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Febre reumática

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Disciplina de Semiologia
 Fernanda Amaral
 4º período- FMC
Febre reumática
→ Doença inflamatória causada por streptococcus do grupo A, causadora da “infecção de garganta”. É assim chamada devido a presença de febre acompanhada de sintomas articulares bem característicos.
→ Normalmente, a febre reumática se desenvolve de 2 a 3 semanas após uma infecção por streptococcus.
→ A faixa etária mais acometida: entre 5 e 18 anos, embora possa ocorrer em uma freqüência muito baixa em adultos após 18 anos de idade.
→ Pode afetar muitas partes do corpo, como cérebro, coração, articulações e pele.
→ Pode causar danos permanentes no coração, incluindo válvulas danificadas e insuficiência cardíaca.
∙Sinais e sintomas
→ Podem durar de algumas semanas a vários meses. Em alguns caos, a inflamação pode causar complicações a longo prazo.
→ O diagnóstico é baseado em critérios maiores e menores (critérios modificados de Jones). Consiste na evidência de uma infecção estreptocócica anterior aos sintomas- infecção de garganta, acompanhado de uma série de sinais e sintomas que podem variar de acordo com as manifestações predominantes.
Acometimento cardíaco (cardite): pode ocorrer em até 40% dos pacientes e pode incluir cardiomegalia, sopro cardíaco, insuficiência cardíaca congestiva e pericardite.
OBS ⇀A miocardite ou pericardite isoladas excepcionalmente devem ser diagnosticadas como febre reumática.
 A pericardite ocorre em 5 a 10% dos casos e manifesta-se com dor torácica, hipofonese de bulhas e/ou atrito pericárdico.
 Na miocardite (10% dos casos), sinais de insuficiência cardíaca como tosse, dispnéia, ortopnéia, taquicardia, hipofonese de bulhas, ritmo de galope, arritmias, hepatomegalia, edema agudo de pulmão e cardiomegalia podem estar presentes.
 A endocardite é a forma mais freqüente de envolvimento cardáco reumático e quando é assintomática, seu diagnóstico pode ser feito por meio de um ecocardiograma. O sopro característico é o da insuficiência mitral, holossistólico de alta freqüência mantido e irradiado para a axila.
Poliartrite migratória: ocorre em 75% dos pacientes e é poliarticular, fugaz e migratória.Envolve grandes articulações; cada uma fica inflamada por períodos de 1 a 5 dias no máximo.
Nódulos subcutâneos: ocorrem em até 10% dos pacientes. Eles são firmes, indolores, imóveis e localizam-se nas superfícies extensoras do punho, cotovelos e joelhos(sobre proeminências ósseas) e no couro cabeludo. São muito raros. Aparecem várias semanas após o início do surto.
Eritema marginado: ocorre em cerca de 5% dos pacientes. A erupção é serpenginosa e persistente. Localiza-se preferencialmente no tronco e nas regiões proximais dos membros, sob a forma de lesões não pruriginosas de centro claro e bordas nítidas avermelhadas.
Coréia (também conhecida como coréia de Sydenham e “dança de São Vito”): ocorre em 5 a 10% dos casos.Manifestação tardia que surge após a fase aguda da FR. São surtos autolimitados que podem durar meses até cerca de 2 anos, de movimentos involuntários e não-coordenados associados a fraqueza muscular, impersistência motora e distúrbios da marcha, da fala e da escrita, além de alterações psíquicas.Mais evidente nas extremidades e na face e desaparecem durante o repouso. Podem acompanhar labilidade emocional, irritabilidade, choro fácil, distúrbios de comportamento e dificuldade de concentração.
Febre
Alterações das provas de atividade inflamatória reumatológicas
 •Aslo positivo: a presença de Aslo não confirma diagnóstico de febre reumática, apenas indica o contato com a bactéria streptococcus. O que vai determinar o desenvolvimento de febre reumática é a predisposição genética do paciente.
 “Ou seja, os títulos normais ‘elevados’ de Aslo não confirmam o diagnóstico de febre reumática, podendo ocorrer em pessoas saudáveis que tiveram infecções de garganta de repetição.”
*Outras manifestações: amigdalite estreptocócica pode ser assintomática ou leve até em metade dos pacientes reumáticos. Epistaxes e dores abdominais são comuns na fase inicial, enquanto que pleurisia, pneumopatia reumática e manifestações renais são menos freqüentes.
∙Fatores ambientais: mais comum em ambientes em que há más condições de higiene, moradia e assistência médica precárias;baixa renda familiar e desnutrição.
⇀Maior incidência em países subdesenvolvidos
∙História clínica: A HC clássica é da criança que apresenta angina streptocócica com disfagia, febre, hipertrofia ganglionar ou eventualmente um quadro frustro simulando uma virose de vias aéreas superiores.
 Há um período de latência ou assintomático que dura de 1 a 3 semanas e positivam-se ao anticorpos antiestreptocócicos. Em seguida, há o período de atividade clínica da FR em que as manifestações clínicas exuberantes ocorrem com sintomas gerais aliados aos da própria doença. Finalmente, o paciente tratado pode evoluir sem seqüelas cardíacas ou com cardiopatia valvar crônica. Em geral, o episódio agudo da FR é autolimitado com duração de 1 a 6 meses. No entanto, há uma tendência para reagudização da doença nos primeiros 2 a 5 anos após o surto inicial e nos pacientes com envolvimento cardíaco reumático prévio.
∙Complicações: A cardiopatia reumática é um dano permanente no coração causada pela inflamação da febre reumática. Os problemas mais comuns acontecem na valva mitral, mas outras válvulas podem ser afetadas.
 O dano pode resultar em várias lesões cardíacas como: estenose ou insuficiência das válvulas cardíacas, além de complicações como insuficiência cardíaca e arritimias.
*Exames complementares (generalizado e simplificado)
- Hemograma: leucocitose com neutrofilia e anemia leve a moderada
- Proteínas de fase aguda: VHS; alfa-1 glicoproteína ácida e PCR elevados
- Cultura de orofaringe para Streptococcus beta hemolítico grupo A (deve ser obtida em todos os pacientes com suspeita de FR); complementar com pesquisa sorológica de anticorpos antiestreptocócicos específicos
- Radiografia de tórax: Cardiomegalia e derrame pleural
- Eletrocardiograma: alongamento do espaço P-R e Q-T

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