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DIREITOS FUNDAMENTAIS

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I – Direitos Fundamentais 
Aspectos históricos: Desigualdade social.
A escravidão, presente nas sociedades grega e romana, consistia na supressão do direito individual de liberdade do indivíduo, bem como no direito de propriedade (do dono do escravo).
Os direitos fundamentais podem ser conceituados como a categoria jurídica instituída com a finalidade de proteger a dignidade humana em todas as dimensões.
Para um melhor entendimento, os direitos fundamentais devem ser vistos como a categoria instituída com o objetivo de proteção aos direitos à dignidade, à liberdade, à propriedade e à igualdade de todos os seres humanos.
O marco da história para o desenvolvimento dos direitos fundamentais foi o CRISTIANISMO.
A primeira categoria de Direitos Fundamentais a surgir foi a dos direitos individuais. (vida, igualdade, liberadade).
As primeiras declarações de direitos fundamentais surgiram na Inglaterra e, posteriormente, em virtude das grandes revoluções do século XVIII, como a Francesa e a americana.
Os ideais da Revolução Francesa de LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE foram determinantes para o desenvolvimento das noções de direitos fundamentais.
As oito constituições brasileiras descreveram e asseguraram os direitos e garantias fundamentais, inclusive as outorgadas do regime político ditatorial.
A denominada “posição topográfica” dos direitos fundamentais, para o início do texto constitucional só ocorreu com a Constituição de Federal de 1988.
Características dos Direitos Fundamentais:
Historicidade: caráter histórico dos direitos fundamentais;
Relatividade: não são absolutos nem ilimitados, portanto, são relativos e limitados;
Universalidade: universais, todos que se inserem no critério da titularidade;
Concorrência: Dir. Fund. Do trabalho – Direito individual e social (cumulativo);
Irrenunciabilidade: não podem ser renunciados, mas devem ser exercidos.
Dimensões ou Gerações dos Direitos Fundamentais:
1ª Dimensão: consistem em direitos individuais (vida, igualdade, propriedade), coletivos (individuais em sua origem, mas exercidos de modo conjunto) e de cidadania (direitos políticos).
2ª Dimensão: porque correspondem à contra prestação do Estado em relação às suas obrigações para com o indivíduo. (Direitos Fundamentais Sociais).
3ª Dimensão: são, sobremaneira, direitos da humanidade, como o direito à paz, à solidariedade mundial, à conservação e proteção do meio ambiente, entre outros.
4ª Dimensão: Direitos à Democracia, à informação e ao pluralismo.
Direitos Fundamentais em sentido formal: são aqueles que, antes de tudo, devem ser analisados à luz do status da norma constitucional, o que compreende uma posição normativa hierarquicamente superior, em virtude do princípio da supremacia constitucional (Kelsen).
Têm a forma, mas não precisa estar na norma.
Direitos Fundamentais em sentido material: em razão de seu conteúdo essencialmente constitucional.
Direitos que estão no texto da norma.
Direitos Humanos: são direitos ligados à liberdade e à igualdade que estão positivados no plano internacional.
Direitos Fundamentais: são direitos humanos positivados na Constituição.
Assim, o conteúdo dos dois são o mesmo, o que difere é o plano em que estão consagrados.
Portanto, Direitos Fundamentais são Direitos Humanos, porém, quando se trata de Tratados Internacionais refere-se Direitos Humanos e quando internalizado, Direitos Fundamentais.
Democracia: trata-se de um regime político, onde podemos dizer que não existe Direitos Fundamentais sem Democracia, onde o povo possa opinar, pois na Ditadura não existia Direitos.
Catálogo Materialmente aberto: Direitos Fundamentais são Direitos Humanos “constitucionalizados”, embora ainda possa existir outros direitos fundamentais além dos previstos expressamente na Constituição.
Portanto, catálogo materialmente aberto consiste não só em Direitos Fundamentais expressos na Constituição, mas também em Tratados Internacionais, os quais o Brasil faça parte. Art 5º, § 2º da CF. 
Refere-se ao rol exemplificativo de Direitos Fundamentais.
Titularidade dos Direitos Fundamentais: são garantidos a todos que se enquadram no critério de titularidade estabelecido a partir do conteúdo do próprio direito fundamental em questão, bem como Às pessoas jurídicas. Ou seja, é garantido à todos os brasileiros, aos estrangeiros residentes ou não no país. Art. 5º caput da Constituição Federal.
I – Direitos da nacionalidade
Nacionalidade: vínculo jurídico-político entre um indivíduo e um Estado, integrando-o ao povo, com direitos e obrigações inerentes à condição de nacional.
É adquirida através do nascimento (primária) ou pelo processo de naturalização (secundária).
Povo: é composto pelos nacionais (nato + naturalizados).
População: conjunto de habitantes de um território (povo + estrangeiros residentes no país).
Nação: conjunto humano com laços comuns: históricos, culturais, econômicos, linguísticos (composto pelos nacionais).
Nacionais: brasileiros natos + naturalizados. 
Cidadão: indivíduo na plenitude dos direitos políticos. 
Todos nacionais são cidadãos, mas nem todos os cidadãos são nacionais.
Espécies de nacionalidade
1. Primária, de Origem, Originária ou Involuntária: 
Fato Gerador: Nascimento.
Critérios: 
Ius Solis: local do nascimento, territorialidade. Maioria dos países de imigração. - América
Ius Sanguinios: origem dos antecedentes. Maioria dos países de emigração. – Europa
O Brasil adota os dois critérios.
