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Resumo TERAPIA COGNITIVO‑COMPORTAMENTAL (CAP 11, 12, 13, 14)

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As crenças centrais.
Ideias mais centrais das pessoas a respeito de si mesmo/a. (self)
Duas categorias: desamparo e desamor.
Desenvolveram-se na infância, conforme a pessoa encontrou situação que confirmaram essa ideia.
Podem ser positivas ou negativas.
Crenças centrais negativas podem vir à tona em momentos de aflição.
São mais inconscientes que os Pensamentos automáticos.
Crenças centrais podem ser também generalizações sobre as outras pessoas, sobre o mundo, etc. “As pessoas vão me magoar”
São globais, absolutistas e supergeneralizadas.
Quando são ativadas, o cliente filtra as informações que as apoiam, e falham em reconhecer ou distorcem evidencias em contrário.
Quando estamos em aflição as identificamos com maior facilidade.
Identificação:
1º Levantar hipóteses da categoria da crença a partir dos pensamentos automáticos 
2º Especificar a crença central para si mesmo
3º Apresentar ao paciente sua hipótese da crença central, solicitando a confirmação ou não sobre a mesma
4º Educar o paciente a respeito da crença e orientar para que ele monitore a operação de sua crença central.
5º Começa a avaliar e modificar a crença central com o paciente; auxiliando a especificar uma nova crença central mais adaptativa;
Categorizando as crenças centrais:
As crenças centrais dos pacientes podem ser categorizadas na esfera do desamparo, na esfera do desamado ou em ambas as esferas. Sempre que o paciente apresenta dados (problemas, pensamentos automáticos, emoções, comportamento, história), o terapeuta "presta atenção" na categoria da crença central que parece ter sido ativada.
Crenças centrais de desamparo:Crenças centrais de desamor:
Ninguém liga para mim.
Eu sou mau.
Eu não tenho valor.
Eu sou diferente.
Eu sou impotente.
Eu estou fora de controle.
Eu sou inadequado.
Eu sou ineficiente.
Eu sou incompetente.
Eu sou um fracasso.
Eu sou desrespeitado.
Quando não ficar claro para o terapeuta qual categoria de crença central foi ativada, por exemplo, um paciente deprimido diz: "Eu não sou bom o suficiente." O terapeuta, então, precisa apurar o sentido do pensamento para determinar se o paciente acredita que não é bom o suficiente para ganhar respeito ou para obter respeito (categoria desamparado) ou se ele não é bom o suficiente a ponto de que os outros venham a amá-lo.
Resumindo, o terapeuta mentalmente começa a formular uma hipótese sobre as crenças centrais de um paciente sempre que o mesmo oferece dados na forma de suas reações a situações (pensamentos automáticos e seus sentidos, emoções e comportamentos associados). Ele primeiro faz uma distinção grosseira (para si próprio) entre cognições que parecem encaixar na categoria desamparo e na categoria não ser querido.
Apresentando as crenças centrais
Ocorre após o terapeuta colher os dados suficientes para levantar uma hipótese sobre a crença central e quando ele acredita que o paciente será suficientemente receptivo, ele experimentalmente apresenta sua conceituação para o paciente.
Após a apresentação o terapeuta deve educar o paciente a respeito de suas crenças, pra que ele saiba que são ideias e não verdades, que ela e o terapeuta vão trabalhar juntos para modificar essa ideia.
Modificando as crenças centrais
Depois de identificar a crença central negativa, o terapeuta projeta uma nova crença mais realista e funcional e orienta o paciente em sua direção. 
Crença antiga: Eu sou impotente	Crença nova: Eu tenho controle sobre muitas coisas
Eu não sou perfeita			Eu sou normal com pontos fortes e fracos
Uma crença relativamente positiva é mais fácil de ser adotada por um paciente do que uma ao extremo (ex: sou perfeita)
Reestruturando Memórias Antigas
Técnicas "emocionais" especiais ou experienciais, nas quais o afeto do paciente é estimulado, são também indicadas. Uma dessas técnicas envolve role-play, reencenar um evento para ajudar o paciente a reinterpretar uma experiência traumática anterior. 
Técnicas cognitivo e comportamentais complementares
Este capítulo descreve técnicas importantes, muitas das quais são de natureza tanto cognitiva como comportamental. 
