Buscar

Bioquímica clínica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

BIOQUÍMICA CLÍNICA 
SEGUNDA PROVA 
 
Profa. Dra. Cláudia Funchal 
Prof. Dr. Alex Sander Araújo 
Biomedicina 
 
 
PROTEÍNASPROTEÍNAS
‰ Compostos de elevada massa molecular (500 a vários milhões).
‰ Produzidas pelas células de todas as formas de vida.
‰ São polímeros de aminoácidos unidos entre si por ligação peptídica. 
‰ As proteínas podem fornecer somente aminoácidos (proteínas 
simples) ou, além dos aminoácidos, outros compostos orgânicos ou
inorgânicos (proteínas conjugadas).
‰ A porção não protéica é denominada Grupo Prostético.
‰‰ FUNÇÕES:FUNÇÕES:
9 Transporte: hormônios, vitaminas, metais, drogas e oxigênio 
(hemoglobina);
9 Catalítica: enzimas;
9 Defesa: anticorpos e complemento;
9 Tampões: auxiliam na manutenção do pH;
9 Nutrição tecidual: aminoácidos;
9 Hormônios: insulina;
9 Mantêm a distribuição de água entre as células e o compartimento 
intersticial e o sistema vascular do organismo;
9 Transmissão genética: proteínas cromossômicas, histonas.
PROTEÍNAS TOTAISPROTEÍNAS TOTAIS
‰ Existem mais de 300 proteínas diferentes no plasma sangüíneo. 
‰ Suas concentrações são alteradas por diversos processos 
patológicos.
‰ Apesar do grande número de proteínas do plasma somente algumas 
são determinadas rotineiramente.
‰ As proteínas totais são avaliadas no plasma, urina, líquidos 
(cefalorraquidiano, amniótico, peritonial, pleural), saliva e fezes. 
‰ O laboratório de bioquímica mede rotineiramente as concentrações 
de PROTEÍNAS TOTAIS e de ALBUMINA. 
‰ A diferença entre as proteínas totais e a albumina é chamada de
fração globulina. 
‰ Outras proteínas, como as imunoglobulinas, são dosadas como 
classes e existem métodos imunoquímicos para dosar proteínas 
específicas e hormônios. 
METABOLISMO DAS PROTEÍNAS PLASMÁTICASMETABOLISMO DAS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS
‰ A concentração das proteínas é determinada por:
99 Velocidade de síntese:Velocidade de síntese: a maioria das proteínas plasmáticas são 
sintetizadas no fígado enquanto algumas são produzidas em outros
locais como as imunoglobulinas pelos linfócitos e apoproteínas pelos 
enterócitos. Aproximadamente 25g de proteínas plasmáticas são 
sintetizadas e secretadas a cada dia. NÃO HÁ ARMAZENAMENTO 
DE PROTEÍNAS INTRACELULAR!!!!!
99 Velocidade de catabolismo:Velocidade de catabolismo: degradadas em todo organismo. Os AA 
liberados ficam disponíveis para a síntese de proteínas celulares. 
99 Volume sangüíneo:Volume sangüíneo: distribuição. Normalmente a concentração de 
proteínas totais no plasma está ao redor de 7,0 g/dL e 
aproximadamente 250 g de proteínas são encontradas no 
compartimento vascular de um homem adulto de 70 kg. A água 
atravessa mais livremente as paredes capilares que as proteínas,
portanto, a concentração de proteínas no espaço vascular é afetada 
pela distribuição líquida. 
HIPERPROTEINEMIAHIPERPROTEINEMIA
‰ Aumento de proteínas totais.
‰ Desidratação:Desidratação: provoca aumento (relativo) de todas as frações 
protéicas. Causas:
9 Vômito; diarréia intensa; pouca ingestão de líquidos; enfermidade de 
Addison; acidose metabólica.
‰‰ Enfermidades Enfermidades monoclonaismonoclonais:: promovem elevação de imunoglobulinas, 
causando um aumento nos níveis de proteínas totais séricas.
9 Mieloma múltiplo; macroglobulinemia de Waldenström; doença da 
cadeia pesada (Franklin); paraproteinemia benigna; resposta de fase 
aguda (trauma, infarto, malignidade).
‰‰ Enfermidade Enfermidade policlonaispoliclonais crônicas:crônicas: aumento difuso das gama 
globulinas.
9 Cirrose hepática; hepatite ativa crônica; sarcoidose, lupus
eritematoso sitêmico; infecção bacteriana crônica (brucelose, 
tuberculose, malária, lepra); infecções intrauterinas. 
HIPOPROTEINEMIAHIPOPROTEINEMIA
‰ Diminuição de proteínas totais.
‰ Aumento do volume plasmáticoAumento do volume plasmático hemodiluição por intoxicação 
hídrica. Na cirrose quando ascite está presente.
‰‰ Perda renal de proteínas:Perda renal de proteínas: síndrome nefrótica e glomerulonefrite
crônica.
‰‰ Perda de proteínas pela pele:Perda de proteínas pela pele: quimaduras severas.
‰‰ Gota:Gota: aumento da uricemia.
‰‰ Distúrbios de síntese protéica:Distúrbios de síntese protéica: sensível ao suprimento de 
aminoácidos. Desnutrição, má absorção, dietas pobres em proteínas, 
enfermidade hepática não virótica severa. 
‰‰ Outras causas:Outras causas: edema, hipertireoidismo, hemorragia grave, 
insuficiência cardíaca congestiva, leucemia, úlcera péptica.
DETERMINAÇÃO DE PROTEÍNAS TOTAIS SÉRICASDETERMINAÇÃO DE PROTEÍNAS TOTAIS SÉRICAS
‰‰ Paciente:Paciente: não deve ingerir dieta rica em gordura durante 8h antes 
do teste. Suspender medicações que interfiram nos níveis de proteínas 
séricas. 
‰‰ Amostra:Amostra: soro sem hemólise e não lipêmico.
‰‰ Interferentes:Interferentes:
9 Falsamente elevados: contrates radiológicos, insulina, 
somatotropina, corticoesteróides, clofibrato.
9 Falsos diminuídos: anticoncepcionais orais, dextrato, íon amônio, 
líquidos intravenosos excessivos contendo glicose, salicilatos.
‰‰ Métodos:Métodos: método de referência- Kjeldahl. Não é empregado 
rotineiramente devido a sua comlexidade.
9 Refractometria: medida do índice de refração. Pode ser usado no 
plasma, soro, urina e líquor. 
9 Biureto: é o mais usado atualmente. É preciso e exato, de fácil 
execução. Biureto é o nome dado ao produto de decomposição da uréia 
pelo calor. Quando o biureto é tratado com íons cúpricos em solução 
alcalina desenvolve coloração violeta. Os íons cobre (Cu+2) em meio 
alcalino (Reagente de Biureto) reagem com as ligações peptídicas das 
proteínas séricas formando cor púrpura, que tem absorbância máxima 
em 545 nm, proporcional à concentração das proteínas na amostra.
PROTEÍNAS TOTAIS NA URINAPROTEÍNAS TOTAIS NA URINA
‰ Como resultado da pressão hidrostática, as proteínas de baixa 
massa molecular rotineiramente são filtradas através da membrana
basal glomerular. 
‰ A membrana atua como uma barreira à filtração graças ao tamanho
dos poros e a carga negativa.
‰ As proteínas de pequeno tamanho molecular são conduzidas para 
dentro do túbulo renal onde são quase totalmente reabsorvidas, no 
entanto, uma pequena fração é conduzida através dos túbulos e 
aparece na urina. 
‰ Entre 20-50% da proteína urinária é albumina. 
‰ Restante consiste de uromucóide, mucoproteína de Tomm-Horsfall
provenientes das células tubulares renais. 
‰ Uma pequena quantidade de albumina é encontrada na urina 
(25mg/24h). 
‰ Quando são encontradas quantidades maiores que 250 mg/24h
ocorreu lesão significativa da membrana glomerular. 
‰ As causas de proteinúria são:
9 Proteinúria transitória, desaparece em poucos dias;
9 Proteinúria ortostática (postural), associada a lordose severa; 
9 Proteinúria persistente devido a doença extra-renal (até 500mg/d);
9 Proteinúria persistente devido a doença glomerular (acima de 500mg/d); 
9 Doença glomerular;
9 Proteinúria tubular;
9 Proteinúria por excesso de proteínas circulantes.
DETERMINAÇÃO DE PROTEÍNAS TOTAIS NA URINADETERMINAÇÃO DE PROTEÍNAS TOTAIS NA URINA
‰‰ Amostra: Amostra: urina de 24h ou 12h sem preservativos.
‰‰ Interferências:Interferências: Resultados falsamente elevados: urinas alcalinas, 
após administração de radiocontrastes, aminoglicosídios, lítio, chumbo, 
mercúrio, cádmio.
‰‰ Métodos:Métodos:
9 Turbidimetria: simples, rápidos e suficientemente exatos. 
Reagentes mais usados: ácido tricloroacético, ácido sulfossalicílico ou 
cloreto de benzetônio em meio alcalino. O reagente é adicionado a 
urina, há desnaturação de proteínas com sua conseqüente precipitação. 
O ppt é quantificado por turbidimetria. 
9 Corantes: técnica baseada no desvio da absorvância máxima do 
corante quando ligado à proteínas. Mais freqüentes: azul brilhante de 
commassie G (G-250), que se liga aos resíduos de NH3 das proteínas e 
o molibdato vermelho de pirrogalol que reage com os grupos aminobásicos da albumina e das γ-globulinas para formar um complexo azul.
9 Biureto: pouco utilizado por serem complexos e sofrerem 
interferência de certos metabólitos como a bilirrubina.
9 Indicador de pH: é um método semi-quantitativo onde a proteína se 
liga ao indicador provocando alterações na cor. Apresenta falso 
positivos em urinas com pH >8,0.
ALBUMINAALBUMINA
‰ Compreende ao redor de 50-60% das proteínas presentes no plasma 
humano.
‰ É sintetizada no fígado em velocidade dependente da ingestão 
protéica e da regulação por “feedback” pelo teor de albumina 
circulante.
‰ Tem meia vida de 15-20 dias
‰ A concentração da albumina é um dos melhores índices do estado 
nutricional do paciente.
‰‰ FUNÇÕES:FUNÇÕES:
9 Regulação osmótica: Contribui com 75-80% da pressão osmótica do 
plasma, um dos fatores que regulam a distribuição apropriada de água 
entre os compartimentos intra- e extracelulares. Em certas doenças 
os teores de albumina anormalmente baixos movem a água do leito 
vascular para os tecidos, EDEMA.
9 Transporte e armazenamento: sua natureza altamente polar (em pH 
7,4 a albumina apresenta 200 cargas negativas por molécula) a 
albumina apresenta uma capacidade de ligação não seletiva a muitos 
compostos pouco solúveis em água.
- transporte de AG de cadeias longas e esteróis; 
- transporte de bilirrubina do sistema retículo endotelial para o
fígado, tornando-a hidrossolúvel e atóxica;
- transporte de fármacos: salicitatos, barbitúricos, dicumarol, 
clofibrato, sulfonamidas, wafarina, penicilina. 
Indicações:Indicações:
9�� Deficiências nutricionais
9�� Como marcador de desordens do metabolismo protéico
9��Redução da síntese protéica
9��Perda acentuada de proteínas
‰ Os níveis séricos de albumina são dependentes da velocidade de 
síntese, da secreção pela célula hepática, da distribuição pelos líquidos 
corporais e da degradação. 
HIPERALBUMINEMIAHIPERALBUMINEMIA
‰ É encontrada raramente nos casos de carcinomatose metastática, 
desidratação aguda, diarréia, estresse, febre, gravidez, vômito,
hemoconcentração, tuberculose, neoplasias, etc. 
