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Direito Administrativo I - 1º bimestre

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23/07/12
Celso antonio bandeira de Mello – Curso de Direito Administrativo.
O Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que disciplina o exercício da função administrativa, bem como pessoas e órgão que a desempenham.
Personalidade – sujeito de direitos e obrigações
 - pessoa natural
 - pessoa jurídica – direito público – Interno: união; Estados; DF; Municípios, Territórios, Autarquias, Fundações Públicas.;
 - Externo (Internacional): Estados e O.I. 
 - direito privado – Associações; Fundações; Empresas; Partidos políticos; Organizações religiosas.
Estado – Entidade política formada por 3 elementos:
Povo: - nacionalidade – vínculo jurídico com o Estado.
 - cidadania – vínculo político com o Estado.
 - população – dado numérico dos residentes do Estado.
2) Território: - Fronteira= jurisdições diferentes.
 - Divisa = Jurisdições iguais.
3) Governo Soberano: Será exercido por meio dos poderes do Estado.
Poderes do Estado:		CF/Emendas
	Leis
	 Decreto
	Resolução
Função atípica = cada poder exerce a função do outro.
FUNÇÕES TÍPICA E ATÍPICAS DOS 3 PODERES:
- Legislativo: Fç Típica = cuidar do sistema jurídico estatal. (organiza)
 Fç Atípica = Julga, por exemplo, o presidente da república por crime de responsabilidade; Cuida de vencimentos de servidores.
- Executivo: Fç Típica = Administração do bem público. (interesse público).
		 Fç Atípica = Criar normas, julgar processos. 
- Judiciário: Fç Típica = Julgar ameaça ou lesão à direito.
		 Fç Atípica = Criar normas, por exemplo, as normas internas dos tribunais; cuida da administração de bem público, por exemplo, análise de ilegalidade dos atos administrativos.
OBS.: Falar em poderes do Estado é diferente de poderes da administração pública. Esta se apresenta como uma das funções estatais e, portanto possui prerrogativas próprias.
26/07/2012
Organização do Estado
Regime de Governo:
Democracia: está sob dois pilares a liberdade e a informação. 
Ditadura: A norma recai sobre o direito de escolha no tocante a sua liberdade (alimentação, informação, vestuário, lazer, opção religiosa), entrando em uma liberdade privada.
Sistema de Governo:
Chefe de Estado = fç representativa
Chefe de Governo = fç de chefia/ governamental
Presidencialismo: O Chefe de estado está na mesma pessoa que o chefe de governo.
Parlamentarismo: O chefe de Estado é diferente do chefe de governo. Ex.: Na Inglaterra, o 1º ministro é o chefe de governo.
Forma de Governo:
Monarquia: Vitaliciedade e hereditariedade.
República: Tempo determinado (mandato) e eleição.
Forma de Estado:
Estado Unitário: Ex.: Portugal. Poder centralizado, unicameral (uma única assembleia geral que cuida dos interesses do país).
Estado Federal: Ex.: Brasil. Poder descentralizado, é divido entre entes federados autônomos (os estados tem a sua própria legislação). Estado bicameral (tem duas casa legislativas: câmara ‘interesse do povo’ e o senado federal ‘interesse dos estados’.
PERGUNTA:
OAB – Sabendo-se que o Estado brasileiro é representado por uma federação e, portanto pelos seus entes federados, estes são governados por um sistema bicameral. VERDADEIRO ou FALSO?
Resposta: Falso, pois a federação brasileira é bicameral, os entes federados (a União não entra) são unicamerais, representando os estados a assembleia legislativa, representando os municípios a câmara de vereadores, representando o DF a câmara legislativa.
Art. 1º da CF (divisão territorial) não fala da União, já no art. 18 fala, porém aqui se trata da divisão político administrativo.
DO REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
Cada ramo do direito possui um regime jurídico, ou seja, um conjunto de normas próprias, que lhe concedem dessa forma autonomia. Assim o direito administrativo possui seu próprio regime jurídico sendo, portanto um ramo autônomo do direito.
Regime jurídico = conjunto de normas, que concede autonomia a determinado ente.
Ramos do direito = são autônomos, por exemplo, o direito civil, o penal, têm suas próprias normas, assim como o direito administrativo.
NORMAS: 
- Regras: É específica de cada ramo do direito, por exemplo, no código penal art. 121 – matar alguém – só importa para o código penal.
- Princípios: Tem caráter geral, tendo assim função de unir o ordenamento jurídico, ele dá unidade ao ordenamento jurídico. Ex.: Legalidade, liberdade, dignidade humana, etc.
