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Vera Cooper Rubin

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Vera Cooper Rubin (1928-2016) foi uma importante cientista na área de astronomia, desde de sua infância se interessava em observar o céu noturno. Seu pai que era engenheiro, a ajudou construir seu próprio telescópio para que ela pudesse observar as estrelas. Nasceu na cidade de Filadélfia, mas cresceu em Washington (EUA), formou-se em Astronomia em Vassar College, universidade da cidade de Poughkeepsie (EUA), naquela época Vera Rubin foi a única mulher em sua turma. Ao prosseguir com seus estudos, se candidatando para a Universidade de Princeton para ingressar no mestrado, não obteve resposta, pois a universidade não admitia mulheres, com isso, ingressou na Universidade de Cornell para realizar o mestrado e o doutorado na Universidade de Georgetown. Vera Rubim fez estudos importantes sobre matéria escura, “Os cálculos e as observações precisas de Vera só podiam ser explicados pela presença de uma massa indetectável agindo sobre os corpos, o que fez de suas descobertas a prova mais forte da existência de matéria escura. ” (IGNOTOFSKY, 2017, p. 87).
As descobertas de Vera Rubin foram muito importantes para a ciência, porém ela não foi uma das ganhadoras do prêmio Nobel de Física, entretanto, foi a primeira mulher a usar o observatório do Monte Palomar, em San Diego, sem ter que entrar as escondidas, foi a segunda mulher na astronomia a ser eleita para a Academia Nacional de Ciências e recebeu a Medalha Nacional de Ciência do presidente Bill Clinton, em 1993. Vera Rubin, continuou realizando pesquisas até os 88 anos de idade, falecendo em 2016, para ela a fama não era importante, mas se outros astrônomos estivessem utilizando seus estudos, isso era mais satisfatório para ela. 
Pérez (2001) em seu estudo, apresenta algumas visões deformadas sobre quais as representações o conhecimento científico possui. De acordo com o autor, é importante ressaltar que um cientista não está desconectado do mundo ao seu redor, os aspectos relacionados à ciência, tecnologia e sociedade possuem uma relação entre si. Vera Rubin era judia, contudo, para ela não havia conflitos entre religião e ciência. Vera estava inserida em um contexto de grandes conflitos, cresceu na época da Grande Depressão e período de pós 2° Guerra mundial. O período de pós-guerra trouxe mudanças em vários aspectos, na Universidade de Vassar, onde ela se formou em astronomia, a universidade “desenvolveu um currículo de três anos e, em setembro de 1945, eles o mantiveram enquanto recuperavam o antigo plano de quatro anos. Os alunos podiam escolher entre os dois e Vera optou pelo mais curto. ” (GORDEJUELA, 2013, online). Naquele contexto Vera buscava meios que pudessem ajudar a custear seus estudos, tentava bolsas de estudos, emprego no tempo livre: “A bolsa que havia recebido não cobria o valor total da mensalidade, então, no segundo semestre, ele foi trabalhar como assistente no departamento de astronomia. ” (GORDEJUELA, 2013, online).
Os tempos do pós-guerra foram difíceis, e o diretor de sua universidade, o padre Heyden, tentou facilitar as coisas para aqueles que precisavam de cuidados especiais, oferecendo-lhes empregos. Em seu trabalho de ensino, ele ensinou astronomia estatística e astronomia galáctica. [...] Nesse ambiente, Rubin sentiu que estava prestes a se tornar uma astrônoma. (GORDEJUELA, 2013, online).
Ainda segundo a mesma autora, Vera Rubin foi professora Adjunta da Universidade e Georgetown (1955 a 1965), onde ela ensino matemática e física, com isso, ela conseguiu obter mais conhecimento sobre astronomia, já que, ao ministrar as aulas, tinha acesso a vários artigos e literatura.
Uma outra visão deformada sobre o conhecimento científico é o fato de considerar esse meio acessível apenas por uma minoria, consideradas gênios e ainda do sexo masculino (PÉREZ, 2001). Em uma entrevista dada por Vera Rubin em 1989, ao ser questionada sobre quais seriam os problemas enfrentados pelas mulheres na ciência, ela faz um relato de sua experiência:
[...] Tive um professor de física que era um verdadeiro machão. Todo mundo o amava - todos os homens. Ele fez experimentos; ele montou laboratórios. Todos estavam muito entusiasmados. Eu realmente não acho que ele sabia como se relacionar com uma jovem de sua classe, e isso se tornou uma terrível batalha de vontades. Ele nunca soube que eu estava interessado em astronomia; ele nunca soube que eu estava interessado em ciências. No dia em que soube que consegui minha bolsa de estudos em Vassar, fiquei muito animada porque não poderia ir para a faculdade sem bolsa. Eu o encontrei no corredor e provavelmente disse a primeira coisa que disse a ele fora da classe, e disse a ele que consegui uma bolsa de estudos para Vassar e ele me disse: "Contanto que você fique longe da ciência, você deve fazer bem. " É preciso uma enorme autoestima para ouvir coisas assim e não ser demolida. Portanto, em vez de ensinar física para meninas, você tem que ensiná-las que elas podem aprender tudo o que quiserem. 