HIPOALBUMINEMIAHIPOALBUMINEMIA
‰ Promovida pela diminuição ou defeito da síntese devido a um dano 
hepatocelular, deficiência na ingestão de Aa, aumento de perdas de 
albumina por doenças e catabolismo induzido pelo estresse fisiológico. 
‰‰ Deficiência na síntese de albumina:Deficiência na síntese de albumina:
9 Doença hepática: na cirrose, a síntese é reduzida pela perda de
massa celular.
9�O fluxo do sangue portal muitas vezes está reduzido e mal 
distribuído, promovendo deficiências na distribuição de nutrientes e 
oxigênio.
9�O fluxo de substratos afeta certas funções do fígado, incluindo a 
síntese protéica, que está diminuída em pacientes cirróticos sem
ascite.
‰‰ Ingestão inadequada de proteínas:Ingestão inadequada de proteínas: promove a rápida perda de 
RNA celular e a degradação do RE ligado aos polissomos e com isso, 
diminui a síntese da albumina. 
‰‰ Perda excessiva de proteína Perda excessiva de proteína extravascularextravascular: : 
9 Síndrome nefrótica produz hipoalbuminemia em função da 
proteinúria massiva, com perdas >3 g em 24 horas.
9 A albumina é filtrada pelo glomérulo e catabolizada pelos túbulos 
renais com reciclagem dos aminoácidos.
9 Em doenças renais crônicas – com patologias glomerular e tubular –
a filtração protéica excessiva aumenta a perda e a degradação de
proteínas.
‰‰ EnteropatiaEnteropatia perdedora de proteínas:perdedora de proteínas: em condições normais menos 
de 10% da albumina total é perdida pelo intestino. Quando associada a 
infecções intestinais, a hipoalbuminemia aumenta por fatores 
periféricos que inibem a síntese de albumina por mecanismos similares 
aos encontrados nas queimaduras, traumas, infecções neoplasias. 
‰‰ Queimaduras extensas:Queimaduras extensas:
9 A pele é o principal local de armazenamento extracelular de 
albumina; constitui o pool necessário para manter os teores de 
albumina no plasma.
9 A perda direta de albumina nas queimaduras compromete o fluxo 
sangüíneo hepático pela diminuição de volume e pela inibição de 
fatores teciduais liberados nos locais da queimadura.
9 Os fatores liberados são: fator de necrose tumoral, interleucina- 1 
e interleucina- 6.
‰‰ HemodiluiçãoHemodiluição::
9 Nas ascites de qualquer causa, os níveis de albumina sérica não são 
bons índices da capacidade sintética do fígado.
9 Nas ascites, a síntese pode estar normal ou mesmo aumentada, no 
entanto, os teores séricos estão baixos. Ex.: ascites por cirrose.
9 Na insuficiência cardíaca congestiva a síntese de albumina é normal, 
mas devido ao aumento do volume de distribuição, ocorre 
hipoalbuminemia.
‰‰ Aumento da pressão Aumento da pressão oncóticaoncótica::
9 Em parte, a síntese de albumina é regulada pela pressão oncótica do 
soro.
9 A pressão oncótica no líquido intersticial hepático regula a síntese 
de albumina – a síntese é inversamente proporcional a pressão.
9 Condições que aumentam outras substâncias osmoticamente ativas 
no soro e reduzem a síntese.
9 Globulinas séricas aumentadas em hepatites; infusão de outros 
colóides (dextranos e gamaglobulinas).
‰‰ Estresse:Estresse:
9 Estresse fisiológico de qualquer tipo: queimaduras severas, infecção 
ou carcinoma. Isso ocorre por meio de substâncias mensageiras 
liberadas no local da lesão.
9 O fator de necrose tumoral, interleucina-1 e interleucina-6 são 
exemplos desses mensageiros.
9 Os mensageiros reduzem a síntese pela modificação do mRNA
disponível.
9 Também pode ocorrer perda nas queimaduras
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA HIPOALBUMINEMIAAVALIAÇÃO LABORATORIAL DA HIPOALBUMINEMIA
‰ As etiologias potenciais para a hipoalbuminemia são numerosas. A 
suspeita clínica de doença subadjacente deve orientar os estudos 
laboratoriais.
9 Redução na contagem de linfócitos e na uréia sérica são encontradas 
na desnutrição.
9 Transferrina, pré-albumina e proteína ligada ao retinol têm meias-
vidas curtas, e refletem melhor os estados nutricionais do que a
albumina, com meia-vida longa.
9 Pré-albumina, ao contrário da pré-pró-albumina e da pró-albumina, 
não é precursora da albumina.
9 A pré-albumina é uma proteína totalmente diferente da albumina. 
Na eletroforese, migra antes da albumina.
9 Elevações nos níveis da proteína C reativa sugerem que uma 
inflamação é a causa da hipoalbuminemia.
9 Proteinúria acima de 3 g/24 horas sugerem sindrome nefrótica.
9 Transaminases podem estar elevadas ou normais em cirróticos.
9 Estudos de gorduras fecais.
9 Depuração da alfa-1 antitripsina fecal pode mostrar a de má-
absorção de proteínas.
9 Eletroforese das proteínas séricas para detectar 
hipergamaglobulinemia.
CONSEQÜÊNCIAS DA HIPOALBUMINEMIACONSEQÜÊNCIAS DA HIPOALBUMINEMIA
‰ Edema facial, macroglossia, tumefação das parótidas, icterícia 
conjuntival.
‰ Revestimentos: perda de gordura subcutânea, pele áspera e seca,
dermatoses doloridas, edema periférico, cabelo fino, angiomas. 
Eritema palmar.
‰ Cardivascular: bradicardia, hipotensão, cardiomegalia, diomegalia.
‰ Respiratório: diminuição da expansão respiratória devido à 
disfunção pleural e à debilidade dos músculos intercostais. 
‰ Gastrointestinais: hepatoesplenomegalia, ascites.
‰ Músculo esquelético: perda muscular, retardo de crescimento em 
crianças, atrofia dos músculos interósseos das mãos. 
‰ Neurológica: encefalopatia.
‰ Endócrino: ginecomastia, hipotermia, tiromegalia.
‰ Outros: vários sinais relacionados a deficiências nutricionais 
específicas.
TRATAMENTO DA HIPOALBUMINEMIATRATAMENTO DA HIPOALBUMINEMIA
‰ A hipoalbuminemia é um fenômeno comum em pacientes com doenças 
graves.
‰ O tratamento deve focar a causa subjacente em lugar de repor a 
albumina.
‰ A suplementação de albumina aumenta transitoriamente a sua 
concentração sérica mas não influencia o curso clínico.
‰ A administração de albumina pode ser prejudicial.‰�Em geral, a albumina não é utilizada no tratamento da 
hipoalbuminemia.
DETERMINAÇÃO DE ALBUMINA SÉRICADETERMINAÇÃO DE ALBUMINA SÉRICA
‰‰ Paciente Paciente não deve consumir dieta rica em gordura por 48h antes da 
prova.
‰‰ Amostra:Amostra: Soro. Evitar estase prolongada na coleta de sangue, pois 
a hemoconcentração aumenta os níveis das proteínas plasmáticas. A 
postura do paciente pode modificar em até 0,3 g/dL quando 
comparado os pacientes ambulatoriais e os hospitalizados.
‰‰ Interferências: Interferências: 
- Resultados falsamente elevados: agentes citotóxicos, 
anticoncenpcionais orais e bromossulfaleína.
- Resultados falsamente reduzidos: paracetamol, aspirina, estrogênios, 
anticoncenpcionais orias, ampicilina, asparaginase, fluoracil.
‰‰ Métodos:Métodos: os primeiros métodos de separação da albumina das 
globulinas empregavam o fracionamento salino. Método de Kjeldahl, 
reação do biureto.
9 Verde de bromocresol: fixação de corantes. A albumina tem a 
capacidade de fixar seletivamente vários ânions orgânicos, entre eles, 
moléculas do corante verde de bromocresol, azul de bromofenol. Ao se 
ligarem à albumina esse corantes sofrem um desvio nas suas 
absorvâncias máximas. A quantidade de albumina ligada ao corante é 
proporcional ao teor de albumina na amostra. 
9 Eletroforese: fornece informações adicionais sobre as globulinas.
9 Outros métodos: eletroimunoensaio, imunoquímico, turbidimetria.
ALBUMINÚRIAALBUMINÚRIA
‰ Aumento da excreção urinária de albumina é indicativo da elevação 
da permeabilidade glomerular. 
‰ A exceção urinária normal de albumina é menor que 30mg/dia.
‰ Albuminúria geralmente refere-se à excreção maior que 300mg/dia.
‰ A albuminúria é geralmente detectada de modo semiquantitativo por 
fitas reagentes, os teores positivos estão acima de 300-500mg/dia.
PROTEÍNAS PLASMÁTICAS ESPECÍFICASPROTEÍNAS PLASMÁTICAS ESPECÍFICAS
‰ Proteínas: moléculas anfóteras que podem ser separadas em frações 
quando aplicadas sobre um suporte poroso e submetidas a um campo
elétrico ELETROFORESE.ELETROFORESE.
‰ A migração ocorre de acordo com o grau de ionização, tamanho e
forma da molécula protéica, características da solução tampão do meio 
onde se realiza o processo (pH, composição qualitativa, força iônica), 
da força do campo elétrico, da porosidade, viscosidade e temperatura 
do suporte.
‰ As moléculas de carga positiva migram para o pólo negativo 
(cátodo); e as partículas de carga negativa migram para o pólo positivo 
(ânodo).
‰ A velocidade com que uma partícula se movimenta num campo 
elétrico depende de vários fatores: de maior importância é a sua
propriedade em adquirir carga elétrica.
‰ Quanto maior for a densidade de carga elétrica livre de uma 
partícula, maior será a sua velocidade quando submetida à ação de um 
campo elétrico.
‰ As proteínas contém grupos ácidos (COO-) e alcalinos (NH3+), 
portanto quando em solução ou suspensão, podem apresentar-se:
99 CARREGADAS POSITIVAMENTECARREGADAS POSITIVAMENTE
- n.º ↑ grupos (NH3+).
- Isto ocorre em pH ácido, uma vez que os grupos (COO-) vão se 
neutralizando pela adição de proteínas e consequentemente haverá
excesso de grupos (NH3+).
99 CARREGADOS NEGATIVAMENTE:CARREGADOS NEGATIVAMENTE:
- n.º ↑ grupos (COO-).
- Acontece com pH alcalino pela neutralização dos grupos (NH3+), 
quando se adiciona álcali (OH).
99 SEM CARGAS OU NEUTROS:SEM CARGAS OU NEUTROS:
- pH do tampão = ponto isoelétrico das proteínas,
- Não haverá migração, cargas positivas = cargas negativas.
-- PONTO ISOELÉTRICOPONTO ISOELÉTRICO
- É o pH de uma solução o qual cargas positivas = as negativas
- O movimento sob ação do campo elétrico é nulo.
- Ex.: A Albumina tem um ponto isoelétrico em pH 4,7 e, como a 
eletroforese das proteínas séricas é normalmente feita em tampão pH
8,6, ela terá alta densidade de carga elétrica negativa, enquanto que a
gama globulina por ter PI em pH 7,2 (próximo do tampão), terá uma 
baixa densidade elétrica livre. Assim a albumina terá uma maior 
velocidade de migração que a gama globulina.
‰ Em pH ácido tem-se H+ livre.
‰ Em pH alcalino tem-se OH- livre.
