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IED PRIVADO I, Resumo para a Prova I

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IED PRIVADO I 
DIREITO PÚBLICO – Abarca as áreas do Direito cujas normas regulam relações do poder. O Direito Público externo trata do Direito Internacional Público ( Estado – Estado), enquanto o Direito Público interno trata do Direito administrativo jurídicas entre estados ou entre o Estado e um particular, onde nesse caso , o Estado possui a supremacia, penal, constitucional e processual. 
 A relação entre Estado e um particular no direito público é uma relação verticalizada.
DIREITO PRIVADO – Abrangem as áreas do Direito cujas normas regulam relações jurídicas entre particulares ou entre um Estado e um particular, sendo que o Estado nesse caso atua despido de supremacia. O Direito Privado abarca o Direito empresarial, do trabalho (variável , depende do critério) , do consumidor, imobiliário e o direito civil.
 A relação entre o Estado e o particular no direito privado é uma relação horizontalizada.
DIREITO PRIVADO (GÊNERO) X DIREITO CIVIL (ESPÉCIE) – No início, o Direito Privado era o próprio Direito Civil (originado pelos romanos) , porém, com a especialização do direito privado, surgiram novas áreas como o direito do trabalho, empresarial e do consumidor com o intuito de defender o particular nas relações jurídicas, entretanto, caso as áreas específicas não resolvam a situação, ocorrerá o uso do Direito Civil.
-Exemplo 1: Concessionária – Consumidor = Direito do Consumidor
-Exemplo 2: Vendedor Ocasional – Consumidor = Direito Civil ( mais geral )
 Hoje , o direito civil tem uma função residual nas relações mais comuns do direito privado, ou seja , quando não há incidência nos ramos especializados, haverá incidência no direito civil, que trata das mais diversas áreas da vida das pessoas (familiar, personalidade, relações obrigacionais e reais , etc).
OBS: Nas relações jurídicas nos ramos especializados do direito privado, o direito civil atua de forma subsidiária/secundária , preenchendo as eventuais lacunas normativas.
FONTES DO DIREITO CIVIL
1 – CONSTITUIÇÃO FEDERAL ( PRINCIPAL HIERARQUICAMENTE )
2 – CÓDIGO CIVIL – É a principal fonte sob o prisma de extensão do conteúdo. Tem como objetivo regular relações entre particulares, através das suas normas de caráter civil. Foi a Lei 10.406 que instituiu o Código Civil. 
 Reuniram em única lei, normas da mesma natureza segundo critérios sistemáticos. O Código Civil é organizado em uma parte geral e outra parte especial.
 A parte geral contém normas gerais e abstratas sobre os elementos (sujeito, objeto e fato propulsor) das relações jurídicas, sendo dividido em 3 livros: das pessoas , dos bens jurídicos e dos fatos jurídicos.
 A parte especial regula as relações jurídicas propriamente ditas , sendo dividida em 5 livros: do direito das obrigações, de empresa, das coisas , de família e das sucessões.
 Cada um dos livros são divididos em títulos, capítulos e seções ( que podem ter subseções) , sendo todos integrados por artigos.
3 – LEIS EXTRAVAGANTES AO CÓDIGO CIVIL – São todas as leis que não são do próprio Código Civil. Possuem a mesma finalidade daquelas presentes no código.
EVOLUÇÃO DO DIREITO CIVIL 
ORIGENS MAIS REMOTAS DO DIREITO CIVIL: O primeiro ramo do direito a ser organizado sistematicamente foi o direito civil, graças aos romanos. Depois de criado o Direito Civil tudo o que se fez foi atualizar as necessidades da sociedade em constante modificação. O Direito Civil atual tem suas origens mais remotas no direito romano. 
ORIGENS MAIS RECENTES: O grande filtro do direito romano está nas grandes codificações francesa (1804) e alemã (1900).
VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS CÓDIGOS: alguns dizem que eles fossilizam o direito. Normalmente todo código já nasce velho porque envolve muitos interesses e essa desatualização se acentua com o tempo. Os códigos estimulam o positivismo jurídico. Tem como vantagem a organização sistemática porque possibilitam o conhecimento do direito. 
