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Resumo Direito Administrativo I

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DIREITO ADMINISTRATIVO I
Conteúdo programático
1. Direito administrativo. Administração pública
- função administrativa
- conceito. Sentido objetivo e subjetivo
- administração pública direta e indireta
- organização administrativa. Centralização e descentralização.
- entes de cooperação: sistema S 
2. Princípios da administração pública 
- constitucionais LIMPE (art. 37 CF)
- supremacia do interesse público
- segurança jurídica 
- razoabilidade e proporcionalidade
3. Servidores públicos 
- classificação
- regimes jurídicos 
- responsabilidade
4. Poderes e deveres do administrador 
- poder dever de agir
- abuso de poder
- poder administrativo 
- vinculação e discricionariedade
5. Poderes instrumentais 
- regulamentar
- hierárquico, disciplinar
6. Poder de polícia 
- atributos 
- conceitos
7. Ato administrativo 
- conceito
- elementos
- classificação 
- validade, invalidade 
8. Órgãos públicos 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Abaixo as pessoas jurídicas que tem como obrigação desenvolver/prestar o serviço público em prol da sociedade. PS: órgãos não são pessoas (ex. prefeitura), mas sim município. 
- Administração pública direta: união, estado, município e distrito federal = poder centralizado, pessoa jurídica de direito público. 
- Administração pública indireta: autarquia (se for criada público, se for autorizada privado), empresa pública, sociedade de economia mista e fundação (se for criada público, se for autorizada privado) = descentralização que auxiliam a adm. Direta, prestadoras de serviço público. Pessoa jurídica de direito privado 
Quando se cria uma pessoa jurídica por lei ela é pessoa jurídica de direito público, quando se autoriza a criação elas são pessoas jurídicas de direito privado (correios, Petrobras, banco do Brasil). 
Empresa e Sociedade de economia mista – surgem por conta do art. 173 da CF, são autorizadas a nascer, são privadas, seguem obrigações civil e trabalhistas normais, com algumas peculiaridades, regime celetista
Direito administrativo: ramo autônomo - nasceu no fim do século18 e início século 19.
 
-Idade média era época das monarquias absolutas (Poder pertencia ao Soberano): Rei acima de tudo: teoria da irresponsabilidade do Estado: Rei decidia conflito entre particulares. 
-Direito Administrativo teve início com o direito Constitucional e outros ramos de direito Público, a partir do momento em que começou a desenvolver-se o Estado Moderno. O direito público se torna responsável pela sociedade – excludente: força maior, mas se provar que o poder público tinha o dever legal de agir se torna responsável (ex. transtornos em SP por causa da chuva, poder público alegou força maior, no entanto, a anos esse fato ocorre, sendo assim teriam que ter feito algo). 
-Brasil: 1934: influência direito Francês e Italiano: (Teoria Responsabilidade e Ato Administrativo)
-1988: Principais inovações:
Conceito: ramo de direito público por objeto órgãos, agentes e pessoa jurídica administrativa que integram a Adm. Pública: atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens que utiliza p/ consecução de seus fins: de natureza pública
*Poder Executivo é suficiente para definir direito administrativo? não, os outros também exercem atividades e manifestam atos administrativos.
- Administração Pública: possui 2 sentidos
1) Objetivo:
É a natureza da atividade exercida pelos entes, é a função administrativa que income ao Poder executivo:
As atividades de ofender concretamente o interesse coletivo: é a função administrativa
A administração é um interesse da coletividade
Abrange:
a) Desapropriação
b) Incentivo a iniciativa privada de utilidade pública Ex: auxílio financeiro por conta dos orçamentos públicos.
c) Financiamento: sob condições especiais para construir hotéis, turismo, construção civil
d) Favores ficais
e) Polícia administrativa – atividade de execução das limitações administrativas
f) Serviços públicos: é toda atividade que a adm. publica executa diretamente ou indiretamente para satisfazer a necessidade coletiva – sob Regime Publico
g) Intervenção: regulamentação e fiscalização da atividade econômica de natureza econômica e atuação direta do Estado no domínio econômico (por meio de estatais)
Obs.: Art.: 173§1 CF
2) Subjetivo: 
· Função administrativa é exercida pelos órgãos do Poder executivo.
· A adm. P. é composta por todos os órgãos integrantes das pessoas jurídicas políticas (União, Estado, Município e DF) 
· Adm. P. Direta: é o conjunto de órgãos que integram as pessoas federais. 
Ela designa os entes que exercem a atividade administrativa (pessoa jurídica, órgãos e agentes públicos). Toda atividade administrativa é uma atividade pública que deve visar a sociedade, caso contrário é abuso de poder com desvio de finalidade (ex. corrupção). Órgãos não são pessoas, mas fazem parte da administração (repartição pública, prefeitura e etc. não são pessoas – teoria do órgão público)
Função administrativa é exercida pelos órgãos do poder público
- a administração pública é composta por todos os órgãos integrantes das pessoas jurídicas políticas (união, estado, município e distrito federal). São órgãos da administração pública direta. 
OBS: a lei pode determinar a execução indireta da função administrativa transferindo para pessoa jurídica com personalidade de direito público ou privado administração pública indireta (para intervir na atividade econômica 0- descentralização). 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA - pessoas que compõe a administração pública 
Federação e autonomia: forma de Estado em que ao lado do poder político central e soberano – há entidades políticas internas componentes do sistema com competência (CF).
Características básicas: descentralização política, poder de auto constituição, participação da vontade dos entes integrantes na formação da vontade política.
Organização administrativa: são normas jurídicas que reagem a competência, relação hierárquica, situação jurídica, atuação, controle no exercício da função administrativa.
Fundamento:
Centralização: o estado executa suas tarefas diretamente
Descentralização: o estado executa suas tarefas indiretamente
Desconcentração: desmembra os órgãos para melhor organização administrativa 
I. Administração pública direta - centralizada (união, estado, município e distrito federal). 
É o conjunto de órgãos que integram as pessoas federativas: aos quais foi atribuída e competência para o exercício de forma centralizada das atividades administrativas do Estado. *
Administração Pública é titular e executora do serviço público. 
Composição: 1 – federal 2 – estadual 3 – municipal
- se constitui de serviços integrados na estrutura administrativa (ministérios, presidência, secretarias, governadorias, qualquer repartição). Aquilo que está previsto na CF/88 é o que compete a cada ente. 
II. Administração pública indireta (descentralizada): conjunto de pessoas administrativas que vinculada à administração pública direta – tem objetivo de desempenhar atividade administrativa de forma descentralizada. Possuem autonomia, mais são fiscalizados. Executa os atos de prestadoras de serviço que foi transferida pela direta. 
Objetivo: celeridade e eficiência
Composição da administração pública direta - pessoas jurídicas com personalidade jurídica própria.
1 – esfera Federal: administração pública direta da união se compõe de órgãos de duas classes distintas (presidência da república e ministérios). Presidente é o chefe da administração, exemplo de outros órgãos casa civil, secretaria geral, conselho da republica, ministérios. 