‰ Proteína em solução tampão abaixo do PI, sobram cátions H+, que 
neutralizam grupos COO-, a proteína fica carregada positivamente.
‰ Proteína em solução tampão acima do PI, sobra OH- que neutraliza os 
grupos NH3+ e a proteína fica carregada negativamente. 
‰ Ex.: PIA= 5,0 e PIB= 3,0
Solução tampão Solução tampão pH=7pH=7,1. Como elas estão carregadas e para qual ,1. Como elas estão carregadas e para qual 
pólo elas migram? Qual migra com maior velocidade?pólo elas migram? Qual migra com maior velocidade?
pH acima do PI sobra OH- que neutraliza grupos NH3+
Elas estão carregadas negativamente e migram par o pólo positivo. 
A B está em pH mais afastado do PI, portanto tem mais carga livre e 
maior velocidade. 
‰ O fracionamento protéico pela eletroforese é realizado no SORO.
‰ Não é feito no plasma para evitar bandas interferentes do 
fibrinogênio. 
‰ Em pH 8,6, empregando os métodos eletroforéticos, as proteínas do 
soro sangüíneo são divididas nas seguintes frações: pré albumina, pré albumina, 
albumina, albumina, αα1, 1, αα2, 2, ββ1, 1, ββ2 e 2 e γγ. . 
‰ A migração dessas macromoléculas é realizada em suportes em 
resposta a um campo elétrico.
INDICAÇÃO DA INDICAÇÃO DA 
ELETROFORESE DE ELETROFORESE DE 
PROTEÍNAS OU PROTEÍNAS OU 
PROTEINOGRAMA:PROTEINOGRAMA: estudar 
anormalidades protéicas. 
‰‰ SUPORTES:SUPORTES:
99 PAPEL FILTRO:PAPEL FILTRO: enzimas, isoenzimas, hemoglobinas, glicoproteínas, 
ácido vanilmandélico, aminoácidos, açúcares. 
99 ACETADO DE CELULOSE:ACETADO DE CELULOSE: todo tipo de eletroforese e 
imunoeletroforese. imunoeletroforese. 
99 GEL DE ÁGAR OU AGAROSE:GEL DE ÁGAR OU AGAROSE: Recomentado para todos os tipos de 
eletroforese e imunoeletroforese. 
99 GEL DE AMIDO:GEL DE AMIDO: Recomendado para a tipagem das haptoglobinas. 
99 GEL DE POLIACRILAMIDA:GEL DE POLIACRILAMIDA: Não recomendado para laboratório de 
análises clínicas de rotina, usa-se na pesquisa.
pH=PIpH=PI
Proteína 
fica parada 
no ponto de 
aplicação
‰‰ TAMPÃO:TAMPÃO:
9 Para eletroforese das proteínas no soro pH 8,6. 
9 Albumina PI- 4,2
9 γ PI 7,...
9 Os PIs são acendentes .
9 Tampão pH 8,6, portanto, o PI é menor que o pH, carregadas 
negativamente, migram para o pólo positivo e a albumina migra mais 
rápido que as demais. 
‰‰ CORANTES:CORANTES:
9 Negro de amido, Ponceau
‰‰ LAVAGEM E TRANSPARENTIZAÇÃO:LAVAGEM E TRANSPARENTIZAÇÃO:
9 Retira o excesso de corante. Usa-se ácido acético. Seca-se a fita. 
‰‰ INSTRUMENTOS: INSTRUMENTOS: 
9 Fonte de energia: É o aparelho que fornece corrente contínua e deve 
conter um regulador de tensão. Transforma corrente alternada em 
corrente contínua. Amperagem: corrente que transporta os íons –
Amperes - A. Voltagem: medida impulsora dos íons – volts – V (200 a 
300V). 
9 Cuba eletroforética: Consiste em uma caixa de acrílico dividida em
dois compartimentos, tendo em cada lado um eletrodo, um para o 
cátodo e outro para o ânodo.
9 Densitômetro: leitura e registro eletroforético. Faz um gráfico com 
picos. E fornece os valores das frações. 
Normal
Alterado
ALBUMINA E PRÉALBUMINA E PRÉ--ALBUMINAALBUMINA
‰‰ Albumina:Albumina: já comentada. Importância clínica: hipoalbuminemia.
‰‰ PréPré--albumina:albumina: junto a ela também migra a proteína fixadora de 
retinol (RBP). Ambas são sintetizadas no fígado e tem meia vida menor 
que 12h. Fornecem indicadores de desnutrição ou disfunção hepática.. 
Os níveis caem rapidamente nas reduções calóricas e proteínas na
dieta. 
‰ A pré-albumina transporta T3 e T4. Seus níveis diminuem na 
inflamação, doenças malignas, cirrose hepática, enfermidades renais 
perdadoras de proteínas. 
‰ A RBP transporta vitamina A. Redução na desnutrição ou disfunção 
hepática e elevação em enfermidades renais.REGIÃO REGIÃO αα11
‰ Cada região contém muitos constituintes químicos.
‰ alfa1-antitripsina (65%), alfa1-glicoproteína ácida (30%), alfa1-
fetoproteína. 
‰ Alfa 1 globulina.
‰ São inibidores de proteases. Age contra: renina, plasmina, 
quimiotripsina, elastase e colagenase (PMN).
‰ Sua síntese é estimulada durante processos inflamatórios agudos
como hepatopatias e age na prevenção do enfisema pulmonar e na 
cirrose.
‰ Globulina alfa-1 ↑ quando o teor de albumina ↓, (infecções e 
processos inflamatórios)
‰ Na hepatite aguda e na deficiência familiar de alfa-1 antitripsina, 
que é uma das causas do enfisema pulmonar, esta globulina está 
diminuída.
‰Antitripsina está ↓ em doenças hepáticas e pulmonares. 
‰ A diminuição do perfil α1 é por causa da antitripsina e o aumento é
devido a glicoproteína ácida. 
‰ Alfa1-fetoproteína- alta quando se nasce e dimunui com a idade. Em 
tumores está aumentada. 
‰ Geralmente nos processos inlflamatórios agudos há um aumento de 
glicoproteína ácida. E na artrite reumatóide, lúpus, queimadura e 
infarto agudo do miocárdio há ↑ de glicoproteína ácida.
REGIÃO REGIÃO αα22
‰ Alfa 2 globulina.
‰ Haptoglobulina (50%), alfa2-macroglobulina, ceruloplasmina.
‰ ↑ síndrome nefrótica (↑ macroglobulina alfa-2).
‰ Proteína muito grande para atravessar pelos glomérulos lesados 
como ocorre nesta enfermidade. A fração alfa-2 está freqüentemente 
aumentada na artrite reumatóide, lúpus eritematoso ou após infarto 
do miocárdio.
‰ A globulina alfa-2 está diminuída na enfermidade hepatocelular
aguda.
‰‰ HAPTOGLOBULINA:HAPTOGLOBULINA: se liga à hemoglobina livre evitando perda . 
Urinária. A haptoglobina sérica é um indicador de grau de hemólise 
intravascular. Pacientes com significativa hemólise intravascular terão 
baixo nível ou nulo de haptoglobina, devido a remoção dos complexos 
haptoglobina-hemoglobina pelo sistema reticuloendotelial. Se liga 
somente à hemoglobina, não se liga à outras hemeproteínas, 
metahemoglobina, nem o próprio heme (HEMOPEXINA). Dosagens 
isoladas tem pouco significado clínico devido seu amplo intervalo de 
referencia.
‰‰ ALFA2ALFA2--MACROGLUBULINAMACROGLUBULINA:: Função biológica pouco conhecida. 
São inibidores de protease sintetizada no fígado ↑ na síndrome 
nefrótica (elevado peso molecular) ↓ nas hepatopatias crônicas (fase 
avançada) e na artrite reumática.
‰‰ CERULOPLASMINA:CERULOPLASMINA: Sua ↓ soro leva a ↑ ferro do fígado e nos 
níveis séricos de ferritina. Esses pacientes tornam-se suscetíveis a 
diabetes, degeneração da retina e lesões no SNC. Isso ocorre devido 
aos níveis de cobre aumentado no pâncreas e no cérebro 
respectivamente. Proteína doadora de cobre (6 átomos em sua 
estrutura). É uma ferroxidase (ferroso férrico) ↑ processos 
inflamatórios malignos, focos de necrose, neoplasias malignas. ↓
anemias, cirrose.
‰ A macroglobulina é responsável pela frente do perfil e a 
haptoglobulina por trás do perfil. 
REGIÃO REGIÃO ββ
‰ Beta globulina.
‰ Pode correr junto e não se separar a 1 da 2. É de difícil 
interpretação. 
‰ β1: transferrina (60%), hemopexina (30%), betalipoproteína.
‰ β2: fibrinogênio, complemento.
‰‰ TRANSFERRINA:TRANSFERRINA: é uma proteína sintetizada no fígado 
responsável pelo transporte de ferro do intestino até sua 
metabolização. A maior afinidade é pelo Fe3+, o Fe2+ não é ligado. 
Possui meia-vida de 7 dias.
↑ anemia ferropriva
↓enfermidade hepática, necrose e neoplasia maligna
‰‰ HEMOPEXINA:HEMOPEXINA: transporte de heme livre após o catabolismo da 
Hb. Está ↑ ou ↓ nas mesmas condições que a haptoglobina. ↑ diabetes 
melitus, mieloma múltiplo, LMA. ↓ hemólise intravascular, enfermidade 
hepática.
‰‰ BETABETA--LIPOPROTEÍNALIPOPROTEÍNA: transporta lipídeos. ↑ hiperlipidemias.
‰‰ COMPLEMENTO (COMPLEMENTO (C3C3 e e C4C4):): proteínas responsáveis pela defesa do 
organismo. ↑ fase tardia do processo inflamatório. ↓ doenças 
autoimunes.
‰‰ FIBRINOGÊNIO:FIBRINOGÊNIO: glicoproteína sintetizada pelo fígado. Atua como 
substrato para a enzima trombina. ↑ doenças inflamatórias agudas e 
crônicas, síndrome nefrótica, doenças hepáticas, cirrose e ↓
coagulação intravascular aguda descompensada, doença hepática 
avançada. 
REGIÃO REGIÃO γγ
‰ Gama globulina.
‰ Contém a maioria das imunoglobulinas IgA, IgM, IgE, IgG e IgD.
‰ Formam uma banda compacta.
‰ Cada uma é específica e tem uma composição de aminoácidos.
‰ As Igs ↑ em várias enfermidades policlonais e aparecem como uma 
fração larga.. Ex.: hepatite viral, artrite reumatóide, infecções 
crônicas, leucemias e linfomas.
‰ A ↓ das γ globulinas (hipogamaglobulinemia) ocorre ↓ síntese pelos 
linfócitos.
‰ Congênita: hereditária.
‰ Adquirida: drogas para pacientes sensíveis. Retorna a níveis normais 
após a retirada das drogas. 
‰ A hipogamaglobulinemia severa, pode ser parcialmente reposta por 
injeção intramuscular periódica de globulinas gama.
‰ ↑ mielomas, parasitoses, alergias, hepatopatias agudas e crônicas. 
‰↓ imunodeficiência, sensibilidade a determinadas drogas.
‰ PARAPROTEÍNA:PARAPROTEÍNA: proteína anormal que está associada ao mioeloma
múltiplo São imunoglobulinas produzidas por proliferação de células 
plasmáticas. 
COMO SE LÊ OS PERFIS ELETROFORÉTICOS?COMO SE LÊ OS PERFIS ELETROFORÉTICOS?