CÓDIGO CIVIL FRANCÊS: Do ponto de vista ideológico espelha o ideário da revolução burguesa (liberdade, igualdade e fraternidade). A liberdade se expressava no âmbito econômico com a ausência do Estado das relações privadas, garantindo o mais amplo espaço para os agentes econômicos, livres de quaisquer limites. A igualdade era vista sob o enfoque meramente formal (todos são iguais desprezando as desigualdades reais); a liberdade era patrimonial. Não se preocupava com os valores essenciais da pessoa. Nosso código civil de 1916 e 2002 retrata esse ideal burguês (patrimonialista). O de 1916 mais que o de 2002. A maior crítica que se faz ao código francês é quanto a sua organização sistemática, que não é boa.
CÓDIGO CIVIL ALEMÃO: Não era tão exacerbadamente individualista e patrimonialista. Tinha preocupação com valores humanos, estranhos ao código francês. Politicamente foi resultante da unificação alemã. Houve a adoção do direito romano, através da recepção. Do ponto de vista jurídico o código alemão é resultado da Escola Pandectista (defende que um direito ou um código só prevalecerá se resultar de uma profunda investigação histórica do direito). Do ponto de vista ideológico o nosso Código Civil de 16 é mais influenciado pelo francês, sendo considerado tardiamente liberal. Do ponto de vista da organização sistemática, por outro lado, o nosso código reproduziu a estrutura do Código Civil Alemão. A legislação alemã é sintética. A francesa é analítica. A analítica procura prever as condutas e suas consequências. Já a sintética enuncia princípios que devem regular as diversas condutas.
A EVOLUÇÃO DO DIREITO CIVIL NO BRASIL
Período Colonial: No período colonial o nosso direito era o direito da metrópole. Vigoravam as ordenações (grandes compilações legislativas editadas em Portugal), um misto do direito romano e, sobretudo, do direito canônico. 
Codificação: CLÓVIS BEVILAQUA: Ele partiu dos trabalhos dos antecessores e em 6 meses o seu projeto estava preparado, mas levou 17 anos para ser aprovado. O código Bevilaqua é fortemente influenciado pelo direito francês. Já nasceu velho, anacrônico e incompatível com o momento histórico (liberalismo, quando o mundo já caminhava para o estado do bem estar). Do ponto de vista técnico não era ruim; apenas era anacrônico. 
Projeto Miguel Reale: junto com outros juristas elaboraram um anteprojeto, que em 1975 foi encaminhado ao Congresso Nacional. Em 1986 já estava aprovado o projeto quase todo. Mas havia um problema: iminência de uma nova constituição. Houve o temor de que fosse aprovado um código civil que fosse logo revogado pela nova constituição de 88. Embora aprovado não foi apreciado até que a nova constituição fosse aprovada.
CÓDIGO CIVIL DE 2002 (LEI 10.406): Após aprovada a nova constituição, Miguel Reale foi convidado para revisar o código. Fizeram a atualização e foi aprovado em jan de 2002. Também já nasceu velho. Há uma evolução, mas ainda é preponderantemente liberal. Essa defasagem temporal se dá em função dos grandes interesses envolvidos. 
DIREITO CIVIL CONSTITUCIONALIZADO – É a aplicação do direito civil sob as luzes e orientação dos princípios constitucionais. Não existe mais aquela dicotomia. Impõe-se uma unidade hermenêutica, cujo objetivo é superar a lógica da existência patrimonial humana pela da dignidade humana.
 
PERSONALIDADE JURÍDICA – Consiste numa aptidão genérica ( de todas as pessoas) para figurar como sujeito na relação jurídica e para contrair obrigações/deveres e adquirir direitos. Todos possuem personalidade, basta ser uma pessoa natural/física. Todas as pessoas, independentemente de sua capacidade, possuem personalidade jurídica (personalidade capacidade). É adquirida a partir do nascimento com vida, mas o direito tutela garantias para o nascituro (feto). Existem teorias que discutem a aquisição de personalidade jurídica do nascituro.
TEORIA NATALISTA: Diz que há um acerto na primeira parte do artigo e um equivoco na segunda parte. Defende que o nascituro não tem direito e sim expectativa de direito. 
Crítica: Existem direitos inerentes que o nascituro desfruta,como direito a vida e a alimentação.
TEORIA CONCEPCIONISTA: Afirma que o erro estaria na primeira parte do artigo e não na segunda parte. Afirma que a personalidade vem com a concepção.
