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Revisão Direito Penal II

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Direito Penal II – Revisão de Conteúdos – Parte I
Professora Charlise Colet Gimenez
TEORIA DO CRIME
Conceito de crime
Existem três conceitos de crime: o conceito material, o conceito formal e o conceito analítico.
1. Conceito material de crime: violação de um bem penalmente protegido. É um critério ou
parâmetro sobre o que direito penal deve punir;
2. Conceito formal de crime: é a conduta proibida por lei decorrente da política criminal adotada.
É a visão do legislador sobre quais bens jurídicos devem ser tutelados;
3. Conceito analítico: para alguns, também é denominado conceito formal e constitui a essência
do estudo do crime no direito penal, sem dúvida, a parte mais importante tanto da parte geral
como especial.
Conceito dados pelos doutrinadores: (conceito analítico de crime)
1. Crime é fato típico e antijurídico, sendo a culpabilidade um pressuposto de aplicação da pena
(Demásio de Jesus, Mirabete, Delmanto);
2. Crime é fato típico e antijurídico, culpável e punível (Basileu Garcia, Bettaglini);
3. Crime é fato típico e culpável, estando a antijuricidade dentro da própria tipicidade (Miguel Reale
Júnior, adotando a teoria dos elementos negativos do tipo);
4. Crime é fato típico, antijurídico e punível constituindo a culpabilidade o vínculo do crime à pena
(Luiz Flávio Gomes);
5. Crime é fato típico, antijurídico e culpável, incluindo os finalistas (Francisco de Assis Toledo,
Fragoso, Zaffaroni, Cezar Roberto Bitencourt, Luiz Regis Prado, Maurach, Claus Roxin) e
causalistas (Hungria, Frederico Marques, Aníbal Bruno, Noronha, Manoel Pedro Pimentel) e
também os adeptos da teoria social da ação que deseja um ajuste entre o causalismo e o finalismo
(Jescheck, Wessels). Esse conceito é majoritário no Brasil e no exterior. Sob esse prisma, o menor
de 18 anos não comete crime, pois falta a culpabilidade (imputabilidade).
Atenção:
Prevalece na doutrina o entendimento de crime é fato típico, antijurídico e culpável.
Critério legal: o conceito de crime é aquele fornecido pelo legislador (LICP, art. 1º)
Infração penal: abrange crime e contravenção penal. Exemplo de contravenção: art. 62 da LCP:
embriaguez: “apresentar-se publicamente em estado de embriaguez, de modo que cause
escândalo ou ponha em perigo a segurança própria ou alheia. Pena: Prisão simples de 15 dias a
três meses, ou multa”.
Contravenção penal é uma espécie de infração penal de menor potencial ofensivo. Também
através da Lei de Introdução ao Código Penal, em seu art. 1º, existe uma distinção sobre a forma
de execução da pena. Se for crime, pena de reclusão e detenção e multa. Se for contravenção,
prisão simples ou multa.
Infração Penal: Crime
Contravenção penal
Estrutura do crime
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Direito Penal II – Revisão de Conteúdos – Parte I
Professora Charlise Colet Gimenez
Sujeito ativo do crime: é aquele que pratica o fato típico. Exemplo: no homicídio, qualquer
pessoa, pois qualquer pessoa pode praticar este crime.
Sujeito passivo do crime: pode ser geral (constante), que é o Estado e particular (eventual)
que pode ser a pessoa física ou jurídica e ainda o próprio Estado ou a coletividade. Em todos os
crimes, o Estado é atingido como nos crimes contra a vida, além da pessoa-vítima. Por exemplo,
o art. 340 do CP trata da comunicação falsa de crime ou contravenção, sabendo o agente que o
fato não se verificou. Quem é o sujeito passivo? O Estado, pois é o serviço de segurança que fica
prejudicado pela falsa comunicação de crime. Em todos os demais crimes, o Estado sempre é o
sujeito passivo, sempre estará sendo atingido pelo cometimento de algum crime.
