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Histologia do trato gastrointestinal

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Mucosa 
A mucosa é a camada mais interna do trato GI e é com- posta por epitélio, lâmina própria e lâmina muscular da mucosa. O epitélio consiste em uma camada única de células especializadas, que reveste o lúmen do trato GI. Forma camada contínua ao longo do tubo com as glândulas e os órgãos que drenam para o lúmen do tubo. No interior dessa camada de células, existem várias células epiteliais especializadas, e as mais abundantes são as células denominadas enterócitos absortivos, que expressam muitas proteínas importantes para a digestão e a absorção dos macronutrientes. As células enteroendócrinas contêm grânulos de secreção que liberam aminas e peptídios reguladores que ajudam a regular o funcionamento GI. Além disso, as células da mucosa gástrica são especializadas na produção de prótons, e as células produtoras de mucina, dispersas por todo o trato GI, produzem uma glicoproteína, a mucina, que ajuda a proteger o trato e a lubrificar o conteúdo luminal. 
As células do epitélio colunar são mantidas aderi- das por conexões intercelulares chamadas de junções oclusivas (tight junctions). Essas junções consistem em complexos de proteínas intracelulares e transmembranares, e o grau de aposição dessas junções é regulado, durante todo o período pós-prandial. A natureza do epitélio varia muito de uma parte do trato digestório para outra e depende da função que predomina em cada região. Por exemplo, o epitélio do intestino está projetado para a absorção; suas células medeiam a captação seletiva de nutrientes, de íons e de água. Em contrapartida, o esôfago tem epitélio escamoso, sem papel absortivo. É um conduto para o transporte do alimento engolido, por isso necessita de alguma proteção contra alimentos ásperos, como as fibras, que é fornecida do epitélio escamoso.
 A superfície do epitélio é formada por vilosidades e criptas (Fig. 26-3). As vilosidades são projeções seme- lhantes a dedos que aumentam a área da mucosa. As criptas são invaginações ou pregas do epitélio. O epitélio que reveste o trato GI é continuamente renovado e subs- tituído por células em divisão e, nos humanos, esse pro- cesso dura, aproximadamente, 3 dias. Essas células em proliferação estão situadas nas criptas, onde existe zona proliferativa de células-tronco intestinais. 
A lâmina própria, situada imediatamente abaixo do epitélio, é constituída, em grande parte, por tecido con- juntivo frouxo, que contém fi brilas de colágeno e de elas- tina. É rica em vários tipos de glândulas e contém vasos linfáticos, linfonodos, capilares e fi bras nervosas. A lâmi- na muscular da mucosa é fi na e é a camada de músculo liso mais interna do intestino. Quando vista pelo endoscópio, a mucosa exibe pregas e cristas que resultam das contrações da lâmina muscular da mucosa. 
Submucosa
A camada seguinte é a submucosa. É constituída, em grande parte, por tecido conjuntivo frouxo com fibrilas de colágeno e elastina. Em algumas regiões do trato GI, existem glândulas (invaginações ou pregas da mucosa) na submucosa. Os troncos nervosos, os vasos sanguíneos e os vasos linfáticos de maior calibre, da parede intestinal, estão na submucosa, juntamente com um dos plexos do sistema nervoso entérico (SNE), o plexo submucoso. 
Camadas Musculares 
A camada muscular externa ou camada muscular pró- pria consiste, geralmente, em duas camadas substanciais de células musculares lisas: camada circular interna e camada longitudinal externa. As fibras musculares da camada muscular circular estão orientadas de modo concêntrico, ao passo que as fibras musculares da camada muscular longitudinal estão orientadas segundo o eixo longitudinal do tubo. Nos humanos e na maioria dos mamíferos, a camada muscular circular do intestino delgado é subdividida na camada circular densa interna, composta por células menores, intimamente justapostas, e na camada circular externa. Entre as camadas circular e longitudinal do músculo está o outro plexo do SNE, o plexo mioentérico. As contrações da camada muscular externa misturam e fazem circular o conteúdo do lúmen, além de impulsioná-lo ao longo do trato GI. 
A parede do trato GI contém muitos neurônios inter- conectados. A submucosa contém densa rede de células nervosas, denominada plexo submucoso (às vezes, chamado plexo de Meissner). O importante plexo mio- entérico (plexo de Auerbach) está localizado entre as camadas circular e longitudinal de músculo liso. Esses plexos intramurais constituem o SNE, que auxilia a integrar as atividades motora e secretora do sistema GI. Quando os nervos simpáticos e parassimpáticos que se dirigem ao intestino são seccionados, muitas atividades motora e secretora continuam, porque esses processos são controlados diretamente pelo SNE. 
Serosa 
A serosa, ou adventícia, é a camada mais externa do trato GI e consiste em camada de células mesoteliais escamosas. Trata-se de parte do mesentério que reveste a superfície da parede do abdome e suspende os órgãos, na cavidade abdominal. As membranas mesentéricas secretam líquido transparente e viscoso, que auxilia na lubrificação dos órgãos abdominais, de modo que os órgãos possam se movimentar quando as camadas musculares se contraem e relaxam.

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