Buscar

DIREITO CIVIL - FAMÍLIA E SUCESSÕES - RESUMO PARA PROVAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 1/36
Direito de Família ­ Civil V ­ Resumo para Provas
O Direito de família é o que mais sofre influência da doutrina e da jurisprudência. Também sofre influência dos costumes e
das mudanças da sociedade. Tem influência de  todos os institutos e dos  princípios constitucionais e existe um fenômeno da
constitucionalização do direito civil.
Direito de Família: É um conjunto de normas  jurídicas de ordem privada, ou do direito social ou misto, que regulam as
relações  jurídicas  (pessoais e patrimoniais), entre as pessoas unidas pelo parentesco, pelo matrimônio, pela união estável,
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 2/36
bem como unidos por todos os modos de constituição de família. Regula também os institutos da tutela e da curatela.
Direito de Família – Civil V – Resumo para Provas
Princípios constitucionais norteadores do Direito de Família:
1º) Princípio da dignidade da pessoa humana – art. 1º, III CR/88: esse princípio é uma cláusula geral, serve para tudo.
Dignidade é o que a pessoa humana tem de ter para viver e exercer sua cidadania. Abrange afeto, bem estar, respeito, saúde,
desenvolvimento, patrimônio.
 
2º) Princípio da solidariedade familiar – art. 227 e 230 CR/88: estabelece um dever da família, da sociedade e do Estado.
Estabelece uma solidariedade entre os parentes.
 
3º) Princípio da pluralidade das entidades familiares – art. 226 CR/88: O Estado tem de proteger a família em todas as
suas modalidades por meio de normas.
As principais instituições sociais são: 1) Família; 2) Instituições de ensino; 3) Instituição religiosa; 4) Instituição jurídica;
5) Instituição econômica; 6) Instituição política;
A Família faz parte do primeiro grupo social que pertencemos, é o tipo de grupo social que tem a composição em variados
aspectos  que  se  variam de  acordo  com o  tempo  e  o  espaço. Estas  variações  podem estar  relacionadas  quanto  ao  tipo  de
família e autoridade ou quanto à forma de casamento, por exemplo. 
3.1 Família matrimonial – originada pelo casamento civil. É o mais solene, deve observar os requisitos do art. 1514 CC.
Na CR/88  está  no  art.  226,  p.  1º  e  2º. Vide  t/b  art.  1535 CC. O  casamento  tem de  ser  realizado  com portas  abertas. Os
impedimentos são de ordem pública.
3.2. Família informal – formada por meio da união estável, prevista nos artigos 1723 CC e seguintes e no art. 226, p. 3º
CR/88.
Para  construir  a  união  estável  a  lei  exige  diversidade  de  sexo  (está  superado).  A  união  estável  é  caracterizada  pela
convivência  pública,  porém não  carece de  coabitação  e  nem de  filhos. É  formada  com o objetivo de um assistir  o  outro
(ajuda moral, material). Não carece de contrato e nem de prazo. Não precisa de formalidade. “Provando”, surgem todos os
direitos e deveres.
Existe contrato de namoro, para ratificar que se trata apenas de namoro para não gerar efeitos de união estável. Namoro é
um fato social, que é diferente de união estável.  
 
3.3. Família monoparental – p. 4º do art. 226 CR/88. É a mãe solteira ou pai solteiro + filhos. Ou seja: genitor + prole.
3.4  Família  homoafetiva  –  reconhecida  pelo  STJ  por  analogia  em  2007.  Reconhecida  pelo  STF  em  2012.  Há
jurisprudência.  As pessoas não querem ficar à margem da lei.
3.5. Família socioafetiva – ainda não há legislação. Se justifica pelo elemento afeto. Exemplo, entre padrasto e enteado.
4º) Princípio da isonomia entre cônjuges (para qualquer entidade familiar)  – art. 5º, caput, inciso I e art. 226 CR/88.
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 3/36
5º) Princípio da  isonomia entre  filhos – art.  227, p.  6º CR/88. Antes da CR/88 havia diferenças  entre  filhos  legítimos,
filhos adotados e filhos fora do casamento. A partir da CR/88 todos os filhos  tem os mesmos direitos e qualificações. Art.
1596 e 1799, CC e p. 4º do art. 1800 CC).
6º) Princípio do  melhor  interesse da criança e do adolescente – art. 227 CR/88. É uma cláusula geral de proteção da
criança e do adolescente. Se aplica em razão do caso concreto.
7º) Princípio da paternidade responsável e do  livre planejamento  familiar – art. 226, p. 7º CR/88.  Junto com o  livre
planejamento, vem o dever da paternidade responsável.
8º) Princípio da monogamia – há controvérsia se a monogamia é ou não um princípio – art. 1521, VI CC trás um rol de
impedimentos para o casamento e Art 1723, p. 1º CC
Separação de fato = não convive mais com o cônjuge, mas não se separou oficialmente. A  lei permite união estável em
paralelo a um casamento.   
 
Direito de Família – Civil V – Resumo para Provas
Evolução do Conceito de Família:
Histórica  e  juridicamente,  a  sociedade  alicerçou­se  na  tríade  sexo,  casamento  e  família,  moralizando  o  comportamento
humano, como se, por meio de ficção legal, houvesse a possibilidade de somente reconhecer a entidade familiar concebida
sob tais cânones, independentemente da ordem dos desejos.
´Porém,  é  possível  substituir  a  palavra  casamento  (pelo  menos  o  casamento  civil  tradicional  de  matriz  exclusivamente
heterossexual), pela palavra afeto, que representa muito mais do que uma finalidade, pois representa uma verdade de novos
núcleos familiares.
 
A família como base da sociedade:
A  família  constitui  o  núcleo  da  sociedade,  devendo  reconhecer  o  direito,  as  relações  estruturadas  em  seu  bojo  e
determinantes para a sua formação, em observância à dignidade da pessoa humana.
 
Constituem direitos inerentes à família:
1. O reconhecimento jurídico e a proteção patrimonial 2. A concessão de alimentos 3. Os efeitos sucessórios
2. A  competência  da Vara  de  Família  5. A  condição  de  dependente  do  parceiro  perante  o Regime  de  Previdência
Social
 
A família na CF/88:
A Constituição  da  República  de  1988  trouxe  significativas  transformações  ao  paradigma  individualista  e  patrimonial  da
família, admitindo outras formas para sua estruturação, que não apenas pelo casamento, em decorrência da necessidade de
adequação do arcabouço constitucional às novas demandas sociais, sob pena de seu esvaziamento prematuro e ineficácia de
seus comandos.
 
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 4/36
Espécies de  família no ordenamento  jurídico brasileiro: Matrimonializadas; Monoparentais;  ´Uniões  estáveis  hetero  e
homoafetivas; Outras possibilidades de formação da entidade familiar
 
Família no C.C. de 1916 Família na C.F/88
Matrimonializada Pluralizada
Patriarcal Democrática
Hierarquizada Substancialmente igualitária
Heteroparental Hetero ou homoparental
Biológica Biológica ou socioafetiva
Unidade de produção e reprodução Unidade socioafetiva
Caráter institucional Caráter instrumental
 
Princípios  de  Direito  de  Família: Da  Dignidade  da  Pessoa  Humana;  Da  Solidariedade  Familiar;  Da  Pluralidade  das
Entidades Familiares; Da Isonomia entre os cônjuges e da Isonomia entre os filhos; Do Melhor Interesse da Criança e do
Adolescente; Da Paternidade Responsável e do Livre Planejamento Familiar; Da Monogamia
 
Princípio da Dignidade da Pessoa Humana:
A  dignidade  como  autonomia  envolve,  em  primeiro  lugar,  a  capacidadede  autodeterminação,  o  direito  do  indivíduo  de
decidir os rumos da própria vida e de desenvolver livremente sua personalidade. Significa o poder de fazer escolhas morais e
escolhas existenciais sem imposições externas indevidas. Decisões sobre religião, vida afetiva,  trabalho, ideologia e outras
opções personalíssimas não podem ser subtraídas do indivíduo sem violar sua dignidade.
 
Princípio da Solidariedade Familiar: Art. 1.566, CC: São deveres de ambos os cônjuges:  (I – fidelidade recíproca; II –
vida em comum, no domicílio conjugal; III – mútua assistência; IV – sustento, guarda e educação dos filhos; V – respeito e
consideração mútuos
 
Princípio da Pluralidade das Entidades Familiares: As famílias podem ser recompostas, reconstituídas, monoparentais,
formadas por casais com filhos de casamentos anteriores e seus novos filhos, por casais homossexuais, através de uniões
estáveis.
A lista de pluralidade de arranjos familiares é vasta, sendo apenas fundamental verificar se os indivíduos uniram­se através
de laços afetivos e se constituíram em entidade familiar, que está além de um convívio superficial, merecendo a tutela do
Estado.
 
Princípio  da  Isonomia  entre  os  cônjuges  e  da  Isonomia  entre  os  filhos:  1.  O  ordenamento  jurídico  deixou  de  ser
androgênico e, desta forma, promove a igualdade substancial entre os cônjuges, o que reflete no exercício do poder familiar.
2. O direito das famílias, ao receber o influxo do direito constitucional, foi alvo de uma profunda transformação. O
princípio da igualdade ocasionou uma verdadeira revolução ao banir as discriminações que existiam no campo das
relações familiares. Num único dispositivo, o constituinte espancou séculos de hipocrisia e preconceito. Além de
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 5/36
alargar o conceito de família para além do casamento, foi derrogada toda a legislação que hierarquizava homens e
mulheres,  bem  como  a  que  estabelecia  diferenciações  entre  os  filhos  pelo  vínculo  existente  entre  os  pais.  A
Constituição Federal, ao outorgar a proteção à família, independentemente da celebração do casamento, vincou um
novo conceito, o de entidade familiar, albergando vínculos afetivos outros (art. 227, § 6º, CRFB).
 