‰‰ PROCESSO INFLAMATÓRIO:PROCESSO INFLAMATÓRIO: processo agudo- proteínas da fase 
aguda, ↑ de α1-glicoproteína ácida. ↑ α2macroglobulina. ↓ albumina 
para compensar o aumento de α1 e α2. 
‰‰ PROCESSO INFECCIOSO:PROCESSO INFECCIOSO: sempre vai ser acompanhado de 
processo inflamatório. ↑ na produção de IgM na fase aguda e ↑ na 
produção de IgG na fase crônica. Diminui albumina e aumenta γ e α. 
‰‰ INSUFICIÊNCIA RENAL: INSUFICIÊNCIA RENAL: aumento de albumina na urina. No 
proteinograma ↓ albumina, ↓ α1, ↓β, ↓γ, ↑α2 por um momento. 
‰ ↓ todas as frações: desnutirção, gastroenterite, dificiência de 
síntese protéica (cirrose).
‰‰ CIRROSE:CIRROSE: no início processo inflamatório, estado mais avançado 
tem ↑ IgA, ↑γ. Funde-se β e γ. 
‰‰ HEPATITE: HEPATITE: ↑ de γ. Pode ser de IgG ou IgM depende da fase.
‰‰ AIDAIDÉÉTICO EM PROCESSO TERMINAL:TICO EM PROCESSO TERMINAL: Hiperproteinemia. 
DeFiciência na produção de Ac, lança-se Ac não funcionantes na 
corrente circulatória. ↑ de γ.
‰‰ MIELOMA MMIELOMA MÚÚLTIPLO:LTIPLO: ↑ de γ. Analisar outros exames. 
‰‰ TUMORES:TUMORES: alguns aumenta α1-fetoproteína. 
‰ Proteína totais = albumina + globulinas
‰ Globulinas = proteínas totais – albumina
‰ Relação A/G: 1,5- 2,7
A= albumina
G globulina 
‰‰ RELAÇÃO RELAÇÃO A/GA/G NORMAL: NORMAL: não há alterações nas frações albumina 
e globulinas. 
‰‰ RELAÇÃO RELAÇÃO A/GA/G AUMENTADA:AUMENTADA: albumina aumentada ????? 
Globulina diminuída ????? Difícil de existir, provavelmente ERRO!!!
‰‰ RELAÇÃO RELAÇÃO A/GA/G DIMINUÍDA:DIMINUÍDA: alguma fração está aumentada, 
alteração nas globulinas e albumina diminui.
Paraproteína
LIPÍDEOSLIPÍDEOS
‰ Pouco solúveis em água, mas solúveis em solventes orgânicos tais 
como: benzeno, clorofórmio, éter de petróleo, tetracloreto de 
carbono, etc.
‰ Estão presentes em todos os tecidos e apresentam uma grande 
importância em vários aspecto da vida.
‰‰ FUNÇÕES:FUNÇÕES:
9 Componentes estruturais de membrana celulares;
9 Formas de armazenamento de energia;
9 Produção de energia;
9 Agentes emulsificantes;
9 Hormônios e prostaglandinas;
9 Vitaminas lipossolúveis.
‰ Lipídeos plasmáticos de importância fisiológicas: ácidos graxos, 
triacilgliceróis (triglicerídeos), fosfoglicerídeos, colesterol livre e 
esterificado. 
‰ Geralmente estão compartimentalizados (lipídeos associados a 
membranas ou no interior dos adipócitos), ou no plasma sangüíneo onde 
os lipídeos são transportados em associação às proteínas 
(lipoproteínas).
‰ As lipoproteínas são partículas que transportam lipídeos apolares 
em seu núcleo. São constituídas por conteúdo variável de colesterol e 
seus ésteres, triglicerídeos,fosfolipídeos e apolipoproteínas. São 
solúveis no plasma devido a sua natureza hidrofílica da parte protéica.
‰ As lipoproteínas com base na densidade são separadas em: 
quilomicrons, VLDL, LDL, HDL.
‰ Os ácidos graxos livres também podem ser transportados no sangue 
em associação com a albumina sérica até que sejam captados pelas 
células.
‰‰ DISLIPIDEMIAS:DISLIPIDEMIAS: desordem de uma ou mais frações lipídicas no 
sangue. 
‰ Exames de diagnóstico das dislipidemias: colesterol total, 
triglicerídeos, colesterol LDL, colesterol HDL. 
‰ Outros marcadores: proteína C reativa de alta sensibilidade, 
homocisteína, lipoproteína, fibrinogênio e antígeno PA-1 e t-PA.
TRIGLICERÍDEOSTRIGLICERÍDEOS
‰ Constituem as principais frações dos quilomicrons, VLDL e pequena 
parte das LDL.
‰ Cerca de 90% das gorduras ingeridas da dieta são triacilgliceróis. 
‰ Os triclicerideos do quilomicrons e das VLDL sofrem rápida ação da 
lipase lipoprotéica.
‰ As meias vidas dos quilomicrons e das VLDL são 10 minutos e 9h 
respectivamente. 
‰ Durante o catabolismo os triglicerídeos são hidrolisados, os ácidos 
graxos livres são liberados para o plasma e o colesterol é transferido 
das HDL para as VLDL. 
‰ Distúrbios que incrementam a síntese dos quilomicrons ou das VLDL 
ou promovem redução do catabolismo dessas partículas aumentam os
níveis de triglicerídeos plasmáticos. 
‰ Sintetizados no fígado e no intestino.
‰ Formas mais importantes de armazenamento e transporte de ácidos
graxos. 
‰ Complexos de proteínas e lipídeos.
‰ Responsáveis pelo transporte de lipídeos no plasma em seu núcleo.
‰ Complexos constituídos por quantidades variáveis de colesterol e seus 
ésteres, TG, fosfolipídeos e proteínas (apolipoproteínas) sendo solúveis no 
plasma devido à natureza hidrofílica da porção protéica. 
‰ A classificação das lipoproteínas é baseada nas propriedades físico-químicas 
de cada grupo, que diferem entre si na composição lipídíca e protéica. 
‰‰ QuilomicronsQuilomicrons:: é a principal forma de transporte de TG da dieta 
(exógeno) para os tecidos.
‰‰ VLDL VLDL ––lipoproteínas de densidade muito baixa:lipoproteínas de densidade muito baixa: tranportam TG de 
origem endógena desde o fígado e, em menor quantidade, do intestino 
delgado para os tecidos
‰‰ LDL LDL -- lipoproteínas de baixa densidade:lipoproteínas de baixa densidade: ricas em colesterol que são 
transportadas até as células.
‰‰ HDL HDL -- lipoproteínas de alta densidade:lipoproteínas de alta densidade: atuam na captação do 
colesterol ao nível celular conduzindo-o até o fígado onde é catabolizado e 
eliminado. 
‰ Outras lipoproteínas de interesse clínico: lipoproteínas de densidade 
intermediária (IDL) e a lipoproteína a (Lpa) que é uma variante genética da LDL 
plasmática.
‰ Núcleo hidrofóbico de ésteres de colesterol e TG (exceção das VLDL). São 
compostas de um centro de lipídio neutro (contendo TG, ésteres de colesterol ou 
ambos), circundado por uma concha de apoproteínas, fosfolipídios e colesterol 
não esterificado, todos orientados de modo que suas porções polares estejam 
expostas na superfície da lipoproteína, tornando assim a partícula solúvel em 
solução aquosa.
‰ Principais lipídeos transportados: colesterol e TG.
LIPOPROTEÍNAS PLASMÁTICASLIPOPROTEÍNAS PLASMÁTICAS
‰ Família complexa de polipeptídeos que determinam o destino metabólico dos 
lipídeos no plasma e sua captação pelos tecidos.
‰ Atuam também como inibidores ou ativadores das enzimas envolvidas no 
metabolismo das lipoproteínas. 
‰ São divididas em vários grupos.
‰‰ ApoAApoA:: sintetizada no fígado e no intestino. Está inicialmente presente nos 
quilomicrons na linfa, mas é rapidamente transferida para as HDL.
‰‰ ApoBApoB:: presente no plasma em duas formas: apoB100 e apoB48. A B100 é 
componente protéico das LDL e está presente também nos quilomicrons e VLDL. 
A B48 é somente encontrada nos quilomicrons. A B100 é reconhecida por 
receptores específicos nos tecidos periféricos.
‰‰ ApoCApoC:: família de 3 proteínas (CI, CII e CIII). É sintetizada no fígado e 
incorporada pelas HDL. 
‰‰ ApoEApoE:: é sintetizada no fígado, incorporada ao HDL e transferida na circulação 
para os quilomicrons e VLDL
‰‰ Apo(a):Apo(a): presente em quantidades equimolares a apoB100 nas lipoproteínas A, 
Lp(a). Tem elevado conteúdo de carboidratos. 
APOPROTEÍNASAPOPROTEÍNAS
‰‰ Lecitina colesterol Lecitina colesterol aciltransferaseaciltransferase (LCAT):(LCAT): transfere um grupo acila
(resíduo de AG) da lecitina para o colesterol, formando éster de colesterol. No 
plasma esta reação ocorre principalmente nas HDL e pode ser estimulada pela 
apoAI.
‰‰ LipaseLipase lipoprotéica:lipoprotéica: está ligada à superfície endotelial dos capilares 
sangüíneos em vários tecidos extra-hepáticos e atua na hidrólise dos TG 
presentes nos quilomicrons e VLDL, formando glicerol e AG. Sua atividade 
aumenta após refeição.
‰‰ LipaseLipase hepática:hepática: atividade semelhante a lipase lipoprotéica.
‰‰ LipaseLipase hormônio sensível:hormônio sensível: presente nas células do tecido adiposo. Catalisa a 
liberação de AG do tecido adiposo para o plasma. É ativada pelas catecolaminas, 
hormônio do crescimento e glicocorticóides e é inibida pela glicose e insulina. 
ENZIMAS ENVOLVIDAS NO TRANSPORTE LIPÍDICOENZIMAS ENVOLVIDAS NO TRANSPORTE LIPÍDICO
HIPERTRIGLICERIDEMIAHIPERTRIGLICERIDEMIA
‰ Desordem comum exacerbada pela diabetes melito não controlada , 
obesidade e hábitos sedentários. 
‰ Triglicerídeos se elevam por diferentes causas: síndromes 
familiares e genéticas, doenças metabólicas e fármacos. Teores 
afetados pelo sexo, idade e dieta. 
‰ Está associada com o risco para doença arterial coronariana (DAC).
‰‰ SÍNDROMES GENÉTICAS:SÍNDROMES GENÉTICAS: anormalidades do metabolismo dos 
quilomicrons.
99 HIPERLIPOPROTEINEMIA DO TIPO I:HIPERLIPOPROTEINEMIA DO TIPO I: deficiência na lipase
lipoprotéica ou de seu cofator, apo-CII. A lipase lipoprotéica é ativada 
por insulina. Portanto, também está alterada na diabetes tipo I e II. 
99 HIPERLIPIDEMIA FAMILIAR COMBINADA:HIPERLIPIDEMIA FAMILIAR COMBINADA: doença autossômica 
dominante caracterizada por pacientes e seus parentes em primeiro 
grau com elevação dos triglicerídeos ou de LDL ou uma combinação. 
Apresentam risco de DAC prematura. 
‰‰ CAUSAS METABÓLICAS: CAUSAS METABÓLICAS: 
99 DIABETES MELITO: DIABETES MELITO: do tipo 1 e 2 não controlada. São mais 
severas em pacientes com cetose. Pacientes tipo 1 são insulino
deficientes, portanto, a lipase lipoprotéica não é efetiva, tratamento 
com insulina estabelece a função da enzima. Pacientes do tipo 2 a 
lipase lipoprotéica é menos ativa no estado insulino-resistente; 
produção de VLDL pelo fígado é comum em pacientes com diabetes e
sobre peso; metabolismo da VLDL é incompleto. 
