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A FILOSOFIA E SEUS INTERCESSORES: DELEUZE E A NÃO-FILOSOFIA

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JULIANA DE ÁVILA ULGUIM
RESUMO A PARTIR DO TEXTO “A FILOSOFIA E SEUS INTERCESSORES: DELEUZE E A NÃO-FILOSOFIA” DO AUTOR JORGE VASCONCELLOS.
Universidade Federal de Pelotas 
 Curso Licenciatura em Artes Visuais
PELOTAS / RS
2015
A FILOSOFIA E SEUS INTERCESSORES: DELEUZE E A NÃO-FILOSOFIA
O autor em seus estudos referente a Gilles Deleuze nos informa que as grandes preocupações do filósofo era sobre o pensamento, este nos propondo duas questões importantes: “O que é o pensamento? e, “Em que medida é possível dar ao pensamento novos meios de expressão?”Questões estas que são relevantes para o entendimento sobre a filosofia e a não-filosofia em Gilles Deleuze. Para Jorge Vasconcellos a determinante aqui em relação a Deleuze e a sua filosofia é o problema do pensamento, de suas imagens e de seus modos de expressão.
Vasconcellos salva tal suposição de que o entendimento da filosofia de Deleuze está sempre e em constante diálogo entre o lado filosófico e o não-filosófico, e, esta não-filosofia que preocupa Deleuze é o que ele mais questiona assim sempre a problematizando. O que implica realmente para o filósofo aqui é sobre o entrosamento do pensamento em relação a assentadas idéias, como a filosofia, a arte e a ciência, estas que nos trazem diferentes maneiras de pensar e se expressar, tornando-se assim possíveis formas de pensamento sobre estes determinados assuntos.
A partir de tais direções indicativas a este filósofo, Vasconcellos segue sua tese persistindo em um enigma comum e uma importância essencial, assim para entender tal pensamento Deleuziano sobre “o problema da imagem do pensamento e do conceito de intercessores” (grifo do autor). Este filósofo para orientar-se é preciso fazer história da filosofia para compreender alguns pensamentos, para ele não só é sucinto “escolher os conceitos apropriados” (grifo do autor), mas principalmente especificar “algum problema que levou tal filósofo a inventar esse conceito” (grifo do autor). A filosofia Deleuziana reveste-se de dois campos: “a constituição dos problemas e a criação dos conceitos que daí advêm.” (VASCONCELLOS, 2005, p. 03)
Assim, entendendo mais sobre Deleuze, Vasconcellos acredita que para pintar um retrato do filósofo este primeiramente deve partir de uma “constituição do problema da imagem do pensamento e da gênese da criação do conceito de intercessores” (VASCONCELLOS, 2005, p. 03) Dentro desta análise o autor abrange dois tipos de facetas em uma mesma oscilação de pensamento, estas que para ele são indissociáveis, a crítica e a clínica – a crítica designando seu modo filosófico e a clínica constituída por representações. E, esse problema de que Deleuze menciona está prescrita em sua obra aparecendo de forma distinta entre duas idéias desse aforismo: “imagem definida como moral, representativa, dogmática; outra, nomeada de nova imagem do pensamento ou pensamento sem imagem”. (VASCONCELLOS, 2005, p. 03) O autor prescreve ainda três obras (todas elas de 1960) do filósofo que nos dá mais esclarecimentos sobre o assunto aqui tratado, são elas: “Nietzsche e a filosofia” (1976), “Proust e os signos” (1987) e “Diferença e repetição” (1988). Em ambos os frutos do filósofo este faz uma análise em relação a imagens e suas representatividades, do modo em que estas são vistas, das suas virtudes como também dos conceitos que elas sucedem. O que o filósofo quer nos dizer aqui é que
para existir uma imagem, esta já vem a partir de uma realidade do senso comum, que ela é certa, apropriada – assim, a imagem é um pensamento existente que nos remete o lado pensativo de sua filosofia natural. 
Sendo assim, Vasconcellos explica a teoria de Deleuze salientando que “o pensamento conceitual filosófico tem como pressuposto implícito uma Imagem do pensamento, pré-filosófica e natural, tirada do elemento do senso comum”. (VASCONCELLOS, 2005, p. 06) Explicando melhor nas palavras do autor, ele quer nos dizer que na realidade uma imagem já existe e que dela é que se retiram pressupostos, conceitos para tais afirmações filosóficas. Estes pressupostos que se referem não estão ligados a uma história ou de algo que aconteceu há tempos, mas sim hipóteses de um conceito dado a algum momento e que estes ainda podem prejulgar de alguma forma no futuro. O conceito para Deleuze está em primeiro lugar, e em relação a representações este pensa do mesmo jeito, pois ele acredita que antes de qualquer imagem existente esta já houvera tido algum outro conceito. A filosofia para Deleuze é uma criadora de conceitos, são os filósofos que tem esse poder de inventar novos conceitos e daí o modo pensar, trazendo de forma radical a força do pensamento – entender o que está a sua frente, poder pensar nele e dar importância para tal assunto. 
Salientando Nietzsche em Deleuze, ele nos diz que, “pensar depende necessariamente das forças que se apoderam do pensamento”, estas forças que ele menciona são as externas (os signos), estes que influenciam e que implicam de alguma forma seu modo de pensar. Fazendo uma relação entre signo, pensamento e criação, podemos dizer que ao ver um signo este nos força a forma de pensar, pois visto um símbolo, ele é interpretado, é refletido – paralelo que podemos fazer com as artes visuais, dizendo que realmente esta área é ajuizada e criadora de novas apreciações. As novas representações estão criando novos conceitos, pois partem de uma imagem real, trazendo um problema e desta dificuldade originando a solução para uma nova aceitação. 
O autor comenta também a importância de intercessores para Deleuze e que este nada mais é os conceitos citados pelo filósofo, tais importâncias que devem estar as claras na realidade filosófica de Gilles Deleuze e para seus futuros entendedores. Com esta explicação podemos entender um pouco mais a filosofia deleuziana e assim também perceber o porquê ele nos traz o conceito da não-filosofia, pois, o entrosamento da não-filosofia está ligado nas formas de pensar o lado artístico, científico e o filosófico. A não-filosofia é o entendimento, o modo de pensar sobre a arte, ciência e filosofia.
O conceito de “intercessores” é fundamental na démarche deleuziana. É por meio dele que podemos relacionar filosofia e arte, criação de conceitos e invenção de imagens, pois em Deleuze a questão fundamental do pensamento é a criação: pensar é inventar o caminho habitual da vida, pensar é fazer o novo, é tornar novamente o pensamento possível. Pensar é produzir idéias. (VASCONCELLOS, 2005, p. 09)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
VASCONCELLOS, Jorge. A Filosofia e seus Intercessores: Deleuze e a não-filosofia. Educ. Soc., Campinas, vol.26, n.93, p. 1217 – 1227, Set./Dez. 2005. Disponível em <http://www.cedes.unicamp.br>

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