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Antibióticos 1- CONCEITO São substâncias químicas específicas, derivados de organismos vivos ou produzidos por eles, bem como seus análogos estruturais obtidos por síntese, capazes de inibir processos vitais de outros organismos, mesmo em pequenas concentrações. (Korolkovas) A descoberta da penicilina. Alexander Fleming tirou esta fotografia em 1928. A colônia do fungo Penicillium acidentalmente contaminou a placa e inibiu o crescimento bacteriano nas suas proximidades. 2- Mecanismos de Resistência Bacteriana Produção de beta-lactamase: Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, gram-negativos (H.influenzae, Moraxella catarralis, Escherichia coli, Proteus mirabilis, Salmonella sp, Shighella sp...) Presença de PBP de baixa afinidade pelo antibiótico Porinas que dificultam ou impedem a passagem do antibiótico 3- Por que ocorre a resistência? 5- CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS • • Quanto a origem Naturais – Penicillum - penicilinas – Streptomyces - tetraciclinas – Cephalosporium – cefalosporinas Semi-sintéticos – Penicilinas e cefalosporinas semi-sintéticas • Sintéticos – Cloranfenicol Quanto ao espectro de ação • Predominantes contra Gram-positivo – Penicilinas, cefalosporinas, eritromicina etc. • Predominantes contra Gram-negativo – Neomicina, gentamicina, estreptomicina etc. • Amplo espectro – Cloranfenicol, ampicilina, tetraciclina, rifampicina • Predominante contra micobactérias – ciclocerina, canamicina • Predominante contra fungos – anfotericina B, griseofulvina • Antibióticos antineoplásicos – bleomicina, sarcomicina, fleomicina • Antiamebianos – fumagilina, paromomicina Quanto a estrutura química – Leva-se em conta os grupamentos constituintes. 6- MECANISMO DE AÇÃO Bactericidas Bacteriostáticos Antibióticos Bactericidas e Bacteriostáticos Bactericidas Atuam unicamente frente às bactérias que se encontram em fase de crescimento, provocando sua morte ou dissolução. Inibem de maneira irreversível reações ‘bioquímicas essenciais ou destroem estruturas celulares vitais. Bacteriostáticos Bloqueiam de maneira reversível a síntese dos ácidos nucléicos ou das proteínas; uma vez interrompida a administração reinicia-se a biossíntese interrompida com decorrente retorno da proliferação bacteriana. 6.1. LOCAL DE AÇÃO Inibidores da respiração ou fosforilação Inibidores da síntese de mucopeptídeos da parede celular Inibidores que agem sobre a membrana celular Polipeptídeos Ionóforos Poliênicos Inibidores da síntese dos ácidos nucleicos Inibidores da síntese proteica 6.2. MODO DE AÇÃO Antibacterianos que atuam na PAREDE CELULAR que atuam na MEMBRANAAntibacterianos CITOPLASMÁTICA; Antibacterianos que atuam no CITOPLASMA: RNA; DNA que atuam no METABOLISMOAntibacterianos INTERMEDIÁRIO; 6.2.1. ANTIBACTERIANOS QUE ATUAM NO NÍVEL DA PAREDE CELULAR Parede celular Pressão osmática Divisão celular – septo Diferença entre Gram-positivo e Gram-negativo Mecanismo de ação: Impedem a síntese e a formação do mucopeptídeo. A sintese da camada de mucopeptídeo se divide em 3 fases: Citoplasma; Membrana plasmática; Externamente a membrana plasmática. PBP PBP 2 PBP 3 Beta-lactâmicos bloqueiam a etapa final da síntese da camada de mucopeptídeo. Elevado grau de seletividade Mecanismo de ação dos -lactâmicos NAG –N-acetil-glicosamina NAM –Ácido N-acetil-mucâmico 6.2.2. ANTIBACTERIANOS QUE ATUAM NO NÍVEL DA MEMBRANA CITOPLASMÁTICA Antibacterianos que promovem desorganização e ruptura da membrana Antibióticos polipeptídeos Antibióticos poliênicos Antibacterianos que alteram a permeabilidade da membrana Antibióticos ionóforos -Grupamentos básicos (NH3) -Cadeia lateral 6.2.3. ANTIBACTERIANOS QUE ATUAM NO NÍVEL DO CITOPLASMA Antibacterianos que atuam no nível dos ribossomos Subunidade 30S Aminoglicosídeos e tetraciclinas Subunidade 50S Cloranfenicol, lincomicina, clindamicina, eritromicina. Antibacterianos