OBS.: As regras podem, quando aplicadas a um mesmo caso concreto, apresentar conflitos, ou seja, choque. No entanto, nos princípios não há choque, e sim ponderação. Ex.: Matar alguém no transito, há um choque de regras entre a lei penal e o código de trânsito. Mas é usado o código de trânsito, pois lei especial sobressai lei geral.
PONDERAÇÃO:
Um homem está sendo acusado por homicídio duplamente qualificado, envolvendo duas crianças, no município de vila velha. O jornal local diariamente tem noticiado o fato.
	O advogado do réu, então, ingressa com uma ação judicial com o objetivo de paralisar as informações, fundamentando-se no princípio da dignidade humana. 
	O homem fora condenado a 20 anos de prisão. Depois de cumprida a sentença, no dia de sua soltura, o jornal novamente retoma a história e volta a divulgá-la. O advogado por sua vez retoma a ação judicial contra o jornal, com os mesmos fatos e fundamentos anteriores.
Momento 1 = princípio da dignidade humana x principio da liberdade/ publicidade.
Momento 2 = princípio da dignidade humana x princípio da liberdade/ publicidade.
Qual prevalece em cada caso?
No 1º momento é o principio da liberdade, pois há um interesse público. Função social. 
No 2º momento é o princípio da dignidade humana, pois não há função social nesta informação. O momento agora é o dele se inserir na sociedade, e isso o prejudicaria. 
PRINCÍPIOS BASILARES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
Supremacia do poder público/ interesse público/ interesse subjetivo público (Interesses particulares, mas com um único objetivo (bem público/ bem comum) em relação ao interesse privado/particular. 
Pergunta: (OAB) – A supremacia do poder público, na concepção moderna é absoluta em relação ao interesse particular. 
Verdadeiro ou Falso? A alternativa é falsa porque na concepção moderna existem garantias constitucionais no setor privado, normas de direito privado aplicados no setor público. Adoção de regimes híbridos na administração (público e privado) e etc.
BOX: Crime: Fato típico, Ilícito e Culpável. 
Excludentes: Ilicitude (Leg. Defesa, estado de necessidade, 
e.e.d.legal
) Punibilidade, Culpabilidade.
Se, passa a ser lícito, quer dizer que o direito a vida não é absoluto.
Indisponibilidade dos bens públicos.
Significa dizer que um bem público não poderá ser livremente disposto pelo administrador público, ou seja, sua disposição deverá respeitar os parâmetros da lei.
Bem Público:
De uso comum do povo: praças, ruas, avenidas. Ex.: art.225 CF (meio ambiente). Gratuito? Livre acesso? Não necessariamente.
Especial: é aquele destinado à prestação do serviço público. Ex.: prédios públicos.
Dominicais: representa o bem que não tem serventia para a administração pública, e dessa forma, aquela poderá se desfazer do mesmo, seja por doação ou por alienação, na forma da lei. Ex.: doação em pagamento; bens sem utilidade.
9605/98 (crimes ambientais, art.25: produtor crime ambiental, ex.: madeira – pode ir para doação. Instrumentos de crime = alienação, vai à leilão = licitação.) 
OBS.: Os bens especiais podem passar por um processo chamado DESAFETAÇÃO, ou seja, por lei, vão assumir um caráter privado que lhe possibilitará a alienação.
OBS.: Conforme o CC/02 art. 99, os bens dominicais pertencem às pessoas jurídicas de direito público, mas assumem um caráter privado, o que permite assim, sua alienação ou doação na forma da lei.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (ART. 37, CF)
LIMPE
Legalidade: a administraçãopública está vinculada à permissão legal para agir. Não havendo lei, a administração pública não pode promover qualquer ato administrativo que dependa da lei.
OAB/2011 – A discricionariedade:
É mera oportunidade e conveniência da administração pública.
Falso.
Obs.: Existe um ato administrativo chamado discricionário, neste o administrador pode manifestar a sua vontade, com base na conveniência e oportunidade administrativa, na forma da lei. Ex.: Nomeação e exoneração de cargos comissionados. 
Há conveniência e oportunidade quando a lei permitir. O gabarito está errado, não são meras disposições do administrador público, uma vez que, pelo Princípio constitucional da legalidade, a sua vontade tem que estar fundamentada na lei.
Impessoalidade: O exercício da função pública exige do administrador uma atuação impessoal, ou seja, sem privilégios ou ideais (aplicação) de cunho particulares.
