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O SENSO COMUM Trata-se daquele conhecimento passado de geração a geração desprovido de qualquer constatação que dispõe do aval do universo científico propriamente dito. É uma atitude que pretende formular uma forma de saber que aparece na experiência da vida. Não possui rigor metodológico. É uma forma de conhecimento com base na experiência cotidiana e na opinião coletiva de um determinado grupo social. É compartilhado conforme valores e crenças de um determinado grupo. É predeterminado ao indivíduo. O senso comum possui algumas características como: Ser subjetivo: exprimem sentimentos e opiniões individuais e de grupos, variando de uma pessoa para outra, ou de um grupo para outro. Ex: se eu for artista, verei a beleza da árvore; Ser qualitativo: as coisas são julgadas por nós como grandes ou pequenas, doces ou azedas; Ser heterogêneo: refere-se a fatos que julgamos diferentes, porque o percebemos como diversos entre si. Ex: um corpo que cai e uma pena que flutua no ar são acontecimentos diferentes; Por ser qualitativo e heterogêneo, é individualizado, isto é, cada coisa ou cada fato nos parece como um indivíduo ou como um ser autônomo. Ex a seda é macia; Ser generalizador: tende a reunir numa só opinião ou numa só ideia coisas e fatos julgados semelhantes. Ex: falamos dos animais, das plantas; Em decorrência da generalização, tende a estabelecer relações de causa e efeito entre as coisas ou entre fatos. A ATITUDE CIENTÍFICA Ciência é uma forma de cultura da racionalização que ocorre na Europa a partir do séc. 18. O que mais caracteriza o advento da ciência, é o advento do método. É uma busca de conhecimento baseado na razão e precisa ter métodos predefinidos, buscando além dos fenômenos os motivos que o justificam. Ao contrário do senso comum, possui como principal método a dúvida. É aberta a mudanças, evitando a transformação das teorias em doutrinas. O que distingue a atitude científica da atitude costumeira ou do senso comum? A ciência desconfia da veracidade de nossas certezas, de nossa adesão imediata as coisas. O conhecimento resulta de um trabalho racional. Os fatos ou objetos científicos não são dados empíricos espontâneos de nossa experiência cotidiana, mas são construídos pelo trabalho de investigação científica. Esta é um conjunto de atividades intelectuais, experimentais e técnicas, realizadas com base em métodos. A ciência distingue-se do sendo comum porque este é uma opinião baseada em hábitos, preconceitos, tradições cristalizadas, enquanto a primeira baseia-se em pesquisas, investigações metódicas e sistemáticas e na exigência de que as teorias sejam internamente coerentes e digam a verdade sobre a realidade. A ciência é conhecimento que resulta de um trabalho racional. Características da Atitude Científica (segundo aula do Marcelo): Metodológica Rigorosa Critica Generalizada Refutável Testável A teoria científica: Sistema ordenado e coerente de proposições ou enunciados baseados em um pequeno número de princípios, cuja finalidade é descrever, explicar e prever do modo mais completo possível um conjunto de fenômenos, oferecendo suas leis necessárias. AS TRÊS PRINCIPAIS CONCEPÇÕES DE CIÊNCIA Concepção racionalista: afirma que a ciência é um conhecimento racional dedutivo e demonstrativo como a matemática, portanto, capaz de provar a verdade necessária e universal de seus enunciados e resultados, sem deixar qualquer dúvida possível. As experiências científicas são realizadas apenas para verificar e confirmar as demonstrações teóricas e não para produzir o conhecimento. Concepção empirista: afirma que a ciência é uma interpretação dos fatos baseada em observações e experimentos que permitem estabelecer induções e que, ao serem completadas, oferecem a definição do objeto, suas propriedades e suas leis de funcionamento. A teoria científica resulta das observações e dos experimentos de modo que a experiência não tem simplesmente o papel de verificar e confirmar conceitos, mas tem a função de produzi-los. Concepção construtivista: considera a ciência uma construção de modelos explicativos para a realidade e não uma representação da própria realidade. O cientista