2. Secundária, Derivada, Adquirida ou Voluntária:
Fato gerador: Vontade da pessoa através de processo de naturalização.
Critérios:
Originários de países de língua portuguesa: residência por 1 ano ininterrupto + idoneidade moral.
Demais estrangeiros (não originários de língua portuguesa): residência por mais de 15 anos ininterruptos + sem condenação criminal.
Quase nacionalidade: reciprocidade em favor dos portugueses – cláusula de reciprocidade.
Eventos relativos à nacionalidade diante da permanência no país
Extradição: prática de conduta considerada crime em território estrangeiro, ao que o respectivo Estado estrangeiro requer entrega do indivíduo para ser processado e julgado naquele lugar.
Brasileiro nato: nunca será extraditado (art. 5º, LI CF)
Brasileiro naturalizado: pode ser extraditado se:
Praticou crime comum antes da naturalização;
Por tráfico de drogas (antes ou depois da naturalização)
Estrangeiro: só NÃO pode ser extraditado por crime político ou de opinião.
Deportação: entrada ou permanência irregular de estrangeiro em território nacional.
Será concedido prazo para retirar-se voluntariamente.
Se não for exequível a deportação do estrangeiro, ele será expulso.
Expulsão: estrangeiro que atenta contra a segurança nacional, no território nacional.
É determinado por decreto pelo Presidente da República.
Não necessita requerimento de autoridade estrangeira.
Banimento: envio compulsório de brasileiros ao estrangeiro.
É vedado no Brasil.
Perda da nacionalidade 
Para brasileiros naturalizados: cancelamento da naturalização por sentença judicial em razão ou prática de atividade nociva ao interesse social.
Para brasileiros natos: aquisição de outra nacionalidade.
Reaquisição da nacionalidade brasileira
Ação rescisória 
Decreto presidencial, se domicílio no Brasil.
II – Direitos Políticos
São direitos decorrentes do exercício da DEMOCRACIA (regime político), como forma de atuação da cidadania ou soberania popular.
Nacionalidade é pressuposto de cidadania.
Todos nacionais são cidadãos, mas nem todos os cidadãos são nacionais.
Classificação do exercício da cidadania
Democracia direta
Representativa
Semidireta (representativa) = democracia direta + representativa
Modelo brasileiro: Democracia semidireta “Modelo híbrido”
Espécies:
Votar:
Ser votado:
Participar dos instrumentos da democracia:
Plebiscito
Referendo
Iniciativa popular
Ação popular
Votar: direito político ativo e passivo
Capacidade eleitoral ativa: direito de votar e de se alistar eleitoralmente.
Voto: 
Alistamento eleitoral;Idade mínima 16 anos;
Não ser conscrito (quem está prestando serviço militar obrigatório).
Direito (facultativo) = é a faculdade de agir.
Dever (obrigatório) = é a obrigatoriedade de agir.
Característica do voto: art. 60,§ 4º, II CF – Cláusula pétrea
Direto 					
Secreto
Universal
Periódico
Definições de voto:
Soberania popular: exercício da cidadania em uma democracia.
Cidadania: titularidade dos direitos fundamentais políticos.
Cidadão: nacional na plenitude dos direitos políticos.
Sufrágio: direitos fundamentais políticos.
Escrutínio: processo eleitoral.
Ser votado: art. 14,§ 3º CF
Capacidade eleitoral passiva: condições de elegibilidade
Restrições aos direitos políticos
Inelegibilidade: é a impossibilidade de ser eleito – incapacidade eleitoral passiva.
Inalistabilidade: é a impossibilidade de se alistar eleitoralmente, de promover seu registro na Justiça Eleitoral.
Incompatibilidade: é a impossibilidade de exercer determinado cargo atinente ao mandato eleitoral.
Perda ou suspensão dos direitos políticos: são restrições aos direitos fundamentais políticos.
Objetivos da Inelegibilidade: proteger a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou abuso do exercício, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.
Inelegibilidade absoluta: 2 situações (art. 14, §4ºCF)
Inalistáveis: estrangeiros e conscritos
Analfabetos
Inelegibilidade relativa: 4 situações 
Motivos funcionais: (art.14,§5º- reeleição para o mesmo cargo– art.14,§ 6º- desincompatibilização).
Casamento, parentesco, afinidade: (art. 14, §7ºCF).
Dos militares: (art. 14,§8ºCF).
Previsão de ordem legal: (art. 14, §9ºCF).
Privação dos direitos políticos: Perda ou suspensão dos direitos, vedada a cassação (art.15 CF).
Perda = definitivo		Suspensão = Temporário
Art. 15, I e IV – Perda – Definitivo
I – Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado.
– prática de atividade nociva ao interesse nacional. Ex: terrorismo.
IV – recusa de cumprir obrigações a todos impostas ou prestação alternativa nos termos do art. 5º,VIII CF.
– escusa de consciência.
Outros casos de perda: Art. 12, §4º, II
– aquisição voluntária de outra nacionalidade.
Art. 15, II, III e V – Suspensão – Temporário
II – Incapacidade civil absoluta.
– decretação de interdição de incapaz, enquanto durarem os efeitos da interdição.
III – Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos.
– até ocorrer à extinção da punibilidade.
Exceção: parlamentares federais (art. 55, § 2º, VI)
V – Improbidade administrativa, nos termos do art. 37, §4º 
– suspensão dos direitos políticos;
– a perda da função pública;
– a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário;
– forma e gradação prevista em lei;
– sem prejuízo da sanção penal cabível;
– Lei da Improbidade administrativa.

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