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Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS
Direito Internacional Público
Dr. Elias Grossmann
1. RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DO ESTADO
1.1 Aspectos Introdutórios
1.2 Definição: “é o instituto jurídico em virtude do qual o Estado a que é imputado um ato ilícito segundo o direito internacional deve uma reparação ao Estado contra o qual este ato foi cometido.” (Rousseau, Basdevant) 
- Todo fato internacionalmente ilícito de um Estado gera a sua responsabilidade internacional.
- a RI praticamente desconhece a responsabilidade penal. 
1.3 Finalidade: (a) preventiva – “coagir” os Estados a não deixarem de cumprir com os seus compromissos internacionais; (b) repressiva – reparação de um dano. 
1.4 Espécies: (a) Comissão ou Omissão; (b) Convencional ou delituosa (violação de norma consuetudinária); (c) direta ou indireta (quando cometida por particular ou coletividade que o Estado representa)
1.5 Elementos constitutivos: (a) ato ilícito; (b) imputabilidade; (c) prejuízo ou dano (material ou moral)
1.6 Natureza jurídica da RI: (a) corrente subjetivista (teoria da culpa) e (b) corrente objetivista (teoria do risco)
Obs. 1 - Teoria do risco – utilizada em casos que tratam da exploração cósmica, de energia nuclear, os relativos à proteção internacional do meio ambiente e dos DH. 
Obs.2 – A jurisprudência internacional aplica em larga escala a teoria subjetivista. 
1.7 Órgãos internos e a RI: 
- Atos do executivo: violação de tratados, descumprimento de laudos arbitrais, violação de fronteiras de outros Estados, injustiça contra Estrangeiros, prisões ilegais ou arbitrárias etc.
- Atos do legislativo: promulgar leis contrárias ao conteúdo de tratados firmados; deixar de aprovar legislação necessária ao cumprimento de tratado firmado; aprovação de leis em flagrante violação de normas internacionais. 
- Atos do judiciário: denegação de justiça...
1.8 Atos de particulares: O ato ilícito de particular não acarreta necessariamente a RI do Estado, mas apenas pode ocasioná-la se o Estado não cumprir com dois deveres internacionais: o de prevenir o ilícito e o de reprimi-lo. 
1.9 Excludentes da RI: (a) a legítima defesa do Estado (art. 51 CNU) ; (b) as represálias (contramedidas); (c) a prescrição liberatória (consiste no silêncio do Estado lesado relativamente ao dano sofrido); (d) o caso fortuito e força maior; (d) o estado de necessidade, ou seja, que a comissão de um ilícito internac. tenha sido a única maneira de salvaguardar um interesse essencial do Estado, contra um perigo grave e iminente.
1.10 Meios de reparação: Pode ocorrer de diversas formas: a restituição (restitutio in integrum), a indenização, a satisfação (geralmente de cunho moral) e a garantia de não-repetição. 
1.11 Prescrição da reclamação: jurisprudência não é uniforme. Tendência: admiti-la se for invocada por uma das partes... a apreciação da sua existência ou não, na ausência de normas fixadas pelas partes, é da competência discricionária do juiz ou árbitro internacional. 
1.12 Proteção diplomática: 
A RI opera sempre de Estado para Estado. Desse modo, quando o lesado é o indivíduo ou pessoa jurídica é necessário que o seu Estado nacional o proteja, endossando a sua reclamação, i.e., tornando-a sua (do Estado). (MELLO, Celso de A. )
1.12.1 Condições do endosso: (a) ser vítima (pessoa física ou jurídica) nacional do Estado reclamante, ou pessoa sob sua proteção diplomática; (b) esgotamento dos recursos internos; (c) “ter as mãos limpas” i.e., a vítima não ter contribuído à criação do dano.

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