Princípio do Melhor  Interesse da Criança  e do Adolescente: Art.  227, CRFB: É dever  da  família,  da  sociedade  e  do
Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à
educação,  ao  lazer,  à  profissionalização,  à  cultura,  à  dignidade,  ao  respeito,  à  liberdade  e  à  convivência  familiar  e
comunitária,  além de  colocá­los  a  salvo  de  toda  forma  de  negligência,  discriminação,  exploração,  violência,  crueldade  e
opressão.
 
Princípio  da  Paternidade  Responsável  e  do  Livre  Planejamento  Familiar:  Art.  226,  CRFB:  A  família,  base  da
sociedade, tem especial proteção do Estado. § 7º – Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade
responsável,  o  planejamento  familiar  é  livre  decisão  do  casal,  competindo  ao  Estado  propiciar  recursos  educacionais  e
científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.
 
Conceito de Direito das Famílias e sua Importância: Modernamente, é conceituado como o um conjunto de normas que
regulam as relações decorrentes do vínculo afetivo, mesmo sem casamento, tendentes à promoção da personalidade humana,
através de efeitos pessoais, patrimoniais e assistenciais.
 
A importância do Direito das Famílias encontra­se na sua influência em relação aos outros ramos jurídicos:
1. No direito obrigacional, diante da necessidade de outorga do cônjuge no caso de alienação de bens imóveis
2. No direito real de habitação do cônjuge sobrevivente
 
Relações de Parentesco Conceito e Espécies: (consanguíneo, por afinidade e civil)
Parentesco:  é  a  relação  existente  não  só  entre  pessoas  que  descendem umas  das  outras  ou  de  um mesmo  tronco  comum
(consanguíneo ou natural), mas também entre um cônjuge ou companheiro e os parentes do outro (afinidade ou civil), entre
adotante e adotado (civil) e entre pai institucional e filho sociafetivo (civil). Art. 1.593, CC.
 
Linhas e Graus – sua contagem
 
Linha  Reta: Art.  1.591,  CC:  São  parentes  em  linha  reta  as  pessoas  que  estão  umas  para  com  as  outras  na  relação  de
ascendentes e descendentes. Na linha reta inexiste qualquer limitação para o parentesco, sendo infinito.
Os parentes em  linha  reta devem alimentos uns aos outros,  além de gozarem do direito à herança, prevalecendo a  forma
subsidiária, na qual o parente mais próximo, exclui o mais remoto.
 
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 6/36
Linha Colateral ou Transversal
Art. 1.592, CC: São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as pessoas provenientes de um só tronco,
sem descenderem uma da outra.
Art.  1.594, CC: Contam­se, na  linha  reta, os graus de parentesco pelo número de gerações,  e,  na  colateral,  também pelo
número delas, subindo de um dos parentes até ao ascendente comum, e descendo até encontrar o outro parente.
Limitações: 1. Os alimentos somente podem ser cobrados, entre colaterais, até o segundo grau (irmão)
2. Os impedimentos matrimoniais alcançam até o terceiro grau (tio e sobrinha – primos podem casar)
3. O  direito  sucessório  é  reconhecido  aos  parentes  até  o  quarto  grau,  de  forma  subsidiária  (primos  –  tio­avó  e
sobrinho­neto)
 
Contagem de graus para Parentes Colaterais:
Para contar o parentesco entre A e seu tio B, sobe­se a seu pai W; a seguir a seu avó X; e depois, desce­se a B. Três graus ao
todo, pois  a  cada geração corresponde um grau. Dessa  forma,  é de  segundo grau o parentesco  colateral  entre  irmãos,  de
terceiro grau entre tio e sobrinho; e, de quarto grau entre primos e entre tio­avó e sobrinho­neto.
 
Efeitos Jurídicos: A partir das relações de parentesco resultam direitos, obrigações e restrições.
No direito de família: 1. Determinam impedimentos matrimoniais; 2. Instauram o poder familiar; 3. Impõem a obrigação
alimentar
4. Determinam a regulamentação de guarda e visita
No  direito  contratual:  é  anulável  a  venda  realizada  entre  ascendente  e  descendente,  sem  a  autorização  dos  demais
descendentes e do cônjuge do alienante.
No  direito  processual: Determinadas  relações  de  parentesco  determinam  a  suspeição  do  juiz,  do  membro  do MP,  dos
serventuários  da  Justiça  e  peritos. Além dos  parentes  não  poderem  servir  como  testemunha,  a  favor  ou  contra  um outro
parente.
No direito administrativo: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o
terceiro grau,  inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa  jurídica  investido em cargo de direção,
chefia  ou  assessoramento,  para  o  exercício  de  cargo  em  comissão  ou  de  confiança  ou,  ainda,  de  função  gratificada  na
administração  pública  direta  e  indireta  em  qualquer  dos  poderes  da  União,  dos  Estados,  do  Distrito  Federal  e  dos
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
No direito penal: 1. São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:  ter o
agente cometido o crime contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge.
2. É  isento  de  pena  quem  comete  qualquer  dos  crimespatrimoniais,  em  prejuízo:  do  cônjuge,  na  constância  da
sociedade conjugal e de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.
No direito do  trabalho: o  empregado poderá  deixar  de  comparecer  ao  serviço  sem prejuízo do  salário  até  2  (dois)  dias
consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira
de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica.
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 7/36
 
CASAMENTO:  é  uma  entidade  familiar  estabelecida  entre  pessoas,  merecedora  de  especial  proteção  estatal,
constituída formal e solenemente,  formando uma comunhão de afetos  (comunhão de vida) e produzindo efeitos no
âmbito pessoal, social e patrimonial.
 
NATUREZA  JURÍDICA:  1.  Negócio  Jurídico:  Ato  que  decorre  da  vontade  das  partes,  a  partir  do  consentimento,
aproximando­se do contrato. 2. Instituto Jurídico: Situação jurídica que possui parâmetros preestabelecidos pelo legislador e
constituindo um conjunto de regras impostas pelo Estado. 3. Natureza Mista ou Eclética: Ato jurídico complexo constituído
por características negociais e institucionais.
 
CARACTERÍSTICAS: De acordo com a lei, doutrina e jurisprudência 1. Caráter personalíssimo. 2. Liberdade na escolha
dos parceiros, que podem, inclusive, ser do mesmo sexo. 3. Disciplina por meio de normas cogentes de ordem pública. 4.
Solenidade  na  celebração.  5.  Inadmissibilidade  de  termo  ou  condição.  6.  Estabelecimento  de  uma  comunhão  de  vida,
devendo ser monogâmico e passível de dissolução.
 
FINALIDADES: 1. Procriação dos filhos, como consequência lógico natural e não essencial. 2. Legalização das relações
sexuais, uma vez que dentro da satisfação sexual, que é normal e inerente à natureza humana, apazigua a concupiscência. 3.
Educação da prole. 4. Atribuição do nome ao cônjuge. 5. Reparação de erros do passado.
 
FINALIDADES: Visão Civil­Constitucional: A  procriação  de  filhos  não  é  requisito  para  o  casamento,  uma  vez  que  o
planejamento  familiar  faz  parte  da  autonomia  do  casal.  Assim,  casais  que  não  querem  ou  não  podem  conceber  filhos
também devem ser considerados uma família. As relações sexuais não devem ser legitimadas pelo direito, pois não há nada
de  ilícito  em  realiza­las  fora  do  casamento,  pelo  contrário,  encontram­se vinculadas  à  ordem dos desejos  e  estabelecidas
entre sujeitos maiores e capazes. A educação da prole pode ser efetuada em arranjos familiares dos mais diversos, sendo o
casamento apenas mais um deles. Não há imposição legal para a utilização do patronímico do cônjuge (art. 1.565, § 1º, CC),
além do direito à utilização ser estendido ao companheiro em união estável (art. 57, § 2º, L. 6.015/73). A conduta sexual fora
do casamento não ser considerada um “erro”, nem, tampouco, uma vida livre e alheia das convenções herméticas sociais,
desde que não haja prejuízo ao direito de terceiros.
Na verdade, as finalidades do casamento estão na comunhão de vida, a partir do amor, gratificação sexual e organização
de vida.
 
Direito de Família – Civil V – Resumo para Provas
Casamento Civil e Casamento Religioso:
Art. 1.512, CC: O casamento é civil e gratuita a sua celebração.
Assim,  o  ordenamento  brasileiro  não  confere  validade  ao  casamento  religioso.  Mas,  nada  obsta  que  a  cerimônia  de
casamento civil, com efeitos civis, seja realizada pela autoridade eclesiástica.
 
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 8/36
Esponsais: Constitui o instituto conhecido como noivado, ou seja, os noivos tornam pública sua intenção de casar.
Não segue nenhuma formalidade, não pode ser considerado um contrato preliminar, nem existe prazo para a realização do
casamento.
Seu rompimento não gera, judicialmente, execução específica, nem tutela indenizatória.
 
