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Filosofia e política: intersecções ao longo da história. Definição dos termos: Filosofia Amigo da sabedoria. Amante do conhecimento. Busca da verdade Características: Radical Rigorosa De Conjunto Definição dos termos: Política Do grego Pólis = cidade governo da cidade. Traços da invenção da política [Chauí]: Separação da autoridade privada do poder impessoal público; Separação da autoridade militar do poder civil; Separação do poder mágico religioso do poder temporal laico; Criação da ideia e da prática da lei vontade coletiva Criação da instituição do erário público; Criação do espaço político ou público “Filosofias Políticas” Pode ser definida, de acordo com Norberto Bobbio (2000), de quatro maneiras: Filosofia política como determinação do Estado perfeito: quando a filosofia busca construir modelos ideais de Estado ou convivência política fundamentada em valores; Filosofia política como determinação da categoria “política”: quando a filosofia busca esclarecer os significados e o alcance do conceito e da atividade política; Filosofia política como procura do critério de legitimidade do poder: quando a filosofia procura responder à questão dos fundamentos da necessidade da obediência ao poder político; Filosofia política como metodologia da ciência política: quando a filosofia busca esclarecer os pressupostos epistemológicos que tornam possível a Ciência Política. Ler mais: http://www.portalconscienciapolitica.com.br/filosofia-politica/ Filosofia Política como Determinação do Estado Perfeito - UTOPIAS “A República” de Platão; Sofocracia Formas degeneradas de governo Timocracia / Oligarquia / Demagogia e Tirania “A Cidade de Deus” de Santo Agostinho opõe a graça ao pecado e a eternidade à finitude Poder Espiritual superior ao Poder Temporal “Utopia” de Thomas Morus; traz latentes todas as transformações sociais que a Inglaterra estava a sofrer; “A Cidade do Sol” de Tommaso de Campanella reflete uma Itália renascentista e atrasada em sua constituição sócio-econômica e política; “A Nova Atlântida” de Francis Bacon faz parte de uma Inglaterra científica, voltada para o empirismo, mas não se distancia ainda de uma religiosidade católica perene Filosofia política como determinação da categoria “política”: A política normativa grega normas que definem o que é um Bom Governo A Política de Aristóteles “O homem é um animal político”. Governo da “Classe Média”. Formas de Governo: “A cidade justa e feliz” Boas: Monarquia / Aristocracia e Politeia [“Democracia Constitucional”]. Más: Tirania / Oligarquia e Democracia [Assembleias superiores à Constituição] PRÉ-RENASCENTISTAS A Monarquia de Dante Alighieri teses naturalistas na condução do Estado eliminação do papel de mediação do Papa. Guilherme de Ockam [inglês, franciscano] crítico das ingerências da Igreja nas leis civis. Filosofia política como procura do critério de legitimidade do poder O Príncipe e Comentários sobre a primeira década de Tito Lívio de Nicolau Maquiavel [Absolutismo x República e Democracia, cap. IX de O Príncipe] combinação da Virtú [força, valor, qualidade de lutador e guerreiro viril] com a Fortuna [ocasião, acaso, sorte] Autonomia da política em relação à ética individual e a moral religiosa 8 ABSOLUTISTAS DE ORIGEM DIVINA A República de Jean Bodin ideia de soberania [força de coesão social] e independência do Estado perpétua e absoluta. Defesa das leis naturais direito à liberdade dos súditos suas propriedades materiais. Política retirada da Sagrada Escritura de Jacques Boussuet o poder real era também o poder divino monarcas eram representantes de Deus na Terra reis tinham que possuir controle total da sociedade não poderiam ser questionados quanto às suas práticas políticas o monarca possuía o direito divino de governar súdito que se voltasse contra ele estaria questionando as verdades eternas de Deus. Patriarcha de Robert Filmer tese poder político proveniente de Deus, foi dado ao primeiro homem Adão transmitido por geração aos primeiros pais e primeiros reis o povo não teria quaisquer direitos ou liberdades, senão aqueles que fossem concedidos pela vontade do monarca. THOMAS HOBBES – ABSOLUTISTA CONTRATUALISTA Do cidadão e Leviatã de Hobbes “O homem é o lobo do próprio homem” A guerra de todos contra todos Estado forte Leviatã ordem, segurança e direção à conturbada vida social Contrato Social Liberal Segundo Tratado sobre o Governo de John Locke Homem Estado de Natureza vivia isolado cada um juiz da sua própria causa problemas nas relações entre os indivíduos Funções do Estado segurança dos indivíduos e seus direitos naturais liberdade e propriedade sociedade política assegurar os direitos naturais concepção de Estado Liberal regular as relações entre indivíduos e ser o juiz dos conflitos sociais garantir liberdades e os direitos individuais