A resolução de problemas
A resolução de problemas possibilitar as escolhas conscientes do paciente, tornando-o autônomo e senhor das suas decisões.
Alguns pacientes são deficientes em habilidades de resolução de problemas. Eles frequentemente se beneficiam de uma instrução direta em resolução de problemas em que aprendem a especificar um problema, projetar soluções, selecionar uma solução, implementá-la e avaliar sua efetividade. Muitos pacientes, no entanto, já possuem boas habilidades de resolução de problemas.
A tomada de decisões
Comum a muitos pacientes é a dificuldade de tomar uma decisão. O terapeuta pede ao paciente para catalogar as vantagens e as desvantagens de cada opção e, então, o ajuda a criar um sistema para pesar cada item e extrair uma conclusão sobre que opção parece ser melhor.
Experimentos comportamentais
Os experimentos comportamentais testam diretamente a validade dos pensamentos ou das suposições do paciente e são uma importante técnica avaliativa, utilizada sozinha ou acompanhada pelo questionamento socrático. Essas experiências podem ser feitas dentro ou fora do consultório.
Monitoração de atividade e agendamento
O terapeuta pode inicialmente pedir a um paciente para monitorar suas atividades, objetivando a coleta de dados relevantes. Como com qualquer tarefa, o terapeuta primeiro oferece um embasamento lógico, certificando-se de que o paciente concordou e entendeu a tarefa, assim iniciando-o na sessão e verificando de imediato se há obstáculos. Tipicamente, essa tarefa é proposta de imediato na terapia, isto é, durante a segunda ou terceira sessão. Os dados levantados podem ser de inestimável valor e algumas mudanças subseqüentes nas atividades do paciente com frequência podem melhorar significativamente o seu humor.
Distração e refocalização
É usualmente melhor para o paciente avaliar seus pensamentos automáticos no ato e modificar assim o seu pensamento. Em muitas situações, no entanto, essa estratégia é inviável, sendo indicadas a refocalização e a atenção, a distração ou os cartões de leitura de enfrentamento.
A refocalização é particularmente útil em situações nas quais a concentração é necessária para a tarefa em questão, como completar um trabalho, conduzir uma conversação ou até mesmo dirigir um carro. O terapeuta ensina o paciente a refocalizar a tarefa imediata, isto é, deliberadamente voltar a sua atenção ao relatório que ela está escrevendo, ao que seu companheiro de conversa está dizendo, ou à estrada à sua frente. O terapeuta ensaia a estratégia com o paciente, tentando saber como ele refocalizou a sua atenção no passado e como ele acredita que poderá fazer isso no futuro.
Relaxamento e Cartões de enfrentamento
O terapeuta propõe que o paciente pratique o relaxamento como uma experiência, pois isso o ajudará a reduzir a ansiedade ou conduzirá a possíveis pensamentos ansiosos que podem ser avaliados.
Os cartões de enfrentamento podem assumir várias formas, três das quais são descritas, a seguir: escrever um pensamento automático chave ou uma crença, de um lado com sua resposta adaptativa, do outro projetando estratégias comporta mentais para usar em situações problemáticas específicas e compor autoinstruções para motivar o paciente.
Exposição Graduada
A fim de atingir uma meta, é, em geral, necessário executar algumas medidas ao longo do caminho. Os pacientes tendem a tomar-se confusos quando eles focalizam quão longe eles estão de uma meta em vez de focalizar a sua etapa presente.
Role Play
O role-play (dramatização) é uma técnica que pode ser usada para uma ampla variedade de propósitos. Role-play para a identificação de pensamentos automáticos, para o desenvolvimento de uma resposta racional e para a modificação de crenças intermediárias e centrais. A dramatização também é útil para aprender e praticar algumas habilidades sociais.
A construção da Imagem
Muitos pacientes experimentamos pensamentos automáticos não apenas como palavras não-faladas em sua mente, mas também em forma de figuras ou de imagens mentais. Este capítulo demonstra como ensinar os pacientes a identificar suas imagens espontâneas e como intervir terapeuticamente tanto com imagens espontâneas como com induzidas. Embora muitos pacientes tenham imagens visuais, poucos as relatam.