2 – esfera estadual: composta de governadoria do estado, secretarias estaduais 
3 – esfera municipal: composta por prefeitura e secretarias 
Princípios: Art. 37 CF
1- Principio da Reserva legal: art.37, inciso XIX e XX da CF
2- Princípio do controle: A adm. pública indireta não tem liberdade integral: sujeita ao controle da Adm. Pública Direita.
a. Aspectos: a) controle político: os dirigentes da Adm. P. Indireta: são escolhidos pela autoridade competente da Adm. Pública
b. Controleinstitucional: finalidade
c. Controle administrativo: fiscalização
Entes da administração pública indireta 
AUTARQUIA - pessoa jurídica administrativa
Pessoa jurídica de direito público integrantes da administração pública indireta. Criado por lei para desempenhar funções próprias e típicas do Estado, não exerce atividade econômica, tem como objetivo prestação de serviço público em qualquer esfera. 
* Personalidade jurídica. Decreto 200/67 art. 5. 
· Criação, organização e extinção: Lei de iniciativa do chefe do executivo (conveniência/necessidade) 
· organização: através de ato administrativo (decreto) 
· extinção: lei (sempre)
· objeto: executar serviços públicos de natureza social e de atividade administrativa - COM EXCLUSÃO DOS SERVIÇOS E ATIVIDADES MERCANTIS.
· Classificação
1. Quanto ao nível federativo – art. 18 CF
a. Federais, estaduais, municipais e distritais ligadas a administração pública direta 
OBS: não são admissíveis autarquias {intermunicipais, interestaduais > art. 241 CF gestão associada. 
*Se há interesse de Estados e de municípios para executar serviços comuns devemos interessados celebrar convênios ou consórcios administrativos (lei n° 11.107/05) – Constituindo essa forma de cooperação a gestão associada.
2. Quanto ao objeto - podem ser 
a. Autarquias assistenciais: auxiliar regiões menos desenvolvidas ou categorias sociais especificas, exemplo, ANDNE (agenda nacional do desenvolvimento do nordeste), INCRA. 
b. Autarquias previdenciárias: INSS
c. Autarquias culturais: educação e ensino, exemplo, UFRJ 
d. Autarquia administrativa: Banco Central
e. Autarquia associativa: consórcios públicos (associações públicas)*. 
f. Autarquias profissionais: fiscalizar atividade profissional, conselho da medicina. A OAB também seria um, no entanto, ela é um “plus”, pois tem sua função estabelecida na CF, o advogado acaba exercendo uma função de agente público, de fiscalização de direitos humanos e cidadania. Sendo assim a OAB não está dentro da adm. Publica indireta. 
OBS EXCEÇÃO: OAB - é entidade independente, não integra a administração pública indireta “sui generis”
g. Autarquias de controle: agências reguladoras. Lei nº 9491/97 – institui plano de desestatização (PND) com o objetivo estratégico de reduzir o déficit público e sanear as finanças públicas. 
- transfere à iniciativa privada atividades que o Estado exercia. 
- função principal: controlar em toda sua extensão a prestação de serviços públicos. Exemplo: ANATEL, ANEEL, ANAC, ANA, ANVISA, ANP, ANS.
3. Quanto ao regime jurídico: autarquia de regime especial:
a. Agências Reguladoras: lei n° 9491/97
b. Institui o plano nacional de Desestatização, com o objeto estratégico de reduzir déficit público e sanear as finanças governamentais: transferindo a iniciativa privada atividades que o estado exercia
c. São criadas sob a forma de autarquias (ex. ANA, ANATEL, ANS, ANVISA, ANP, ANCINE, ANAC, ANATEL…)
d. Função principal: controla em toda sua extensão a prestação dos serviços públicos e o exercício de atividade econômica e a atuação das pessoas privadas que possam executa-los
e. Regime estatutário e instituídos por lei
f. Patrimônio: bem público
g. Responsabilidade civil: objetivo
· Prerrogativa da autarquia de controle: 
a. Poder normativo técnico – essas autarquias recebem das respetivas leis delegação para editar normas técnicas complementares de caráter geral: retratado poder regulamentar mais amplo.
b. Autarquia decisória - conflitos administrativas se resolvem na própria pessoa. 
c. Independência administrativa 
- dirigentes com investidura a termo: são nomeados para prazo determinado fixado na lei. 
- nomeados prazos de termino (*não há critérios políticos)
- estabilidade nos seus cargos (garantia de independência)
- aprovação: senado federal 
d. Autonomia financeira
· Prerrogativas autarquias em geral 
 
a. Imunidade tributária 
b. Impenhorabilidade de seus bens (sistema de precatórios): bens não são penhorados. 
c. Imprestabilidade de seus bens: os bens não podem ser usucapidos. 
d. Situações processuais especificas – duplo prazo 
- duplo grau de jurisdição – não pode deixar de recorrer 
e. Responsabilidade civil objetiva 
OBS: administração pública indireta consorcio público – Lei nº 11.107/05 criou a modalidade consorcio público que tem personalidade de direito público (associação pública autárquica) ou personalidade privada (associações civis – C.C)
* em qualquer das modalidades o consorcio é criado por dois ou mais entres federativos para gestão associada de serviços públicos, art. 241 CF - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.
- natureza jurídica: art. 6º da Lei nº 11.107/05 
* LER 13.303/16 – ESTATUTO JURÍDICO DA EMPRESA PUBLICA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
EMPRESA PÚBLICAS E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA 
São autorizadas a nascer para que o estado possa intervir na economia. Desenvolver atividade mercantil. 
- são categorias diferentes pessoa jurídica de direito privado
Empresas públicas: autorizadas por lei para que o poder público exerça atividades gerais de caráter econômico e prestar serviços, exemplo: correios, CEF, BNDES. Pode ser qualquer forma, até mesmo S.A. Capital pública. 
Sociedade de economia mista: pessoa jurídica de direito privado são sociedades por ações adequadas para atividades empresarias, ações distribuídas entre Estado e particulares
- forma: sempre será S.A, exemplo: bando do brasil S.A, Petrobras S.A 
Regime jurídico: natureza hibrida? 
- controle
-concurso
- licitação
Diferenças entre sociedade de economia mista e empresa pública
1. Constituição de capital
- sociedade economia mista: recursos públicos e privados
- empresa pública: público
2. Forma jurídica 
- sociedade de economia mista: S.A
- empresa pública: qualquer forma
3. Patrimônio privado 
4. Pessoal CLT – concursos
Art. 37, inc. XVII CF - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público – não podem cumular seus empregos com cargos e funções públicas 
- são consideradas agentes públicos para fins de sanções improbidade administrativa 
OBS: atos e contratos – os atos praticados por essas entidades são atos jurídicos de direito privado (civil/empresarial) exercem atividades delegadas da administração pública direta os atos então são administrativo e suscetíveis de controle (mandado de segurança, ação popular 
* Súmula 333 STJ
* Responsabilidade Civil – art. 37 §6º CF 
- Lei 12.016/2009 art. 1 § 2º; art. 5 
§ 2o Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. 
Art. 5o Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: 
I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; 
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; 
III - de decisão judicial transitada em julgado. 
FUNDAÇÃO PÚBLICA 
- pessoa jurídica de direito privado = caracteriza-se pela circunstancias de ser atribuída personalidade jurídica a um patrimônio preordenado para um fim social.