O casamento gera: 1. Dever de fidelidade. 2. Dever de coabitação. 3. Em regra, presunção de esforço comum na aquisição
do patrimônio do casal. 4. Presunção de paternidade. 5. Parentesco por afinidade.
 
Formalidades Preliminares do Casamento:
Habilitação: Art. 1.525, CC: O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os nubentes,
de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador.
Art. 1.527, CC: Estando em ordem a documentação, o oficial extrairá o edital, que se afixará durante quinze dias nas
circunscrições  do  Registro  Civil  de  ambos  os  nubentes,  e,  obrigatoriamente,  se  publicará  na  imprensa  local,  se
houver.
 
Fases  do  procedimento  de  habilitação:  1.  Fase  de  requerimento  e  apresentação  de  documentos.  2.  Fase  dos  editais  de
proclamas.
3. Registro. 4. Expedição da certidão.
 
Formalidades preliminares do casamento:
Pressupostos  de  existência  do  casamento  (condições  mínimas  para  que  o  casamento  seja  considerado  relevante  para  o
direito):
1. Existência de consentimento entre os nubentes (livre manifestação de vontade).
2. Celebração do matrimônio com a presença da autoridade.
 
VALIDADE DO CASAMENTO:
 
PLANO DA EXISTÊNCIA:
EXISTÊNCIA DO CONSENTIMENTO DOS NUBENTES (MANIFESTAÇÃO DE VONTADE)
CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO COM A PRESENÇA DE AUTORIDADE
 
PLANO DA VALIDADE:
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 9/36
NULIDADES  (ART.  1.548,  CC):  CASAMENTO  CONTRAÍDO  POR  PESSOA  SEM  O  NECESSÁRIO
DISCERNIMENTO  PARA OS ATOS DA VIDA CIVIL  ou  QUANDO UM DOS  IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS
FOR VIOLADO
 
IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS: Art. 1.521, CC. Não podem casar:
I – os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;  II – os afins em linha reta;
III – o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
IV – os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
V – o adotado com o filho do adotante;  VI – as pessoas casadas;
VII – o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
 
Anulabilidades: Art. 1.550, CC. É anulável o casamento:
I – de quem não completou a idade mínima para casar;
II – do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal;
III – por vício da vontade (coação ou erro essencial);
IV – do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento;
V –  realizado pelo mandatário,  sem que ele ou o outro contraente  soubesse da  revogação do mandato,  e não  sobrevindo
coabitação entre os cônjuges;
VI – por incompetência da autoridade celebrante.
 
PRAZOS DECADENCIAIS DAS ANULABILIDADES:
Defeito de idade: 180 dias, a partir do momento em que o menor atingir a idade núbil
Falta de consentimento: 180 dias, a partir do momento em que o menor atingir a maioridade
Erro essencial: 3 anos
Coação: 4 anos
Incapacidade relativa por causa psíquica: 180 dias
Revogação do mandato: 180 dias, a partir da ciência do mandante
Incapacidade da autoridade celebrante: 2 anos
 
ERRO ESSENCIAL: Art. 1.557, CC. Considera­se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 10/36
I – o que dizrespeito à  sua  identidade,  sua honra e boa  fama,  sendo esse erro  tal que o  seu conhecimento ulterior  torne
insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;
II – a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal;
III – a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável, ou de moléstia grave e transmissível, pelo contágio
ou herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência;
IV  –  a  ignorância,  anterior  ao  casamento,  de  doença mental  grave  que,  por  sua  natureza,  torne  insuportável  a  vida  em
comum ao cônjuge enganado
 
NULIDADE X ANULABILIDADE:
CASAMENTO NULO CASAMENTO ANULÁVEL
Razões de ordem pública Razões de ordem privada
Conhecido de ofício pelo juiz, requerimento do MP 
ou de qualquer interessado
Requerimento do interessado
Não é suscetível de confirmação É suscetível de confirmação
Não convalesce com o decurso do tempo Submete­se a prazos decadenciais
Não produz efeitos, em regra, pois se ambos os cônjuges
estavam de má­fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos
civis aos filhos aproveitarão
Produz efeitos
Ação meramente declaratória Ação desconstitutiva
Admite conversão substancial Admite convalidação pelas partes
 
CASAMENTO PUTATIVO: (ART. 1.561, CC)
1. INVALIDADE DO CASAMENTO; 2. BOA­FÉ DOS NUBENTES, OU APENAS DE UM DELES
2. ERRO DESCULPÁVEL; 4. DECLARAÇÃO JUDICIAL
Efeitos  jurídicos  são:  manutenção  do  nome  do  cônjuge,  fixação  de  alimentos,  presunção  de  colaboração  na  aquisição
patrimonial etc.
 
CAUSAS SUSPENSIVAS: Art. 1.523, CC. Não devem casar:
I – o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos
herdeiros;
II – a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da
viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;
III – o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
IV – o  tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes,  irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa  tutelada ou
curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
 
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 11/36
Celebração, Prova e Efeitos do Casamento
 
Celebração do Casamento:
 
Formalidades  –  Habilitação:  O  casamento  é  um  negócio  jurídico  formal  e  solene,  possuindo  um  procedimento  de
habilitação prévio, seus requisitos encontram­se dispostos no art. 1.525, CC e seguintes.
Pelo art. 1.526, CC apenas será necessária a homologação do juiz nas habilitações para o casamento que forem impugnadas.
Depois da habilitação, devem ser publicados os proclamas do casamento (art. 1.527, CC).
Caso cumpridas as formalidades dispostas em lei e verificada a inexistência de fato obstativo, o oficial de registro extrairá o
certificado de habilitação (art. 1.531, CC).
Formalidades – Celebração do Ato:
O  casamento  é  um  ato  solene,  que  deve  ser  realizado  na  sede  do  cartório,  de  forma  pública,  com,  pelo  menos,  duas
testemunhas.
O  ato  poderá  ser  realizado  em  outro  local,  com  a  autorização  da  autoridade  celebrante,  com,  pelo  menos,  quatro
testemunhas.
Assim, estando presentes os nubentes, pessoalmente ou por procurador especial, juntamente com as testemunhas e o oficial
do registro, o presidente do ato, após ouvir dos nubentes a afirmação de que pretendem casar por livre e espontânea vontade,
declarará efetuado o casamento.
 
Momento a partir do qual o casamento passa a produzir efeitos:
Conforme  art.  1.514,  CC,  o  casamento  se  realiza  no  momento  em  que  os  nubentes  manifestam,  perante  a  autoridade
competente, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e a autoridade os declara casados. Manifestação de vontade dos
nubentes + declaração da autoridade. O registro encontra­se no plano da eficácia.
 
CASAMENTO EM CASO DE MOLÉTIA GRAVE: Art. 1.539, CC: No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o
presidente do ato irá celebrá­lo onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante duas testemunhas
que saibam ler e escrever. Pela jurisprudência, dispensa­se o processo de habilitação anterior.
1o A falta ou impedimento da autoridade competente para presidir o casamento suprir­se­á por qualquer dos seus substitutos
legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad hoc, nomeado pelo presidente do ato.
2o O  termo avulso,  lavrado pelo oficial ad hoc,  será  registrado no  respectivo  registro dentro em cinco dias, perante duas
testemunhas, ficando arquivado.
 
CASAMENTO NUNCUPATIVO: Art. 1.540, CC: Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não
obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 12/36
na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo
grau.
Verificada a idoneidade dos cônjuges para o casamento, assim o decidirá a autoridade competente, com recurso voluntário às
partes, o  juiz mandará  registrá­la no  livro do Registro dos Casamentos,  tal assento assim lavrado retrotrairá os efeitos do
casamento, quanto ao estado dos cônjuges, à data da celebração.
Importante observar, que serão dispensadas as formalidades legais, se o enfermo convalescer e puder ratificar o casamento
na presença da autoridade competente e do oficial do registro.
 
CASAMENTO  POR  PROCURAÇÃO:  Art.  1.542,  CC:  O  casamento  pode  celebrar­se  mediante  procuração,  por
instrumento público, com poderes especiais.
1o A revogação do mandato não necessita chegar ao conhecimento do mandatário; mas, celebrado o casamento sem que o
mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da revogação, responderá o mandante por perdas e danos.
 
2. Prova do Casamento:
Prova direta (art. 1.543, CC): O casamento celebrado no Brasil prova­se pela certidão do registro.
Pelo art. 1.544, CC o casamento de brasileiro, celebrado no estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os cônsules
brasileiros, deverá ser registrado em cento e oitenta dias, a contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao Brasil, no
cartório do respectivo domicílio, ou, em sua falta, no 1o Ofício da Capital do Estado em que passarem a residir.
Prova  direta  complementar  ou  supletória:  Justificada  a  falta  ou  perda  do  registro  civil,  é  admissível  qualquer  outra
espécie de prova (§ único, art. 1.543, CC).
Prova  indireta  (art.  1.545, CC):  O  casamento  de  pessoas  que,  na  posse  do  estado  de  casadas,  não  possam manifestar
vontade, ou tenham falecido, não se pode contestar em prejuízo da prole comum, salvo mediante certidão do Registro Civil
que prove que já era casada alguma delas, quando contraiu o casamento impugnado.
 
3. EFEITOS DO CASAMENTO:
 
EFEITOS SOCIAIS: 1. Emancipação do cônjuge incapaz (art. 5º,  II, CC).  2. Estabelecimento do vínculo de parentesco
por afinidade (art. 1.595, CC).  3. Atribuição do estado civil de casado. 4. Presunção de paternidade (art. 1.597, CC).
 