Capacidade penal
1. conceito: conjunto de condições para que o sujeito seja titular de direitos e obrigações no
campo penal;
2. pessoa física e jurídica: atualmente, tanto a pessoa física (o ser humano) pode cometer um
crime (exemplo: o homicídio) como a pessoa jurídica (por exemplo, uma empresa). A própria CF,
em seu art. 225,§ 3º, permitiu a penalização da pessoa jurídica. Como a mesma pode ser
atingida? Através de uma pena restritiva de direito, como no caso de interdição da empresa ou
através de uma pena restritiva de direitos, como no caso de interdição da empresa ou através de
uma pesada multa (calculada em dias-multa). Por exemplo, a Lei nº 9.605/98 que trata dos crimes
contra o meio ambiente prevê que são penas restritivas de direitos da pessoa jurídica, a suspensão
de sua atividade (por exemplo, se explora a extração de ferro na Serra dos Carajás, o juiz pode
ordenar a paralisação dessa atividade), interdição temporária de obra (uma empresa que pode
sofrer como pena a paralisação da obra) e finalmente existe a proibição de contratar com o Poder
Público.
Com relação ao estudo da pessoa jurídica enquanto sujeito ativo, deve-se analisar a Teoria da
Ficção Jurídica (Savigny), a qual defende que a PJ não tem personalidade e vontade própria,
enquanto a Teoria da Realidade (Otto Gierke), afirma que a PJ é um ente autônomo e distinto de
seus membros, razão pela qual pode ser sujeito ativo de crimes.
Objetos do Crime
1. o objeto pode ser jurídico: objetividade jurídica: o bem ou interesse protegido pela norma penal.
Por exemplo, no latrocínio. Crime complexo: primeiro se protege o patrimônio (objeto imediato)
depois, o bem vida (mediato);
2. objeto material é o bem jurídico sobre o qual recai a conduta. Por exemplo: no homicídio, a
objetividade jurídica é a vida e o objeto material também a vida (há repetição do objeto jurídico e
material). No crime de falsificação de documento público do art. 297, do CP, o objeto jurídico é a
fé pública e o objeto material pode ser a cédula de identidade, com a colocação de outra
fotografia.
Punibilidade: é a conseqüência jurídica do crime. Com a violação da norma, surge ao Estado o
direito de punir (jus puniendi). A punibilidade não é requisito, isto é, não integra o conceito de
crime par a maioria da doutrina.
Crime e contravenção penal: não há regra fixa para se determinar se uma conduta é crime ou
não. Isso depende da aspiração social (anseio da sociedade). Atualmente a tendência é
criminalizar todas novas condutas.
Classificação dos Crimes
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Crime Comum: pode ser praticado por qualquer pessoa. É o caso do homicídio.
Crime Bicomum: são cometidos por qualquer pessoa e contra qualquer pessoa. Por exemplo,
lesão corporal.
Crime Próprio: somente pode ser praticado por determinada categoria, mas admite coautoria ou
participação de pessoa comum. Exemplo: peculato (funcionário público).
Crime Bipróprio: exige uma peculiar condição do sujeito ativo e sujeito passivo. Exemplo:
infanticídio.
Crime de mão-própria: é aquele que deve ser cometido diretamente pela pessoa, não admitindo
que outra pessoa realize a conduta. É o crime que não admite coautoria, mas tão-somente a
participação. Exemplo: crime de falso testemunho (artigo 342 do CP).
Crime Habitual: exige habitualidade para a consumação, ou seja, deve haver uma prática
reiterada e contínua, não bastando que a conduta seja feita em apenas uma ocasião. Exemplo:
casa de prostituição (artigo 229 CP)
Crime de Dano: é o que se consuma com a efetiva lesão do bem. Por exemplo, no roubo, o
bem patrimônio deve ser efetivamente atingido.
Crime de Perigo: é o que se consuma com a possibilidade de dano ou com o simples perigo.
