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Reforma do relacionamento com a natureza e sua importância na educação infantil No artigo de TIRIBA, Lea. Crianças, natureza e educação infantil. Reflexões sobre a metodologia de ensino atual são elaboradas em tópicos ou subdivisões os quais a autora utiliza após uma intrigante introdução, para transcrever sua pesquisa e seu embasamento teórico para o desenvolvimento do estudo do tema. Os tópicos se consistem em: “O campo e a metodologia da pesquisa”, “A Natureza já não é cenário do mundo do faz de conta.”, “Desfrutar da vida ao ar livre não é um direito inalienável das crianças”, “A disposição de quê o corpo estará, já que não está á disposição de si mesmo?”. Nesta última parte a autora utiliza subdivisões de forma que as mesmas colaboram para um melhor entendimento da proposta, pois, questões elaboradas no decorrer do texto são respondidas nessa parte final em cinco itens. A autora trabalha com a relação entre o ser humano e a natureza, dentro da nova abordagem do mundo atual desde a educação infantil, pois, torna-se perceptível que a relação da criança com o meio ambiente passa a ser restrita e as atividades do ambiente escolar são mais longas em ambiente emparedados. Transformando completamente a integração das crianças com a natureza porque assim ela se torna secundária ou terciária na relevância para a formação dos alunos, contribuindo para o tratamento do meio natural como puramente econômico, para uso da forma que bem entender, sem relevar consequências. Porém quando forem cidadãos estes simplesmente não terão maturidade mental o suficiente para compreender a relação estreita que existe entre o homem e a natureza. Tiriba explica como surgiu a ideia do tema pesquisado, com a discordância que há no meio restrito a sala de aula para o desenvolvimento do aprendizado e os acessos mínimos ao meio ambiente, comprometendo-se a formação natural do ser humano. São levantadas várias questões e apontamentos referentes à interação entre os seres humanos, a natureza e a Terra e a importância dessas relações. No tópico seguinte a articulista descreve a pesquisa de campo e a metodologia utilizada, feita na cidade de Blumenau envolvendo escolas e educadores com questionários e até em alguns momentos intervenções proporcionando o aprendizado bidirecional, principalmente quando se envolvia a qualidade de vida das crianças. No segundo tópico o foco se direciona para o ambiente de aprendizado muitas vezes caracterizado por paredes, janelas sem acesso ou até a falta delas. Os intervalos curtos em que as crianças têm contato com o ar livre não permitem várias atividades de integração com o meio natural por não conter no ambiente a terra ou até mesmo a grama, e quando detêm esses elementos não se permite que se pisem neles. Várias atividades naturais são restritas ou delimitadas, mesmo que em todas as escolas visitadas no estudo de campo tenham áreas verdes próximas a instituição. No terceiro tópico a autora demonstra como essa privação imposta aos alunos no meio escolar acaba retirando toda a liberdade e a livre-expressão deles. E esse distanciamento da natureza muitas vezes é justificado como preservação da limpeza já que atividades com areia, terra e água são vistas como apenas sujeira e não meio de aprendizagem natural, assim como nas creches se justificar o não contato com o meio natural como profilaxia para doenças já que os alunos não podem ir quando estão doentes. Além disso, percebe-se que esse ambiente fechado onde às crianças são educadas, favorecem o individualismo e a disciplina extremamente rígida, visto que, ao ar livre o educador acaba por perder poder frente à natureza sem limites. No quarto e último tópico é retratada a formação desse aluno neste ambiente como uma pessoa alienada, pois o ambiente fechado torna mais fácil a manifestação da autoridade do professor, a criança distanciada da natureza é distanciada dela mesma, pois como ser humano a ligação com o meio ambiente deve ser incondicional e livres para dessa forma a manifestação do ser humano natural. A autora neste tópico ainda apresenta soluções a serem adotadas, pois com o desenvolvimento sustentável amplamente buscada na atualidade é necessário modificar todo o formato dessa interação com a natureza desde a educação infantil para garantir cidadãos conceituados com a importância real dos ecossistemas planetários. A articulista tem um embasamento teórico muito forte, referenciado em seu texto por várias filosofias utilizadas por ela para firmar seus argumentos e elaborar outros a partir disso e ainda garante maior credibilidade a veracidade dos fatos discutidos. O artigo elaborado por Tiriba faz com que se repense a forma do ensinar em si, através do estudo de campo realizado por ela para a elaboração de todo o seu pensamento nota-se, que muitas vezes inúmeras outras instituições de ensino apresentam os mesmos problemas que as citadas no estudo. A partir disso, pode-se concluir que a posição adquirida pela autora é sem dúvida correta, pois, com a necessidade que hoje se têm de um crescimento sustentável sendo amplamente divulgado para tentar combater os danos humanos ao planeta, é preciso que desde a educação de base esse pensamento seja formado, porém não só o pensamento, porém os atos e as responsabilidades também, mas não é possível adquirir esses conhecimentos se os alunos não têm contato com o mundo natural. Sem esse contato com a biodiversidade como é mencionado no texto se contribui para que, quando forem mais velhos tratem assim como várias pessoas tratam a natureza como objeto ou como fase de uma fabricação. Além da alienação criada para o ambiente de sala de aula com suas paredes, janelas sem acesso ao mundo exterior, à estrutura de cadeiras viradas todas para a lousa mesmo extremamente importante este não é o único meio de educar alguém, há áreas verdes cheias de novidades, abertas a criação, com liberdade e com a busca do que realmente esses pequenos cidadãos são como parte do planeta, se privar de natureza é restringir o próprio ser humano e isso é desumano. Referências Bibliográficas TIRIBA, Lea. Crianças, natureza e educação infantil. Rio de Janeiro, PUC-Rio.
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