(Entrevista com Vera Rubin por Alan Lightman em 3 de abril de 1989, Niels Bohr Library & Archives, American Institute of Physics,
College Park, MD USA,
www.aip.org/history-programs/niels-bohr-library/oral-histories/33963)
“Naquela época, eles acreditavam que a distribuição de massa em uma galáxia seguia o mesmo padrão da distribuição de luminosidade. ” (GORDEJUELA, 2013, online). Desse modo, acreditavam que quanto mais as estrelas estivessem localizadas mais próximas do centro, onde elas teriam maior massa, maior gravidade, elas girariam mais rápido e a nas zonas médias essa velocidade diminuiria. “No início, eles pensaram que a galáxia de Andrômeda exibia algum comportamento anômalo, então eles estudaram cerca de sessenta galáxias espirais e obtiveram resultados semelhantes. ” (GORDEJUELA, 2013, online). Porém, constaram que mesmos as estrelas mais distantes do centro moviam-se tão rápido quanto as que estavam mais próximas.
 Vera concluiu que “o que você vê em uma galáxia espiral não é o que existe”. Parecia que a diminuição da massa luminosa com a distância do centro era compensada por um aumento da massa não luminosa da qual havia aproximadamente 10 vezes mais.
Quando Vera apresentou suas descobertas em uma reunião American Astronomical Society em 1975, na qual apresentaria à comunidade científica sobre seus estudos sobre a velocidades das estrelas em galáxias espirais, os cientistas inicialmente se opuseram às suas descobertas. Mas as observações eram tão claras e a interpretação tão simples que logo perceberam que Rubin tinha que estar certa. Pouco depois, surgiram trabalhos corroborantes. ” (GORDEJUELA, 2013, online).
Na reunião da American Astronomical Society de 1975, Vera e Kent anunciaram a toda a comunidade científica suas descobertas sobre a rotação anômala das velocidades das estrelas em galáxias espirais. Isso pode ser devido ao fato de que a lei da gravidade não se aplica universalmente ou à existência de uma massa não visível, “matéria escura”. Sem surpresa, os cientistas inicialmente relutaram em aceitar essa conclusão. Mas as observações eram tão claras e a interpretação tão simples que logo perceberam que Rubin tinha que estar certo. Pouco depois, surgiram trabalhos corroborantes.
Jenkins, Colleen, et al. “Vera Rubin, Astronomer Who Helped Discover Dark Matter, Dies Aged 88”. Mirror, 27 de dezembro de 2016, http://www.mirror.co.uk/science/vera-rubin-dead-astronomer-who-9520881.
Press, Associated. “Vera Rubin, Astronomer Who Helped Find Evidence of Dark Matter, Dies at 88”. The Guardian, 26 de dezembro de 2016, http://www.theguardian.com/science/2016/dec/26/vera-rubin-pioneering-astronomer-dark-matter-died-aged-88.
“Dark Matter Scientist Vera Rubin Dies at 88”. Engadget, https://www.engadget.com/2016-12-26-dark-matter-scientist-vera-rubin-dies.html. Acessado 11 de maio de 2021.
http://bingo.sti.ufcg.edu.br/index.php/ciencia/106-a-importancia-de-vera-rubin-para-a-ciencia#:~:text=Em%201965%2C%20por%C3%A9m%2C%20conseguiu%20atingir,lar%20do%20famoso%20telesc%C3%B3pio%20Hale.
https://zbib.org/https://claudia.abril.com.br/carreira/duilia-mello-astronoma-dia-meninas-ciencia/
https://www.aip.org/history-programs/niels-bohr-library/oral-histories/33963
PEREZ, Daniel Gil et al. Por uma imagem não deformada do trabalho científico, Ciência & Educação, 7(2), 125-153, 2001.
Entrevista com Vera Rubin por Alan Lightman em 3 de abril de 1989, Niels Bohr Library & Archives, American Institute of Physics, College Park, MD USA. Disponível em: www.aip.org/history-programs/niels-bohr-library/oral-histories/33963
GORDEJUELA, Laura Morrón Ruiz de. “Vera, la espía de las estrellas (I): Los misterios del cielo nocturno”. Los mundos de Brana, 8 de maio de 2013. Disponível em: https://losmundosdebrana.com/2013/05/08/vera-la-espia-de-las-estrellas-i-los-misterios-del-cielo-nocturno/.
Gordejuela, Laura Morrón Ruiz de. “Vera, la espía de las estrellas (I): Los misterios del cielo nocturno”. Los Mundos de Brana, 8 de maio de 2013, https://losmundosdebrana.com/2013/05/08/vera-la-espia-de-las-estrellas-i-los-misterios-del-cielo-nocturno/.

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