Exemplo: perigo de contágio venéreo do art. 130 do CP. Pode ser perigo individual (indivíduo ou
grupo) ou coletivo (número indeterminado de pessoas). Pode ser ainda perigo abstrato
(presumido) ou concreto (deve ser provado).
Crime de ação única: contém apenas uma modalidade de conduta (aqui se entende verbo).
Exemplo: nohomicídio, existe uma única conduta descrita: matar alguém (art. 121 do CP).
Crime de ação múltipla: contêm tipos alternativos ou múltiplos, fornecendo mais de uma
conduta. O exemplo típico é do art. 33 da Lei de Tóxicos, que contém vários verbos: adquirir,
transportar, ter em depósito, vender, guardar etc.
Crime falho: incide na tentativa perfeita. O agente esgota todos os meios para consumar o
crime, mas não consegue. Exemplo: o agente descarrega as balas de metralhadora na pessoa e
esta ainda sobrevive. Ele, o agente, julga que tinha liquidado a vítima.
Crime profissional: é aquele praticado por profissional, valendo-se da atividade para praticar.
Exemplo: o médico que realiza o aborto (vale-se do conhecimento médico para realizar
manobras abortivas).
Crime funcional: é o praticado por funcionário público. Exemplo: concussão (exigência de
dinheiro para não realizar o ato – art. 316 do CP).
Crime consumado: onde se reúnem todos os elementos de sua definição legal. O conceito é
extraído do art. 14, I, do CP. Exemplo: no homicídio, o crime se consuma com a morte da
vítima.
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Crime tentado: é aquele em que, iniciada a execução, não se consuma o crime, por
circunstâncias alheias à vontade do agente. Exemplo: no homicídio, dispara cinco tiros, mas não
mata a vítima. Seu desejo era matar, mas ocorreram circunstâncias que impediram a morte
(exemplo: ser socorrido prontamente).
Crime exaurido: é o que, depois de consumado, atinge suas últimas conseqüências, lesivas ou
não. Exemplo: extorsão mediante seqüestro (art. 159 do CP) e o pagamento do resgate.
Crime impossível ou quase crime: é aquele impossível de se consumar em razão da ineficácia
absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto (art. 17 do CP). Por exemplo:
algumas jurisprudências tendem a dizer que há ineficácia do meio (o furtador não iria pelo
método de furtar, consumar o crime) da pessoa que sai com objeto ou roupa etiquetada com
alarme e este dispara, acionando a vigilância. Ressalte-se que, na prática, a inserção de papel-
alumínio dentro da sacola impede que o alarme soe, portanto, admitindo possibilidade da
consumação. Solução: tecnicamente, comete tentativa de furto. Quanto ao crime impossível, o
CP fala em “não se pune”, isto é, não se aplica a pena.
Crime instantâneo: é aquele cuja consumação não se prolonga no tempo, ou seja, é de
consumação imediata. Exemplo: furto (art. 155). Subtraiu e ficou com a posse tranqüila,
consumou-se o crime.
Crime permanente: é aquele cuja consumação se prolonga no tempo, enquanto perdurar a
conduta do sujeito ativo. Isso é importante para a prisão em flagrante, pois, como a consumação
se prolonga, pode ser preso a qualquer momento. Exemplo: art. 33 da Lei de Tóxicos (guardar
droga para fim de tráfico) ou extorsão mediante seqüestro (art. 159 do CP): enquanto estiver
seqüestrando, os sujeitos ativos podem ser presos em flagrante delito.
Crime instantâneo de efeitos permanentes: a consumação ocorre de imediato e seus efeitos
não podem mais ser desfeitos. Exemplo: homicídio. A mata B. Mesmo se arrependendo, A não
poderá mais remediar a situação. O efeito morte se perdura no tempo.
Crime eventualmente permanente: é aquele instantâneo, mas que, presentes determinadas
características da conduta típica, o crime será permanente (exemplo: o crime de estelionato
praticado contra a Previdência Social, que se consuma cada vez que o agente recebe uma parcela
do beneficio indevido).
