Direito Penal do Fato. 
Circunstâncias Judiciais
*
Motivos – São as razões que antecederam e levaram o agente a cometer a infração penal. 
“Força psíquica” 
Circunstâncias Judiciais
*
circunstâncias – Segundo Franco, as circunstâncias são elementos acidentais que não participam da estrutura própria de cada tipo, mas que, influem sobra a quantidade punitiva para efeito de agravá-las ou abrandá-las.
Circunstancias legais - Atenuantes e agravantes;
Circunstâncias inominadas – Circ.Judiciais (art.59);
Avaliação discricionária do juiz – lugar, tempo de duração; relacionamento entre o réu e a vítima. 
Circunstâncias Judiciais
*
Consequências do crime – A morte de alguém que possuía família que era o único a provê-la; lesões corporais que deixam a vítima paraplégica, entre outros, devem se considerados pelo Juiz ao aplicar a pena-base.
Comportamento da vítima – Estudos de Vitimologia, demonstram as “vítima natas” – personalidades insuportáveis, criadoras de casos, extremamente antipáticas, , sarcásticas, irritantes. 
Estas pessoas podem desencadear numa outra pessoa uma conduta criminosa.
Circunstâncias Judiciais
*
 I-as penas aplicáveis dentre as cominadas; 
Reclusão, detenção; restritivas de direitos, multa e a prisão simples;
 II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; 
No 1º e 2º momentos da dosimetria não pode exceder aos limites previstos no preceito secundário do tipo penal. 
Súmula 231 STJ. A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal.
Circunstâncias Judiciais
*
 III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; 
Fechado, semiaberto ou aberto
 IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível.        
*
Entre o mínimo e o máximo da pena privativa de liberdade ou de multa, deve ser fixada a quantidade da pena, sendo indiscutível que todas as circunstâncias judiciais concorrem igualmente para essa determinação. Não existe qualquer sinalização de que haja preponderância das circunstâncias judiciais umas sobre as outras (STF-RT 550/406), tal como ocorre no concurso de circunstâncias legais (art. 67,CP). Portanto, todas as oito circunstâncias devem ser valoradas e motivadas pelo julgador, sob pena de nulidade (art. 93,IX, da CF).
*
Assim considerando, pode-se afirmar que cada circunstância judicial pode elevar a pena mínima em até 1/8 da variação prevista no tipo penal. Exemplificando: no crime de lesão corporal seguida de morte (art. 129,§ 3º,CP) a pena mínima é de 04 anos e a máxima é de 12 anos, de reclusão. A diferença entre os extremos é de 8 anos. Cada circunstância judicial tem peso de até 01 ano ( 8 anos:8 circunstâncias =1ano) na fixação da pena-base.
Mário Helton Jorge - Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Mestre em Direito (PUC/PR). Professor da Escola de Magistratura do Paraná.
 
*
Art. 60 - Na fixação da pena de multa o juiz deve atender, principalmente, à situação econômica do réu. 
 § 1º - A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo.       
Critérios especiais da pena de multa
*
§ 2º - A pena privativa de liberdade aplicada, não superior a 6 meses, pode ser substituída pela de multa, observados os critérios dos incisos II e III do art. 44 deste Código.
Multa substitutiva
*
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
 I - a reincidência; 
 II - ter o agente cometido o crime:
 a) por motivo fútil ou torpe;
 Rol taxativo – Não admite analogia.
 Aspecto doutrinário - O quantum que incide sobre a pena-base varia de até 1/6.
Circunstâncias agravantes
*
 b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;
 c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;
 d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;
      
Circunstâncias agravantes
*
 e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
 f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações
domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica; 
 g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;
Circunstâncias agravantes
*
h) contra criança, maior de 60 anos, enfermo ou mulher grávida; 
i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido;
Circunstâncias agravantes
*
l) em estado de embriaguez preordenada.
Embriaguez voluntária em sentido estrito (preordenada); 
Colocar-se em embriaguez com o fim de praticar determinada ação penal. “Tomar coragem”.
Embriaguez culposa.
Embriaguez involuntária. § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Circunstâncias agravantes
*
Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que:
  I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes;        
Cabeça pensante dos grupos criminosos.
Agravantes no caso de concurso de pessoas
*
II - coage ou induz outrem à execução material do crime; Art. 22 – CP (resistível ou irresistível) Induz. 
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal; 
Escusas absolutórias (não punível).
IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa.
     
Agravantes no caso de concurso de pessoas
*
Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. 
Reincidência
*
 Art. 64 - Para efeito de reincidência:
 I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; 
II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos. (art.20 – Lei 7170/83)
       
Reincidência
*
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
I - ser o agente menor de 21 , na data do fato, ou maior de 70 anos, na data da sentença; 
II - o desconhecimento da lei; 
Art. 21 – CP – Erro de proibição, erro sobre a ilicitude do fato. Se inevitável isenta de pena (exclui a culpabilidade); Se evitável pode diminuir 1/6 a 1/3;
LINDB -Art. 3º - Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
Circunstâncias atenuantes
*
Casa de prostituição – “Drive-in” – Local não destinado especificamente a encontros para fins de prostituição – Fiscalização do mesmo pela Polícia – Licença de funcionamento fornecida pela Prefeitura local e placa proibindo a entrada de menores – Erro sobre a ilicitude do fato, portanto, acolhido – Absolvição decretada – Inteligência dos arts. 229 e 21 (redação da Lei 7.209/84) do CP.
Para a caracterização do delito previsto no art. 229 do CP é necessário que se demonstre que o “drive-in” tenha sido desvirtuado para lugar destinado à prostituição. TJSP, Ap. 41253-3, 3.ª Câm., Rel. GENTIL LEITE, j. 30.12.85, v.u., RT 610/335.
*
III - ter o agente:
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
       
Circunstâncias atenuantes
*
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
       
Circunstâncias atenuantes
*
Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei. 
Analogia in bonan parte. Extrema pobreza; alcoolismo; Tese da co-culpabilidade social.
Circunstâncias atenuantes
*
Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente (idade-21 e 70) e da reincidência. Circunstancia atenuante e agravante de valor idêntico – compensação. 
Determinantes são aqueles motivos que impulsionaram o agente p/prática do crime. Preponderância da reincidência sobre a confissão espontânea. Divergência no STJ.
Concurso de circunstâncias agravantes e atenuantes
*
Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento. 
       
Cálculo da pena
*
Individualização legislativa da pena – Critérios de pena mínima e pena máxima - Lei;
Aplicação pelo Juiz:
1º - Pena- base - circunstâncias judiciais; (súmula nº 444 do STJ – É vedada a utilização de I.P e ações penais em curso p/ agravar a pena-base).
2º - Atenuantes e agravantes e
3º - Causas de diminuição e aumento de pena.
Sistema Trifásico
Cálculo da Pena
*
 Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua.
Cálculo da pena

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais