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TEORIA GERAL DO PROCESSO – Aula 02 
Profª: Neida Leal Floriano
DIREITO PROCESSUAL 
2.1 Conceito de Direito Processual: “é o ramo do direito público constituído por normas disciplinadoras da função jurisdicional do Estado”�. 
Para Rocha “o direito processual é justamente o conjunto das normas jurídicas que dispõem sobre a constituição dos órgãos jurisdicionais e sua competência, disciplinando essa realidade que chamamos processo e que consiste numa série coordenada de atos tendentes à produção de um efeito jurídico final que, no caso do processo jurisdicional, é a decisão e sua eventual execução.�
“Sistema de princípios e normas legais que regulam o processo, disciplinando as atividades dos sujeitos interessados, do órgão jurisdicional e seus auxiliares”�.
Etimologia da palavra processo: processus, derivado do verbo procedere que significa avançar, caminhar para frente, etc. 
Caracteres do direito processual
imparcialidade (juiz: terceiro imparcial);
força das decisões (mecanismo coativo do Estado);
concretude (instrumentalidade)
definitividade
2.2 Evolução histórica do direito processual brasileiro: breves apontamentos 
Durante o Brasil colônia vigia no país a legislação portuguesa, qual seja: as famosas Ordenações Afonsinas (1456), Manuelinas (1521) e Filipinas (1603). O direito processual estava disposto no Livro IIIe o direito processual penal, no Livro V das ordenações Filipinas.
Com a Independência do Brasil (1822) foi mantida em território brasileiro as Ordenações ões Filipinas e leis extravagantes portuguesas até então vigentes, desde que não vigentes, desde que não ferissem ou não contrariassem a soberania e o interesse nacionais. Vigorariam num período de transição até que fossem elaborados os diplomas normativos brasileiros.
No âmbito processual, somente em 1832 surgiu o Código de Processo criminal do Império. Em 1850 foi criado o Código comercial e, com este adveio o Regulamento 737 instituído para disciplinar “a ordem do juízo do processo comercial”, sendo utilizada, na época, como diploma processual civil, o que perdurou por várias décadas. Esta legislação foi bastante elogiada em razão de ser elaborada com técnica processual detalhada e, ainda, por introduzir um procedimento bastante simplificado.
A primeira Constituição Republicana (1891) fixou competência legislativa em matéria processual, de forma concorrente para a União e os Estados. Por essa previsão poderíamos ter códigos de processo civil e de processo criminal federal e estaduais. Apenas dois se destacaram: os códigos dos estados de são Paulo e da Bahia.
Com o advento da Constituição de 1934, a União passou a exercer com exclusividade a competência legislativa sobre processo. Aos Estados, no entanto, foi dada competência concorrente para legislar sobre “procedimento em matéria processual”, regra essa mantida até os dias atuais.
Sob a inspiração dos códigos de Portugal, Alemanha e Áustria, em 1939 foi promulgado e unificado o Código de Processo Civil brasileiro. O CPC de 1939, no entanto, foi revogado expressamente pela Lei nº 5.869, de 11.01.1973, cuja vigência teve início em 01.01.1974. Este texto legislativo, desde a sua edição, já sofreu várias alterações, contudo, continua intacta a sua estrutura distribuída em cinco livros:
Livro I – do Processo de Conhecimento (arts. 1º ao 565)
Livro II – do Processo de Execução (arts. 566 ao 795)
Livro III – do Processo Cautelar (arts. 796 ao 889)
Livro IV – dos Procedimentos Especiais (arts. 796 ao 1.210)
Livro V – das Disposições Finais e Transitórias (arts. 1.211 ao 1220)
O Código de Processo Penal, por sua vez, foi criado pelo Decreto-lei nº 3.869, de 03.10.1941. Na esfera trabalhista não existe um Código de Processo do Trabalho. As regras processuais trabalhistas foram e estão até hoje inseridas, ao lado das normas de direito material , na Consolidação das Leis do Trabalho, editada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 01.05.1.943. 
Divisões do direito processual
Por critérios didáticos adota-se a divisão de direito processual em três grandes ramos do Direito: civil, penal e trabalhista.
2.2.1 Direito processual civil: conceito, codificação e fontes
A denominação mais antiga é Direito Judiciário, derivado dos vocábulos latinos Iudicium Iudex. Modernamente, se utiliza o termo Direito Judiciário para definir o ramo do Direito que “organiza o Judiciário e disciplina o seu funcionamento”.
O Direito Processual é classificado como Direito Público porque regula uma atividade do poder público e relações jurídicas de direito público, ainda que o pedido da parte se refira a um direito privado. Contudo, trata-se de um ramo autônomo e unitário. Os institutos de direito processual não estão à disposição das partes; a jurisdição é sempre estatal. 
Em resumo, o direito processual é ramo do direito público porque tem por objeto a atividade jurisdicional estatal.
Fontes: significa o lugar de onde algo se origina. Pode ser material ou formal.
Fonte material: a fonte material do direito processual civil, penal e trabalhista é o Estado. De fato, é de competência da União legislar privativamente sobre direito processual no Brasil, conforme estabelece o art. 22, inc. I, CF/88. Lei complementar federal poderá autorizar os estados a legislar sobre questões processuais específicas, nos temos do art. 22, parágrafo único, CF)
Fontes formais: a fonte formal imediata é a lei oriunda da União. Não há vedação ao uso das fontes formais indiretas ou mediatas aos processos civil, penal e trabalhista, razão pela qual poderão ser utilizados os costumes, a analogia e os princípios gerias de direito.
O papel do Estado: uma visão política do processo
O papel do Estado é a consecução dos objetivos de jurisdição e, particularmente, daquele relacionado com a pacificação da Justiça, mediante criação de normas de direito processual e órgão jurisdicionais.
Atualmente, a função primordial do Estado se reveste em uma função pacificadora em busca da resolução dos conflitos, promovendo a plena realização dos valores humanos, tendo em vista que o objetivo do Estado contemporâneo é o BEM COMUM. Nesse contexto é que o processo, necessariamente, deve ser formal para garantir a legalidade e a imparcialidade no exercício da jurisdição.
No processo as parte têm o direito de participar intensamente, pedidno, requerendo, respondendo, impugnando, etc., que é o pleno exercício da garantia constitucional do contraditório (art. 5º , LV da CF/88). Contudo, não se deve desconsiderar que existem alguns pontos negativos do processo: duração do processo e o custo. Por isso surgem outros meios para a solução de conflitos denominados conciliação (mediação) e arbitragem, as quais se caracterizam pela desformalização, pela gratuidade e pela delegalização (juízos de equidade). 
Obs.: a conciliação deve ser tentada não só antes de iniciar o processo, assim como em qualquer fase processual.
Função jurídica do Estado: regular as relações intersubjetivas através da legislação e da jurisdição. A jurisdição tem a finalidade de assegurara a prevalência do direito positivo através da aplicação da legislação. 
O direito processual cuida das relações dos sujeitos no processo. Assim, pode-se dizer que o direito processual é um instrumento a serviço do direito material, em busca da paz social.
Objetos do direito processual civil: 
atividade jurisdicional (regula toda a ordem jurídica adequada à solução das causas não relacionadas entre as de atribuição das justiças especiais ou de jurisdição penais);
o exercício do direito de ação
o processo
Direito processual e Constituição
A Constituição organiza o Poder Judiciário. Ao criar os órgãos jurisdicionais que compõem o judiciário assegura as garantais da Magistratura e, consequentemente, estará fundamentando as bases do direito processual que fixam regras e princípios de ordem políticae ética imprescindíveis ao acesso à justiça. Portanto todo o direito processual possui assento constitucional.
O direito processual constitucional compreende: 
Tutela Constitucional (dos princípios fundamentais da organização judiciária e do processo) 
normas constitucionais sobre os órgãos da jurisdição, sua competência e suas garantias)
Jurisdição Constitucional 
Controle judiciário da constitucionalidade das leis (nível nacional → STF; nível estadual →TJ
Atos de administração
Jurisdição constitucional das liberdades → remédios constitucionais
A tutela constitucional do processo possui dupla configuração: direito de acesso à justiça e direito ao processo
Acesso à justiça → acesso à ordem jurídica justa → princípios e garantias (condutores constitucionais) → efetividade do processo – art. 5, XXXV, CF/88
Universalidade da jurisdição
Admissão de todos os indivíduos ao processo (AJG – art. 5º, LXXIV) 
Obediência ao devido processo legal 
Participação em diálogo das partes com o juiz (contraditório)
Justiça das decisões 
Utilidade das decisões – “todo o processo deve dar a quem tem um direito tudo aquilo e precisamente aquilo que ele tem o direito de obter”.
Garantias constitucionais do processo: direito ao processo → Princípios fundamentais que regem o processo e o procedimento – instrumentalidade como efetividade do processo (contraditório, ampla defesa, publicidade dos atos processuais, dentre outros)
� ALMEIDA, Moreira Roberto. Teoria Geral do Processo. 3 ed. São Paulo: Método, 2011.
� ROCHA, José Albuquerque apud ALMEIDA, Moreira Roberto. Op. cit.
� WEBER, A; CHEDID, L. Noções introdutórias de teoria geral do processo. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004.
�Faculdade São Francisco de Assis - Credenciamento Portaria 3.558 de 26/11/2003 – D.O.U. 28/11/2003
Curso de Administração - Reconhecimento Portaria 164 de 16/02/2007 – D.O.U. 21/02/2007
Curso de Arquitetura e Urbanismo – Autorização Portaria 116 de 13/06/2011 – D.O.U. 14/06/2011
Curso de Ciências Contábeis – Reconhecimento Portaria 1.134 de 21/12/2006 – D.O.U. 26/12/2006
Curso de Direito – Autorização Portaria 209 de 27/06/2011 – D.O.U. 29/06/2011
Curso de Psicologia – Autorização Portaria 245 de 05/07/2011 – D.O.U. 06/07/2011
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