- instituidor = estado
- objetivo: patrimônio destinado a atividades sociais 
* não há intenção de lucro 
- criação e extinção: autorizada a nascer 
* LER LEI Nº 13.303, DE 30 DE JUNHO DE 2016 
03/03/2020
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS – art. 37 CF 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
1. Princípio da legalidade: toda a atividade administrativa deve ser autorizada por lei. Enquanto os indivíduos no campo privado podem fazer o que a lei não veda, o administrador só pode atuar onde a lei autoriza. Tem que seguir tanto com a coletividade quanto dentro da administração pública. Exceções: a) medida provisória b) estado de defesa c) estado de sítio. 
OBS: a discricionariedade não é exceção a legalidade – pois a própria lei permite, autoriza. A discricionariedade diz que o administrador pode através do juízo do valor fazer escolha. O legislador vai autorizar ao administrador a ter o juízo de valor com base no motivo e no objeto. 
2. Princípio da impessoalidade: 
a. Dever de imparcialidade na defesa do interesse público impedindo discriminações e privilégios no exercício da função pública
b. A atuação dos agentes públicos é imputada ao Estado (pessoa jurídica de direito público)
- concurso, licitação
- exceção: sistema de cotas (inclusão social) STF constitucional 
 
3. Princípio da moralidade: 
O administrador não pode dispensar preceitos éticos que devem estar presentes em sua conduta. Ferindo a moralidade feri a legalidade. Quando a imoralidade consiste em atos de improbidade que causam prejuízo ao erário o diploma regulador é a lei 8.429/92. 
Outros instrumentos processuais adequados a proteção dos cofres públicos: ação popular; ação civil pública e bloqueio de contas bancárias. 
Súmula vinculante nº13 do STF – vedação ao nepotismo exceção: nomeação de parente para cargos políticos como os de ministro, secretários. 
* Lei de improbidade administrativa: Lei nº 8.429/92 LIA. 
Prevê as hipóteses configurados da falta de probidade na Adm. Pública: estabelece sanções para agentes públicos e 3°s, comtempla instrumentos processuais adequados a proteção dos cofres públicos admitindo bloqueio de contas bancarias, perda de bens e ações : ajuizada pelo M.P ou por pessoa jurídica de direito público
- Improbidade designa conduta desonesta ou corrupta. 
- Improbo é aquele que desrespeita as normas legais, morais, sociais e costumeiras. 
- Improbidade é gênero de qual são espécies: 
a) I trabalhista; b) civil (art. 147 c.c); c) eleitoral; d) política administrativa art. 85, V, CF – Lei. 1.079/50; e) administrativa – Lei nº 8.429/92; f) disciplinas – regime estatutários
Elementos constitutivos
a) Agente público - art.2 e art. 3
OBS: agentes políticos inaplicabilidade? Fundamento exercem atribuições peculiares (art.85, CF), submetidos à responsabilidade especial.
- Aplicabilidade restrita: restrição com relação a aplicação de algumas sanções
- Aplicabilidade ilimitada: compatibilidade entre os regimes (responsabilização política e o regime da improbidade administrativa)
Atos de improbidade que importam em enriquecimento ilícito: *enriquecimento ilícito é o aumento obtido pelo agente público em ofensa a norma jurídica (é diferente de enriquecimento sem causa)
A) vantagem econômica ilícita no exercício de uma função estatal
B) posse de vantagem ilícita
C) comportamento doloso art.10. prejuízo ao erário
b) Elemento subjetivo: dolo para os tipos legais dos arts. 9 e 11
c) Tipicidade: conduta prevista na Lei nº 8.429/92 
A apuração do ato de improbidade independe do resultado nos processos civil, penal e administrativos.
* as instancias punitivas são independentes entre si 
Fundamento constitucional – art. 37§ 4º, CF. 
§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Defesa da moralidade administrativa: mecanismos processuais com natureza de garantias fundamentais para defesa da moralidade. 
a) Ação popular: base art. 5º LXXIII, CF – só pode ser proposta por pessoa física em pleno gozo dos direitos políticos (cidadão) e a sentença promove a anulação do ato lesivo a moralidade e condenação do réu a perdas e danos – tanto uma como a outra vão de encontro com a moralidade
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
b) Ação de improbidade – só pode ser intentada pelo MP ou PJ de direito público interessada e tem como efeitos possíveis na sentença: a) perda de bens/valores ilícitos; b) ressarcimento danos; c) perda função pública; d) suspenção dos direitos políticos; e) multa; f) proibição contratar poder público. Toda pessoa que trabalho em setor público pode sofrer, até por forma culposa. 
OBS: diferenças centrais entre ação popular e a ação administrativa está na legitimidade ativa e nos pedidos formulados. 
- competência para legislar: privativa da união 
- abrangência e natureza jurídica (como classifica o instituto dentro de todo o ordenamento jurídico): lei nacional – pois recai sobre todo os entes, não somente esfera federal. 
- sujeito passivo: é a vítima da improbidade (é a entidade que sofre as consequências do ato, são os entes da federação)
OBS: o sujeito passivo da improbidade será o sujeito ativo da ação de improbidade (art. 17, LIA 8.429/92 LER PARA PROVA) e o sujeito ativo da improbidade será o passivo na ação. 
- Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior – é a improbidade própria praticada pelo agente. Mesmo empresa pública e sociedade de economia mista, respondem ação de improbidade. 
* Se imputada ao particular é impropria (beneficiário) 
* art. 8º O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança – responde no limite daquilo que recebeu de forma ilícita. 
OBS: particulares sujeitos à LIA quando: 
i. Induzem o agente à pratica do ato
ii. Concorrem para o ato
iii. Figuram como beneficiários do ato
iv. Forem sucessores de quem praticou o ato até o limite da herança 
* Deve ter atuação de agente público, não se pode falar em ato de improbidade administrativa praticado exclusivamente por particular – só será considera se houver. 
* Agentes políticos – STF LIA não se aplica aos agentes políticos quando a mesma conduta for punida pela lei dos crimes de responsabilidade (Lei nº 1.079/50 – art. 2 e 74). 
Art. 2º Os crimes definidos nesta lei, ainda quando simplesmente tentados, são passíveis da pena de perda do cargo, com inabilitação, até cinco anos, para o exercício de qualquer função pública, imposta pelo Senado Federal nos processos contra o Presidente da República ou Ministros de Estado, contra os Ministros do Supremo Tribunal Federal ou contra o Procurador Geral da República.
Art. 74. Constituem crimes de responsabilidade dos governadores dos Estados ou dos seus Secretários, quando por eles praticados, os atos definidos como crimes nesta lei.
- Teoria da ignorância deliberada ou teoria do avestruz: originaria da suprema corte do EUA. Desenvolvida no direito penal com finalidade de punir ignorância consciente de agentes que intencionalmente fingem não enxugar a prática de ilícitos. 
4. Princípio da publicidade: dever de transparência de todos comportamentos da administração pública. Tudo que é público é transparente, todos possuem acesso, transparência. 
Atos da administração pública devem merecer ampla divulgação – para controlar a legitimidade da conduta dos agentes administrativos.
- Transparências e concretização
a. direito de petição (art.5 inc XXXIV a, CF)
b. certidões (art 5 inc XXXIX a, CF)
c. ação administrativas “exoficio” de divulgação de informaçãode interesse público (l n° 12.527/11).