Montesquieu e a separação [autonomia] dos poderes O Espírito das Leis de Montesquieu divisão funcional dos três poderes: Poder Executivo [executa as normas e decisões relativas à administração pública]; Poder Legislativo [elabora e aprova as leis]; Poder Judiciário [aplica as leis e distribui a proteção jurisdicional pedida aos juízes]. Devem ser exercidos por pessoas diferentes e equilibrados entre eles. Rousseau e a democracia direta Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens de Jean-Jacques Rousseau valores da vida natural ataca a corrupção, a avareza e os vícios da civilização “O homem nasce bom, a sociedade que o corrompe” o bom selvagem Do Contrato Social investiga a condição necessária para que o poder político seja legítimo tese pacto social vontade particular à vontade geral obediência ao poder político representar a vontade geral do povo ao qual pertence povo fonte legítima do Estado respeitar às leis = obedecer a vontade geral interesse do cidadão bem comum Hegel: do Estado surge o indivíduo Indivíduo isolado é uma abstração indivíduo humano ser social parte orgânica de um todo Estado historicamente situado fala uma língua criado dentro de uma tradição Estado precede o indivíduo fundador da sociedade civil manifestação do espírito objetivo da razão universalidade acima dos interesses individuais. Marx e Engels: crítica ao Estado [agência dos negócios das classes dominantes] Sociedade primitiva sem classes sociais e sem o Estado Funções administrativas privativas de um grupo separados de pessoas Estado desigualdades de classes conflitos explorados e exploradores Estado amortecedor do choque de tais conflitos. A origem da família, da propriedade e do Estado de Frederich Engels Estado representado pela classe + poderosa reprimir a classe dominada escravos [Antiguidade], servos e camponeses [feudalismo] e trabalhadores assalariados [capitalismo] Estado instrumento de dominação de classe proteção da propriedade privada detrimento dos que nada têm. Obstáculos à democracia Fascismos Nazismo Stalinismo Características das Ditaduras [COTRIM]: Eliminação da participação popular nas decisões políticas; Concentração do poder político Inexistência do Estado de Direito; Fortalecimento dos órgãos de repressão Controle dos meios de comunicação “DEMOCRACIA COMO VALOR UNIVERSAL” Características da democracia [Marilena Chauí e Gilberto Cotrim]: Conflito Rotatividade Livre circulação da informação Participação política do povo Divisão formal do poder político Vigência do Estado de Direito DOCUMENTÁRIO: A GUERRA CONTRA A DEMOCRACIA Título Original: The War On Democracy. Em DVD - 94 min. Direção: Christopher Martin, John Pilger, Sean Crotty Roteiro: John Pilger. Produtores: Christopher Martin, David Blake, Michael Watt, Scott Young, Wayne Young. Países de Origem: Austrália, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte. Estreia Mundial: 21 de Maio de 2007. Adaptado de http://locomundojapa.blogspot.com.br/2013/04/documentario-guerra-contra-democracia.html Letra da música: Toda forma de poder Toda Forma De Poder [Pouca Vogal] Eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada. Toda forma de poder é uma forma de morrer por nada. Toda forma de conduta se trasforma numa luta armada. Se tudo passa, talvez você passe por aqui E me faça esquecer tudo que eu vi Se tudo passa, talvez você passe por aqui E me faça esquecer... Se tudo passa, talvez você passe por aqui E me faça esquecer tudo que eu vi Se tudo passa, talvez você passe por aqui E me faça esquecer... E o fascismo é fascinante deixa a gente ignorante e fascinada. É tão fácil ir adiante e se esquecer que a coisa toda tá errada. A história se repete mas a força deixa a história mal contada... Se tudo passa, talvez você passe por aqui E me faça esquecer tudo que eu vi Se tudo passa, talvez você passe por aqui E me faça esquecer... Se tudo passa, talvez você passe por aqui E me faça esquecer tudo que eu vi Se tudo passa, talvez você passe por aqui E me faça esquecer... Poema: Analfabeto Político O ANALFABETO POLÍTICO. Bertolt Brecht [poeta e dramaturgo alemão] O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, e do remédio, dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo. PROBLEMATIZANDO! 1) – Qual a diferença entre o analfabeto político e o “analfabeto cultural”? Qual dos dois trazem mais prejuízos para a vida em sociedade? 2) – Como fazer para acabar com o analfabetismo político? 3) – Você conhece algum político dos tipos tratados no poema? Cite-os, justificando sua identificação. 4) – Qual a mensagem que você tira deste poema? 5) – Por que há tantas pessoas que se desinteressam pela política? 6) – Qual a importância da consciência política? 7) – Reflita sobre esta frase do escritor Lima Barreto: “O Brasil não tem povo, tem público”.
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