combina dois procedimentos – um vindo do racionalismo (exige que o método lhe permita e lhe garanta estabelecer definições e deduções sobre o objetivo cientifico), e outro vindo do empirismo (exige que a experimentação guie e modifique definições e demonstrações) – e a eles acrescenta um terceiro, vindo da ideia de conhecimento aproximativo e corrigível. RUPTURAS EPISTEMOLÓGICAS E REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS Ruptura epistemológicas: descontinuidade e uma diferença temporal entre as teorias científicas como consequência não de uma forma mais evoluída, mais progressiva ou melhor de fazer ciência, e sim como resultado de diferentes maneiras de conhecer e construir os objetos científicos, de elaborar os métodos e inventar tecnologias. Khun designa momentos de ruptura epistemológicas e de criação de novas teoria coma expressão revolução científica. Um cientista, diante de um fato ou de um fenômeno ainda não estudado, usa o modelo ou paradigma científico existente. Uma revolução científica acontece quando o cientista descobre que os paradigmas disponíveis não conseguem explicar um fenômeno ou um fato novo, sendo necessário produzir um outro paradigma, até então inexistente e cuja necessidade não era sentida pelos investigadores. A ciência, portanto, não caminha numa via linear continua e progressiva, mas por saltos ou revoluções. Paradigma: Modelo de mundo, que vigora durante um período na ciência. Durante esse período normal, a ciência evolui com base nos saberes promovidos pelo paradigma. Com o tempo, um acumulo de anomalias (questões), conduzem o paradigma a uma crise. O próximo evento é a quebra do paradigma. Quando a crise se instala, trata-se de um período fértil para que um novo modelo se firma como paradigma, e uma nova pratica científica apareça. FALSIFICAÇÃO (CRITÉRIO DA REFUTABILIDADE) X REVOLUÇÃO Falseabilidade: serio o critério de avaliação das teorias científicas e garantiria a ideia de progresso cientifico, pois é a mesma teoria que vai sendo corrigida por fatos novos que a falsificam. Popper afirma que a reelaboração científica decorre do fato de ter havido uma mudança no conceito filosófico-científico da verdade. Na nova concepção, o falso é a perda da coerência de uma teoria, a existência de contradições entre seus princípios ou entre estes e alguns de seus conceitos. Uma teoria é boa, diz Popper, quanto mais estiver aberta a fatos novos que possam tornar falsos os princípios e os conceitos em que se baseava. Karl Popper (crítico neopositivista) explica que fazer ciência é como fazer poesia. A grande diferença é que a teoria científica não deve resistir as críticas e, portanto, se torna falsa. Falsificável. Para Popper, a teoria pode ser corroborada por um período, mas basta que se crie condições que apontem suas falhas, a teoria muda: é substituída ou aperfeiçoada. Anotações do caderno: Empiria: experiência através dos 5 sentidos. O SABER CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO O método da descoberta científica e seus problemas. Visão geral do método: Problema Observação Hipótese Teste Anotação teórica Epistemologia: reflexão sobre critério metodológico. O CRITÉRIO DA VERIFICABILIDADE (NEOPOSITIVISMO) Para estabelecer critério na prática científica, o neopositivismo, proposta epistemológica orienta uma observação pura, livre de interferência (ruído metafísico), para concentrar a observação ao fenômeno somente. Assim, o neopositivismo pretenderefinar o empirismo. Estabelece a lógica como ferramenta científica e elimina as opiniões. OS PROBLEMAS DO MÉTODO CIENTÍFICO EM CIÊNCIA – EPISTEMOLOGIA CONTEMPORÂNEA - Critério de verificabilidade O método científico é alvo de problemas que levantam suspeitas sobre sua validade. A questão. O que é um método empírico que promove conhecimento verdadeiro sempre foi questionável. Então, os estudiosos da metodologia debateram sobre critério para o empirismo metodológico. Neopositivismo: Os neopositivistas são estudiosos que defendem o critério da verificação livre de interferência. Eles chamam essas interferências de Ruído metafisico: são elementos que contaminam a observação.
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