Identificando imagens
A fim de ensinar aos pacientes como reconhecer e intervir com suas imagens aflitivas, o terapeuta tenta recordar com o paciente uma imagem espontânea que o mesmo teve ou tenta induzir uma nova imagem em sessão.
Alguns pacientes podem identificar imagens, mas não as relatam para os seus terapeutas porque, muitas vezes, suas imagens são vívidas demais e/ou angustiantes. Eles podem estar relutantes em reexperimentar tal angústia ou temem que o terapeuta os perceba perturbados. Se o terapeuta suspeita de qualquer desses casos, ele regulariza a experiência de imagens.
Terapeuta pode usar uma técnica pra ensinar o paciente a identificar uma imagem e então, imaginá-la, mudando o seu fim. Fazer isso usualmente alivia seu estresse.
Induzindo a construção de imagem como ferramenta terapêutica
Às vezes, o terapeuta busca induzir uma imagem contrária para ajudar o paciente a responder a uma imagem espontânea. 
Ensaio de Técnicas de Enfrentamento: O terapeuta utiliza essa técnica em sessão para ajudar o paciente a mentalmente praticar estratégias de enfrentamento. Essa técnica difere de "enfrentar o conflito na imagem" porque aqui o terapeuta induz uma imagem para praticar técnicas de terapia cognitiva em vez de fazer o paciente imaginar como ele enfrentaria mais amplamente uma imagem espontânea.
O distanciamento: é uma outra técnica de visualização induzida para reduzir estresse e ajudar os pacientes a verem um problema em perspectiva mais ampla.
A Redução de uma Ameaça Percebida: Um terceiro tipo de imagem induzida é a projetada para permitir que o paciente veja uma situação com uma avaliação mais realista da ameaça real.
Tarefas de Casa
A tarefa de casa é uma parte integral, não-opcional, da terapia cognitiva. Em essência, o terapeuta busca estender as oportunidades para mudança cognitiva e comportamental ao longo da semana do paciente. As boas tarefas de casa proporcionam oportunidades para o paciente adicionalmente educar-se, colher dados, testar os seus pensamentos e as suas crenças para modificar seu pensamento, praticar as ferramentas cognitivas e comportamentais e experimentar comportamentos novos. A tarefa de casa pode maximizar o que foi aprendido em uma sessão de terapia e conduzir a um aumento no sentimento de auto eficácia do paciente. 
Tarefas de Casa Contínuas
Ativação comportamental: é especialmente importante para pacientes inativos, mas pode também ser bastante útil para muitos pacientes cuja meta é retomar as atividades anteriores ou enriquecer suas vidas experimentando novas atividades. 
Monitorar pensamentos automáticos: A paciente pergunta a si mesma "O que está passando pela minha cabeça agora?" sempre que percebe seu humor mudando. Tão logo seja apropriado, o terapeuta a ensina a escrever os pensamentos automáticos em um Registro de Pensamentos Automáticos.
Biblioterapia: É usualmente valioso fazer o paciente tanto ler corno anotar suas reações: com o que ele concordou, discordou e o que questionou.
Revisar a sessão de terapia anterior: ajuda a consolidar o aprendizado. Tal revisão poderia consistir em ler notas escritas durante a própria sessão e/ou escutar uma fita de áudio da sessão de terapia.
Preparar-se para a sessão seguinte de terapia: é natural para muitos pacientes e não requer uma tarefa contínua específica.
Tarefas Adicionais
O terapeuta deveria avaliar a utilidade de outras tarefas que podem ser apropriadas para um número limitado de sessões. Durante a sessão inicial, por exemplo, é frequentemente útil fazer o paciente aperfeiçoar a sua lista de metas e começar com um diário de auto declaração positiva. Durante as sessões seguintes, a tarefa de casa pode enfatizar a avaliação e a resposta aos pensamentos automáticos.
Se o paciente tem dificuldade em fazer sua tarefa de casa, o terapeuta usa esse problema como uma oportunidade para entender melhor o paciente. O terapeuta considera se a falha em fazer a tarefa de casa estava relacionada a um problema prático, um problema psicológico, um problema psicológico mascarado como problema prático e/ou um problema relacionado às cognições do terapeuta.

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