99 OBESIDADE:OBESIDADE: redução da eficácia da lipase lipoprotéica e por 
produção aumentada de VLDL. 
99 HIPOTIROIDISMO:HIPOTIROIDISMO: aumenta LDL e também pode provocar 
hiperlipidemia mista ou elevação elevada de triglicerídeos. A redução 
da lipase lipoprotéica reduz o catabolismo das VLDL remanescentes 
(LDL).
99 SÍNDROME NEFRÓTICA:SÍNDROME NEFRÓTICA: aumento de síntese VLDL e diminuição 
de catabolismo de VLDL e LDL
‰‰ USO DE FÁRMACOSUSO DE FÁRMACOS: diuréticos tiazídicos, bloqueadores beta 
adrenérgicos, terapia oral de estrogênio, anticoncepcionais orais com 
alto teor de estrogênio. 
‰‰ OUTRAS CAUSAS:OUTRAS CAUSAS: alcoolismo, pancreatite aguda, gravidez.
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA 
HIPERTRIGLICERIDEMIAHIPERTRIGLICERIDEMIA
‰ Os TG são determinados diretamente em soro ou plasma após jejum
de 12-14h.
‰ Teores de TG menores que 1000 mg/dL apresentam em geral VLDL 
aumentada e quilomicrons normais. Para TG maiores que 1000 mg/dL
tanto VLDL quanto quilomicrons estão elevados. 
‰ TG aumentados mas ainda abaixo de 1000mg/dL e colesterol alto,há 
anormalidade da lipase lipoprotéica que pode ser causada por elevações 
tanto da LDL como da VLDL ou das lipoproteínas remanescentes. 
‰ TG acima de 1000 mg/dL a presença de quilomicrons deve ser 
confirmada pelo teste de refrigeração por uma noite do tubo de soro 
ou plasma. Em presença de quilomicrons aparecerá uma camada leitosa 
sobrenadante. Se o infranadante se apresentar turvo, altos teores de 
VLDL também estão presentes. 
DETERMINAÇÃO DE TRIGLICERÍDEOSDETERMINAÇÃO DE TRIGLICERÍDEOS
‰‰ PACIENTE:PACIENTE: permanecer em jejum à exceção da água, durante 12-
14h. Abster-se de álcool durante 72h antes da coleta. Nenhuma 
atividade física rigorosa deve ser realizada nas 24h que antecedem o 
exame. 
‰‰ AMOSTRAAMOSTRA: soro ou plasma heparinizado sem hemólise e separado 
dentro de 3h após a coleta.
‰‰ INTERFERÊNCIAS: INTERFERÊNCIAS: 
9 Falsamente elevados: situações em que o glicerol está elevado -
exercício recente, estresse emocional, doença hepática, diabetes
melito, medicação intravenosa contendo glicerol, nutrição parenteral, 
hemodiálise e exercícios. Fármacos: anticoncepcionais orais, 
estrógenos, corticoesteróides, beta-bloqueadores, diuréticos 
tiazídicos.
9 Falsamente diminuídos: ácido ascórbico, clofibrato, metaformin.
‰‰ MÉTODOS: MÉTODOS: avaliação do glicerol liberado a partir dos TG tem sido 
a base das determinações desse composto. 
9 Método químico: inicialmente os TG são extraídos com a remoção de 
fosfolipídeos e glicose. A seguir o glicerol é liberado dos TG e 
quantificado por diversas reações diferentes. Esses métodos estão 
sendo abandonados.
9 Método enzimático: hidrólise dos AG do glicerol realizada pela 
enzima lipase. 
9 Um fator importante que afeta a exatidão da medida dos TG é a 
presença de glicerol livre endógeno no soro. 
‰ É o esterol componente das membranas celulares de mamíferos e 
precursor de 3 classes de compostos biologicamente ativos: hormônios 
esteróides, ácidos biliares e vitamina D. 
‰ É transportado no plasma pelas lipoproteínas, principalmente LDL.
‰ Distúrbios no metabolismo do colesterol exercem papel importante 
na etiologia da doença arterial coronariana. 
COLESTEROL TOTALCOLESTEROL TOTAL
É derivado do ciclo pentano
peridro fenantreno e contém 
27 átomos de carbono, uma 
ligação dupla entre os carbonos 
5 e 6, hidroxila no carbono 3 e 
cadeia alifática de 8 carbonos 
no carbono 17.
‰ A dieta ocidental contém cerca de 400-700 mg/dia de colesterol, 
enquanto a absorção é em torno de 70% desse valor.
‰ Somente 25% desse colesterol é proveniente da dieta, o restante é 
sintetizado (1g/dia), fundamentalmente pelo fígado a partir de acetil-
CoA. 
‰ Parte do colesterol hepático é transformada em ácidos biliares e 
excretada pela bile.
‰ Os sais e os ácidos biliares formam complexos com o colesterol 
promovendo maior excreção desse composto.
‰ o colesterol plasmático ocorre tanto na forma livre quanto na forma 
esterificada. 
‰ O colesterol plasmático é afetado tanto por fatores intra-
individuais como inter-individuais. As medidas de colesterolemia são 
influenciadas por:
99 DIETA:DIETA: a quantidade e a composição de gordura da dieta 
interferem nos níveis de lipídeos plasmáticos. 
99 EXERCÍCIOS FÍSICOS:EXERCÍCIOS FÍSICOS: quando executados de forma regular 
aumentam o HDL e reduzem o LDL.
99 IDADE:IDADE: o colesterol plasmático se eleva com a idade. Encontram-se 
valores diferenciados nas populações pediátricas, adolescentes, 
adultas e geriátricas.
99 SEXO:SEXO: entre 15 e 55 anos há aumento progressivo de colesterol 
total e LDL, com níveis menores em mulheres pré-menopausa, talvez 
pelo efeito protetor do estrogênio, quando comparada a homens da
mesma idade. 
99 RAÇA:RAÇA: existem diferenças. Europeus do norte apresentam 
colesterol plasmático elevado, devido à dieta, fatores ambientais e 
diferenças genéticas.
Origem do Colesterol Endógeno Origem do Colesterol Endógeno Destinos do ColesterolDestinos do Colesterol
Local da Síntese de ColesterolLocal da Síntese de Colesterol
No RE e no citosol de todos os tecidos, 
principalmente o fígado, intestino, além de adrenal e 
gônadas
Durante o estado alimentado, quando há uma ingestão insuficiente de colesterol para 
suprir a demanda. 
Momento Metabólico da Síntese de ColesterolMomento Metabólico da Síntese de Colesterol
Glicose 
da dieta
Piruvato
Piruvato
Oxaloacetato Acetil-CoA
Citrato Citrato
Oxaloacetato Acetil-CoA
Malato
Ciclo
das
Pentoses
NADPH
Glicogênio
Aminoácidos 
cetogênicos
da dieta
Proteínas
Ciclo
Krebs
NADPH
Colesterol
Glicose
da dieta
ATP
Ácidos Graxos
da dieta
Fontes de Carbono e Energia 
para a Síntese de Colesterol
‰ Os níveis de colesterol plasmático iniciam o seu aumento com o 
nascimento, mostrando uma leve depressão na adolescência, sofrendo 
uma nova elevação na idade adulta.
‰ Não existem valores de referência específicos para crianças.
99 HIPERCOLESTEROLEMIA POLIGÊNICA:HIPERCOLESTEROLEMIA POLIGÊNICA: é a mais comum das 
formas de elevação do colesterol sérico. Manifesta-se com 
hipercolesterolemia moderada (240-350 mg/dL) e teores normais de 
triglicerídeos séricos. Ocorre por uma complexa interação entre 
múltiplos fatores genéticos e ambientais - dieta, regulação da síntese 
de colesterol e ácidos biliares, metabolismo intravascular de 
lipoproteínas ricas em Apo B e à regulação do receptor de LDL. 
- A elevação do colesterol está associada com o aumento de risco de 
doença arterial coronariana.
- Concentrações elevadas de LDL podem estar associadas com defeitos 
no gene do receptor de LDL, diminuindo o catabolismo dessa 
lipoproteína. 
- Fármacos podem estar associados, mas para a maioria dos pacientes 
a ingestão de grandes quantidades de gordura junto a genotipagem
susceptível causa redução dos receptores de LDL no fígado. 
99 HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR (HF):HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR (HF): desordem 
autossômica dominante que produz elevação do colesterol total e LDL. 
Nessa desordem há ausência ou disfunção dos receptores de LDL. 
- Existem 5 classes de mutações:
¾ Classe 1: refere-se a ausência de proteínas receptoras.
¾ Classe 2a: bloqueio completo do transporte do receptor entre o RE e 
o aparelho de Golgi.
¾ Classe 2b: bloqueio parcial do transporte do receptor entre o RE e o 
aparelho de Golgi.
¾ Classe 3: incapacidade do receptor em ligar as LDL de modo normal. 
¾ Classe 4: envolve a incapacidade de acumular na superfície de 
revestimento após ligação das LDL. Impedindo a internalização do 
receptor. 
¾ Classe 5: exibe incapacidade de liberar LDL para o interior da célula 
após a internalização o que impede que a reciclagem do receptor volte 
à superfície da célula. 
HIPERCOLESTEROLEMIAHIPERCOLESTEROLEMIA
‰ Acúmulo de lipídeos dentro e ao redor das células do espaço intimal.
‰ Está associada com a proliferação celular e fibrose que provocam o 
estreitamento do lúmem do vaso.
‰ A deposição de lipídeos no vaso é um evento precoce e o colesterol é 
derivado principalmente das LDL.
‰ As placas ateroscleróticas são estruturas complexas. 
‰ Pode ter outras causas: hipotireoidismo, gravidez, cirrose, 
obstrução biliar, nefrose, doenças pancreáticas e doença renal crônica. 
ATEROSCLEROSEATEROSCLEROSE
‰ Causas: abetaliproteimenia, ausência completa de apo B, 
hipertireoidismo, anemia crônica, má-nutrição, macroglobulinemia de 
Waldenström, leucemia mielocítica crônica, metaplasia mielóide, 
mielofibrose, mieloma. 
HIPOCOLESTEROLEMIAHIPOCOLESTEROLEMIA
‰‰ PACIENTE:PACIENTE: permanecer em jejum à exceção de água durante 12-
14h. Nenhuma atividade física rigorosa deve ser realizada nas 24h que 
antecedem ao exame. Se possível suspender a medicação que afeta os 
resultados nas 24h anteriores a coleta. 
‰‰ AMOSTRA:AMOSTRA: soro ou plasma heparinizado isentos de hemólise. 
‰‰ INTERFERÊNCIAS:INTERFERÊNCIAS:- Falsos elevados: adrenalina, anticocepcionias orais, ácido ascórbico, 
clorpromazina, corticoesteróides, fenitoína, amiodarona, levodopa e 
sulfonamidas. 
DETERMINAÇÃO DE COLESTEROL TOTALDETERMINAÇÃO DE COLESTEROL TOTAL
- Falsos reduzidos: alopurinol, isoniazida, eritromicina, clorpromazina, 
azatioprina, andrógenos, propiltiouracil, estrógenos orais, 
colesteiramina, tetracicilinas, nitratos e corticoesteróides.
‰‰ MÉTODOS:MÉTODOS: reação de Liebermann e Burchard- desenvolvimento de 
cor com ácido sulfúrico e anidrido acético. Esse método sofreu 
inúmeras modificações. Sofre interferência da bilirrubina, turvação, 
lipidemia, hemólise e outros cromogênios não específicos. 