Moralidade: Significa a probidade na administração pública. Dessa forma, fala-se na honestidade e diligencia da prestação do serviço público. A desobediência acarreta o que se conhece por “Improbidade Administrativa” – quando a administração não é ética (§ 4º, art. 37, CF) – Consequências da improbidade: perda da função pública; suspensão dos direito políticos (art.15 CF); indisponibilidade dos bens; ressarcimento ao erário (ressarcimento ao setor financeiro); ação penal quando cabível, ou seja, quando a improbidade for um tipo penal.
Publicidade: (art. 37, §1º) Os atos praticados pela administração pública devem ser públicos no sentido informativo e educativo, não contendo nomes, símbolos e nada que represente vinculação pessoal à administração. Deve ser entendido junto ao art. 5º da CF que traz a exceção da declaração de segredo pela lei ou pela autoridade. 
Eficiência: Foi incluído por uma emenda constitucional nº 19/98 e trata do bom andamento da máquina administrativa, ou seja, qualidade na prestação do serviço público. 
16/08/12
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Administração direta: é quem diretamente administra o poder, sendo eles:
- União;	
- Estados;
- Municípios;	 Pessoa jurídica de direito público interno.
- DF.
Administração indireta:
- Autarquias;
- Fundações públicas;
- Sociedade de economia mista;
- Empresas públicas.
A administração indireta é criada pela administração direta.
DESCONCENTRAÇÃO: É o processo pelo qual a administração direta cria órgãos para seu auxilio na administração pública desprovidos de personalidade, ou seja, não é sujeito de direitos e obrigações, e estão subordinadas a ela.
DESCENTRALIZAÇÃO: É o processo pelo qual a administração direta cria pessoas jurídicas (administração indireta), ou seja, sujeito de direitos e obrigações, para seu auxilio, não havendo subordinação, e sim controle e fiscalização. 
Art. 37 §6º
DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
Obs.: A administração pública é integrada por pessoas jurídicas de direito público e de direito privado. Portanto, possui regimes híbridos, ou seja, regime particular na prestação de serviço público. Como a sociedade de economia mista e as empresas públicas.
DIREITO PÚBLICO
Art. 37, inc. XIX.
- Autarquia: criada por lei específica; e tem finalidade social específica e não econômica, como tem o setor privado. Ex.: INSS, UFES, IFES. 
- Fundações Públicas: Criadas por lei, e tem função social.
A lei autoriza a criação da fundação, após cria-se uma lei complementar para definir a área de atuação desta fundação.
DIREITO PRIVADO (regime híbrido) -> Setor econômico.
- Sociedade de economia mista [capital público e privado]: Banco do Brasil S/A, banestes S/A, Petrobrás S/A. São de direito privado, pois se cria uma sociedade, uma empresa. As normas para a criação desta estão no código civil/02. Todo o andamento desta pessoa jurídica é resolvido por 50% + 1 das ações.
- Empresa pública [capital é exclusivamente público]: Caixa econômica federal, correios. O interesse nacional na prestação deste serviço é muito mais evidente do que na sociedade de economia mista. Há maiores interesses particulares.
18/08/2012
RESPONSABILIDADE DO ESTADO
(Art. 37 – CF/88 §6º)
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
TEORIAS DA RESPONSABILIDADE OU DO RISCO ADMINISTRATIVO:
Toda responsabilidade tem que ter um dano e alguém que o cause. O vínculo entre esses chama-se nexo de causalidade.
O nexo de causalidade encontrado no § acima é: “nessa qualidade”
Objetiva: dano + agente público que causou o dano + nexo de causalidade. (Não importa verificação de dolo e culpa).
“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros”.
Para o estado e os entes públicos tem responsabilidade objetiva.
Subjetiva: dano + agente + nexo de causalidade + dolo e culpa.
“Assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”
Cobra o valor pago pelo estado do ente público responsável.
Depois que o Estado paga o dano, o mesmo tem direito de regresso contra o agente público que causou o dano. Neste momento analisa se houve dolo o culpa do agente. Não é mais uma responsabilidade objetiva, chama-se: subjetiva. Qual foi a real participação (o que realmente aconteceu) no prisma todo.
Ex.: Cair com o carro em um buraco, o estado deve indenizar a vitima. (responsabilidade objetiva) O estado cobra o valor pago do ente responsável por não ter colado, por exemplo, uma placa naquele lugar, dolo ou culpa. (responsabilidade subjetiva) – Teoria do Risco Administrativo.
No caso de omissão do estado o STF diz que a responsabilidade é objetiva. Já o STJ entende que a responsabilidade é subjetiva.
RESPONSABILIDADE (OU CULPA) CONCORRENTE.