EFEITOS PESSOAIS: 1. Comunhão de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges. 2. Possibilidade
de acréscimo do patronímico do outro cônjuge. 3. Fixação do domicílio conjugal. 4. Estabelecimento de direitos e deveres
recíprocos.
 
DEVERES DO CASAMENTO: Art.1.566, CC: São deveres de ambos os cônjuges:
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 13/36
I  –  fidelidade  recíproca.  II  –  vida  em  comum,  no  domicílio  conjugal.  III  –  mútua  assistência.  IV  –  sustento,  guarda  e
educação dos filhos. V – respeito e consideração mútuos.
 
I  –  fidelidade  recíproca  e V  –  respeito  e  consideração mútuos: Segundo  o  STJ,  o  dever  de  fidelidade  recíproca  dos
cônjuges é atributo básico do casamento e não se estende ao cúmplice de traição a quem não pode ser imputado o fracasso
da sociedade conjugal por falta de previsão legal.
O crime de adultério foi abolido do art. 240, CP. Assim, defende­se que a fidelidade não deve ser considerada um dever
jurídico, mas como uma opção decorrente da autonomia existente entre os cônjuges.
II – vida em comum, no domicílio conjugal: Interpretando o dever de coabitação, afirma ter um cônjuge o direito sobre o
corpo do outro e vice­versa, daí os correspondentes deveres de ambos, de cederem seu corpo ao normal atendimento dessas
relações  íntimas,  não  podendo,  portanto,  inexistir  o  exercício  sexual,  sob  pena  de  restar  inatendida  essa  necessidade
fisiológica primária, comprometendo seriamente a estabilidade da família. Analisar os limites do débito conjugal.
Crítica: E  o  direito  de  dispor  do  próprio  corpo  como  direito  da  personalidade  e  do  princípio  da  dignidade  da  pessoa
humana?
 
Introdução aos Regimes de Introdução aos Regimes de Bens:
 
Bens: EFEITOS PATRIMONIAIS DO CASAMENTO
PODE SER CONCEITUADO COMO SENDO O CONJUNTO DE REGRAS DE ORDEM PRIVADA RELACIONADAS
COM  INTERESSES PATRIMONIAIS OU ECONÔMICOS RESULTANTES DA ENTIDADE FAMILIAR. O CÓDIGO
CIVIL TRAZ, ENTRE OS SEUS ARTS.  1.639 A  1.688, REGRAS RELACIONADAS AO CASAMENTO, MAS QUE
TAMBÉM PODEM SER APLICADAS ÀS UNIÕES ESTÁVEIS.
 
Princípios aplicáveis aos regimes de bens: Princípio da Autonomia Privada (art. 1.639, CC). Princípio da Indivisibilidade
do Regime de Bens. Princípio da Variedade do Regime de Bens. Princípio da Mutabilidade Justificada (art. 1.639, § 2º, CC).
Autorização judicial.  Justo motivo. Ausência de prejuízo a terceiros. Questão de direito intertemporal.
 
Princípio da Variedade do Regime de Bens:
Comunhão parcial (arts. 1.658 a 1.666, CC).
Comunhão universal (arts. 1.667 a 1.671, CC).
Separação convencional de bens (arts. 1.687 a 1.688, CC).
Participação final nos aquestos (arts. 1.672 a 1.686, CC).
 
REGIME DA SEPARAÇÃO LEGAL OU OBRIGATÓRIA: Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no
casamento:
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 14/36
I – das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento (art. 1.523, CC);
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.344, de 2010)
III – de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
 
Art. 1.641, II, CC: Na separação obrigatória comunicam­se bens havidos pelo esforço comum (Súmula 377, STF).
Se  a  súmula  for  cancelada  a  separação  obrigatória  será  igual  a  separação  absoluta.  Enunciado  125,  I  Jornada  de Direito
Civil: “A norma que torna obrigatório o regime da separação absoluta de bens em razão da idade dos nubentes não leva em
consideração  a  alteração  da  expectativa  de  vida  com  qualidade,  que  se  tem  alterado  drasticamente  nos  últimos  anos.
Também mantém um preconceito quanto às pessoas  idosas que, somente pelo fato de ultrapassarem determinado patamar
etário, passam a gozar da presunção absoluta de incapacidade para alguns atos, como contrair matrimônio pelo regime de
bens que melhor consultar seus interesses”.
 
NECESSIDADE DE OUTORGA PARA DETERMINADOS ATOS CIVIS: Art. 1.647, CC: Ressalvado o disposto no
art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode,  sem autorização do outro, exceto no  regime da separação absoluta:  I – alienar ou
gravar de ônus real os bens imóveis; II – pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; III – prestar fiança ou
aval; IV – fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada.
 
ADMINISTRAÇÃO DOS BENS: Art. 1.651, CC: Quando um dos cônjuges não puder exercer a administração dos bens
que lhe incumbe, segundo o regime de bens, caberá ao outro: I – gerir os bens comuns e os do consorte; II – alienar os bens
móveis comuns; III – alienar os imóveis comuns e os móveis ou imóveis do consorte, mediante autorização judicial.
 
Pacto Antenupcial: Trata­se de um contrato formal e solene, pelo qual os nubentes regulamentam as questões patrimoniais
relativas ao casamento (arts. 1.653 a 1.657, CC). Art. 1.653, CC: É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura
pública,  e  ineficaz  se não  lhe  seguir o casamento. Art. 1.655, CC: É nula a convenção ou cláusula dela que contravenha
disposição absoluta de lei.
Art. 1.657, CC: As convenções antenupciais não terão efeito perante terceiros senão depois de registradas, em livro especial,
pelo oficial do Registro de Imóveis do domicílio dos cônjuges.
 
REGIME DE BENS Resumo:
No divórcio as regras de partilha dos bens variam de acordo com o regime de bens adotado no casamento. O regime legal,
que é o da comunhão parcial, prevê como regra geral a comunicabilidade de todos os bens adquiridos onerosamente durante
o casamento, excluindo os bens adquiridos por doação ou sucessão e aqueles que já eram do cônjuge antes do casamento. Já
na  comunhão  universal,  há  em  regra  a  comunicabilidade  de  todos  os  bens,  adquiridos  antes  e  durante  o  casamento. No
regime da separação convencional ou obrigatória, que é aquela imposta por lei, por exemplo, aos maiores de setenta anos,
não há comunicabilidade de bens, possuindo cada cônjuge seu patrimônio particular.
 
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 15/36
1.    Comunhão parcial: conceito e alcance (arts. 1.658 a 1.666, CC)
Trata­se do  regime supletivo de vontade, dispensando a necessidade de pacto antenupcial  e prevalecendo no  silêncio das
partes  e  na  hipótese  de  invalidade  do  pacto.  Comunicam­se  os  bens  adquiridos  a  título  oneroso  durante  o  casamento
(presunção  absoluta  de  esforço  comum),  excluindo­se  os  bens  adquiridos  antes  das  núpcias  e  os  adquiridos  durante  o
casamento a título gratuito (doação e herança).
Regime aplicável à união estável (art. 1.725, CC).
 
Art. 1.659, CC: Excluem­se da comunhão: I – os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na
constância  do  casamento,  por  doação  ou  sucessão,  e  os  sub­rogados  em  seu  lugar;  II  –  os  bens  adquiridos  com  valores
exclusivamente  pertencentes  a  um  dos  cônjuges  em  sub­rogação  dos  bens  particulares;  III  –  as  obrigações  anteriores  ao
casamento (aprestos); IV – as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal; V – os bens de
uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; VI – os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; VII – as pensões,
meios­soldos, montepios e outras rendas semelhantes.
 
IV – as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal: Súmula 251 do Superior Tribunal
de Justiça: A meação só responde pelo ato  ilícito quando o credor,na execução fiscal, provar que o enriquecimento dele
resultante aproveitou ao casal. Exemplos: sonegação fiscal, desvio de finalidade empresarial (art. 50 ,CC) etc.
Caso a meação não responda pela dívida, é cabível a utilização de embargos de terceiros (art. 1.046, CPC e Súmula 134 do
STJ).
 
Bens Comuns  (art.  1.660, CC): Aquisição  durante  o  casamento  –  São  considerados  bens  comuns  do  casal:  1. Os  bens
adquiridos  onerosamente.  2.  Os  bens  adquiridos  por  fato  eventual.  3.  Os  frutos  adquiridos  de  bens  particulares.  4.  As
benfeitorias realizadas em bens particulares. 5. Os bens adquiridos gratuitamente por ambos os cônjuges.
 
Outros  bens  que  se  comunicam  por  força  de  entendimento  jurisprudencial:  o  (STJ)  decidiu  que  o  direito  ao
recebimento  de  proventos  como  o  salário  (incluindo  FGTS  e  verbas  trabalhistas),  a  aposentadoria  e  honorários  não  se
comunica no fim do casamento. No entanto, quando essas verbas são recebidas durante o matrimônio, as mesmas se tornam
bem comum, seja em dinheiro ou os bens adquiridos com ele.
Imóvel financiado em contrato anterior ao casamento. Neste caso os valores deverão ser apurados.
 