Lei de acesso à informação
*Transparência: 
- Ativa: Informação transmitida pela Adm. P 
- Passiva: o interesse formula sai postulação ao órgão Público
*Princípio da Publicidade deve ser harmonizado com P. da Razoabilidade e Proporcionalidade
- oferecer a coletividade todas as informações sobre atos de governo 
- exceção: art. 37, § 3º, II da CF. 
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: 
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
5. Princípio da eficiência: EC 19/98 
- qualidade do serviço prestado 
- estágio probatório: 3 anos – art. 41
- Duração razoável dos processos administrativos
PRINCÍPIOS RECONHECIDOS INFRACONSTITUCIONAIS 
 
a. Princípio da autotutela: a administração pública pode rever seus atos de ofício (dever): 
- aspectos de legalidade: a administração pública de oficio procede à revisão de atos ilegais (anular)
- aspectos de mérito: em que a administração pública reexamina atos anteriores quanto a convivência e oportunidade de sua manutenção e desfazimento. Judiciário não analisa mérito, o aspecto de legalidade do judiciário pode tecer suas alegações, mas quando for revogação não. (revogar) 
- Súmulas nº 346 STF A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos; e 473 STF A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
OBS: art. 53, 54 – Lei nº 9784/99. Segurança jurídica e estabilidade (*) o controle é interno. 
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.
§ 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à     validade do ato.
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.
b. Princípio da indisponibilidade:
- a administração não tem a livre disposição do bens e interesses públicos. 
* continuidade dos serviços públicos 
* contrato administrativo – particular – pode opor em faze a administração pública a “exceptio non adimpleti contractus”? Não
c. Princípio da proporcionalidade ou razoabilidade 
- proporcionalidade critério usado com controle das discricionariedade (diferente de arbitrariedade). Usar de bom sensu – adequar os meios aos fins
- conduta desproporcional é ilegal 
- objetivo: conter excesso de poder 
d. Poder da motivação: todos os atos administrativos (vinculados ou discricionários) devem ser motivados 
e. Princípio da supremacia do interesse público sob o privado: é princípio central dos quais derivam todos os demais princípios e normas do direito administrativo. É posição de superioridade diante do particular 
QUESTÕES 
1. Pode a autoridade administrativa determinar a internação compulsória dos loucos, ébrios, portadores de doenças encontrados na via pública?
2. Pode a administração pública independentemente de ordem judicial utilizar-se de força para fazer, executar, ato que ela editou? 
QUARENTENA - a administração pública passou a usar de recursos em caso de urgência, calamidade pública, usam por exemplo, licença da licitação. 
Revisão - Perfil da adm. pública: órgão público, finalidade pública e o agente público – não confundir governo com as regras referentes a adm. Pública, está vinculado ao LIMPE, esses princípios devem continuar a ser observados. O direito adm. É ramo do direito público, significa a presença de dois princípios – supremacia do direito público e indisponibilidade do serviço público (indisponível e contínuo). Dentro destes princípios vemos a figura da administração. Essa supremacia não pode ser arbitraria. Ai se tratar da adm. Pública temos a figura da adm. Direta (centralização que ocorre pelos órgãos que não possuem a capacidade processual, significa que não pode figurar o polo de uma situação jurídica) e adm. Indireta (é criada com o objetivo de descentralização – otimização) = formadas por autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista e fundações criadas com o objetivo de melhorar. Se cria ou autoriza as pessoas nascerem precisa de uma parceria para produzir serviços essenciais. Além da presença da adm. Direta e indireta, tem as pessoas privadas que por conta da pandemia estão tendo por hora em algumas situações a dispensa dessas licitações (natureza jurídica privada). 
Adm. Indireta: 
- autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista e fundação (no âmbito do E, M, DF). 
Toda e qualquer autarquia é pessoa jurídica de direito público, criada por lei para somente prestação de serviço público. Agências reguladoras criadas para regularizar (anvisa, ana, ans), podem editar normas regulamentadoras, o seu dirigente tem estabilidade durante o mandato. 
- empresa publica e sociedade de economia mista: são autorizadas por lei, são pessoas jurídicas de direito privado, elas “possuem uma natureza hibrida” por conta que há um regime privado mas ao mesmo tendo há características públicas, o empregado é um celetista mas para responder sobre responsabilidade ele é servidor. Cabe mandado de segurança ente algum dirigente dessas duas pessoas? PROVA Em regra não cabe mandado de segura, mas quando estiverem diante de uma situação publica como licitações, cabe, pois mandado de segurança só cabe a pessoas públicas. Essas pessoas são autorizadas a nascer para exercer atividade econômica, mercantilização, (autarquia não, ela é criada), a empresa pública no primeiro momento é autorizada a nascer, a intervenção do estado na economia só é autorizada em caso relevante. Há dois paralelos: a atividade econômica e a possibilidade de prestação de serviço público – na atividade econômica não se fala de licitações, mandado de segurança, pois age como pessoa privada, agora no serviço público há possibilidade do mandado de segurança por conta dessa modalidade. 
- fundações: é uma pessoa jurídica de natureza jurídica (classificação dentro do universo jurídico) tanto pode se privada como pública. Quando é publica esta a frente de autarquia fundacional ou fundação autárquica; se for privada vai seguir os moldes do direito civil. 
Como que vou pautar as ações das pessoas jurídicas? Princípios fixados no artigo 37 da CF – LIMPE. 
Legalidade: traz a característica de que a adm. só pode fazer aquilo que a lei determina
Impessoalidade: adm. tem que agir de maneira imparcial, exemplo: licitação e concursos públicos 
Moralidade: o administrador tem que manter a probidade, honestidade. Lei 8429/92, lei de improbidade administrativa – quem é considerado agente público (art. 3 PROVA). Art. 9, 10 e 11 atos contra o dinheiro público de forma dolosa e culposa. 
Publicidade: artigo 5 da CF, se tratado de administração e por segurança nacional pode haver sigilo de certas ações, mas a regra do ato adm. (manifestação da vontade da adm. publica) é a publicação, transparência, a publicidade dos atos traz acesso à informação, dessa forma consegue se fiscalizar. 
Eficiência: servidor público deve ser eficiente 
AGENTES PÚBLICOS 
Pessoas que trabalham na adm. pública – funcionário público = em regra ingressam através do concurso público para averiguar o conhecimento dessa pessoa, os requisitostécnicos, se não tiver isso fere o princípio da impessoalidade, ele delimita para que a pessoa ingresse na administração. O edital é alei do concurso, estipula a função, o número de vagas, qualificação técnica, as provas, matérias cobradas e etc. O fato de ser sido aprovado não dá direito adquirido a pessoa de exigir a administração que a chame. Concurso publico tem um prazo, de até dois anos, podendo ser prorrogado dentro dos dois anos. 
Figura da pessoa pública: cumpriu os três anos do período probatório, possui estabilidade, não significa que não pode ser mandado embora, deve seguir os princípios. 
Agente político: exerce a função pública em prol do interesse da coletividade, irá ingressar por meio de eleições. Meirelles – entende que agente público seria considerado agente político, entende que teriam prerrogativas constitucionais próprias que garantem essa modalidade, não um entendimento prioritário. 