Crítica: Todos os embriões fertilizados em vítreo tem o direito a vida, portanto deveriam nascer, os concepcionistas defendem que só ocorre concepção no momento da nidação e concorda que o direito patrimonial só ocorre com a percepção da vida.
TEORIA CONDICIONAL: Mais flexível, diz que o nascituro tem personalidade condicional que se aperfeiçoam com o nascimento com vida. A teoria intermediária é a da personalidade condicional, dizendo que o nascituro possui personalidade jurídica condicional, mas não plena. É um meio termo.
OBS: Não se pode confundir PERSONALIDADE JURÍDICA com PESSOA JURÍDICA. São abstrações do direito. São entes sem existência física. São as empresas, sociedades, associações, autarquias, fundações, partidos políticos, organizações religiosas, e o próprio Estado. 
CAPACIDADE – Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
 A Capacidade de direito/gozo é a consequência da personalização, sendo genérica , pois todos adquirem ao nascer.
 A capacidade de fato/exercício é a capacidade de exercer por si só atos da vida civil (não é genérica).
 Quando o indivíduo reúne as 2 capacidades (de gozo e de exercício) ele é plenamente capaz.
INCAPACIDADE: É a ausência de capacidade de fato.
INCAPACIDADE ABSOLUTA: O individuo é privado de discernimento ( menor de 16 anos),nesse caso o ato não possui qualquer valor jurídico, é nulo(nulidade). Ocorrerá a representação que é quando a manifestação de vontade do representante substitui a do representado. O contrato SÓ será assinado pelo representante.
INCAPACIDADE RELATIVA: o indivíduo tem algum grau de discernimento que não é pleno. Ele pode praticar atos da vida civil, mas não poderá fazê-lo sozinha. Nesse caso ocorre o ato é anulável (anulabilidade). Ocorrerá a assistência, que é quando a manifestação de vontade do assistente NÃO substitui a do assistenciado. É necessário que simultaneamente manifestem as suas vontades do assistente e do assistenciado. O contrato deverá ser assinado simultaneamente.
OBS: Quando a capacidade deriva da menor idade o representante ou o assistente são os pais, se os mesmos não forem aptos fica um tutor.
 Quando for maior incapaz o titular será o curador . Atualmente não existe incapacidade por deficiência.
CASOS EM QUE HÁ INCAPACIDADE RELATIVA:
DEPOIS QUE SE COMPLETAR 16 ANOS E ANTES DOS 18.
VICIADOS EM ALCOOL OU EM DROGAS , CONTANTO QUE TENHA O DISCERNIMENTO COMPROMETIDO.
QUANDO NÃO SE CONSEGUE EXPRIMIR SUA VONTADE. EX:COMA.
PRÓDIGOS, PESSOAS QUE GASTAM DESORDENADAMENTE SEU PATRIMÔNIO PODENDO CHEGAR A POBREZA,CONSTITUINDO DESVIO DE CONDUTA, APENAS QUANDO HOUVER PERDA DE PATRIMÔNIO.
OBS: O código civil não regula a capacidade do índio.
-Índio isolado: Não tem contato com a nossa cultura.
-Índio em via de integração: Estão em contato com nossa cultura, porém conservam de maneira predominante sua cultura.
-Índio integrado: Dominam a cultura não indígena.
 Atos entre índios não integrados sem assistência da FUNAI são nulos. Não é expresso se a incapacidade se da relativamente ou absolutamente. 
LEGITIMAÇÃO – Requisito específico exigido por lei para que certas pessoas pratiquem determinados atos. Ausente a legitimação, o ato não pode ser praticado validamente. Legitimação também pode ser chamado de capacidade específica.
 A legitimação quanto às pessoas naturais se inicia ao nascimento com vida.
CÓDIGO CIVIL / Art. 2o - A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
DIREITO CONDICIONAL: Direito subordinado a um futuro incerto, é diferente da expectativa de direito pois o primeiro tem uma proteção jurídica.
Entre os autores clássicos prevalece a teoria natalista , porém entre os contemporâneos prevalece a concepcionista.
Direito patrimonial só com a vida, de existência com a concepção. Essa é a visão que predomina.
EMANCIPAÇÃO - É a antecipação da capacidade civil para o menor de 18 anos. Só tem conseqüências na órbita civil.