Efeitos Sucessórios: Segundo o STJ: O cônjuge somente terá direito sucessório sobre os bens adquiridos onerosamente na
constância do casamento, em sentido contrário ao art. 1.829, I, CC.
Assim, no regime da comunhão parcial, os bens exclusivos de um cônjuge NÃO são partilhados com o outro no divórcio e,
pela mesma  razão,  não  o  devem  ser  após  a  sua morte,  sob  pena  de  infringir  o  que  ficou  acordado  entre  os  nubentes  no
momento em que decidiram se unir em matrimônio. Acaso a vontade deles seja a de compartilhar todo o seu patrimônio, a
partir do casamento, assim devem instituir em pacto antenupcial.
Além  disso,  não  remanesce,  para  o  cônjuge  casado mediante  separação  de  bens  (convencional  ou  obrigatória),  direito  à
meação, tampouco à concorrência sucessória, respeitando­se o regime de bens estipulado, que obriga as partes na vida e na
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 16/36
morte. Desta forma, o cônjuge sobrevivente NÃO é herdeiro necessário.
 
2.         Comunhão  universal:  (Arts.  1.667  a  1.671,  CC):  Forma­se  uma  massa  patrimonial  única  para  o  casal,
estabelecendo  uma  unicidade  de  bens,  atingindo  créditos  (passados  e  futuros)  e  débitos  (futuros).  As  dívidas
provenientes  de  atos  ilícitos  entram  na  comunhão  universal,  independentemente  do  proveito  obtido  pelo  casal.
Forma­se um condomínio,  tendo cada cônjuge direito à meação  a  todos os bens componentes da universalidade,
independentemente de terem sido adquiridos antes ou depois da núpcias, a título oneroso ou gratuito. Depende de
celebração de pacto antenupcial.
 
Art. 1.668,CC, São excluídos da comunhão:
I – os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub­rogados em seu lugar;
II – os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva;
III  –  as  dívidas  anteriores  ao  casamento,  salvo  se  provierem  de  despesas  com  seus  aprestos,  ou  reverterem  em  proveito
comum;
IV – as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade;
V – Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659. V – os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI  –  os  proventos  do  trabalho  pessoal  de  cada  cônjuge;  VII  –  as  pensões,  meios­soldos,  montepios  e  outras  rendas
semelhantes.
 
Entendimento Jurisprudencial: O STJ afirma que os bens indivisíveis de propriedade comum decorrente da comunhão no
casamento, na execução podem ser levados à hasta pública por inteiro, reservando ao cônjuge a metade do preço alcançado.
Tem­se entendido na Corte que a exclusão da meação deve ser considerada em cada bem do casal e não na indiscriminada
totalidade do patrimônio.
 
3.     Separação convencional de bens: conceito e alcance (arts. 1.687 a 1.688, CC): É o regime que promove um
absoluto afastamento patrimonial, obstando a comunhão de todo e qualquer bem adquirido por cada cônjuge, antes
ou depois do casamento, seja a título oneroso ou gratuito.
Existe, pois,  independência absoluta quanto aos bens e obrigações,  com apenas uma exceção. Art. 1.688, CC: Ambos os
cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporção dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens,
salvo estipulação em contrário no pacto antenupcial.
 
Características: A administração dos bens caberá ao cônjuge titular, bem como a percepção dos frutos. Liberdade de
disposição patrimonial. Responsabilidade individual pelas dívidas e obrigações assumidas.
 
4.     Participação final nos aquestos: conceito e alcance (arts. 1.672 a 1.686, CC): Trata­se de um regime híbrido,
pois  durante  a  convivência  conjugal  o  casamento  fica  submetido  às  regras  da  separação  convencional  de  bens,
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 17/36
porém no  instante da dissolução  (morte ou divórcio),  incidem as normas  atinentes  à comunhão parcial de bens,
comunicando­se  os  bens  adquiridos  onerosamente  por  cada  um  durante  a  constância  do matrimônio.Importante
esclarecer, que aquestos são bens adquiridos onerosamente durante a sociedade conjugal.
 
Características: O direito de cada cônjuge não é sobre o acervo patrimonial do outro, mas sim sobre o saldo eventualmente
apurado, após a compensação dos acréscimos de bens a título oneroso na constância do casamento.
Depende de celebração de pacto  antenupcial. Art.  1.656, CC: No pacto  antenupcial,  que adotar o  regime de participação
final nos aquestos, poder­se­á convencionar a livre disposição dos bens imóveis, desde que particulares.
 
Direito de Família – Civil V – Resumo para Provas
DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO E DA UNIÃO ESTÁVEL:
Dissolução do Casamento Não há relação familiar (casamento ou união estável) que comece pensando em sua dissolução.
Porém, mais  importante do que sua manutenção com o sacrifício da  felicidade dos  sujeitos,  é o  respeito à  liberdade e às
garantias individuais.
Art. 1.571, CC. A sociedade conjugal termina: I – pela morte de um dos cônjuges (terminativa e dissolutiva);   II –
pela nulidade ou anulação do casamento (terminativa);  III – pela separação judicial; IV – pelo divórcio (terminativa
e dissolutiva).
 
Emenda Constitucional 66/2010: Superação do caráter binário do ordenamento jurídico. Determinação de que o casamento
poderá ser dissolvido pela MORTE ou pelo DIVÓRCIO. Pois fim à separação judicial ou em cartório.
No direito brasileiro havia a separação, que determinava um lapso  temporal para que os cônjuges se divorciassem, como
resquício do desquite e sob influência do direito canônico.
A CF/88 inaugurou uma nova agenda de valores humanitários, o que afastou, no direito das famílias, a manutenção de um
vínculo conjugal, quando já ausente a base afetiva que sustentava o relacionamento.
Repercussões desta Emenda: Norma de eficácia plena e imediata (art. 226, § 6º da CRFB). Acarreta o desaparecimento da
norma  infraconstitucional  que  regulamentava  a  separação,  sendo  considerada  não­recepcionada  pelo  ordenamento
constitucional.
Busca de uma intervenção mínima do Estado na vida privada.
 
Separação de Corpos: Utilizada para sujeitos que pretendem regularizar em juízo a cessação da convivência, mas ainda não
possuem a convicção necessária para o divórcio. Normalmente é utilizadapara afastar temporariamente um dos cônjuges da
morada conjugal. É possível a cumulação da separação de corpos com medidas judiciais de distanciamento. Ver art. 22, III, a
da Lei Maria da Penha.
Trata­se  de  instrumento processual  cautelar,  podendo  ser  de  cunho preparatório  ou  incidental,  que no primeiro  caso,  não
necessita do ajuizamento da ação de divórcio no prazo de 30 dias (art. 806, CPC/1973).
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 18/36
Encontra  fundamentação  no  art.  12,  CC:  Pode­se  exigir  que  cesse  a  ameaça,  ou  a  lesão,  a  direito  da  personalidade,  e
reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
 
Separação de Fato: Decorre  da Teoria  da Aparência,  pois  o  casal  dissolve  a  sociedade  conjugal, mas  não  formaliza  tal
situação juridicamente. Há um reconhecimento expresso do ordenamento jurídico à separação de fato.
1. Possibilidade de constituição de união estável para aqueles que estejam separados de fato (art. 1.723, § 1º do CC).
2. A Lei de Locação de Imóveis permite a continuidade da locação em relação ao cônjuge separado de fato (art. 12, L.
8.245/91).
3. Art.  1.240­A,  CC.  Aquele  que  exercer,  por  2  (dois)  anos  ininterruptamente  e  sem  oposição,  posse  direta,  com
exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida
com ex­cônjuge ou ex­companheiro que abandonou o lar, utilizando­o para sua moradia ou de sua família, adquirir­
lhe­á o domínio  integral, desde que não  seja proprietário de outro  imóvel urbano ou  rural.  (Incluído pela Lei nº
12.424, de 2011)
 
Críticas ao  lapso temporal para caracterização da separação de fato: Art. 1.642, CC: Qualquer que seja o regime de
bens,  tanto o marido quanto a mulher podem livremente: V – reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis, doados ou
transferidos pelo outro cônjuge ao concubino, desde que provado que os bens não  foram adquiridos pelo esforço comum
destes, se o casal estiver separado de fato por mais de cinco anos. Em sentido contrário ao enriquecimento sem causa.
Art.  1.830, CC: Somente  é  reconhecido  direito  sucessório  ao  cônjuge  sobrevivente  se,  ao  tempo da morte  do  outro,  não
estavam  separados  judicialmente,  nem  separados  de  fato  há  mais  de  dois  anos,  salvo  prova,  neste  caso,  de  que  essa
convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente.
 
Divórcio: Segundo a melhor doutrina, o divórcio  é medida  jurídica, obtida pela  iniciativa das partes,  em conjunto ou de
forma isolada, que dissolve integralmente o casamento, fulminando, tanto a sociedade conjugal (deveres recíprocos e regime
de bens),  quanto o vínculo nupcial,  ou  seja,  a  relação  jurídica  estabelecida, permitindo que os  ex­cônjuges possam casar
novamente.
Atualmente só existe o divórcio direto, com fundamento no Direito de Família mínimo.
Antes existia o divórcio por conversão: 1 ano quando da existência de separação judicial e 2 anos quando da existência de
separação de fato.
 
