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Estudo do caule: Critérios de classificação João Rodrigues Miguel Professor Doutor em Taxonomia das Trigoniaceae; Exercício: Escola de Ciências e da Saúde; Pós graduação Mestrado em Ensino de Biologia. Introdução • Como já citado quando do estudo de raiz, classificar significa reunir em grupos para facilitar a compreensão. • Para formar os grupos utiliza-se de critérios. Em relação ao caule vamos seguir os critérios: 1- Lignificação: Ervas, arbustos, subarbustos , árvores e lianas; 2 – Ramificação: indivisos e ramificados; 3 – Ambiente: Subterrâneos: Rizoma, Tubérculo e Bulbos. * Agora vamos aos tipos de caules aéreos e os aquáticos. Classificação do Caule • De acordo com o ambiente: • Caules Aéreos: Eretos, trepador e rastejante (reptante). Caules Aéreos: Eretos. Tipos Tronco, lenhoso, resistente, cilíndrico, ou cônico, ramificado no ápice formando uma copa. Ocorre em árvores e em arbustos. Ex.: Ipê amarelo (Tabebuia sp. ). Quanto ao Habitat: Caules Aéreos: Eretos: tipos • Haste: herbáceo ou fracamente lenhoso, pouco resistente. Ocorre em ervas e em subarbustos. Ex.: Boldo peludo (Plectranthus barbatus Andrews). • Pode ser chamado de espique ou estipite: Lenhoso, resistente, cilíndrico, ou cônico, longo, em geral não ramificado, com um capitel de folhas na extremidade. É o caule mais frequente em palmeiras. Também encontrado na embaúba, no mamão. Estipe Colmo: • Silicoso, cilíndrico, ou cônico, com nós e entre-nós bem marcantes. Podem ser cheios, como na cana-de-açúcar; e ocos ou fistulosos como no bambu, no milho. • Eixo que geralmente se projeta no ar a partir de um caule subterrâneo ou de plantas acaules, sem caule; áfilo, isto é, sem folhas; e sustenta flores e frutos nas extremidades. • Ocorre na babosa, no sisal, em bromélias. Escapo: • Quando sobe em um substrato: • Tipos: Volúvel: estão presentes em plantas que se enroscam em outras plantas ou em um suporte para poder “trepar”. Podem ser sinistrorsos, quando se enrolam para a esquerda. Ex.: Enrola semana (Ipomea cairica (L.) Sweet. ; ou dextrorsos, quando se enrolam para a direita. Ex.: Madressilva. Qunato ao ambiente: Aéreos: Trepadores, • Escandente: São vegetais que para “trepar” no substrato se utilizam de estruturas de fixação como gavinhas, raízes grampiformes ou simplesmente se apóiam sobre outras plantas (decumbentes). Trepadores Ex.: Ex.: Maracujá (Passiflora alata Dryander). Uva: (Vitis vinifera). Gavinha: Tigmiotropismo Quanto ao Habitat: Aéreos: • Rastejantes: Este caule aéreo apresenta dois tipos: • Sarmentoso: Caule com um crescimento paralelo ao solo, fixo em uma das extremidades. Ex.: Melancia: (Citrullus vulgaris Schrad), Abóbora (Curcubita pepo L.). • Geralmente apresenta um eixo que, apresentando uma gema na extremidade, garante a perpetuação da espécie. Ex. Morango (Fragaria vesca L.). Estolho ou estolão: Caules aquáticos: Quando se desenvolvem na água. Presentes em vegetais que flutuam na água. Ex.: Caule de aguapé (Eichhornia crassipes Mart.). Detalhe das flores roxo-azuladas Modificações caulinares • Cladódios e filocládios: Caules carnudos, verdes, achatados ou até laminares, lembrando folhas que estão ausentes ou rudimentares. Ex.: Cacto; Ruscus sp. Espinhos e Acúleos: • Acúleos : são tricomas rígidos e pontudos, puramente epidérmica, ao contrário dos espinhos, que são lenhificados e dotados de tecido vascular. Ex.: roseira (Rosa sp.). • Espinhos: órgãos caulinares, endurecidos e pontiagudos; de origem endodérmica. Ex.: Limão, Laranja. Gavinhas: • Gavinhas: São ramos filamentosos, geralmente nas axilas das folhas, aptos a “trepar”, com tigmiotropismo (enroscando-se em hélice), em torno de suportes. Ex. Maracujá (flor de Passiflora incoccinea Aubl; e fruto de P. edulis Sims. ). Bibliografia • GONÇALVES, E. G. & LORENZI, H. MORFOLOGIA VEGETAL – Organografia e Dicionário Ilustrado de Morfologia das Plantas Vasculares. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2ª. Ed. 2011. • NULTSCH, W. Botânica Geral. São Paulo.10ª. ed. ARTMED EDITORA. 2000. • OLIVEIRA, F. de & AKISUE, G. Fundamentos de Farmacobotânica. São Paulo. 2ª. Ed. Atheneu. • VIDAL, W. N. & VIDAL, Mª. R. R. 2000. Botânica – Organografia, quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 4ª edição. Editora UFV (Universidade Federal de Viçosa), Minas Gerais.