9 ENZIMÁTICO: mais usados hoje. Colesterol esterase que hidrolisa 
os ésteres de colesterol presentes no soro formando colesterol livre e 
ácidos graxos. O colesterol livre é oxidado pela colesterol oxidase 
formando peróxido de hidrogênio, que oxida certas substâncias 
formando o complexo corado. 
‰‰ HDL=HDL= lipoproteínas discóides que têm papel no transporte de 
colesterol dos tecidos periféricos para o fígado em processo 
denominado transporte reverso de colesterol.
‰ A prevalência de doenças cardiovasculares é muito maior em 
indivíduos com níveis reduzidos de HDL.
‰ Relação inversa e independente entre as doenças cardiovasculares e 
a concentração de HDL.
‰ A maioria dos métodos para avaliação de HDL está baseada na 
precipitação das lipoproteínas contendo apo-B (LDL e VLDL) por meio 
de soluções polianiônicas tais como dextran sulfato/cloreto de 
magnésio, fosfotungstato ou polietilieno glicol. O teor de colesterol no 
sobrenadante é determinado pelos métodos correntes.
‰ Os níveis de colesterol HDL são dependentes do sexo e da idade.
HDLHDL
‰‰ LDL: LDL: formadas principalmente ou quase na sua totalidade a parir 
das VLDL pela perda de TG e de apoproteínas, exceto apo-B 100. 
‰ A remoção dos TG reduz o tamanho das partículas e aumenta a sua
densidade. 
‰ São as partículas lipídicas mais aterogênicas do sangue. Constitui 
2/3 dos colesterol plasmático. 
‰ Níveis elevados estão associados diretamente ao risco de doenças 
vasculares. 
‰ É determinado pelo emprego de antisoro policlonal enzimático em 
partículas de látex removendo assim os VLDL e HDL da amostra.
‰ Também são obtidos pelo cálculo pela fórmula de Friedewald.
‰ Obtém-se bons resultados com o uso dessa fórmula quando os TG 
são menores que 400 mg/dL. A determinação direta não apresenta 
vantagens sobre os valores de cálculo. 
LDLLDL
‰‰ Valores elevados:Valores elevados: alcoolismo, cirrose biliar, hepatite crônica. 
Fármacos: ácido nicotínico, ciclofenil, cimetidina, estrógenos, etanol, 
fenitoína, hidrocarbonetos clorados, lovastatina e terbutalina. 
‰‰ Valores reduzidos:Valores reduzidos: aterosclerose, colestase, coronariopatia, 
diabetes melito, doença renal, hepatopatia, hipercolesterolemia, 
hipolipoproteinemia, após infarto do miocárdio, fumo, obesidade, 
sedentarismo, infecções bacterianas e virais. Fármacos: esteróides, 
andrógenos, progestágenos, anabolizantes, tiazídicos, bloqueadores β-
adrenérgicos, neomicina e anti-hipertensivo.
‰ É possível a avaliação de risco coronariano por meio do 
subfracionamento da HDL através da eletroforese em gel de 
poliacrilamida, que podem ser identificadas as subfrações 2a, 2b, 3a 
(H5, H4, H3), correspondentes a fração HDL2, que apresentam 
correlação negativa com o risco coronariano e as subfrações 3b e 3C 
(H2, H1) correspondentes ao HDL3, mais densas e menores, possuem 
correlação de alto risco as doenças vasculares. 
Colesterol LDL= cotesterol total- (colesterol HDL + TG/5)
VLDL= TG/5
Colestrol LDL = colesterol total – (HDL+ VLDL)
‰‰ Valores elevados: Valores elevados: anorexia nervosa, diabetes melito, 
disglobulinemias, doença de Cushing, gravidez, hepatopatia, 
hiperproteinemia tipo II, insuficiência renal e porfiria. Fármacos: 
anabolizantes, anticoncepcionais orais, catecolaminas, 
corticoesteróides glicogênicos e diuréticos. 
‰‰ Valores reduzidos:Valores reduzidos: abetalipoproteinemia, aterosclerose, doença 
articular inflamatória, doença pulmonar, estresse, hiperlipoproteinemia
do tipo I, hipertireoidismo, hipoalbuminemia, mieloma múltiplo e 
síndrome de Reye. Fármacos: ácido nicotínico, clofibrato, 
colestiramina, estrógenos, neomicina, probucol e tiroxina. 
‰ Modo de visualizar a influência combinada de fatores de risco de 
doença coronariana. 
‰ Divisão do colesterol total pelo HDL- índice de risco coronariano.
‰ Para aplicação da fórmula o paciente não pode estar padecendo de 
doenças que alteram os níveis de lipoproteínas séricas
RELAÇÃO COLESTEROL RELAÇÃO COLESTEROL TOTAL/HDLTOTAL/HDL
‰ Associa o colesterol total, HDL e TG (cálculo do LDL). 
RELAÇÃO RELAÇÃO LDL/HDLLDL/HDL
‰‰ HIPERLIPOPROTEINEMIA:HIPERLIPOPROTEINEMIA: grupo de distúrbios caracterizados 
pelas anormalidades quantitativas e/ou qualitativas das lipoproteínas 
plasmáticas. 
‰‰ Classificação de Classificação de FredriksonFredrikson LevyLevy-- Na década de 60, Fredrikson e 
Levy criaram uma classificação das baseada no padrão eletroforético
de separação das mesmas; essa classificação reflete os tipos 
fenotípicos de alteração, mas não reflete a etiologia ou os mecanismos 
fisiopatológicos da doença. Assim, mais recentemente, outras 
classificações surgiram, e hoje, são utilizadas na prática.
‰ São classificadas laboratorialmente. Deve ser realizada em 
indivíduos com dieta livre e sem medicação hipolipemiante há mais de 4 
semanas. 
HIPERLIPOPROTEINEMIASHIPERLIPOPROTEINEMIAS
‰ São alterações da concentração de lipídeos e lipoproteínas 
plasmáticas. 
‰ QUILOMICROM: transporte de TG e colesterol exógeno. 
‰ VLDL: transporte de TG endógeno e exógeno do fígado aos tecidos
periféricos. 
‰ LDL: fornecer colesterol aos tecidos periféricos. 
‰ HDL: transporte de colesterol esterificado ao fígado onde é 
degradado e liberado.
‰ Hiperlipoproteinemias ou hiperlipidemias.
‰ Hipolipoproteinemias ou hipolipidemias. 
DISLIPIDEMIAS E DESLIPOPROTEINEMIASDISLIPIDEMIAS E DESLIPOPROTEINEMIAS
‰ São classificadas laboratorialmenteclassificadas laboratorialmente. Deve ser realizada em 
indivíduos com dieta livre e sem medicação hipolipemiante há mais de 4 
semanas. 
‰‰ Hipercolesterolemia isoladaHipercolesterolemia isolada: em geral representada por aumento 
do colesterol LDL. 
‰‰ Hipertrigliceridemia isolada:Hipertrigliceridemia isolada: em geral representada por aumento 
das VLDL, ou dos quilomicrons, ou de ambos.
‰‰ Hiperlipidemia mista:Hiperlipidemia mista: valores aumentados de CT e TG.
‰‰ HDLHDL--C baixo:C baixo: isolado ou em associação com aumento de LDL-C e/ou 
de TG.
‰‰ Classificação etiológica: Classificação etiológica: 
‰‰ Dislipidemias primárias:Dislipidemias primárias: conseqüentes de causas genéticas, algumas 
só se manifestando em função da influência ambiental, devido à dieta 
inadequada e/ou ao sedentarismo. Englobam:
9 Hiperlipidemias primárias ou genéticas
9 Hipolipidemias primárias: devido à: diminuição de LDL-C 
(abetalipoproteinemia e hipobetalipoproteinemia), diminuição de HDL-
C: hipoalfalipoproteinemia e deficiência familiar de apo A (doença de 
Tangier). 
‰‰ DislipidemiasDislipidemias secundárias:secundárias:
9 Dislipidemias secundárias a doenças: diabetes melito do tipo 2, 
hipotireoidismo, síndrome nefrótica, insuficiência renal crônica, 
hepatopatias, obesidade, Síndrome de Cushing, bulimia nervosa, 
anorexia nervosa. 
9 Dislipidemias secundárias a medicamentos:
-anti-hipertensivos: tiazidas, clortalidona, espironolactona e beta-
bloqueadores.
- Imunossupressores: ciclosporina, prednisolona, prednisona.
- Esteróides: estrogênios, progestágenos, contraceptivos orais.
- Anticonvulsionantes
- Ácido acetilsalicílico
- Ácido ascórbico
- Alopurinol
9 Dislipidemias secundárias a hábitos de vida inadequados:
- Dieta: Ingestão excessivade gorduras formadas por ácidos graxos 
trans e/ou saturados.
- Ingestão elevada de colesterol
- Excesso de calorias
- Tabagismo
- Etilismo
- Sedentarismo
‰ Não existe uma classificação completa satisfatória dos distúrbios 
das lipoproteínas. 
‰ Hiperlipidemia primária: mesma de Fredrikson e Levy. É a mais 
aceita. Baseia-se em resultados de análises do plasma. I e V são raras. 
IIa, IIb, IV são muito comuns. A III é de freqüência intermediária. 
‰ Hiperlipidemia secundária: ocorre em pessoas normolipêmicas que 
adquirem certas atividades sistêmicas. 
‰ Alguns sintomas de 
pacientes com 
hiperlipidemia.
‰ Aterosclerose é um processo dinâmico, evolutivo, a partir de dano 
endotelial de origem multifatorial, com características de reparação 
tecidual.
‰‰ CURSO EVOLUTIVO DA ATEROSCLEROSE:CURSO EVOLUTIVO DA ATEROSCLEROSE:
9 Os fatores de risco são capazes de lesar o endotélio vascular 
causando disfunção endotelial.
9 A partir do dano vascular, ocorre a expressão de moléculas de 
adesão que mediarão a entrada de monócitos em direção ao espaço 
intimal.
9 Os monócitos no espaço intimal englobarão lipoproteínas modificadas 
(predominantemente LDL oxidadas), originando as células espumosas.
9 Diferentes mediadores inflamatórios são liberados no espaço 
intimal, perpetuando e ampliando o processo, levando à formação da 
placa aterosclerótica.
9 Esta é constituída por elementos celulares, componentes da matriz 
extracelular e núcleo lipídico.
9 As placas podem ser divididas em estáveis ou instáveis.
9 As placas estáveis caracterizam-se por predomínio de colágeno, 
organizado com capa fibrosa espessa, escassas células inflamatórias e 
núcleo lipídico menos proeminente.
9 As placas instáveis apresentam atividade inflamatória intensa, 
especialmente nos seus ângulos, com grande atividade proteolítica, 
núcleo lipídico proeminente e capa fibrótica tênue.
9 A ruptura das placas parece relacionar-se com as suas 
características morfológicas e bioquímicas, e não com seu grau de 
estenose.
9 Ao longo da vida, pequenas rupturas/tromboses parecem ocorrer, 
determinando remodelação das placas, freqüentemente sem 
manifestações clínicas.
9 Todavia, o grau de trombose sobreposta à placa rota determinará a 
magnitude do evento cardiovascular.
9 Mais recentemente, o papel da adventícia vem sendo revisto na 
aterogênese, a partir de observações histopatológicas, demonstrando 
a presença de células inflamatórias e de agentes infecciosos que
poderiam migrar para o espaço intimal.
ATEROGÊNESEATEROGÊNESE
‰ Fatores de risco: 
parâmetros que têm relação 
de causa e efeito com a 
doença arterial coronariana. 