Características do Divórcio: 1. O divórcio dissolve apenas a relação entre os cônjuges, mantendo­se a relação destes com
sua  prole.  Poder  familiar,  responsabilidade  civil  e  obrigação  de  alimentos.  2.  A  sentença  de  divórcio  deve  ser  levada  a
registro  no  cartório  de  pessoas  naturais,  no qual  se  assentou o  registro  de  casamento,  a  fim de que  tenha  aptidão para  a
produção de efeitos em relação à terceiros. 3. Na ação de divórcio não há mais discussão acerca da culpa pela ruptura da
sociedade conjugal, o que não impede o ajuizamento de uma demanda indenizatória.
 
Efeitos  Decorrentes  do  Divórcio:  1.  Obrigação  de  prestar  alimentos.  2.  Partilha  do  patrimônio  comum  do  casal,
independente do regime de bens. 3. Guarda e regime de visitação dos filhos. 4. Utilização ou não do patronímico do
ex­cônjuge. 5. Com a morte do ex­cônjuge depois de celebrado o divórcio, o ex­cônjuge sobrevivente permanece com
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 19/36
o  estado  civil  de  divorciado.  6.  Com  a  morte  do  cônjuge  durante  a  ação  de  divórcio,  esta  perderá  o  objeto,
dissolvendo automaticamente o casamento.
 
Espécies de Divórcio Direto: No divórcio litigioso, as partes podem converter sobre matérias subjacentes à dissolução do
casamento, como guarda de filhos, regime de visitação, partilha de bens, dentre outras.
No divórcio consensual, os divorciandos podem dispor livremente sobre tais questões e dissolver o casamento em juízo ou
em cartório (art. 1.124­A, CPC: A separação consensual e o divórcio consensual, não havendo filhos menores ou incapazes
do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, poderão ser realizados por escritura pública, da qual constarão
as  disposições  relativas  à  descrição  e  à  partilha  dos  bens  comuns  e  à  pensão  alimentícia  e,  ainda,  ao  acordo  quanto  à
retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o casamento. § 1o   A
escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para o registro civil e o registro de imóveis. § 2º  O
tabelião somente lavrará a escritura se os contratantes estiverem assistidos por advogado comum ou advogados de cada um
deles  ou  por  defensor  público,  cuja  qualificação  e  assinatura  constarão  do  ato  notarial.  §  3o   A  escritura  e  demais  atos
notariais serão gratuitos àqueles que se declararem pobres sob as penas da lei.
 
UNIÃO ESTÁVEL:  Entidade familiar formada por um homem e uma mulher, caracterizada por uma convivência pública,
duradoura e contínua, com o objetivo de estabelecimento de vida em comum” – conceito.
– A constituição de família é que diferencia o namoro da união estável
Previsão legal:
Divisão de patrimônio diante da existência de sociedade de fato –  Súmula 380, STF.
        CF/88: Art.226, §3º = reconhecimento da união estável como entidade familiar.
   Lei n º8971/94: Veio regulamentar a situação do companheiro. Condicionou a caracterização da união estável à
verificação do prazo de cinco anos de convivência ou existência de prole comum.
Art.1º – requisitos para sua configuração.
Art.2º – direito sucessório.
Art.3° – divisão do patrimônio, comprovando­se o esforço na aquisição.
  Lei nº 9278/96: Poderia  ter  resolvido a  situação do companheiro, mas não o  fez completamente. Não  trouxe o
direito sucessório. Neste ponto, permanecia vigente a lei anterior (revogada parcialmente).
Adotou um conceito mais vago, omitindo os requisitos pessoais, o tempo mínimo de convivência e a existência de prole, e
fixando a competência nas Varas de Família. Adotou um regime semelhante ao da comunhão parcial e previu o direito real
de habitação para o companheiro.
Art.1º – alteração na configuração da união estável, não mais se referindo ao lapso temporal.
Art.5º – direito à meação, não precisando comprovar esforço na aquisição. Passou este a ser presumido.
Art.7º – direito real de habitação para o companheiro.
        CC/02 (arts. 1723 a 1727): Hoje temos o tratamento do companheiro no CC, art.1723 e seguintes:
Art.1723, CC – requisitos para sua configuração. Sem exigência de prazo mínimo
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 20/36
Art.1724 – efeitos pessoais.
Deveres da União Estável – Art. 1.724. Lealdade: abrange o dever de fidelidade.Coabitação – Súmula 382, STF.
Art.1725 – regime de bens
Art.1726 – possibilidade de conversão em casamento.
Art.1727 – concubinato.
c/c art. 1694 e sgts – alimentos
c/c 1790 – sucessão
Analogia – art. 499 CC
– Regime de bens – REGRA: comunhão parcial – art. 1725 CC – não precisa da prova do esforço em comum.
– Exige capacidade e discernimento sob pena de nulidade – art. 104 e 166 CC.
– STF Súmula nº 382 – 03/04/1964 – Vida em Comum Sob o Mesmo Teto “More Uxorio” – Caracterização do Concubinato
   “A vida em comum sob o mesmo teto “more uxorio”, não é indispensável à caracterização do concubinato”.
– Não exige a outorga dos companheiros por se tratar de norma restritiva de direitos  – art. 1647 CC – majoritária.
– Não se aplica o regime da separação legal obrigatória à união estável  – art. 1641 pois é norma restritiva da autonomia da
vontade. – divergente
–  Na união estável o regime patrimonial obedecerá à norma vigente no momento da aquisição de cada bem, salvo contrato
escrito em contrário.
Direitos decorrentes da união estável:
¢  Direito ao sobrenome do companheiro – art. 54, §2º. e art. 57, §3º., Lei de Registros Públicos.
¢  Estabelecimento do vínculo de parentesco por afinidade – art. 1.595, CC.
¢  Possibilidade de adoção conjunta – art. 42, §2º., ECA.
¢  Exercício da curatela pelo companheiro na interdição e na ausência – arts. 25 e 1.768, CC.
¢  Separação de corpos – art. 1.562, CC.
¢  Direito a alimentos – art. 1.694, CC.
¢  Direito à meação do que resultou do esforço comum – art. 1.725, CC.
¢  Escolha do regime de bens – 1725;
¢  Impenhorabilidade do bem de família – art. 1.711, CC e Lei n. 8.009/90
¢  Direito aos benefícios previdenciários – Decreto­Lei n. 7.036/44; Lei n. 6.367/75; Lei n. 8.213/91 e Decreto n. 357/91.
¢  Sub­rogação e retomada na locação de imóvel urbano – arts. 11 e 47, III, Lei n. 8.245/91.
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 21/36
¢  Sucessão hereditária – art. 1.790, CC.
¢  Direito à inventariança – art. 990, CPC e art. 1.797, CC.
¢  Impedimento para testemunhar – art. 228, V, CC.
¢  CONVERSÃO DA UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO – art. 1726 CC
¢  Concubinato puro – união estável – sem impedimentos – Vara de Família;
¢    Concubinato  impuro  –  concubino  –  pessoas  que  são  impedidas  de  casar  –  art.  1727  CC  –  Súmula  380  STF  –  bens
adquiridos  pelo  esforço  comum  –  Vara  Cível  –  reconhecimento  e  dissolução  de  sociedade  de  fato  –  não  tem  direito  a
alimentos, sucessão e meação (não se trata de entidade familiar – divergente) Maria Berenice Dias – reconhecimento.
¢  Com o reconhecimento constitucional, foi abraçado como união estável o antigo concubinato puro.Logo, a denominação
de concubinato hoje é referente aos casos em que há impedimento.
¢  DISSOLUÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL – POR MÚTUO ACORDO PARA HOMOLOGAÇÃO JUDICIAL
POR LITÍGIO, PARA RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL
OBS: Inúmeros  julgados  tem atribuído o caráter de união estável às uniões homoafetivas – Decisão STF. Existem alguns
projetos no Congresso Nacional para reconhecimento como entidade familiar.
Nulidade  do  contrato  de  namoro  que  pretende  afastar  os  efeitos  da  união  estável    –  TJRS  –  7ª  CC  –  Processo  nº
70006235287.
 
FAMILIA HOMOAFETIVA: Homoafetividade e família. Casamento civil, união estável e adoção por casais homoafetivos
à luz da isonomia e da dignidade humana
FILIAÇÃO:
1.  Estrutura conforme o art. 226, §5º., CF e reflexos no Direito Civil.
2.  Presunção de paternidade
3.       Alcance da presunção ‘pater is est’
4.      Contestação de paternidade.
5.       Presunção de maternidade
6.       Maternidade de substituição
7.      Parto Anônimo
8.       Prova de filiação
9.       Posse do estado de filho
Das relações de parentesco, a mais importante é a que se estabelece entre pais e filhos.
1) Conceito: (em sentido estrito) é a relação jurídica que liga o filho a seus pais (parentesco em linha reta de primeiro grau).
2) Classes: Filiação nas relações matrimoniais:
Filhos havidos dentro do casamento = presunção quanto à paternidade.
O  casamento  pressupõe  relações  sexuais  entre  os  cônjuges  e  fidelidade  (dever)  =  o  filho  que  é  concebido  durante  o
casamento tem como pai o marido de sua mãe.
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 22/36
O simples fato do nascimento estabelece o vínculo jurídico entre mãe e filho.
Se a mãe for casada, esta circunstância estabelece, automaticamente, a paternidade = o pai da criança é o marido da mãe.
 