Quando a vítima e o agente concorrem para o dano, os danos serão compensados. O fato da vítima ter culpa, não retira a culpa da administração.
Existe a teoria do risco chamada integral que significa que não há excludentes para a responsabilidade. O Brasil adotou a teoria do risco administrativo, ou seja, perante as excludentes legais, retira-se a responsabilidade do estado. 
Obs: nos casos de omissão do Estado, a doutrina entende que a responsabilidade é subjetiva. 
O STJ concorda com isto. O STF concorda com o art 37, parágrafo 6º (toda a regra estudada). 
EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE:
Culpa exclusiva da vítima.
Ambulância do Corpo de Bombeiros envolveu-se em acidente de trânsito com automóvel dirigido por particular, que trafegava na mão contrária de direção. No acidente, o motorista do automóvel sofreu grave lesão, comprometendo a mobilidade de um dos membros superiores.
Nesse caso, é correto afirmar que
	a)
	existe responsabilidade objetiva do Estado em decorrência da prática de ato ilícito, pois há nexo causal entre o dano sofrido pelo particular e a conduta do agente público.
	b)
	não haverá o dever de indenizar se ficar configurada a culpa exclusiva da vítima, que dirigia na contramão, excluindo a responsabilidade do Estado. 
	c)
	não se cogita de responsabilidade objetiva do Estado porque não houve a chamada culpa ou falha do serviço. E, de todo modo, a indenização do particular, se cabível, ficaria restrita aos danos materiais, pois o Estado não responde por danos morais.
	d)
	está plenamente caracterizada a responsabilidade civil do Estado, que se fundamenta na teoria do risco integral.
Caso fortuito ou força maior.
Obs: Teoria do risco administrativo (assumir o risco da sua atividade) é diferente da teoria do risco integral (que não admite excludentes e não é adotada no Brasil)
 20/08/2012
 AGENTES PÚBLICOS
Conceito: é todo aquele no exercício de uma função pública, vinculado ou não ao poder público, de forma remuneradaou não. Ex: mesário de eleição; integrante do corpo do júri; os chefes do pode executivo; concursados; cargos comissionados, etc.
 23/08/2012
CLASSIFICAÇÃO:
Agentes Políticos: São aqueles que possuem uma situação especial na CF/88. Ex.: chefes do executivo, parlamentares do poder legislativo (mandato eletivo). Estes agentes sofrem ação de responsabilidade, improbidade administrativa, etc.
Agentes Administrativos: Prestam serviço público na administração pública:
- Servidores efetivos: Regido por um estatuto. Cargo por concurso público.
- Servidores celetistas: (empregados públicos) concurso público-CLT.
- Cargos comissionados: livre nomeação e exoneração.
- Contratos temporário (DT’s): designação temporária.
- Estagiários.
- Terceirizados.
 3) Agentes Delegados: O Estado manifesta sua vontade por meio dos seus agentes e podem estes ter vinculação direta com o ente ou podem ser delegados, ou seja, aqueles que receberam um serviço público mediante delegação.
3.1) Concessão:
- Contrato por tempo determinado. Ex.: rodosol (25 anos)
- Oneroso.
- O poder público pode rescindir de forma unilateral indenizando o terceiro de boa fé. (princípio da supremacia do poder público).
3.2) Contratos de permissão:
- São contratos por tempo indeterminado. Ex.: bancas de jornal.
- Onerosos ou não.
- O poder público pode rescindir o contrato, de forma unilateral, que não gera indenização.
- Contratos precários (doutrina).
3.3) Autorização:
- Caráter precário.
- Atinge interesses privados.
 4) Agentes Honoríficos: Agentes particulares no exercício da função pública. Ex.: amigos da escola, mesário, voluntários em geral, corpo de jurados.
 5) Agentes Credenciados: São aqueles que possuem uma credencial que lhes resguarda o direito de representar uma autoridade em situações oficiais. Ex.: ministro das relações exteriores ao assinar um tratado internacional em nome do presidente da República.
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Poder hierárquico: Representa o poder de se auto organizar, criando órgãos e agentes públicos, delegando e avocando (retomar) competências, fiscalizando a atuação dos seus subordinados e atribuindo, por fim, designações e ordens de serviço.
 Poder regulamentar: Representa a função atípica do poder executivo, uma vez que este pode criar atos normativos como: regulamentos, decretos, dentre outros.
Obs.: No entanto, este ato normativo (norma diferente de lei) não possui caráter inovador. 