‰ Tabagismo, hipertensão, 
hipercolesterolemia, diabetes 
melito, sedentarismo, 
obesidade, história familiar. 
‰ Os mesmo fatores são de 
risco para aterosclerose.
‰ São doenças multifatoriais-
quanto maior o número de 
fatores de risco, maior a 
suscetibilidade. 
FATORES DE RISCO PARA FATORES DE RISCO PARA 
DOENÇA ARTERIAL DOENÇA ARTERIAL 
CORONARIANACORONARIANA
‰ A-beta-lipoproteínemia familiar: doença rara onde não há síntese de apoB. Os 
quilomícrons, VLDL e LDL estão ausentes. Estes pacientes desenvolvem retardo
de crescimento e degeneração progressiva do SNC, por dificuldade de absorção 
de ácidos graxos essenciais e de vitaminas lipossolúveis.
‰ Hipo-beta-lipoproteínemia familiar: estes pacientes possuem baixos teores de 
LDL e de LDL-colesterol; são assintomáticos e tem menor risco de DAC.
‰ A-beta-lipoproteínemia familiar: também chamada de doença de Tangier, 
caracterizada pela ausência de síntese de apoA I ou apoA II e, 
conseqüentemente, por baixos níveis de HDL sérico. Os níveis de colesterol 
sérico estão diminuídos, devido a ausência de colesterol HDL, e esses pacientes, 
apesar da ausência de HDL, não estão mais expostos às doenças arteriais 
coronarianas.
HIPOLIPOPROTEINEMIASHIPOLIPOPROTEINEMIAS
99 Outros exames:Outros exames: Proteína C reativa de alta sensibilidade (PCR-as) –
auxilia na estratificação do risco de aterosclerose clínica; 
homocisteína (pouco usada rotineiramente); lipoproteína (a) – Lp(a) 
(pouco usada rotineiramente); fatores homeostáticos (pouco usados 
rotineiramente); Fibrinogênio;Antígeno do PA-1 e t-PA.
ENZIMASENZIMAS
‰‰ ENZIMAS=ENZIMAS= proteínas com propriedades catalisadoras sobre as 
reações que ocorrem em sistemas biológicos.
‰ Elevado grau de especificidade sobre o substrato.
‰ Aceleram reações específicas sem serem alteradas ou consumidas 
durante o processo.
‰ Seu estudo tem importância clínica. Em algumas doenças as 
atividades de certas enzimas são medidas principalmente no plasma 
sangüíneo de eritrócitos ou tecidos. 
‰ Todas as enzimas presentes no corpo humano são sintetizadas 
INTRACELULARMENTE. INTRACELULARMENTE. 
‰‰ ENZIMAS PLASMA ESPECÍFICAS:ENZIMAS PLASMA ESPECÍFICAS: enzimas ativas no plasma 
utilizadas no mecanismo de coagulação sangüínea e fibrinólise.
‰‰ ENZIMAS SECRETADAS:ENZIMAS SECRETADAS: são secretadas normalmente na forma 
inativa e após a sua ativação atuam extracelularmente.
‰‰ ENZIMAS CELULARES:ENZIMAS CELULARES: normalmente apresentam baixos teores 
séricos que aumentam quando são liberadas a partir de tecidos lesados 
por alguma doença. Isso permite inferir a localização e a natureza das 
variações patológicas em alguns órgãos tais como: fígado e pâncreas.
‰ As meias vidas das enzimas teciduais após liberação no plasma 
apresentam grande variabilidade. Podendo variar de horas até semanas
‰ Em condições normais as atividades enzimáticas permanecem 
constantes, refletindo o equilíbrio entre esses processos. 
‰ Modificações nos níveis de atividade enzimática ocorrem em 
situações onde esse balanço é alterado. 
‰ A elevação na atividade enzimática é devido a:
99 Aumento na liberação de enzimas para o plasma:Aumento na liberação de enzimas para o plasma: como 
conseqüência de lesão celular extensa; proliferação celular e aumento 
de renovação; aumento da síntese enzimática; obstrução de ductos.
99 Redução da remoção de enzimas do plasma devido à insuficiência Redução da remoção de enzimas do plasma devido à insuficiência 
renal:renal: síntese enzimática reduzida, deficiência congênita de enzimas; 
variantes enzimáticas com baixa atividade biológica. 
‰ Alterações em atividades enzimáticas fornecem indicadores 
sensíveis de lesão ou proliferação celular. 
‰ Essas modificações ajudam a detectar e localizar a lesão tecidual, 
monitorar o tratamento e o progresso da doença. 
¾ Grande número de enzimas liberado das células durante a 
renovação celular normal. Essas enzimas quase sempre atuam 
intracelularmente e não tem função fisiológica no plasma. Em 
indivíduos saudáveis o nível dessas enzimas é constante e representa 
um estado de equilíbrio, no qual a velocidade de liberação dessas 
enzimas no plasma pelas células danificadas é equilibrada por uma 
velocidade igual de remoção do plasma. A presença de atividade 
enzimática elevada no plasma pode indicar lesão tecidual, que é
acompanhada pela liberação aumentada de enzimas intracelulares. 
‰ Algumas enzimas são inespecíficas, mas algumas são tecidos 
específicas. 
MARCADORES BIOQUÍMICOS DO INFARTO MARCADORES BIOQUÍMICOS DO INFARTO 
AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM)AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM)
‰ IAM= necrose irreversível do miocárdio, que resultam em geral de 
trombose numa lesão pré-existente da parede vascular ou rotura de 
uma placa atersoclerótica em artéria coronária importante. 
‰ A princípio ocorre isquemia, que se for grave e prolongada, segue-se 
o IAM, cuja extensão depende da artéria coronária obstruída, do grau 
de circulação colateral e das exigências de oxigênio do tecido suprido 
pela artéria. 
9 6 milhões de pacientes/ano com dor torácica são atendidos nos serviços 
de emergência nos EUA
9 5% (300.000) apresentam evidências diagnósticas de IAM
‰ Os marcadores bioquímicos cardíacos são empregadospara o 
diagnóstico em pacientes suspeitos de terem desenvolvido infarto
agudo do miocárdio.
‰ O infarto de ser diferenciado da angina, embolia pulmonar e 
insuficiência cardíaca congestiva. 
‰ Os marcadores mais utilizados são:
‰ Após a instalação dos sintomas do IAM se observa um período 
durante o qual é possível detectar a elevação das enzimas liberadas 
pelo tecido miocárdico lesado. 
‰ Essa relação temporal é particular para cada enzima. 
‰ De modo geral, as enzimas elevam-se na ocorrência do IAM 
(especificidade) e dentro dos valores normais na ausência de infarto 
(sensibilidade). 
MARCADORES CARDÍACOS: INDICAÇÕESMARCADORES CARDÍACOS: INDICAÇÕES
‰ Diagnóstico diferencial de dor torácica;
‰ Detecção precoce de IAM;
‰ Seguimento e prognóstico do paciente com IAM;
‰ Método não-invasivo para detectar reperfusão coronariana; 
‰ Detecção de infarto antigo (>72h);
‰ Detecção de reoclusão/reinfartamento;
‰ Determinação da extensão do infarto.
MARCADORES CARDÍACOS: IMPORTÂNCIAMARCADORES CARDÍACOS: IMPORTÂNCIA
‰ 40% dos pacientes com IAM são diagnosticados tardiamente;
‰ 5-13% dos pacientes recebem alta erroneamente; 10- 26% morrem;
‰ ECG inicial não detecta >40% dos pacientes com IAM;
‰ Enzimas cardíacas (CK ou CK-MB) não diagnosticam precocemente 
50% dos pacientes com IAM; 
‰ ECG + Enzimas não diagnosticam >25% dos pacientes com IAM.
CREATINOQUINASE (CK)CREATINOQUINASE (CK)
‰ É uma enzima encontrada em diferentes tecidos que cataliza a 
formação reversível da creatina fosfato.
‰ Catalisa a fosforilação reversível da creatina pela adenosina 
trifosfato (ATP) com a formação de creatina fosfato.
‰ A CK está associada com a geração de ATP nos sistemas contrácteis 
ou de transporte. 
‰ Tem sua atividade mais elevada no músculo esquelético, cérebro e 
tecido cardíacos.
‰ Quantidades menores são encontradas nos rins, diafragma, tireóide, 
placenta, bexiga, pulmão, próstata, baço, reto, cólon, estômago e 
pâncreas. Fígado e eritrócitos são desprovidos dessa enzima. 
‰ CK é um dímero composto de 2 subunidades (B ou cérebro e M ou 
muscular), que são separadas em 3 formas moleculares distintas.
99 CKCK--BB ou BB ou CK1CK1:: encontrada predominantemente no cérebro. 
Raramente está presente no sangue.
99 CKCK--MB ou CKMB ou CK--2:2: forma híbrida, predominante no miocárdio. 
Corresponde a menos de 6% do total. 
99 CKCK--MM ou CKMM ou CK--33: predominante no músculo esquelético. 
Corresponde a mais de 95% do total. 
‰ Essas 3 isoenzimas são encontradas no citosol ou associadas a 
estruturas miofribrilares. 
‰ Soro normal contém cerca de 94-100% de CK-MM. 
‰ A maior atividade da CK no músculo é atribuída a CK-MM. 
‰ CK-MB está confinada exclusivamente no tecido cardíaco. 
‰ Níveis elevados de CK-MB são encontrados no IAM. 
‰ Existe uma quarta forma chamada de CK-Mt, localizada no espaço 
entre as membranas interna e externa da mitocôndria e corresponde a 
15% da atividade da CK cardíaca.
‰ Macro-CK: associada a imunoglobulinas, representando 0,8-1,6% da 
atividade da CK e não está relaciona a nenhuma enfermidade 
específica. 
CORRELAÇÕES CLÍNICAS DA CKCORRELAÇÕES CLÍNICAS DA CK
‰ A atividade sérica da CK está sujeita avariações fisiológicas que 
interagem e afetam a atividade da enzima tais como: sexo, idade,
massa muscular, atividade físca e raça. 
‰ CK está elevada nos casos de :
99 Enfermidades do músculo esquelético:Enfermidades do músculo esquelético: distrofia muscular 
progressiva, miosite viral e polimiosite, hipotermia maligna, 
polimicropatia necrosante, estados psicóticos agudos, fármacos 
(lidocaína, penicilina, anfotericina B, clofibrato).
99 Enfermidades cardíacas:Enfermidades cardíacas: infarto do miocárdio, condições e 
procedimentos cardíacos, miocardite.
99 Enfermidades do sistema nervoso central (SNC):Enfermidades do sistema nervoso central (SNC): lesões no crânio 
com dano cerebral, enfermidade cardiovascular, neurocirurgia e 
isquemia cerebral, síndrome de Reye.
9 Enfermidades da tireóide: hipotireoidismo, hipertireoidismo. 
‰ A CK-MB começa a elevar-se em 4-
8h a partir da dor precordial, atingindo 
o máximo em 12-24h, retormando ao 
normal em 48-72h. Pacientes que 
atingem o pico máximo rapidamente (8-
12h) têm melhor prognóstico do que 
aqueles que demoram para alcaçar o 
pico (24h). 
‰ Atividade aumentada da CK-MB também é encontrada em outras 
desordens cardícas como angina severa, desfibrilação, cirurgia 
cardíaca de peito aberto. 
‰ Especificidade para IAM pode ser aumentada se os resultados 
forem intrepretados em associação com outros marcadores 
bioquímicos. 
DETERMINAÇÃO DA CKDETERMINAÇÃO DA CK
‰‰ Paciente:Paciente: deve evitar fazer exercícios físicos vigoroso 24 h antes 
da dosagem se o objetivo do teste for avaliar a musculatura 
esquelética. Suspender fármacos que interfiram na dosagem 24h 
antes.