Executam as diretrizes traçadas pelo poder público, criam as estratégias políticas para que o estado atinge seu fim.
Características: função de direção, orientação estabelecida na CF. 
Investidura: eleição que lhes confere o direito de um mandato e os mandatos ecléticos são transitórios
Não se sujeitam às regras comuns, aplicáveis aos servidores em geral são: chefes do executivo (auxiliam ministros), secretários e membros do poder legislativo.
Agentes que ocupam cargo de comissão: cargo de confiança, o grande diferencial é que da mesma maneira que o agente político chama alguém para auxiliar pode retirar, no cargo em comissão vai assessorar a minha administração, da mesma maneira que te coloca pode te retirar, a exoneração ocorre por conta da possibilidade de exonerar sem nenhum tipo de questionamento da pessoa que ocupa o cargo. Deve ser observado os casos de nepotismo, chamar para ocupar o cargo algum familiar, Súmula 13 STF, ela é em todas as esferas da adm. relacionada a todos os poderes. Esses cargos são considerados aqueles que ingressão na adm. sem necessidade de concurso público, são nomeados politicamente. A exoneração pode ser feita sem justificativa “ad nutum”. Há uma teoria dos motivos determinados, a exoneração pode ocorrer sem justificativa, mas a princípio não precisaria de motivos o afastamento desse cargo, mas algumas situações, sim. 
1. Atribuição de direção e chefia
2. Acessível sem concurso público: nomeação politica
3. Exoneração “ad nutum”: imotivadamente
4. Diferente de função de confiança: servidores de carreira
Agente honorifico: a honra que o particular tem de prestar um serviço a coletividade, sem ter sido nomeado, com base na honra, reputação ilibada da pessoa, ela é escolhida para colaborar em uma eleição (mesário), ser jurado em um tribunal do júri. Alguns doutrinadores entendem que os agentes permissionários e comissionados (terceiros particulares) se enquadram, mas o entendimento majoritário é que são agentes delegados que cooperam na administração, essas pessoas na verdade recebem, há remuneração. 
Agentes militares: possuem uma legislação específica. 
Agentes temporários: o art. 37, IX, CF diz que se pode contratar as pessoas por um período excepcional, em situações de caractere excepcional, Lei 8745/93 aplicável a pessoas de caráter federal. A contratação vai prescindir o concurso público, pode contratar com processo seletivo. Exemplo: contratar pessoas no momento excepcional da pandemia. Não deve haver desfio de finalidade (agentes do INSS em momento de calamidade). Exemplo: licitação dispensada em razão da calamidade pública – a licitação é um ato vinculado, significa que a lei exige, escolha a melhor proposta e se aplica a impessoalidade, mas os arts. 24 e 25 da licitação que falam sobre a dispensa, o fato de poder dispensar não significa que não se deve observar nesse ato os princípios, como da publicação. Lei 9745/92 = situações excepcionais de interesse público, não pode ter essa contratação por prazo indeterminado se não é um desvio 
Competência para legislar: estatuto federal, a competência pertence a federação num todo, cada qual no seu âmbito particular – competência concorrente 
QUESTÕES
a)	Pode a autoridade administrativa determinar a internação compulsória dos loucos, ébrios e portadores de doenças encontrados na via pública?
O tema tem sido debatido por vários segmentos da sociedade, os ativistas de direitos humanos sustentam que a internação compulsória fere cláusula pétrea, o direito à liberdade do cidadão, consagrado no artigo 5º, da Constituição Federal.
 ordenamento jurídico brasileiro possui o Decreto-Lei 891, de 25 de novembro de 1938, em plena vigência, que regulamenta a fiscalização de entorpecentes, legislação que reconhece que o usuário de drogas é doente, que é proibido tratá-lo em domicílio e cria e regulamenta a figura da internação obrigatória de dependentes químicos, quando provada a necessidade de tratamento adequado ao enfermo ou quando for conveniente à ordem pública.
Para liquidar a questão, transcrevemos os artigos 27, 28 e 29, da referida legislação, in verbis: “Artigo 27. A toxicomania ou a intoxicação habitual, por substâncias entorpecentes, é considerada doença de notificação compulsória, em caráter reservado, à autoridade sanitária local.”
b) Pode a AP, independentemente de ordem judicial, utilizar-se de força para fazer, executar ato que ela editou? Sim, pela auto executoriedade que lhe foi conferida.
Servidor público estatutário – vai ingressar para formar essa ligação estatutária visando exercer uma função administrativa. Vitaliciedade do cargo por conta das ações vão ser desempenhadas por magistrado, promotores e membros do tribunal de contas, não que essas pessoas não possam a vir a responder, eles podem ser exonerados através de processo, mas garantem essa liberdade de ação, não tenham medo na hora de investigar – prazo de 2 anos para garantir a vitaliciedade, só a perda depois de que tiver sentença judicial transitada em julgado. 
Estabilidade para o servidor público comum é o prazo são de 3 anos após o estagio probatório, o servidor passa a ser estável, é a garantia de permanência no serviço após uma avaliação do desempenho daquele servidor. 
Estabilidade diferenciada em frente da autarquia das agencias reguladoras, pois foram criadas pelo plano de desestatização, estabilidade atípica. 
São todos os agentes que exercendo com permanência uma função publica integram o quadro funcional das pessoas federativas, autarquias e fundações pública de natureza.
1. Autárquica: Lei n° 8112/90
Servidores públicos: são subdivididos em: funcionários públicos (titularizam cargos públicos), empregados públicos (titularizam empregos públicos) e os contratos em caráter temporários (art. 37, IX CF).
Competência para legislar: pertencer a pessoas integrantes da Federação
Legitimidade: para ingresso: Brasileiros e estrangeiros (EC. N° 19/98 art.37,I) antes somente professores – art.207 CF
OBS: somente para aquele que preenchem os requisitos estabelecidos em lei (art.5, L n° 8112/90, Estatuto dos Servidores Públicos Federais)
Formulação das exigências deverá vir acompanhada das razões que as justificaram para permitir controle de legalidade pelo judiciário (quando acionado por aqueles que se sentirem lesados)
É possível o Poder Público averiguar a vida pregressa do candidato como condição para sua nomeação e posse: Fundamento critérios objetivos.
OBS: a CF restingui a existência de cargos somente para brasileiros natos: excluindo os brasileiros naturalizados e estrangeiros (Ar. 12, §3, CF)
Forma de ingresso: art. 37, II
Concurso publico para os dois regimes: celetista e estatutário – S. N° 43 STF
- A CF proibiu realização de concursos única e exclusivamente com base em títulos para evitar ações arbitrarias. Ex :Título Dr. M.P/magistratura.
Pode o judiciário apreciar o mérito das questões formuladas em concurso publico?
Pode o judiciário apreciar a validade da realização de exames orais?
A exigência de aprovação em exames psicotécnicos é legal?
A realização de exames médicos é legal?
Empresas públicas e sociedade de economiamista: são empregados públicos, regime celetista, mas não possuem estabilidade. 
CONCURSOS 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
Toda e qualquer exigência no edital de concursos devem estar amparadas na legalidade. 
Cargos que a constituição restringiu para brasileiros natos: descritos no artigo 12 CF – segurança jurídica e manter a soberania. 