VOLUNTÁRIA: É concedida pelos pais aos filhos após 16 anos. Hoje se entende que pode ser concedido pelo pai ou mãe, antes era exclusivamente pelo pai e só na ausência desse era concedida pela mãe. Se houver controvérsia entre os pais o judiciário precisará se manifestar, mas a emancipação nesse caso permanece sendo voluntária. O juiz só entra na discussão para decidir o que é melhor para o menor.
JUDICIAL: Tem esse nome porque depende de manifestação do juiz. Só ocorre em uma única hipótese: quando o menor está sob tutela (pais mortos ou destituídos do poder familiar). Então, o menor pode ir a juízo solicitar sua emancipação. 
LEGAL: Consiste na ocorrência de um fato ao qual a lei atribui a consequência de poder antecipar a plenitude da capacidade civil. Não depende nem de uma liberalidade dos pais, nem de decisão judicial. 
-Casamento: Uma vez realizado o casamento antes dos 16 anos, será realizada a emancipação. A cessação do casamento pelo divórcio não implicará retorno ao estado de incapacidade. Mas aquele que atuou de má fé terá a emancipação anulada, voltará o estado de incapacidade.
-Exercício de emprego público efetivo: Os concursos exigem a idade mínima de 18 anos para prestação de concurso público. O emprego tem de ser efetivo. Não se aceita função de confiança, emprego temporário para que se conceda a emancipação.
-Colação de grau em curso de ensino superior: Extremamente esvaziada. Colação de grau é formar-se e não apenas passar no vestibular ou ingressar no curso. Pode ocorrer com, por exemplo, os superdotados.
-Estabelecimento civil ou comercial: a existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. Tem que exercer uma atividade civil e prover o próprio sustento.
EXTINÇÃO DA PESSOA NATURAL - A pessoa natural se extingue com a sua morte, o indivíduo deixa de ser sujeito de direitos. Com a morte, extinguem-se a personalidade jurídica; abre-se a sucessão (os seus herdeiros são chamados a suceder); extinguem-se os contratos personalíssimos; põe-se fim ao casamento. 
COMORIÊNCIA - É presunção de morte simultânea. Se é possível definir a ordem por qualquer que seja o meio (perícia, testemunha) não será usado o instituto da comoriência.
MORTE PRESUMIDA - é considerar morto alguém cuja morte é provável, mas que não pode ser provada. (Ex.: Ausente, que é alguém que estava em perigo de vida e desapareceu; outro exemplo é alguém desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não encontrado até dois anos após o término da guerra).
AUSÊNCIA –(Artigos 26º - 39º) É um estado de fato de quem desaparece sem deixar notícia de seu paradeiro. O que se busca com a declaração da ausência é, principalmente, a proteção dos direitos patrimoniais do ausente. As etapas são:
CURATELA - Os interessados requerem a declaração de ausência; o juiz reconhece o estado de ausência e declara; arrecada os bens (relaciona os bens, arrola) e nomeia um curador. Esse curador será um administrador dos bens do ausente nessa fase. Ele não pode alienar os bens, dispor de forma alguma, sua única função é administrar e prestar contas dos bens. O curador será o cônjuge, os pais, os descendentes, qualquer pessoa à escolha de juiz, nessa ordem de prioridades. Se retornar o ausente, ele não perderá nada, tudo voltará para sua posse. Essa fase também pode ser chamada de Fase de Curadoria dos Bens do Ausente, não sendo eterna, mas sim temporária.
SUCESSÃO PROVISÓRIA – Se dá através de uma sentença que se pressupõe a um requerimento. A sucessão provisória pode ser requerida 1 ano após a arrecadação dos bens se o ausente não deixou procurador ou representante, ou 3 anos após a caracterização da ausência se o ausente deixou procurador ou representante, sendo possível requerer a abertura da sucessão provisória. Os herdeiros são chamadosa suceder. Nesse momento eles recebem apenas a posse provisória (os herdeiros não podem vender os bens do ausente, apenas com uma autorização judicial alegando a ruína/perecidade do bem sendo convertido em outro bem ou garantido em títulos pelo Governo) e não a propriedade dos bens porque a qualquer momento que o ausente retorne os bens retornarão para ele no mesmo estado deixado pelo ausente. 
 Cônjuge, Ascendentes, Descendentes irão se apropriar da integralidade (100%) dos frutos e rendimentos. Se o ausente retornar, receberá o patrimônio no estado que se encontra e os frutos parciais. 