Poder disciplinar: Cuida da aplicação de penalidades aos agentes públicos, por meio de processo administrativo, garantido-se a ampla defesa e o contraditório. Poder do administrador de punir seu servidor. Ex.: advertência, suspensão, demissão, cassação de aposentadoria ou da disponibilidade.
Obs.: Para penalidades com advertência e suspensão com pequeno prazo ( mais ou menos 15 dias) é aberta somente uma sindicância. Para os demais casos, a sindicância já é parte do processo administrativo.
Trabalhos: 13/08 ok; 27/08; 17/09 – consulta
Poder vinculado: Significa que a administração pública está vinculada à literalidade da lei. 
Poder discricionário: Também deve obedecer a letra da lei, no entanto é permitida a manifestação de vontade do administrador. (conveniência e oportunidade)
Ex.: Lei 10826/03 (porte de arma)
Art. 4º/§6º = “o registro será no comando do exército,... concedido ou recusado, com a devida fundamentação”.
Poder vinculado ou discricionário? É discricionário, pois eu manifesto a minha vontade.
Ex.: Lei 8112/90 (servidor da união)
“ao atingir 70 anos, o servidor público deverá ser compulsoriamente aposentado”. (aposentadoria compulsória).
Poder vinculado ou discricionário? Vinculado, pois tem que seguir o que está na lei, exatamente, e não há outra opção.
Poder de polícia: É um poder meramente administrativo, fiscalizatória e também punitivo que pode apresentar-se de forma gratuita ou onerosa, tem por base o princípio da finalidade, ou seja, o interesse público e assim procura limitar o direito privado em prol da coletividade.
- Autoexecutoriedade: a administração pública não precisa de autorização judicial para agir.
Obs.: Salvo se uma das partes invocar o poder judiciário e então este fará parte do processo. 
- Coercibilidade: a administração possui meios de garantir o cumprimento de um ato administrativo ainda que necessite de auxílio policial ostensiva (policial fardado). Tem que ocorrer nos limites da lei, se não assim não for haverá abuso de poder, que é quando se extrapola os limites da lei.
	Abuso de poder: 
		. Propriamente dito: quando o agente extrapola os limites legais de atuação.
		. Desvio de finalidade: ex.: reverter verbas da educação para a saúde.
- Discricionariedade: o administrador, dentro da lei, pode atuar conforme conveniência e oportunidade, desde que respeite dois princípios: proporcionalidade e razoabilidade. 
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Administração Pública (função estatal) – Exercida pelos 3 poderes:
- de forma típica = pelo poder executivo que atua com o auxílio dos seus órgãos e agentes públicos (podem ser agentes públicos delegados – concessão, permissão e autorização). Esta atuação sofre controle de todos os 3 Poderes.
- de forma atípica = legislativo e judiciário.
FORMAS DE CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:
Quanto ao órgão:
Executivo: autotutela, que significa que a administração pública pode anular ou revogar seus próprios atos. Que é diferente de autoexecutoriedade que é quando você não precisa do poder judiciário para agir.
Revogação: tem como fundamento a conveniência e oportunidade (mérito administrativo).
Ex.: Licitação------------greve dos servidores
 |
 Revogação-------- (ex nunc)
Anulação: tem como fundamento a ilegalidade. Quer dizer que o ato administrativo é ilegal. 
Ex.: Licitação------------fraude
 |
 (ex tunc)------anulação
 
Judiciário: controla a legalidade dos atos administrativos. É um controle externo, ou seja, está fora do poder executivo.
Obs1: O controle acerca da legalidade do ato administrativo pode ser feito pela própria administração (autotutela) ou pelo poder judiciário.
Obs2: Já o controle do mérito é feito apenas pela administração pública. No entanto, pode o poder judiciário controlar o mérito se este ultrapassar os limites legais. 
Legislativo: O controle será feito por meio do tribunal de contas, que fiscalizará as contas e os gastos públicos. É um controle externo.
Tribunal de contas:
- União: que cuida das contas federais.
- do estado.
- RJ/SP: há dois tribunais de contas um municipal e um estadual.
Quanto ao âmbito:
Controle Externo = legislativo e judiciário.
Controle Interno = hierárquico e tutelar.
Hierárquico: realizado dentro da mesma esfera de poder, ou seja, dentro da mesma esfera administrativa, p.ex., um processo disciplinar envolvendo um órgão e seu agente ou uma fiscalização de um departamento por uma secretaria. 
Tutelar: Envolve mais de uma esfera de poder, podendo ser um órgão e uma pessoa jurídica ou duas pessoas jurídicas. Ex.: a União fiscalizando uma autarquia federal (INSS).

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