Crime necessariamente permanente: é aquele que para a consumação é imprescindível a
manutenção da situação contrária ao Direito por tempo juridicamente relevante. Exemplo:
sequestro (artigo 148 CP).
Crime a prazo: é aquele cuja consumação exige a fluência de determinado período. É o caso da
lesão corporal de natureza grave em decorrência da incapacidade para as ocupações habituais por
mais de 30 dias (art. 129, parágrafo 1º, inciso I – CP).
Crime material: é aquele que requer um resultado dito naturalístico separado da conduta (ação
ou omissão). Exemplo: art. 121 – matar é a ação. Resultado é a morte da vítima.
Crime formal: é aquele que não requer o resultado previsto no tipo para a consumação,
bastando a ação ou omissão do agente. Exemplo: extorsão mediante seqüestro (art. 159 do CP),
pois basta a ação de seqüestrar, não se exigindo a vantagem patrimonial (o dinheiro).
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Um exemplo que contém crime material e crime formal é o da corrupção passiva (do
funcionário). No solicitar ou aceitar promessa de vantagem indevida, crime formal. No receber,
crime material (tal qual no subtrair do furto). Há entendimento que nos três casos o crime e
formal.
Crime de mera conduta: é aquele que não precisa e não possui o resultado naturalístico no tipo
penal. Exemplo: porte ilegal de arma permitida com numeração (art. 14 do Estatuto do
Desarmamento). O crime se consuma apenas com o trazer consigo pelo agente. Suponha que o
agente portasse para fins de praticar roubos. Essa finalidade (roubo) não é expressa no tipo do
porte de arma, bastando para consumar o trazer consigo. Logo, é crime de mera conduta.
Em igual sentido, o crime de omissão de socorro (art. 139 do CP). O tipo penal não prevê o
resultado (por exemplo, a morte da vítima). Basta que o agente não socorra para consumar o
crime, não existindo o resultado morte previsto no tipo penal. Os crimes formais e os de mera
conduta são chamados de crimes de atividade.
Crime comissivo: é o que exige uma atuação positiva do agente. Exemplo: no furto, art. 155 do
CP, exige-se a realização do verbo subtrair.
Crime omissivo: é aquele que exige uma conduta negativa do agente. Exemplo: omissão de
socorro (art. 135 do CP) e o crime de abandono material, por exemplo, ao deixar de pagar a
pensão (art. 244 do CP), ao deixar de proporcionar ao filho o ensino primário. Existe um dever
de praticar uma conduta comissiva que não é obedecido.
a) Comissivo próprio: a omissão está contida no tipo penal, ou seja, a descrição da conduta
prevê a realização do crime por meio da conduta negativa (art. 135 CP).
b) Comissivo impróprio: o tipo penal aloja em sua descrição uma ação, uma conduta
positiva, mas a omissão do agente, que descumpre seu dever jurídico de agir, acarreta a
produção do resultado naturalístico e a sua conseqüente responsabilização penal (art. 13,
parágrafo 2).
Crime unissubsistente: é aquele cuja conduta se revela mediante um único ato de execução,
capaz de por si só produzir a consumação, tal como nos crimes contra a honra praticados com o
emprego da palavra. Por isso, não admitem a tentativa.
Crime plurissubsistente: é aquele cuja conduta se exterioriza por meio de dois ou mais atos, os
quais devem somar-se para produzir a consumação.
Crime simples: é aquele que se amolda em um único tipo penal. É o caso do furto (art. 155 CP).
Crime complexo: é aquele que resulta da união de dois ou mais tipos penais. Exemplo: roubo
(furto + ameaça)
Crime unissubjetivo: é praticado por um único agente. Admite, no entanto, o concurso de
pessoas. É o caso do homicídio (art. 121 CP).