‰‰ AmostraAmostra: soro, plasma heparinizado, líquor e líquido amniótico. 
‰‰ Interferências:Interferências: falsos aumentados- procedimentos invasivos, 
choque elétrico, eletromiografia, injeções intramusculres, massagem 
muscular recente. Fármacos: acatato de dexametazona, carbonato de 
lítio, clofibrato, codeína, digoxina, fenobarbital, sulfato de morfina.
‰‰ Métodos para CK total:Métodos para CK total: emprega produtos formados na reação 
direta (creatina fosfato +ADP) ou inversa (creatina +ATP). Tanto o 
ATP como o ADP são medidos por reações específicas. Os métodos 
mais empregados utilizam a reação reversa. 
‰‰ Determinação das Determinação das isoenzimasisoenzimas:: separação eletroforética é um dos 
métodos mais usados. Ensaios imunológicos e de massa. 
LACTATO DESIDROGENASE (LDH)LACTATO DESIDROGENASE (LDH)
‰ É uma enzima da classe das oxidorredutares que catalisa a oxidação 
reversível de lactato a piruvato, em presença da coenzima NAD+ que 
atua como doador ou aceptor de hidrogênio.
Lactato + NAD+ Piruvato + NADH+ + H+
‰ Está presente no citoplasma de todas as células do organismo. 
Sendo rica no miocárdio, músculo esquelético, rim e eritrócitos.
ISOENZIMAS DA LDHISOENZIMAS DA LDH
‰ Vários tecidos possuem LDH. Aumentos dos teores séricos é um 
achado inespecífico. É possível obter maior informações pela 
separação de suas isoenzimas. 
‰ Cada isoenzima é um tetrâmero formado por 4 subunidades 
chamadas de H para a cadeia polipeptídica cardíaca e M para a cadeia 
polipeptídica muscular esquelética. 
‰ A hemólise produzida durante a coleta e/ou manipulação do sangue 
eleva as frações LDH-1 e LDH-2. 
‰‰ Aumento de atividade da LDH:Aumento de atividade da LDH: infarto agudo do miocárdio, 
insuficiência cardíaca congestiva, miocardite, choque ou insuficiência 
circulatória, anemia megaloblástica, válvula cardíaca artificial, 
enfermidade hepática, mononucleose infecciosa, doenças malignas,
distrofia muscular progressiva, trauma muscular e exercícios muito 
intensos, embolia pulmonar, pneumocistose. 
‰ A LDH aumenta no soro 8-
12h após o infarto, atingindo 
pico máximo entre 24-48h, 
esses valores permanecem 
elevados por 7 a 12 dias. 
CORRELAÇÃO CLÍNICA DAS ISOENZIMAS DA LDHCORRELAÇÃO CLÍNICA DAS ISOENZIMAS DA LDH
‰ As isoenzimas apresentam alterações em várias enfermidades que 
refletem a natureza dos tecidos envolvidos. 
‰ ↑ LDH-3 ocorrem com freqüência em carcinomas.
‰ Níveis de LDH-5 são úteis na detecção desordem hepáticas e 
desordens do músculo esquelético. 
‰ A LDH pode formar complexos com imunoglobulinas e revelar 
bandas atípicas na eletroforese. O complexo com a IgA e IgG migra 
entre LDH-3 e LDH-4. Esse complexo macromolecular não está
associado a nenhuma anormalidade clínica específica.
‰ No IAM tem-se ↑ de LDH-1 e LDH-2.
‰ Elevações de atividade de LDH na urina de 3 a 6 vezes estão 
associadas com glomerulonefrite crônica, lupus eritematoso sitêmico, 
nefroesclerose diabética e câncer de bexiga e rins. 
‰ Em condições normais a atividade da LDH no líquoré bem menor que 
a encontrada no plasma sangüíneo. Valores podem ↑ em presença de 
hemorragia ou lesão da barreira hematoencefálica, por ex. causada 
por meningite bacteriana. 
DETERMINAÇÃO DE LDHDETERMINAÇÃO DE LDH
‰‰ Paciente:Paciente: não é exigido preparo especial. 
‰‰ Amostra:Amostra: soro, plasma heparinizado, líquor. Isentos de hemólise. 
‰‰ Interferentes:Interferentes: resultados falsamente elevados- ácido ascórbico, 
anfotericina B, barbitúricos, carbonato de lítio, clofibrato, clonidina, 
procaína, codeína, niacina, nifedipina, propanolol e metildopa. 
Resultados falsamente diminuídos- esteróides anabólicos, androgênios 
oxalatos e tiazidas. 
‰‰ Métodos:Métodos: avaliada em termos de velocidade de transformação de 
piruvato em lactato. Esta metodologia esta sendo abandonada em 
detrimento de ensaios cinéticos, que mede as coenzimas NAD/NADH. 
Pode-se medir a reação inversa também. 
AMINOTRANSFERASES OU TRANSAMINASESAMINOTRANSFERASES OU TRANSAMINASES
‰ Aspartato aminotransferase (AST) ou transaminase glutâmica 
oxalacética (TGO).
‰ Alanina aminotransferase (ALT) ou transaminase gluâmica pirúvica
(TGP).
‰ Catalisam a tranferência reversível dos grupos amino de um Aa para 
o α-cetoglutarato, formando o cetoácido correspondente e glutamato.
‰ Requerem piridoxal fosfato como co-fator.
Aspartato + α-cetoglutarato oxalacetado + glutamato
Alanina + α-cetoglutarato piruvato + glutamato
‰ As reações catalisadas por aminotransferses exercem papéis 
centrais tanto na síntese quanto síntese quanto na degradação de Aa.
‰ Envolvem a interconversão de Aa em piruvato ou ácidos 
dicarboxílicos e atuam como ponte entre o metabolismo de Aa e 
carboidratos.
‰ Estão amplamente distribuídas nos tecidos humanos.
‰ A atividade mais elevada da AST (TGO) é no miocárdio, fígado, 
músculo esquelético, com pequenas quantidades nos rins, pâncreas, 
baço, cérebro, pulmões, eritrócitos. 
‰ As transaminases estão elevadas em:
99 Doenças Doenças hepatobiliareshepatobiliares:: hepatite viral aguda, outras hepatites, 
cirrose de qualquer etiologia, mononucleoses infecciosa, colestase
extra-hepática aguda. 
99 Infarto do miocárdio:Infarto do miocárdio: ao redor de 6-8h após o infarto a atividade 
sérica da AST (TGO) começa a se elevar, atingindo o pico máximo 
entre 18-24h, retornando aos valores normais ao redor do 5° dia. A 
AST não se altera na angina pectoris, pericardite e enfermidade 
vascular miocárdica. 
99 Distrofia muscular progressiva e Distrofia muscular progressiva e dermatomiositedermatomiosite..
99 Embolia pulmonar.Embolia pulmonar.
99 Insuficiência cardíaca Insuficiência cardíaca congestivacongestiva..
DETERMINAÇÃO DAS TRANSAMINASESDETERMINAÇÃO DAS TRANSAMINASES
‰‰ Paciente:Paciente: não é exigido preparo especial. 
‰‰ Amostra:Amostra: soro, isento de hemólise. 
‰‰ Interferentes:Interferentes: falsamente aumentados – paracetamol, ampicilina, 
agentes anestésicos, cloranfenicol, codeína, cumarínicos, 
difenilhidantoína, etanol, isoniazida, morfina, anticoncepcionais orais, 
sulfonamidas, tiazidas.
‰‰ Métodos:Métodos: baseiam-se na formação de cor entre o piruvato ou 
oxalacetato e a dinitrofenilhidrazina para formar hidrazonas
correspondentes. A alcalinização da mistura desenvolve cor 
proporcional à conversão dos cetoácidos a hidoxiácidos. É obsoleto. 
Hoje usa-se a monitorização contínua, onde piruvato ou axalacetato
formados pelas transaminases são acoplados a uma segunda reação 
onde piruvato (ALT) ou oxalacetato (AST) são reduzidos a NADH em 
reação catalisada pela LDH (ALT) ou malado desidrogenase (AST). A 
transformação de NADH a NAD é medida. 
‰ É uma heme proteína de ligação do oxigênio presente no músculo 
esquelético e cardíaco. Compreende cerca de 2% da proteína total do 
músculo e está localizada no citoplasma.
‰ Lesões celulares durante o IAM liberam mioglobina na circulação 
sangüínea. 
MIOGLOBINAMIOGLOBINA
‰ Inicia a elevação em torno de 2h após a dor precondrial e seus picos 
são atingidos dentro de 5-12h retornando ao normal entre 24-36 h 
após o infarto.
‰ Não determina definitivamente o IAM, necessita de confirmação.
‰ Não é específica para o músculo cardíaco. Pode ser de esquelético.
‰ Está aumentada: dano muscular esquelético, após cirurgia, exercício 
intenso, lesão do músculo esquelético, atrofia muscular progressiva, 
insuficiência renal grave, aplicação de injeção intramuscular, cocaína.
‰ São proteínas do complexo de regulação miofibrilar, que não estão 
presentes no músculo liso.
‰ Existem três subunidades: troponina T, troponina I e troponina C.
‰ Duas tem interesse na lesão cardíaca:
Troponina T cardíaca (TnTc)
Troponina I cardíaca (TnIc)
‰ São mais específicas para o IAM que a CK-MB.
‰ Detectam pequenas quantidades de lesão miocárdica.
‰ Aparece 4-6 h após IAM (mesmo tempo da CK). Picos em 12-18 h, 
permanecendo elevado por até 10-12 dias. 
TROPONINASTROPONINAS
‰‰ ANOREXINA V:ANOREXINA V: É uma proteína pequena (~35 kDa) ligadora de 
cálcio que apresenta alta afinidade para a ligação com a fosfatidil 
serina de forma dependente de cálcio. A fosfatidil serina é um 
fosfolipídio que está presente apenas na porção interna da membrana 
celular. O seu deslocamento para o lado externo da membrana, é um 
indicador de desorganização celular relacionado com o processo de 
apoptose (morte celular programada). Permite quantificar e extensão 
da área infartada de forma não invasiva.
‰‰ PROTEÍNA LIGADORA DE ÁCIDOS GRAXOS (FABP):PROTEÍNA LIGADORA DE ÁCIDOS GRAXOS (FABP): Apresenta 
baixo peso molecular (~15 kDa) e é uma das mais abundantes do 
citoplasma do músculo cardíaco. O pequeno tamanho propicia uma 
liberação rápida para o plasma após dano cardíaco o que possibilita 
uma identificação precoce da lesão miocárdica. O rápido clearance 
renal da FABP permite também a identificação de infartos 
recorrentes (reinfartos). É liberada do músculo cardíaco de forma 
semelhante à da mioglobina (3 h após o IAM com volta aos valores
basais dentro de 12 a 24 h).
NOVOS MARCADORESNOVOS MARCADORES
‰ Proteína miofibrila, componente muscular, encontrada no miocárdio 
e músculo esquelético.
‰ Aumenta 3-5 h após início da isquemia miocárdica, até 2 semanas 
após IAM.
‰ Sua sensibilidade está no fato de ser indetectável em pessoas 
normais.
‰ Em pacientes com angina, aumentos de MLC indicam progressão para
IAM em 50% dos casos.
‰ Não tem relação com reperfusão, mas pode ser útil para estimar 
tamanho do infarto.
‰ Não é específica do miocárdio.
MIOSINA DE CADEIA LEVEMIOSINA DE CADEIA LEVE
Aumenta 3-5h após o 
infarto e se mantém por 2 
semanas elevada

Continue navegando