II -  a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; - regra geral: o ingresso vai depender de concurso publico 
Súmula vinculante 43-STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido – concurso interno, quando a pessoa já esta trabalhando no serviço público e faz um concurso interno para subir de cargo, isso é ilegal, não pode. Provimento originário é o concurso, nomeou, entrou. 
Poder judiciário pode analisar mérito das questões do concurso? Não, haverá violação da separação dos poderes, toa forma de controle é possível, mas não sob a conveniência e oportunidade. Só legalidade ele atuaria como administrador, se não há violação da separação dos poderes
 
Judiciário pode avaliar realização de exames orais do concurso público? Questão controvérsia, mas se for violação de alguma formalidade prevista em lei, acredito que sim. Por exemplo se a lei diz que será pública e for feita privada, acredito que cabe sim
A exigência de aprovação em exames psicotécnicos é legal? sim, segundo a sumula vinculante 44 STF - Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. STF. 
Candidatos portadores de deficiência:
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; - devem mostrar aptidão ao cargo. Possuem reserva de 20% da vaga. 
STJ, Súmula 377: "O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos deficientes ".
 
Pessoa aprovada no concurso público tem expectativa de direito – se no edital constar a vaga tem que preenche-la, se não constar não possui direito adquirido desse preenchimento 
A adm. direta e indireta é necessário concurso – ser servidor ou empregado público. A saída desse servidor após 3 anos (estabilidade) é com processo administrativo; e celetista não há processo administrativo para tirar, não há prazo de 3 anos para estabilidade. 
Ela comprova se preencheu os requisitos do edital quando for fazer posse do cargo 
28/04/2020
Formas de provimento: a ingressão/investidura ocorre por concurso ou provimento derivados que iremos verificar. 
Exoneração: será feita de seguindo todas as formas legais. 
Estabilidade Especial: se refere aos dirigentes das agências reguladoras, para trazer segurança jurídica na possibilidade deles fiscalizar particulares que estão prestando serviços transferidos pela adm. pública. 
Direito de greve e sindicalização é permitido no servidor público – deve haver uma comunicação/manutenção e dai a segundo a lei, deve haver um aviso de 72h
Linha do tempo servidor público do regime estatutário: concurso – qual regime, pessoa da adm. publica, estabilidade e vitaliciedade --- aprovação – provimento - nomeação – posse – exercício – estágio – confirmação – estabilidade – saída do cargo 
Posse: artigo 13 lei 8112 (regime jurídico dos servidores). A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. 
Prazo da posse 30 dias, contados da publicação
Exercício: início de toda e qualquer desempenho do cargo/funções. Aquele que tomou posse tem prazo de 15 dias para tomar posse sob pena de ser exonerado. 
Formas de provimento: originário – feito pela nomeação, servidor não tem vínculo anterior com a administração; e derivadas pressupõe uma ligação com a administração pública, já está na adm. publica desempenhando funções públicas. Provimento é direito constitucional de qualquer servidor 
ÓRGÃOS PÚBLICOS E PODERES DA ADMINISTRAÇÃO.
Debate sobre a decisão do STF que interfere na indicação do chefe do executivo - O Poder judiciário pode anular atos da adm. por ilegalidade – a partir do momento que o poder judiciário começa a interferir a conveniência da adm. pública se perde a característica da independência dos poderes. O chefe do executivo tinha direito de nomear, se houve posteriormente um desvio de finalidade haveria uma investigação dos atos do novo subintendente da PF. Houve uma interferência nos poderes. 
A adm. pública direta traz uma estrutura de composição chamada órgãos públicos (além da U-E-M-DF), órgãos não possuem capacidade processual (quem pode estar no lugar de autor ou réu em um processo), os órgãos públicos não são pessoas, são centros de atribuição de vontade, por eles passam a vontade da adm. pública direta, quem manifesta essa vontade da adm. é os agentes públicos - decreto 200/67 
Art. 4° A Administração Federal compreende:
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
 II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) fundações públicas.  
Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração Indireta vinculam-se ao Ministério em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade.
Teoria do órgão público, Otto Gierk (Teoria da imputação volitiva) – órgão sendo um círculo de atribuição da vontade, faz uma comparação como se eu fosse a adm. púbica, a vontade é minha e os órgãos seriam nossos órgãos e eu seria a responsável pelo o que acontece com eles. Assim que funciona a adm. pública direta. Exceção possibilidade do MP e defensoria estarem presentes dentro da ação 
LEI Nº 9.784/99 § 2o Para os fins desta Lei, consideram-se:
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta;
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: criação e extinção do órgão é por lei. 
VI - Dispor, mediante decreto, sobre:
a)  organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b)  extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; - órgão criado por lei só é extinto por lei 
Pergunta – órgãos, a capacidade é atribuída a uma pessoa jurídica ou física, não tem capacidade para estar em juízo, como fica frente ao mandado de segurança? É um direito líquido e certo, em caso de abuso de poder de autoridade, entra com ação contra a pessoa. 
OBS: Um órgão pode ter capacidade de juízo de uma ação quando for um contra o outro. 
Hierarquização 
Independentes: se origem na CF fazem parte da cúpula dos poderes estatais, exemplo, tribunais de conta, casa do executivo, etc. 
Órgão público não é detentor de capacidade processual. O MP, defensoria e tribunal de contas podem figurar como parte do processo, mesmo sendo órgãos (decisão aceita). Um órgão pode estar presente como partequando for órgão x órgão sobre a competência para tratar algo, problema de excesso de poder entre eles, fora isso apenas o MP, defensoria e tribunal de contas PROVA
Classificação geral dos órgãos públicos 
- Quanto ao nível hierárquico: 
Aqueles que estariam ligados diretamente a constituição: existência do MP, casas legislativas, congressos, tribunal de contas, dentre outros – todos com previsão constitucional. 
Infraconstitucionais: secretarias, repartição pública, dentro da classificação apresenta-se um nível hierárquico. 
- Quanto quantidade de agentes: 
Órgãos com um agente - chefia do executivo – considerado órgão com um agente
Órgãos coletivos – departamento, coordenadoria, secretaria 
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
O poder administrativo representa uma prerrogativa especial de direito público – outorgada aos agentes do estado – para a coletividade.
Trabalhar pelo prol da coletividade, buscar o bem público, para isso deve ter poderes. Possui peculiaridade próprias, como a supremacia da sua vontade.
O agente agindo dentro da lei – utiliza o poder normalmente
**poder dever de agir: o poder jurídico conferido alguém pode ou não ser exercido – faculdade de agir.
No âmbito público – os poderes são outorgados aos agentes do Poder Público para o autor – surge duas ordens: 1- irrenunciáveis 2- devem obrigatoriamente ser exercidos
**a inercia do agente gera ilegalidade – na medida e que incumbe conduta comissiva
Omissão? – deixar de agir, deixar de fazer o que deveria fazer ilegal?
ABUSO DO PODER
Autoridade competente para praticar o ato legal para os limites de duas atribuições ou desvia sua finalidade administrativa.
Ato administrativo: discricionário, vinculado
O abuso de poder tanto pode revestir a forma: comissiva, omissiva: ambas causam lesão ao administrado
Espécies: 
1 - Excesso de poder: autoridade competente para praticar o ato exorbita nas suas atribuições, faculdades administrativas
Excede sua competência legal (invalidando o ato). Excesso de poder.