Crime plurissubjetivo: é aquele em que o tipo penal reclama a pluralidade de agentes, que
podem ser coautores ou partícipes, imputáveis ou não, conhecidos ou desconhecidos.
a) Crimes de encontro: o tipo penal exige dois agentes, cujas condutas tendem a se
encontrar. Bigamia, por exemplo.
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b)Crimes de convergência ou coletivos: o tipo penal reclama a existência de três ou mais
agentes. Podem ser: 1) de condutas contrapostas: os agentes devem atuas uns contra os
outros (rixa, por exemplo); 2) de condutas paralelas: os agentes de auxiliam,
mutuamente, com o objetivo de produzirem o mesmo resultado (é o caso do crime de
bando ou quadrilha).
Crime progressivo: é aquele que exige do agente, para alcançar resultado mais grave, passar para
o resultado menos grave. Exemplo: no homicídio, há necessidade de produzir lesões corporais.
Crime principal: é o que independe da prática de delito anterior. Exemplo: estupro (art. 214 do
CP)
Crime acessório: é o que depende da existência de infração anterior. Exemplo: art. 180 do CP.
Crime hediondo: é aquele que causa maior repulsa ou reprovação social, causando clamor
público. Exemplo: os crimes elencados no art. 1º da Lei 8.072/90.
Crime de flagrante esperado: é aquele em que o sujeito passivo aguarda o momento de sua
consumação para a prisão em flagrante.
Crime flagrante preparado: é aquele em que o agente é levado a praticar o crime por instigação
de alguém. O exemplo é o policial disfarçado que induz o agente a adquirir o entorpecente para
consumo próprio.
Crime de responsabilidade: é aquele que viola dever de cargo ou função. Exemplo: Crime de
responsabilidade de prefeitos e vereadores (Decreto-lei nº 201/67).
Crime de circulação ou de trânsito: é aquele praticado através de automóvel. Exemplos:
homicídio culposo (art. 302 da Lei nº 9.503/97) e lesão corporal culposo (art. 303 da mesma lei).
Crime vago: é aquele que, normalmente, não possui sujeito passivo determinado, sendo este a
coletividade. Exemplo: crime de publicidade enganosa (art. 67 da Lei nº 8.078/90.
Crime de atentado ou empreendimento: é aquele que equipara no próprio tipo, a forma
tentada e a consumada. Exemplo: crime do art. 2º, IX da Lei nº 1.521/51.
Crime político: é aquele que atinge a soberania nacional e a ordem política (art. 2º da Lei nº
7.170/83). Se for exclusivamente político, não admite a extradição do estrangeiro (art. 5º, LII, da
CF). Se vinculado ao terrorismo admite (art. 4º, VIII, da CF).
Crime transeunte: é aquele que não deixa vestígios materiais, como no caso dos crimes
praticados verbalmente.
Crime não transeunte: é aquele que deixa vestígio material, como o homicídio.
Crime independente: é aquele que não apresenta nenhuma ligação com os outros delitos.
Crime conexo: é aquele que está interligado com outro. Pode ser:
a) Teleológica: o crime é praticado para assegurar a execução de outro delito.
b) Consequencial: o crime é cometido para assegurar a ocultação, impunidade ou vantagem
de outro delito.
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c) Ocasional: o crime é praticado como conseqüência da ocasião, da oportunidade
proporcionada por outro delito.
Crime condicionado: é aquele em que a inauguração da persecução penal depende de uma
condição objetiva de procedibilidade. (por exemplo, ameaça).
Crime incondicionado: é aquele em que a instauração da persecução penal é livre. Constituem a
ampla maioria dos delitos no Brasil.
Crime de subjetividade passiva única: é aquele em que consta no tipo penal uma única vítima.
É o caso da lesão corporal (art. 129 CP).
Crime de dupla subjetividade passiva: é aquele em que o tipo penal prevê a existência de duas
ou mais vítimas, tal como se dá no abordo sem o consentimento da gestante (art. 125 CP)
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