Presunção pater is est
1)   Hipóteses: Art.1597, CC, enumera as hipóteses em que há esta presunção:
Presunção aplicada a união estável e união homoafetiva. I e II – prazos máximo e mínimo de gestação.
Hoje, diante da família sócio­afetiva, pai é o marido ou companheiro da mulher que aceita paternidade do filho, ainda que
nascido antes.
Art.1598, CC: Nos incisos III, IV e V = três hipóteses de presunção de filhos concebidos na constância do casamento, todas
elas vinculadas à reprodução assistida.
III –  fecundação =  fase de  reprodução assistida consistente na  fertilização do óvulo pelo espermatozóide. Fertilização do
óvulo  pelo  espermatozóide.  Fertilização  in  vitro  (fora  do  corpo  humano).  A  fecundação  ou  inseminação  homóloga  =  é
realizada  com  sêmen  do  marido.  Neste  caso,  o  material  genético  pertence  ao  casal  (tanto  o  óvulo  quanto  o  sêmen),
pressupondo o consentimento de ambos.
Consentimento de casal – presunção absoluta – Enunciado 258 da Jornada de Direito Civil – divergente pois a autorização
pode ter sido falsificada – relativa.
Jornada  104  de  Direito  Civil  realizada  no  STJ:  se  interprete  este  inciso  da  seguinte  forma:  obrigatório  para  haver  a
presunção que a mulher ainda esteja na condição de viúva,  e haja autorização expressa do marido para que utilize  seu
material genético após sua morte.
IV – há dois métodos de reprodução artificial:
        Fecundação in vitro – o óvulo e o espermatozóide são unidos em laboratório, ocorrendo a fecundação fora do
corpo da mulher.
        Inseminação artificial – introdução do gameta masculino, por meio artificial, no corpo da mulher, esperando
que a natureza faça a fecundação.
        O embrião fecundado fora do corpo da mulher (in vitro) e não introduzido = é embrião excedentário.
        É admitida a concepção de embriões excedentários se estes derivarem de concepção homóloga (de material
genético da mãe e do pai). Jornada de Direito Civil do STJ para interpretar este artigo da seguinte forma: somente
com autorização prévia, por escrito, dos ex­cônjuges.
               V –  inseminação  artificial  heteróloga = quando é utilizado  sêmen de outro homem, normalmente doador
anônimo, e não o do marido.Exige­se que o marido tenha autorizado previamente, caso em que se presume o pai.
Enunciado 258 da Jornada – inseminação artificial – com autorização do cônjuge – presunção absoluta.
             Será o pai legal da criança (e, com o afeto, também o pai sócio­afetivo). Alguns autores defendem que ele
depois  não  poderá  impugnar  esta  paternidade  (seria  antijurídico,  injusto,  imoral).  Na  reprodução  assistida
heteróloga não existe vínculo de parentesco entre o filho e o pai biológico (doador do material fecundante)
        REGRA: a presunção de paternidade do art.1597, CC é juris tantum = relativa, admitindo prova em contrário.
 Art.1600, CC:Não ilide, o adultério da mulher, ainda que confessado. Não é aceita a prova do adultério se o marido
conviviacom ela. A infidelidade (provada ou confessada) não ilide a presunção. Não é afastada a presunção apenas
por  ato  da  mulher.  A  disciplina  da  filiação  é  moldada  no  interesse  da  criança.  Art.1602,  CC  =  mesmo  se
expressamente confessar o adultério.
        No entanto, art.1599, CC = no caso de impotência.
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 23/36
        Gestação de substituição – gratuita, doadora da família num parentesco até o 2º grau.
        Possibilidade de gestação de substituição no caso de duas companheiras homoafetivas.
        Presunção do art. 1597, III, IV e V – deve ser aplicada no caso de união estável.
        Enunciado 129 Jornada – maternidade presumida – aquela que forneceu o material genético.
        Clonagem ou escolha do sexo  – vedada pela lei de biossegurança.
        Enunciado 111 – doador de material genético não tem responsabilidade alimentar e nem o filho terá direitos
sucessórios.
 
RECONHECIMENTO DOS FILHOS: Art.1603, CC = prova­se a paternidade com a certidão. Registro civil = presunção de
veracidade = presunção relativa.
Art.1604,  CC    Em  juízo,  o  marido  pode  contestar  esta  paternidade,  mediante  AÇÃO  NEGATÓRIA  ou  AÇÃO
CONTESTATÓRIA DE PATERNIDADE, que é imprescritível (art.1601, CC).
        AÇÃO NEGATÓRIA OU CONTESTATÓRIA DE PATERNIDADE: Destina­se a excluir a presunção legal de
paternidade.
Legitimidade ativa é privativa do marido (art.1601, CC). Réu será o filho.
Se o marido não ajuizou esta ação, o filho pode impugnar a paternidade com base no art.1604, CC = erro ou falsidade.
Art.1604 = erro ou falsidade.
Art.1608 = falsidade do termo: pode ser atribuída:
        Ao oficial do registro civil
        À declaração do pai ou da mãe (induzidos por erro por falta de cuidado dos hospitais (troca de bebês).
Pelo pai: Ação negatória = para negar o status de filho   ¹    AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE PATERNIDADE (registro) =
art.1604, CC = ação de anulação de registro.
Pode ser que os irmãos, ascendentes possam ter interesse, principalmente por razões patrimoniais = AÇÃO DE NULIDADE
DE REGISTRO.
AÇÃO ANULATÓRIA DE RECONHECIMENTO (art.1604, CC) = sempre que se verificar a desconformidade. Art.113,
LRP.
O PLC 16/2013, recém aprovado pelo Senado, atribui também à mãe a obrigação de proceder ao registro.
Legitimidade para a anulatória = todos aqueles que tenham justo interesse em contestar a ação de investigação = todas as
pessoas  afetadas  (direta  ou  indiretamente)  =  filho  reconhecido,  mãe,  os  filhos  e  pretensos  irmãos,  aquele  que  e  diz
verdadeiro pai, outros herdeiros.
Art.1608, CC = AÇÃO NEGATÓRIA DE MATERNIDADE. A  falsidade  do  termo de  nascimento  pode  ser  atribuída  ao
oficial do registro civil, à declaração do pai ou da mãe, induzidos a erro por falta de cuidado do hospital e maternidade (troca
de bebês).
Multiparentalidade – duplo registro da criança em nome do pai biológico e do socioafetivo. Enunciado 108 Jornada.
Prova da filiação: art.1603, CC. O registro torna público o nascimento e estabelece presunção de veracidade das declarações
efetuadas.
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 24/36
Art.1605,  CC  –  filiação  pode  ser  comprovada  pelas  provas  =  documentais,  periciais,  testemunhais,  cartas,  autorizações,
declaração do IR, anotações.
O registro pode ser quebrado nos casos de erro ou falsidade do registro. Não pode ser quebrado nos casos de paternidade
socioafetiva.
Filiação nas relações extramatrimoniais (fora do casamento): Os filhos de pais casados não precisam ser reconhecidos, pois
a paternidade decorre do casamento dos pais.
Se  estes  são  casados  e  não  providenciaram o  registro  do  filho,  assegura­se  a  este  a AÇÃO DE PROVA DE FILIAÇÃO
(art.1606).
 
Reconhecimento paternidade: Art. 1614 CC  – prazo decadencial de 4 anos para impugnar o reconhecimento pelo menor.
Impugnação improcedente no caso de paternidade socioafetiva e em decorrência da posse de estado de filhos.
O filho havido fora do casamento não é beneficiado pela presunção legal de paternidade. Tem que ser reconhecido.
Mãe = para saber quem é: necessário o reconhecimento.
Criança nasce – vai fazer o registro = declaração de nascido vivo (DNV) = terá o nome da mãe. No entanto, como ela não é
casada, não poderá colocar o nome do pai, salvo se ele estiver presente e consentir ou ela tiver sua procuração para tanto.
Se nasceu em casa = 2 testemunhas que atestem a gravidez e o fato dela estar com o filho.
Pai = também é necessário o reconhecimento.
Este reconhecimento pode ser voluntário (também chamado de perfilhação) ou forçado (coercitivo, através da AÇÃO DE
INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE).
Reconhecimento  voluntário:  Decorre  de  ato  de  vontade.  Art.1609,CC  É  ato  unilateral  e  personalíssimo.  –  art.  27  ECA
(8069/90)
Gera efeitos pela manifestação de vontade e o outro genitor não pode a ele se opor. Irrevogável – art. 1610 CC
Se o filho for maior de idade = deve consentir (art.1614, CC).
Modos de reconhecimento voluntário: art.1609.
Qualquer que seja a forma, será sempre irrevogável (art.1610). Se decorrer de vício de consentimento (ex.: coação) poderá
ser objeto de ação anulatória.
Formas: 1) no termo de nascimento (mais comum): o pai comparece ao cartório para registrar.
2) por escritura pública
3)escrito particular. Serão averbados.
Escrito particular – deve ficar arquivado em cartório. (ex. carta que escreve dizendo que é o pai). É recomendável a anuência
da mãe, para evitar futura impugnação, embora a lei não exija sua oitiva.
4) testamento
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 25/36
5) declaração dirigida ao juiz. Qualquer depoimento em juízo prestado pelo genitor, incidentalmente, e tomado por termo,
ainda que a finalidade do depoimento seja outra.
Ex: querendo reduzir o valor da pensão paga aos outros filhos, diz que é pai de fulano = pode extrair as peças e expede
ofício determinando a averbação da paternidade no registro.
O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho já concebido (art.1609, parágrafo único). Art.2° do CC. Nascituro:
um  ser  em  potencial.  O  reconhecimento  neste  caso  ocorre,  em  geral,  quando  é  provável  que  o  pai  não  sobreviva  ao
nascimento do filho, não querendo sujeitá­lo à uma ação de investigação de paternidade (temor do pai de morrer antes de
nascer o filho).
Reconhecimento póstumo: o filho que haja falecido só poderá ser reconhecido se tiver deixado descendentes.
Isto  para  evitar  reconhecimentos post mortem por  interesse  (se  o  filho  não deixou descendentes,  seus  bens  irão  para  seu
ascendente que o reconheceu).
Reconhecimento voluntário do filho maior = art.1614, CC.Consentimento: comparecendo o filho maior ao ato.
Se  menor  de  idade  poderá  impugnar  o  reconhecimento  (AÇÃO  DE  CONTESTAÇÃO  OU  IMPUGNAÇÃO  DE
RECONHECIMENTO) – para afastar a paternidade.
Reconhecimento  forçado  (coercitivo  ou  judicial): O  filho  não  reconhecido voluntariamente  pode obter  o  reconhecimento
judicial  por  meio  da  AÇÃO  DE  INVESTIGAÇÃO  DE  PATERNIDADE.  É  ação  de  estado,  de  natureza  declaratória  e
imprescritível (Súmula 149, STF).
 