 OBS: Caso o herdeiro seja o irmão/amigo do ausente, que não é nem um ascendente, cônjuge ou descendente , ele precisará prestar uma garantia através da cessão de um bem de valor equivalente ou superior ao do ausente , para ter a posse provisória do bem do ausente, e receberá metade dos frutos e rendimentos. Se ele não quis prestar a garantia não será emitida sua posse, além disso, ele não receberá nada dos rendimentos, e caso ele não tivesse patrimônio para garantir o bem, ele recebe sua parte de frutos e rendimentos, não sendo emitida sua posse.
SUCESSÃO DEFINITIVA - É necessário que transcorram 10 anos da sucessão provisória. Mas se o ausente já estiver com mais de oitenta anos, pode ser requerida a abertura da sucessão definitiva após 5 anos de caracterização da ausência. Quando se chega a esse momento (sucessão definitiva) é possível também que se requeira a declaração de morte presumida e, nesse momento, os herdeiros passam a ser proprietários, sendo os frutos e rendimentos integralmente deles, sendo o que estava capitalizado em parte do ausente (caso de um indivíduo que não é cônjuge, ascendente ou descendente) volta a ser do herdeiro, onde as garantias prestadas anteriormente se tornam cauções extintas após requerimento, não sendo mais necessário a prestação de garantias.
 A propriedade pertencente ao herdeiro é uma propriedade resolúvel , pois é passível a extinção da mesma. Se o ausente aparecer no período de 10 anos os bens retornarão para ele no estado em que se encontrarem, sem frutos. Depois desses 10 anos o ausente não recebe nada, onde tais situações se aplicam também ao morto presumido.
NOME DA PESSOA NATURAL – É a designação pela qual a pessoa é reconhecida e identificada na família e na sociedade que é o nome completo do indivíduo, que é formado por duas partículas, o prenome (partícula inicial) e o patronímico (ou sobrenome), tendo como a natureza jurídica (a categoria jurídica no Direito) do nome dividida em três teorias.
 O nome para a primeira teoria é um direito de propriedade, ou seja , o nome pertenceria ao indivíduo assim como um objeto pertence ao mesmo. É uma teoria não aceita no Brasil, pois o nome é indisponível pois o mesmo não pode ser renunciado ou transmitido
A segunda teoria afirma que o nome é um direito sui generis (de gênero próprio, sem igual), não pertencendo a nenhuma categoria jurídica, pois o nome é uma decorrência da necessidade de identificação.
 A terceira teoria afirma que o nome é um direito da personalidade, ou seja recaem sobre atributos físicos , psíquicos ou morais da pessoa, estando na mesma categoria do Direito à Vida, Moralidade , Personalidade, etc. É a teoria aceita no Brasil ,sendo que assim como você defende sua imagem , é possível defender também seu nome, sendo ele indisponível , daí se considerando que o nome.
 O Prenome é atribuído dos pais aos filhos, onde os pais tem amplas liberdades de atribuição, respeitando os poucos limites (não fiscalizados ou sancionados por ninguém, porém previstos nas Lei dos Registros Públicos) como o fato de que os irmãos não podem ter os mesmos pronomes; a grafia deve observar as regras da língua portuguesa , com exceção prenomes estrangeiros; o nome não pode expor a pessoa ao ridículo, onde o oficial civil pode recusar em todas as situações , onde os pais podem recorrer a revisão da recusa, porém nenhuma sanção é aplicada.
 O Sobrenome/Patronímico é a parte do nome que indica a família/ancestralidade da pessoa, podendo ser do pai , da mãe, da combinação de ambos ou de nomes de ancestrais cujos pais não possuem o sobrenome
 Caso haja o nome de duas pessoas da família com mesmo nome completo, é necessário a colocação de um Agnome (Filho , Júnior, Algarismo Romano,etc).
Cognome é a forma pela qual a pessoa é popularmente conhecida, diferentemente do apelido que tem dois sentidos: tanto sendo usado no sentido de Cognome , como sendo usado no sentido de família
Pseudônimo é o nome utilizado de uma pessoa no exercício de determinada atividade, podendo ter a mesma proteção jurídica que o nome registrado da pessoa , contanto que o mesmo pratique atividade lícita. Nome Artístico é um exemplo de Pseudônimo e nem todo cognome é pseudônimo , assim como nem todo pseudônimo é um cognome.