que atuam no nível do DNA Metronidazol Derivados quinolônicos Rifampicinas 6.2.4. ANTIBACTERIANOS QUE ATUAM NO NÍVEL DO METABOLISMO INTERMEDIÁRIO Sulfonamidas e trimetoprima PROTEINA FOSFOLIPÍDIO GRUPAMENTO BÁSICO ÁCIDO GRAXO Polipeptídeos • 2-amino-4-hidroxi-6-hidroximetil-pteridina • • Ácido diidropteróico Ácido diidrofólico • Ácido tetraidrofólico Sulfonamidas PABA Diidropteroato sistetase Ácido glutâmico Diidrofolato sintetase Diidrofolato redutase Trimetoprima para a purinas, timina e Necessário síntese de metionina, serina. Exemplo de um antibiótico que atua como ionóforo Parede Celular Bactericidas DNA Bactericidas Membrana Plasmática Bactericidas RNA Bactericidas ou Bacteriostáticos SUPER RESUMO !!! Gram-Positivas Gram-Negativas Mecanismos de resistência 1) 2) 3) Produção de beta-lactamase: Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, gram-negativos (H.influenzae, Moraxella catarralis, Escherichia coli, Proteus mirabilis, Salmonella sp, Shighella sp...) Presença de PBP de baixa afinidade pelo antibiótico Porinas que dificultam ou impedem a passagem do antibiótico Mecanismos de ação dos antibióticos 1) Agem na parede celular - bactericidas: 2) Alteram a permeabilidade da membrana plasmática: 3) Inibem a síntese protéica: 4) Inibem a síntese de ácidos nucléicos 5) Atuam na replicação cromossômica Beta-lactâmicos Penicilinas: G, V, penicilinase-resistentes (anti- estafilocócicas), aminopenicilina (ampicilina, amoxicilina),carboxipenicilinas, ureidopenicilinas, com inibidores de beta-lactamase. Beta-lactâmicos Carbapenêmicos: imipenem,meropenem; eficazes contra Gram-positivos, negativos, anaeróbios, Pseudomonas aeruginosa,todos os produtores de beta-lactamase. Beta-lactâmicos Cefalosporinas de 1ª: maioria de Gram-positivos, poucos gram- negativos (E.coli, Proteus mirabilis, Klebsiella pneumoniae); cefalotina, cefalexina Cefalosporinas de 2ª: mais gram-negativos que a 1ª (H.influenzae, N.gonorrheae, N.meningitidis...); cefuroxime, cefoxitina Cefalosporinas de 3ª: gram-negativos entéricos>gram-positivos. Usadas em PAC, meningite bacteriana, infecções nosocomiais. Não agem contra P.aeruginosa, Acinetobacter sp ou S.aureus; ceftriaxona, Cefalosporinas de 4ª: P.aeruginosa, gram-negativos multi- resistentes; cefepime, cefpiroma Toxicidade dos beta-lactâmicos Pode usar nas gestantes; Hipersensibilidade cutânea; Lesão renal, anemia hemolítica; Convulsões (imipenem) Macrolídeos Bacteriostáticos - inibem a síntese protéica; Exemplos: eritromicina, azitromicina, e claritromicina (H.pylori); Agem contra maioria de gram-positivos, germes atípicos, N.gonorrheae, N. meningitidis, B.pertussis, T.pallidum, Mycoplasma pneumoniae; Não agem em enterobactérias, P.aeruginosa e Acinetobacter sp. (porinas e efluxo ativo da droga pela membrana); Macrolídeos - toxicidade Na gestante, só eritromicina e azitromicina! Sintomas gastro-intestinais Aminoglicosídeos Bactericidas (inibem síntese protéica); Dependem de energia e oxigênio para entrar na membrana Exemplos: gentamicina, amicacina, estreptomicina, neomicina Agem contra gram-negativos, P.aeruginosa, H.influenzae Não têm ação contra anaeróbios e a maioria dos gram-positivos Aminoglicosídeos - toxicidade Na gestante: não!!! Nefrotóxicos, ototóxicos, principlamente em idosos, diabéticos, pacientes desidratados, com hipovolemia. Quinolonas Bactericidas (inibição direta do DNA bacteriano); Exemplos: norfloxacina, ciprofloxacina, levofloxacina;Agem bem contra aeróbios gram-negativos; indicadas em infecções urinárias, gastroenterites bacterianas, PAC... Quinolonas - toxicidade Contra-indicadas na gravidez; Evitar em crianças Metronidazol Agem apenas em bactérias anaeróbias estritas (forma radicais livres tóxicos ao DNA bacteriano); age em alguns protozoários (Giardia, Entamoeba, Trichomonas vaginalis);
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