Petição de herança = prescreve em 10 anos (art.205 CC a contar do momento em que foi reconhecida a paternidade).
Reconhecimento paternidade – Ação pessoal – foro competente domicílio do réu (art. 94CC) se cumulada comalimentos –
domicilio do autor da investigação (100, II CPC) e se cumulada com petição de herança – foro onde corre o inventário ou
domicílio de qualquer herdeiro caso já tenha encerrado o inventário.
Petição herança e alimentos – domicilio do alimentando.
Gratuidade de justiça inclui exame de DNA.
Alegação  da  paternidade  socioafetiva  –  somente  declarará  a  existência  do  vínculo  biológico  e  o  vínculo  de  paternidade
permanece.
É direito personalíssimo e indisponível (art.27 do ECA).
Efeitos da sentença que declara a paternidade (é o mesmo do reconhecimento voluntário) = ex tunc. (retroagem à data do
nascimento, art.1616, CC).
Legitimidade ativa: é do filho (é privativa dele) em face do suposto pai. Se menor, será representado pela mãe.
Se  a mãe  do  investigante  é menor  =  poderá  ser  representada  ou  assistida  por  um  de  seus  genitores  (ela  exerce  o  poder
familiar).
Possibilidade ação avoenga – neto contra avô.
Se o filho morrer ANTES de iniciá­la = seus sucessores NÃO PODERÃO intentá­la, salvo se ele morrer menor e incapaz
(art.1606, CC).
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 26/36
Se  já  tiver  INICIADO  =  eles  continuam  (art.1606,  p.u,  CC).Doutrina  mais  moderna  =  legitimidade  ao  nascituro,
representado pela mãe.
Caráter personalíssimo = em princípio não se reconheceria aos netos o direito de promovê­la em caso de falecimento dos
pais sem ter a iniciativa para investigação da relação avoenga.
No entanto, STJ reconheceu como válida a pretensão dos netos (os filhos, substituindo o pai, para investigar a filiação deste,
junto ao avô, dirigindo a lide contra os herdeiros).
A  lei  n°8560/92  permite  que  seja  ajuizada  pelo  MP  (na  qualidade  de  parte)  art.2º,  §4°  (legitimação  extraordinária)  –
averiguação oficiosa.
Legitimidade passiva: recai no suposto pai. Se o demandado já for falecido, deverá ser dirigida contra seus herdeiros (e não
contra o espólio, que não tem personalidade jurídica, não passa de um acervo de bens).
Se a mãe manteve relações sexuais com dois ou mais homens naquele período, poderá o filho promover ação investigatória
contra todos, requerendo a realização do exame de DNA.
Se  o  filho  já  reconhecido  por  terceiro  move  ação  contra  o  suposto  pai  biológico,  instaura­se  um  litisconsórcio  passivo
(unitário e necessário), pois se procedente, acarretará o cancelamento do registro de nascimento.
Sentença: é o reconhecimento coercitivo. Possui carga declaratória = declara fato preexistente.
Filho = ingressa na família do genitor e passa a usar seu sobrenome. O registro de nascimento deve ser alterado.
Reconhecimento = efeito erga omnes.
Art. 3º da lei 8560/92 – veda o reconhecimento de filho na ata do casamento.
Prova mais utilizada hoje: exame de DNA (apesar da admissão de todos os meios de prova quando não se puder realizá­lo =
documental, testemunhal).
Com o DNA é possível afirmar­se a paternidade com um grau praticamente absoluto de certeza.
Na falta de descendentes, podem ser estudados os ascendentes (pais e avós) e irmãos.
Outra forma seria a exumação do suposto pai e tentativa de encontrar DNA viável para estudo. Procedimento este que deve
ser visto como exceção.
 
É possível compelir alguém a fazer o exame?
2 correntes:•         Sim, prevalece o direito do filho de saber quem é o pai, podendo haver condução do suposto pai.
        Não. Prevalece a intimidade do pai. Ele não pode ser conduzido. Pode se recusar. Até porque se tem outros
meios de provar. A recusa seria uma prova complementar, que deve ser analisada no conjunto com outras provas.
Súmula  301,  STJ  =  presunção  relativa.  STJ:  “a  recusa  do  investigado  em  submeter­se  ao  exame  de  DNA,  aliada  à
comprovação do relacionamento sexual gera presunção de veracidade”.
Lei 8560/92 – art. 2º – presunção relativa.
relativização da coisa julgada material – Enunciado 109 – ação julgada improcedente e posterior prova do DNA – dignidade
do filho.
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 27/36
Semelhanças  entre  suposto  pai  e  filho  =  também  devem  ser  levadas  em  conta  (mas  por  si  só  não  servem  de  prova  da
paternidade).
Contestação da ação qq interessado – arf. 1615 CC
Alimentos – Sentença retroage a data da citação
 
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE MATERNIDADE: é possível, embora rara.
Efeitos  do  reconhecimento:  O  reconhecimento  produz  efeitos  de  natureza  patrimonial  e  de  cunho  moral.  Estabelece  a
relação jurídica de parentesco; Tem efeito ex tunc (retroage ao dia do nascimento do filho);  Tem efeito declarativo (só faz
constar o que já existe);
 
Filho: sujeita­se ao poder familiar.  Pai: deveres do art.1566, IV
O filho passa a usar o sobrenome paterno, devendo ser alterado o registro de nascimento; Dever alimentar
Sucessão. O reconhecimento é incondicional (art.1613, CC). Tem validade erga omnes.
É  irrevogável  (art.1609, CC) = é diferente da anulação do ato (por quem reconheceu ou seus herdeiros) = com base num
defeito como de todo ato jurídico.
AÇÃO ANULATÓRIA DE RECONHECIMENTO (art.1604, CC) = sempre que se verificar a desconformidade. Art.113,
LRP.
CRG = Legitimidade para a anulatória =  todos aqueles que  tenham justo  interesse em contestar a ação de  investigação =
todas as pessoas afetadas (direta ou indiretamente) = filho reconhecido, mãe, os filhos e pretensos irmãos, aquele que e diz
verdadeiro pai, outros herdeiros. Ministério Público também.
 
PODER    FAMILIAR:  Poder  familiar  é  o  instituto  de  ordem  pública  que  atribui  aos  pais  a  função  de  criar,  prover  a
educação  de  filhos  menores  não  emancipados  e  administrar  eventuais  bens.  É  concebido  como  instituto  de  proteção  e
assistência à criança e ao adolescente e não como fórmula autoritária de mando para benefício pessoal. Não se trata apenas
de um poder conferido ao pai e à mãe, mas sim, de um dever que deve ser exercido em igualdade de condições e no interesse
dos filhos.
 
Espécies: unilateral e compartilhada
Art. 1.634 CC – função de ordem pública que não pode ser afastada ou negligenciada pelos pais
Os deveres­poderes dos pais não se esgotam apenas no elenco do art. 1.634, CC, abrangendo também a condução moral e
espiritual  capaz  de  promover  o  desenvolvimento  das  personalidades  dos  filhos;  usufruto  e  administração  dos  bens  (arts.
1.689 a 1.693, CC), etc. Por isso, pode­se afirmar, que é instituto personalíssimo marcado pela temporariedade (art. 1.630,
CC),  pela  irrenunciabilidade,  pela  indivisibilidade  da  titularidade,  pela  imprescritibilidade,  podendo  ser  exercido  desde  a
gestação (art. 8º., ECA), uma vez que a lei não fixa termo inicial.
O poder familiar é função (‘munus’) irrenunciável, intransmissível e indelegável instituído em favor dos filhos e, por isso,
sujeito a fiscalização e controle do Estado.
09/09/2016 ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print
http://ajudajuridica.com/material­estudo/direito­de­familia­civil­v­resumo­para­provas/?print=print 28/36
Suspensão, modificação – Art. 1.637CC e 22 ECA­ A suspensão ou modificação do poder familiar pode ocorrer quando por
ordem  judicial  se  priva  um  ou  ambos  os  pais,  temporariamente,  do  exercício  (total  ou  parcial)  do  poder  familiar,  em
benefício  do  filho  a  quem  poderá  ser  nomeado  curador  especial.  As  medidas  de  suspensão  e  modificação  são  sempre
temporárias e perdurarão enquanto durar as causas que lhe deram origem.
Além

Continue navegando