Forma o ato arbitrário, ilícito e nulo – refere a ilegitimidade da conduta de administrador Público (abuso de autoridade)
Características:
- Descumprimento da lei
- Administrador age além da competência
- Dissimula os limites da lei
2 - Desvio de finalidade de poder
A autoridade atua nos limites de sua competência, mas pratica ato por motivos ou com fins deveres ou objetivados pela lei ou interesse público
- Violação moral, exemplo: Desapropriação para interesse pessoal - Lei 8112.art. 1 ao 39
Poderes administrativos
a) Discricionariedade – poder que a lei estabeleceu, preceitos com margem de escolha. Não precisa ter um único comportamento. Agente pode avaliar convivência e oportunidade dos atos administrativos.
- Convivência: como agente vi se conduzir
- Oportunidade: momento em que a atitude vai ser reproduzida
OBS: a liberdade de escolha tem que estar de acordo com a limitação; adequação de conduta com o interesse público - Verificação de motivos.
Tem a escolha, mas a escolha que está prevista no enunciado da lei. Não tem como o legislador prever tudo, sendo assim, há possibilidade de mais de um comportamento previsto em lei. Diferença que no vinculado não há o princípio da conveniência e oportunidade, que há neste caso. O agente não pode agir com arbitrariedade, nesses atos o adm. também deve demonstrar e apresentar os motivos dele, a motivação. (teoria dos motivos).
b) Poder hierárquico: escalonamento, que estabelece funções, competência para outros órgãos, é um poder previsto pela adm. para que ela exerce um comando. 
É o que dispõe o executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes – estabelecendo relação de subordinação entre os servidores.
Distribui a competência dos órgãos, e rever a ação dos agentes. É um poder importante pois invalida atos que são feitos por pessoas incompetentes (sofre apreciação judiciária). A extensão desse poder ligado a vocação ou delegação (Lei 9784/1999, art. 13 e 15)
c) Poder disciplinar: sem esse poder não teria como fiscalizar o agente público, poderia fazer o que quisesse e a adm. não poderia exigir uma conduta. Esse poder permite que a adm. fiscalize e aplique sanções, é um poder que decorre da existência de uma inflação de caráter funcional, poder de fiscalizar o quadro de servidores. 
A administração pública aplica a punições aos agentes (infrações funcionais) dever de punir é vinculado- Discricionário quanto a seleção da pena.
É a possibilidade de sanção aos agentes, o poder de punir é vinculado, se houver violação não pode deixar passar, quanto a atribuição da pena (advertência, suspensão ou exclusão) é discricionário, mas sempre ligado ao ato que o agente cometeu. Para que haja validade desse poder é necessário seguir a hierarquia, agentes do mesmo nível hierárquico não podem fiscalizar uns aos outros.
d) Poder normativo e regulamentar: Ao editar leis o poder legislativo sempre possibilita que elas sejam
executadas- cumpre a administração Pública. Cria mecanismo de complementação para sua efetiva aplicabilidade.
Prerrogativa para administração pública editar atos gerais e complementar as leis. Somente se existir lei preexistente.
Formalização do poder Regulamentar: se processa por: decretos, regulamentos (princípios e simetria constitucional)
Há possibilidade de ter um decreto de execução, depende de lei, art. 84 da CF. Decreto autônomo – dispõe sobre matéria ainda não regulada em lei, a doutrina aceita esse decreto para cobrir omissão do legislador, desde que não invadam matéria que só por lei devem ser regularizadas. Toda via, os decretos autônomos não substituem a lei, cobre a ausência, quando feita a lei o decreto é superado – função atípica. Inciso 6 do art. 84, órgão só pode ser criado ou extinto por lei
e) Poder de polícia: art. 78 do código tributário nacional 
Não se trata de polícia investigaria, militar, mas sim de um poder dado a adm. pública conforme art. 78 do CTN.
Diferencial dos agentes da adm, pública: regime público e fundamentos que devem seguir. Possuem poderes porque são prerrogativas, visam o bem comum, por isso deve ter uma prerrogativa, um poder, que não se confundi com arbitrariedade. Poder-dever de agir é uma obrigação da adm, pública (teoria da reserva do possível – recai sob omissões genéricas) se aa omissão é especifica a responsabilidade é civil, adm, ou penal, dependendo da omissão. O funcionário também pode ser responsabilizado por desídia (desleixo). São poderes irrenunciáveis
- Poder vinculado, o adm. não tem escolha, está restrito ao enunciado da lei, a escolha da sua ação já foi pré-determinada em lei, a lei direciona e não da margem que o administrador use o poder como ele quer, o adm. fica preso ao enunciado da lei, não se tem apreciação subjetiva, nem juízo de conveniência ou juízo de valor. 
Continuação poder de polícia (art. 78 do CTN) – “Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos” 
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
Poder público interfere na órbita do interesse privado para salvaguardar o interesse público restringindo direitos individuais.
Sentindo amplo: é toda e qualquer ação restritiva estado em relação aos direitos 
Sentindo estrito: é atividade administrativa que consubstancia prerrogativa conferida aos agentes da administração Pública para restringir e condicionar a liberdade e propriedade
A CF no artigo144,II e art.78 CTN: autoriza o poder público a exigir a pagamento de taxas em razão do poder de polícia.
OBS: não é cabível cobrança de tarifa que se caracteriza como preço público e que diferentemente de taxa (tributo), tem natureza negociável/contratual sendo adequada para remunerar serviços públicos executados por concessionarias.
OBS: é ilícito que o ato administrativo institua tarifa para remunerar Poder de polícia
Competência: pessoa federa􀆟va, ex. união x horário bancário, município x
horário comercio.
Poder de polícia originário e delegado – deve ser feito por lei formal
Em sentido amplo alcança leis e atos administrativos
Condições: 
1 - PJ deve integrar a Adm. Pública
2 – a competência a delegada foi conferida por lei
3 – poder de polícia se restringe a pratica de atos de natureza fiscalizatória.
Atuação da Administração Pública.
1 – Atos normativos e concretos (profissão/construção) tem como característica o seu conteúdo genérico, abstrato, impessoal – neste caso as restrições são feitas por meios de decretos, regulamentos,
portarias, resoluções. Ou para indivíduos identificados (ex. multa, licenças, autorização).
2 – Determinações, consentimentos: vontade impositiva da adm. Publica. Resposta positiva da adm. publica aos pedidos formulados por indivíduos interessados em exercer alguma atividade (ex. licença para construir alvará)
Atributos do poder de polícia da adm. pública: 
- Auto executoriedade, o poder de polícia é constituído de auto executoriedade, sendo assim, não se tem a necessidade de ir ao judiciário pedir uma autorização para que possa fazer seus atos. Isso serve para agilizar os atos da adm. pública, sem ele se tornariam enviáveis. 
- Exigibilidade: permite se utilizar meios de coerção e executoriedade meios voltados a preservar o interesse da coletividade 
- Imperatividade
- Presunção de legitimidade: presume-se legitimo o ato, essa presunção não é absoluta, é relativa, pois cabe prova a contrário.
