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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO FARMÁCIA INDUSTRIAL DISCIPLINA DE FARMACOTÉCNICA – FID 102 CÁPSULAS Disciplina: FID102 – Farmacotécnica - F Docente: Daniele Rubert Nogueira Discente: Martina Cassol Turcato Curso: Farmácia Santa Maria, 23 de outubro de 2013 INTRODUÇÃO As capsulas são formas farmacêuticas sólidas nas quais as substâncias ativas e/ou inertes são envolvidas por um pequeno involucro de gelatina dura ou mole. As cápsulas de gelatina mole são constituídas de gelatina a qual glicerina ou um álcool poliídrico, como o sorbitol, foi adicionado. Essas cápsulas, que apresentam maior umidade do que as duras podem conter um conservante, como metilparabenos e/ou propilparabenos. Podem ser ovais, oblongas ou redondas podem ser coloridas, transparentes e/ou opacas. São usadas para encapsular líquidos, suspensões, materiais pastosos, pós secos ou até mesmo comprimidos pré-formados. As capsulas de gelatina dura são compostas por gelatina, açúcar e água, e podem ser coloridas, transparentes e/ou opacas. É estável na presença de ar e instável na presença de água. Nessas formulações secas, os componentes ativos e inativos devem ser misturados completamente para assegurar a uniformidade da mistura de pós para o preenchimento das cápsulas. Os estudos de pré-formulação são realizados para determinar se todos os pós da formulação podem ser efetivamente misturados como tais ou requerem a redução do tamanho de partícula ou outro processo para a obtenção de misturas homogêneas. Um diluente pode ser adicionado à formulação para produzir um volume adequado na cápsula. Para obter distribuição uniforme, é vantajoso que a densidade e o tamanho de partícula sejam similares. Pós triturados podem ser misturados com eficácia, resultando em distribuição uniforme quando a dose do fármaco for igual ou maior que 10 mg. OBJETIVOS: Preparação de 30 cápsulas de gelatina dura de Ácido Acetil Salicílico de 100 mg, tendo como diluente a lactose. PROCEDIMENTOS: Primeiramente faz-se os cálculos, onde determina-se a quantidade de ácido acetil salicílico necessária para a preparação de 30 cápsulas contendo 100 mg, obtêm-se: Capsula de nº 1 (única disponível) suporta 0,48- 0,5 mL, portanto: Porém a lactose disponível esta na forma de pó, calculando-se o peso em gramas necessário de lactose cuja densidade aparente é de 0,62 g/mL, obtêm-se: Isso é o que deve-se pesar para a preparação de 30 cápsulas. Após, as pesagens de cada constituinte procede-se a mistura de ambos manualmente, através do método de diluição geométrica, onde procede-se adicionando a um gral 1,5 gramas de lactose (primeiro adiciona-se o diluente para fechar os poros do gral e não perder tanto princípio ativo) e 1,5 gramas de Ácido Acetil Salicílico, tritura-se e homogeniza-se bem a mistura com o pistilo, após adiciona-se as 3 gramas de mistura já formada mais 3 gramas de lactose e 1,5 gramas de AAS, tritura-se e homogeniza-se bem novamente, após adiciona-se mais 2,51 gramas de lactose as já formadas 7,5 gramas da mistura, homogeniza-se e mistura-se bem, obtendo 10,01 gramas de mistura. Após, feita a mistura dos pós, coloca-se as cápsulas uma a uma na encapsuladora manual, com o corpo para baixo e a tampa para cima, após remove-se a tampa, e nivela-se os corpos das capsulas. Feito isso, a mistura homogênea é derramada sobre a encapsuladora, e o pó é distribuído pelas cápsulas com uma espátula. Para que todo o pó sirva nas cápsulas, é necessário algumas batidas para a compactação do pó dentro da cápsula. A seguir coloca-se as tampas nas cápsulas com cuidado para evitar perda de pó então é necessário poli-las com gaze para retirar o excesso de pó ao redor. A seguir procede-se o controle de qualidade do lote. CONTROLE DE QUALIDADE: Procede-se o controle de qualidade pesando-se 20 cápsulas do lote produzido, pesando-se uma por uma fechada com os pós, após esvazia-se a mesma, limpando a cápsula e a pesando-a novamente vazia. O peso obtido de pó em cada pesagem apresenta-se a seguir: 1: 0,35 g 2: 0,34 g 3: 0,35 g 4: 0,28 g 5: 0,32 g 6: 0,30 g 7: 0,32 g 8: 0,34 g 9: 0,30 g 10: 0,31 g 11: 0,35 g 12: 0,36 g 13: 0,33 g 14: 0,32 g 15: 0,31 g 16: 0,35 g 17: 0,33 g 18: 0,31 g 19: 0,34 g 20: 0,32 g Com os valore obtidos pode-se calcular o peso médio do conteúdo. Segundo a Farmacopéia Brasileira pode-se tolerar não mais que duas unidades fora dos limites, porém nenhuma poderá estar acima ou abaixo do dobro das porcentagens indicadas na tabela: Forma farmacêutica em dose unitária Peso médio Limite de variação Cápsulas duras e moles Menos que 300mg 300 mg ou mais ± 10,0% ± 7,5% O peso médio de pó obtido nas cápsulas foi de 0,3265 gramas. Calculando o peso máximo e mínimo obtemos os valores de: Peso máximo: Peso mínimo: Peso máximo permitido: Peso mínimo permitido: Obtém-se então, que as cápsulas 4 e 12 se encontram fora do limite de variação permitido porém, ainda encontram-se dentro do dobro acima ou abaixo das porcentagens indicadas. Calculando-se o desvio padrão obteve-se 0,021095, e um coeficiente de variação: CONCLUSÃO A partir dos cálculos apresentados obteve-se que o lote se apresentava dentro dos padrões de qualidade exigidos apesar de ter havido algumas possíveis perdas de material no meio do processo de encapsulamento. O coeficiente de variação porém, não apresenta-se dentro dos limites propostos que seriam inferiores a 4%. Mas ainda assim, o lote apresenta-se dentro das especificações necessárias. BIBLIOGRAFIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Centro de Ciências da Saúde. Farmacotécnica Santa Maria [37-]. Dalmora, M. E. A.; Canto, G. S.; Silva, C.B. ANSEL, H.C; POPOVICH, N.G.; ALLEN JR., L.V. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
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