PRINCÍPIO DA IMUTABILIDADE DO NOME (IMUTABILIDADE RELATIVA): Como regra, o nome é imutável, tendo o intuito de manter e estabelecer a segurança jurídica , mas existem exceções que são: 
-Prenome :
1 - Evidente erro gráfico, permite-se a retificação do erro
2 - Exposição ao ridículo do portador, podendo ser anulado pelo oficial e trocado
3 - Adição/substituição de/por cognomes públicos e notórios (Ex: Lula, Xuxa)
4 - Quando a pessoa é testemunha/vítima de um crime , colaborando com a justiça e sofre ameaça, podendo requerer judicialmente a alteração e voltar, caso queira, a utilização do nome original
5 - Em casos jurisprudenciais, com o aportuguesamento de nomes estrangeiros.
6 - Com a adoção (prevista no ECA). É facultativo dos adotantes alterar o prenome do adotado
7 - Qualquer pessoa no primeiro ano do exercício de sua maioridade tem o direito de mudar seu prenome (Lei de Proteção)
8 - Em casos jurisprudenciais, quando há homônimos (mesmo nome) que haja algum tipo de prejuízo e/ou confusão;
 9 -Em casos jurisprudenciais quando o transexual é transgenitalizado , a mudança não é discutida. Quando não é, existe uma convergência, porém sem decisão do STF, havendo decisões contrárias e favoráveis nos tribunais estaduais.
-Sobrenome:
1 – Adição de sobrenome de ascendente, tendo que provar seu parentesco.
2 – Em casamentos , o que a lei permite a adição , mas não a substituição, da partícula que ela quiser.
3 – O adotado recebe o sobrenome dos adotantes, tendo o mesmo direito dos filhos biológicos.
4 – Reconhecimento do filho, onde o pai que reconhece o filho pode adicionar o seu sobrenome.
5 – Separação e divórcio: o cônjuge que adota o sobrenome do antigo parceiro , tem a faculdade de retirá-lo após o divórcio. 
OBS: O pronome tem previsão expressa para a alteração do prenome (Lei dos Registros Públicos e Lei de Proteção à Testemunha), sendo mais difícil a alteração do sobrenome , pois não há previsão expressa de sua alteração.
TUTELA JURÍDICA DO NOME - Pode-se defender o nome, impedindo que seu nome seja utilizado para fins comerciais ou a utilização em representações que exponha o portador ao ridículo. É em função do aspecto público que não se pode mudar o nome, mas o nome também é um direito da personalidade, por isso o direito da defesa do nome. Tutela quer dizer proteção do nome.
ESTADO DA PESSOA NATURAL – Compõe um conjunto de características juridicamente relevantes que permitem a identificação da pessoa. É uma noção técnica destinada a caracterizar a posição jurídica da pessoa no meio social. Foi uma herança dos romanos , que tinham 3 estados: civitates , que é o Estado Político, atualmente; familiare = Estado Familiar hoje em dia; libertatis (livres x escravos) = Estado Individual .
-Estado Político: Brasileiros ou estrangeiros, onde o Brasileiro pode ser naturalizado ou nato, não sendo regulado por normas do Direito Civil.
-Estado Familiar: No Código Civil de 1916 havia o desquite, que extinguia a sociedade conjugal ( separação de bens, e de coabitação) mas não era cancelado o casamento, onde apenas em 1977 houve a permissão de um divórcio. O Estado Familiar até hoje é regulado peloDireito Civil, podendo ser visto pelo prisma do matrimônio e do parentesco.
 O Prisma Matrimonial possui 5 estados ( Solteira, Casada, Viúva, Divorciada e Separada Judicialmente).
 Sob o Prisma Do Parentesco há 2 Estados: o Consanguíneo (Em Linha Reta ascendente ou descendente ,como os netos e avôs, e em Linha Colateral/Transversal é de pessoas como irmãos e primos) e o Afim/Afinidade que é o vínculo que há entre uma pessoa e os consanguíneos do seu cônjuge (Em Linha Reta, ascendente ou descendente como sogras , e Em Linhas Colaterais, como os cunhados). A Linha Reta é infinita , mas em linha colateral vai até o 4º Grau em consanguinidade.
OBS:Definição de graus : Pai e Mãe (1º Grau) , Irmãos e Avôs (2º Grau) , Tio-Avô ( 3º Grau), Primo do Pai/Mãe (4º Grau).
OBS: A afinidade em Linha Reta não cessa com o fim do casamento.

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