Direito subjetivo é a faculdade de agir, enquanto objetivo é a norma agente posta. Direito objetivo não nasce necessariamente do direito subjetivo, precisa ocorrer um fato jurídico, ocorre a subsunção. Adm. manifesta sua vontade pelo ato adm., para que tenha validade ele deve seguir os elementos de competência, finalidade, forma, motivo e objeto. A finalidade deve ser de interesse público; forma está ligada a transparência liga a publicidade, ato deve ser obrigatoriamente solene; todo ato deve ser justificado, deve motivar o ato 
Um dos atos do poder de polícia é a aplicação da taxa, que limita a atuação do particular. Não é cabível cobrança de tarifa com interesse público, diferente da taxa que tem caráter contratual. 
Polícia Administrativa, teria o dever de fiscalizar os órgão administra􀆟vos e a Polícia Judiciária, teria o direito de exercer função jurisdicional penal, ex. segurança Pública (art.78 CTN)
Requisito de validade (com fi for mob) 
Elemento formador do ato jurídico é a competência, ato emanado por pessoa incompetente é um ato viciado, invalido, essa característica da competência é vinculada.
Forma ligada a transparência do ato, todo ato deve ser publicado, caso contrário se caracteriza desvio da finalidade pública. 
Requisição – é uma intervenção restritiva na propriedade do particular
ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos Administrativos: manifestação da vontade administrativa.
Exercício da função administrativa. Exemplo: desapropriação, requisição, apreensão de mercadorias
É tudo aquilo que movimenta a ação administrativa
A vontade é emitida pela Administração Pública
- Característica:
1- vontade emane de agente pública: em exercício
2- finalidade pública
3- direito público
“exteriorização da vontade de agentes da Adm. Pública ou de seus delegatários nessa condição, sob regime de direito público vise a produção de efeitos jurídicos para atender ao interesse público.”
Tudo que relacionado à Ação/Agir da Adm. Segue o Princípio da Publicidade. A maioria de forma solene (escrita), obrigatoriamente.
Quando a vontade não é livre, o ato/negócio será viciado. Traz um vício de consentimento (erro/dolo/coação) ou um vício social (fraude contra os credores). Isso dentro do regime privado, mas é vontade. Logo, vontade sempre ligada à exteriorização. Esta vontade tem que refletir o interesse da coletividade. Não é de qualquer maneira, segue uma publicidade escrita, segue uma transparência, reflete interesse coletivo... não pode se aproximar de uma vontade íntima do agente. 
Frente abuso de poder se não esclarecer fonte, motivo, objeto...
Sujeitos da manifestação de vontade: Vinculados a Adm. Pública
Elementos do ato administrativo
a) Competência: pressuposto de validade, é estabelecida dentro do ordenamento jurídico na constituição federal e normas. Reflete nossa forma de estado – federação, estadual e municipal – cada um age de uma maneira, auto organização. Se exceder a competência o ato administrativo pode ser invalidado pelo poder judiciário por conta de um vício (anulável).
critérios: em razão da matéria: Ex. ministério secretaria
a. Em razão de hierarquia: atribuição complexas
b. Em razão de lugar: descentralizadas
Delegação e avocação de competência - Norma outorga que um agente transfira a outro de plano inferior função (norma outorgada)
b) Finalidade: interesse pública, finalidade é para todos, pública. Reproduz o interesse coletivo. *Desvio: abuso de poder
Características/atributos que distinguem os atos dos atos privados.
1- Imperatividade/coercibilidade: atos são coagentes –
obrigam a todos mesmo que consta interesse privado
2- Prescrição da legitimidade
3- Auto executoriedade
c) Forma: prevista no CC, a princípio é livre, salvo quando houver exigência do legislador que seja escrita. Se trata de uma forma solene, pois forma escrita traz segurança jurídica, evita desvios; exceções as formas – normas de trânsito. 
Meio pelo qual se exterioriza a vontade.
Requisitos: observar procedimentos prescritos em lei. Ex. licitação
Princípio solenidade: regra para direito público
d) Motivo e Objeto: característica discricionária, legislador adequa a conveniência e comodidade. O objeto deve ser lícito; deve ter vinculação com o interesse público. Motivo, qualquer ato da adm. pública deve ser motivado - teoria dos motivos determinantes - se não houver motivo está havendo desvio de legalidade, o adm. deve dar explicações 
É a situação de fato ou de direito que gera a vontade do agente.
Motivo de direito: é a situação de fato eleita pelo norma legal como ensejadora da vontade administrativa.
Motivo de fato: é a própria situação
*ato vinculado – motivação: vem da lei
* ato discricionário – critérios do agente
Motivo é diferente de motivação (justificativa)
Teoria dos motivos: “o motivo do ato administrativo deve sempre guardar compatibilidade com a situação de fato que gerou a manifestação de vontade”
Atributos do ato da administração 
a) Presunção de legitimidade: presume-se legitimo o ato da adm. pública, por essa razão pode-se imediatamente executar a ato, mas não é uma legitimidade absoluta e sim relativa, posteriormente pode ser analisada, pois cabe prova a contrário. 
b) Auto executoriedade: o ato é auto executório, o poder da adm. pode impor, essa imposição unilateral deve trazer legitimidade
Caso, no ato administrativo, não haja os elementos (competência, finalidade, forma, motivo e objeto), pode se caracterizar abuso de poder (competência), ou desvio de finalidade, falta de transparência (forma) e discricionariedade (motivo e objeto). 
Os atos da adm. pública podem ser:
a) Em quem recai 
- gerais: sem destinatário especifico, a ordem é para todos, exemplo, edital de concurso (é para todos que preenchem os requisitos), é ato direcionado. 
- especifico: é uma ato direcionado, especifico. 
b) alcance do ato
- efeito externo: efeitos fora do âmbito da adm.
- efeito interno: produz efeitos dentro da ad. Pública, exemplo, um parecer 
c) ao objeto 
- império: são aqueles que a adm. pratica de forma unilateral, usando supremacia do interesse, exemplo, interdição.
-gestão: administrando ato privado, exemplo, verificar os atos necessários para um contrato de locação de um prédio da adm. pública. Não está se referindo a um contrato administrativo, por não tr cláusulas exorbitantes (que demonstram o poder diferenciado da adm.), mas sim um contrato comum, no qual as partes são iguais (adm. e particular). 
d) Grau de liberdade conferido ao administrador 
- discricionário: esta na lei, mas a liberdade é maior, já que envolve conveniência, comodidade e mérito administrativo, que envolve motivo e objeto. 
- vinculado: não tem liberdade 
- simples: manifesta a vontade de um único órgão
- compostos: depende de uma manifestação
- complexo: todos juntos na manifestação da vontade 
e) Eficácia 
- perfeito: ato que preencheu todos os efeitos 
 Extinção do ato administrativo 
- pode haver a anulação do ato pela adm. quando o ato for ilegal, não seguir os requisitos. A anulação gera efeitos ex tunc, retroagirá. Como fica os direitos adquiridos no período em que o ato esteve em vigor? Conservados se de boa fé e dependendo do período, decadência. 
- revogação: revoga o ato por conveniência, oportunidade da adm. o judiciário não entra em mérito administrativo, não entra na vontade da adm. salvo se for ilegalidade, ao contrário não pode.
Prof (a). JULIANA HELENA CARLUCCI

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